–Temos que ir. Agora! Os guardas da rainha estão por toda parte. - Dantes falou.

Assim que entrei, Atrus estava abraçado com uma garota de estatura média, cabelos castanhos com fios dourados, magra porém robusta. Estava usando uma legging preta com um vestido de corpete vermelho. E estava perto demais do Atrus. Ah, Trice. Pare de ciumes. Você não tem nada com ele. Nem amigos são direito.

–Quem é você, garota? Vai com a gente? -perguntei

–Ela... Ela é uma amiga -Atrus me olhou de modo confuso - Ela pode ser de grande ajuda pra você voltar ao seu mundinho. - Ele olhou para ela e depois para mim. A confusão se juntara à reprovação.

–Sou Bianca. Puxa, você é tão simpática quanto sua avó! -ela disse rindo. Eu travei o maxilar para não lhe dar uns tabefes na cara.

–PESSOAL!- Dantes gritou - Chega de novelinha. Precisamos ir e não sabemos nem para onde!

–Bianca é uma Feiticeira. Sabe como te levar pra casa, Foster. - Ele me chamou pelo sobrenome ? Mesmo? - É melhor perguntar à ela o que faremos. - Sério? Pelo sobrenome da minha avó?

–Olha, pela minha experiência em viagens por mundos precisamos de uma chave. Um objeto qualquer, do mundo visitado que tenha algo ligado com o mundo deixado. - Disse Bianca.

–Eu conheço alguém que poderia nos ajudar. Ele sabe tudo sobre essas coisas de objetos mágicos. A loja dele é enorme. - Disse Dantes.

–Está escurecendo. - Disse Atrus olhando pela janela - Todas as lojas estão fechadas agora. Temos que esperar até de manhã.

–É, o Atrus tem razão, Dantes. - Falei - Vamos descansar e aí amanhã a gente vai nessa loja. - pisquei para o Dantes.

–É, né?! Tá, nos encontramos amanhã aqui na sua porta logo após eu tomar eu café. Sairemos assim que eu chegar.

–Como assim? Você vai pra onde, Dantes? - perguntei

–Pra casa! Eu tenho uma!

–É, eu também tenho que ir, Atrus. Encontro você uma hora depois do sol nascer. Dantes. Trice, prazer conhece-la.

Ela saiu. Ainda bem.

–Mas, Dantes. A rainha falou pra você ficar de babá em mim! - perguntei aflita. Não quero ficar sozinha com Atrus.

–Então vai lá pra casa. Eu não fico aqui. - ele falou olhando levemente para o Atrus.

–Tá! Eu vou! - falei decidida. Peguei a mochila e fui em direção à porta.- Vamos ?!

–Mesmo? Tá... Tchau, At... - ele deu um sorriso sínico para o Atrus que estava assistindo a tudo isso calado.

–Trice.. Espera, eu queria te pedir desculpas por hoje cedo. É que eu não quero que a história de Celaena se repita, sabe. Desculpa.

–Tá. Mas você continua falando o que não deve. Me chamar pelo sobrenome? Não foi legal! - saí logo após isso e segurei o choro. Dantes saiu logo após.

–Ei... Você tá bem? - ele perguntou olhando com aqueles olhos cor-de-âmbar tão lindos

–Estou... Vamos! - menti