Lílian Evans escrita por Elisa Carvalho


Capítulo 3
Hogwarts




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– Estou com muita fome, nossa! Só em pensar que vou ter que esperar os alunos do primeiro ano serem selecionados já me bate um desânimo. – exclamou Marlene.
– Para Marlene! Se você fosse um dos alunos do primeiro ano não iria gostar que dissessem isso. – orientou Dorcas.
– Esse discurso não passou a minha fome, se você quer saber.
Dorcas revirou os olhos.
Lílian, Dorcas e Marlene entraram no Salão Principal, era um salão imenso, no centro havia quatro grandes mesas, e no fim do salão havia uma mesa um pouco menor, havia várias velas flutuando no ar e o teto mostrava o céu, que no momento estava mostrando-se estrelado e com a Lua-crescente. As três garotas sentaram-se no meio da mesa da Grifinória.
– Oi Lílian Potter! – exclamou uma voz que Lílian logo reconheceu.
Lílian olhou para frente e deu de cara com Tiago Potter, bagunçando os cabelos e exibindo um sorrido de orelha à orelha. Lílian revirou os olhos.
– Ah, francamente... – reclamou Lílian.
– Particularmente eu acho mais bonito seu nome junto com o meu sobrenome.
Particularmente, eu não me importo com o que você acha.
De repente todos do salão ficaram em silêncio.
– Olá – disse uma voz que Lílian logo reconheceu, era Dumbledore. o diretor era velho, bastante alto, não tão gordo nem tão magro, cabelos e barbas prateadas que chegavam até a cintura, e atrás dos seus óclinhos de meia-lua se via lindos olhos azuis. No momento Dumbledore estava vestindo largas vestes azul-marinho com detalhes dourados – Estamos aqui reunidos para mais um ano letivo, logo começará a seleção dos novos alunos, então comeremos, como sempre e, depois terei de falar sobre alguns assuntos sérios, agora sem mais choramingas, vamos iniciar a seleção!
Minerva McGanagall abriu a porta de mármore e adentrou o salão seguida por várias crianças miúdas, quando Minerva finalmente chegou perto da mesa dos professores, as crianças fizeram fila atrás dela.
– Boa noite! – desejou um chapéu falante, marrom, encardido e todo remendado, em cima de um banquinho bambo.
– Esse ano será um ano de muita sabedoria e aprendizagem, espero. Tudo o que está acontecendo fora do castelo de Hogwarts é realmente preocupante, por isso devemos nos unirmos frente aos nossos inimigos...
– Todo ano a mesma coisa. – reclamou Marlene
– Shhh! Eu quero ouvir. – disse Dorcas.
Lílian ouviu uma risada fiasquenta vindo de sua frente, e logo viu de quem a risada pertencia, Pedro Pettigrew, um rapaz baixinho e gordo, com os olhos pequenos e brilhosos e tinha cabelos loiros escuros. Ele, Tiago Potter, Remo Lupin e Sirius Black viviam juntos.
– Para quieto Tiago, antes que Pedro molhe as calças de tanta excitação. – disse Black.
Tiago começou a rir, enquanto Pedro fizera uma cara de ofendido.
– Idiotas. – murmurou Lílian.
– Idiotas? Foi isso que eu ouvi? – perguntou Tiago.
– Sim, foi exatamente isso que você ouviu.
– Se você aceitasse sair comigo, eu...
– Já chega Potter! Já é ruim o bastante você sentar-se perto de mim, encher o meu saco já é demais!
– Parem de se amar! Já está ficando meloso demais. – exclamou Black.
– Você é tão idiota quanto o Potter, seu abominável.
Seu abominável – corrigiu Black.
Lílian revirou os olhos e Tiago deu uma cotovelada em Sirius.
– Que história é essa? – reclamou Tiago.
Sirius Black começou a rir, uma risada que mais parecia um latido.
– SONSERINA! – exclamou Chapéu-Seletor.
Sirius Black, Pedro Pettigrew e Tiago Potter começaram a vaiar o menino que recém fora selecionado.
– Parem com isso, vão deixar o garoto constrangido! – exclamou Lílian.
– Ele já é constrangido o bastante pra conseguir ir para a casa da Sonserina – disse Tiago, e Pedro começara a rir desesperadamente devido a fala de Tiago – Como foram as suas férias?
– Legais, ainda mais pelo fato de você não estar lá mas tudo o que é bom dura pouco. – respondeu Lílian.
– Eu estou tentando conversar como uma pessoa civilizada, Evans, por que não tenta fazer o mesmo?
– Como uma pessoa civilizada? Desde quando uma pessoa civilizada fica brincando com bomba de bosta?
– Tudo bem, então eu paro de ficar jogando bomba de bosta por aí.
– Bomba de bosta não é nada comparado com o que você faz, faça o que você quiser, Potter, só não enche o meu saco.
– Lily, eu...
– É Evans para você, Potter.
– Me... me desculpa.
Lílian olhou-o surpreendida pois pela primeira vez Tiago Potter acabara de pedir desculpa, Tiago logo percebeu a cara de Lílian e deu um sorriso de orelha à orelha, então Lílian revirou os olhos deixando Tiago mal-humorado.
De repente a mesa se enchera de beber e comer, frango, arroz, saladas, suco de abóbora... Lílian ficara em total silêncio durante a refeição, até que finalmente descansara o garfo e, logo depois as comidas desapareceram de repente, do mesmo jeito como apareceram.
– Uma grande noite para todos! – começou Dumbledore sorridente, abrindo os braços como se quisesse abarcar o salão.
Lílian sorriu vendo Dumbledore, ela tinha se esquecido do quanto se sentia segura na presença dele.
– Agora... as boas-vindas aos alunos novos; bom retorno aos alunos antigos! Mais um ano de muita educação mágica aguarda a todos...
Lílian ouviu um arroto vindo de sua frente.
– Me... me desculpem, eu não consegui me controlar – disse um Pedro frustrado.
Lílian, Tiago, Remo, Marlene e Sirius começaram a rir.
– Shhh! Essa parte é importante, me deixem ouvir. – reclamou Dorcas.
– ... e o Sr. Filch, nosso zelador, me pediu para relembrar que é proibido praticar feitiços nos corredores.
“Os que quiserem jogar nas equipes de quadribol das Casas devem se inscrever com os diretores das Casas, como sempre.”
“Este ano temos o prazer de dar as boas-vindas a um novo membro do nosso corpo docente. O professor Abreu”, o bruxo ficou de pé, seus cabelos negros brilhando à luz das velas, os grandes ombros, a cintura fina e o comprido queixo sombreando a mesa, “é um antigo amigo meu que aceitou tomar o cargo de Defesa contra as Artes das Trevas.
– De novo?
De novo?
As palavras ressoaram por todo o salão enquanto as pessoas se perguntavam se teriam ouvido direito.
– Defesa contra as Artes das Trevas? – repetiram juntos Dorcas e Marlene, virando-se para Lílian.
Dumbledore pigarreou, o mesmo parecendo indiferente à natureza sensacional da notícia que acabara de dar, nada falou sobre outras designações e esperou alguns segundos até obter absoluto silêncio antes de prosseguir.
– Acredito que todos desse salão sabem que Lord Voldemort e seus seguidores estão cada vez mais fortes.
O silêncio pareceu se expandir e retrair enquanto Dumbledore discursava. Lílian olhou para Snape. Mas o rapaz, em vez de olhar para o diretor, fazia a sua colher pairar no ar com a varinha, como se achasse as palavras de Dumbledore indignas de atenção.
– Não posso enfatizar suficientemente o perigo da presente situação, e o cuidado que cada um de nós, em Hogwarts, precisa tomar para garantir que continuaremos seguros. As fortificações mágicas do castelo foram reforçadas durante o verão, estamos protegidos de maneiras novas e mais poderosas, mas ainda assim precisamos nos defender escrupulosamente dos descuidos de estudantes e funcionários. Peço, portanto, que respeitem as restrições de segurança que os professores possam impor a vocês, por mais incômodas que lhes pareçam, particularmente a norma de não sair da cama depois do toque de recolher. Imploro que, ao notarem alguma coisa estranha ou suspeita dentro ou fora do castelo, comuniquem imediatamente a um funcionário. Confio que agirão sempre com o maior respeito pela segurança dos outros e pela sua própria.
Os olhos azuis de Dumbledore percorreram os rostos dos estudantes e, por fim, ele tornou a sorrir.
– Mas no momento suas camas estão à sua espera, quentes e confortáveis como poderiam desejar, e sei que a sua maior prioridade é descansar para as aulas de amanhã. Vamos, portanto, dizer boa-noite.
Com o atrito ensurdecedor habitual, os bancos foram afastados e centenas de estudantes começaram a sair do Salão Principal em direção aos dormitórios. Lílian saíra correndo logo depois para, cumprindo a tarefa de monitora, arrebanhar os alunos do primeiro ano.
– Alunos do primeiro ano, sigam-me! Alunos do primeiro ano! Aqui!
Logo várias crianças miúdas fizeram fila em frente à Lílian e Remo. Os dois foram em direção aos dormitórios da Grifinória.
– Cuidado com as escadas, elas mudam de destino.
Ouviram-se vários cochichos devido a observação que Lilian acabara de dar.
– Cabeça de hipogrifo. – disse Lupin quando chegaram ao retrato da Mulher-gorda.
– Os dormitórios das meninas ficam à esquerda, e dos meninos à direita. – exclamou Lílian sentando-se em uma poltrona frente à lareira da Sala Comunal da Grifinória, Lílian olhou para Marlene – Estou muito cansada, acho que já vou dormir.
– Eu vou junto, comi demais e me bateu uma soneira! – exclamou Marlene.
Lílian, Dorcas e Marlene entraram no dormitório, Lílian foi a primeira a botar o pijama, então atirou-se na cama e fechou as cortinas.
– Boa noite pra você também, Evans. – reclamou Dorcas.
– Boa noite garotas. – disse Lílian com ar de riso.
– Boa noite! – desejaram as duas em coro.


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Notas finais do capítulo

É a minha primeira fanfiction e espero que tenham gostado. Peço que recomendem ela, já que essa é a minha única rede-social e quase nunca falo com alguém. Estou disposta a receber qualquer crítica ou algo do tipo. Obrigada e tchau!



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