The New Hogwarts I - The Beginning of New Legends escrita por Black


Capítulo 64
Amigos


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas eu acabei de terminar de escrever o capítulo.
Espero que gostem e boa leitura!



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Ao se virar, Elsa encontrou Elena ali, parada no meio da sala, olhando-a com um sorriso de canto. A loira logo foi até ela e a abraçou com força.

– Obrigada. – Disse.

– Pelo quê? – Elena arqueou uma sobrancelha, confusa.

– Por ficar comigo e cuidar de mim. – A loira explicou.

– Honestamente. – A morena se afastou apenas o suficiente para olhar a loira nos olhos. – Depois de tudo, você ainda acreditava que eu te deixaria vir sozinha?

– Talvez. – Elsa admitiu meio envergonhada.

As duas ficaram em silêncio por alguns minutos e Elena foi a primeira a falar:

– Você sabe que eles vão vir atrás de nós, não sabe? – Suspirou.

– Claro. – A loira balançou a cabeça levemente.

– O que pretende fazer quanto a isso? – A mais velha perguntou.

– Não vou me preocupar com isso agora. – Elsa respondeu, respirando fundo. – Eles não vão achar esse lugar. E mesmo que achem, eu não vou voltar.

– Então eu serei sua única companhia por um longo tempo, não é? – Elena sorriu apesar de que a ideia de Elsa ficar ali afastada de tudo e de todos não lhe agradasse.

– Se você quiser mesmo ficar. – Foi o que a loira respondeu. - Vai ficar? – Elsa perguntou nervosa.

– Como sempre. – Elena respondeu com um sorriso. – Você ainda vai ter que me aturar por um longo tempo.

Elsa sorriu com a afirmação da irmã e as duas foram para outro quarto e lá Elsa construiu duas camas de gelo. Elena observou impressionada e orgulhosa o quanto a irmã era talentosa.

– Impressionante. – Elogiou.

A pele pálida de Elsa ficou vermelha nas bochechas e ela sorriu animadamente.

– Obrigada. – Agradeceu.

Logo Elena deitou na cama de gelo que a irmã havia construído e colocou a cabeça no travesseiro de neve, ficando ali e olhando para o teto. Para sua surpresa, Elsa se deitou ao seu lado e agarrou seu braço como uma criança segura um ursinho de pelúcia quando está assustada. Aquilo trazia excelentes memórias para ambas, uma vez que era no quarto da morena que Elsa sempre acabava indo quando era mais nova e estava assustada com algo, principalmente se fossem seus poderes, já que eles ficavam mais fracos quando a mais velha estava por perto.

– Você vai ficar comigo, não é? – A loira perguntou mais uma vez.

Elena sorriu e voltou a fitar o teto. Milhares de pensamentos sobre os anos que passou ao lado de Elsa tanto em Arendelle quanto em Hogwarts invadiram sua mente.

– Sempre. – Respondeu.

– Por quê? – A mais nova questionou.

– Porque você é minha irmã e eu te amo. – Elena disse, ainda sorrindo. – Eu vou cuidar de você para sempre. Eu sempre vou estar aqui quando precisar.

– É bom saber disso. – A loira disse, também sorrindo.

As duas trocaram mais algumas palavras e depois de algum tempo, Elsa acabou adormecendo. Olhando a irmã mais nova dormir, Elena percebeu que todos os anos que passara no quarto da loira valeram a pena.

– Eu nunca vou te abandonar, Elsa. – Disse e logo também adormeceu.

– Elsa! Elena! – Anna chamava enquanto voava pela floresta em sua Firebolt, porém não estava conseguindo nenhum resultado.

Olhou em volta na esperança de achar alguma das duas, mas tudo o que conseguiu foi distrair-se o suficiente para bater em uma árvore, cair e quebrar sua vassoura.

– Merlin realmente me odeia. – A ruiva resmungou.

A ruiva largou os pedaços quebrados da Firebolt no chão e se levantou. Começou a andar pela neve que cobria até seus joelhos enquanto falava sozinha:

– Por que tinha que ser neve? Não podia ser alguma coisa quente?

Enquanto resmungava, distraiu-se e escorregou no gelo, caindo numa poça d’água. Sentiu a água fria bater em sua pele e começou a tremer. Só teve sua atenção voltada para uma risada que ouviu por entre as árvores.

– Definitivamente, você não tem sorte.

Suspirou aliviada ao ver que era apenas Andersen encostado numa árvore, olhando-a com um sorriso divertido. Ele estava usando calças pretas, botas de couro pretas, uma grossa camiseta branca e um casaco vermelho por cima.

– Eu te ajudo. – Dirigiu-se à loira com as pernas submersas pela água gelada e a ajudou a levantar.

– O que está fazendo aqui? – Anna perguntou, tremendo.

– O mesmo que você, acredito eu. – Ele respondeu. – Agora vamos. – Ele apontou para uma cabana ao longe dali.

Os dois foram andando até lá e a parte molhada do vestido de Anna congelou no trajeto, impedindo-a de andar muito mais rápido.

– Frio, frio, frio, frio... – A ruiva murmurava a cada segundo.

Andersen revirou os olhos e sorriu. Com dificuldade por causa do vestido congelado, Anna subiu as pequeninas escadas até a varanda do local e adentrou. Andersen apenas ficou esperando do lado de fora.

Anna entrou no estabelecimento e homem ali sentado começou a citar algumas promoções de produtos, porém a ruiva apenas lhe perguntou.

– Aqui tem botas de inverno e vestidos?

– Na nossa seção de inverno. – O homem respondeu, apontando para um lugar sem muitas coisas.

Para a sorte de Anna, pelo menos havia o que ela queria. A ruiva foi até lá e pegou as coisas, logo voltando para o balcão onde o homem estava sentado.

– Por acaso ninguém mais passou por aqui? – Anna arriscou perguntar. – Duas garotas da minha idade. Gêmeas.

– Não. – O homem balançou a cabeça. – Você é a única a sair nessa tempestade.

Anna suspirou e colocou os objetos na bancada. Logo, a porta foi aberta e um rapaz coberto de neve entrou ali. Mesmo sob a neve, a ruiva ainda conseguiu reconhecê-lo.

– Kristoff? – Perguntou quase sem acreditar.

O loiro retirou o pano que cobria seu rosto e sorriu para Anna.

– Oi. – Cumprimentou.

– Mas o que você está fazendo aqui? – Ela questionou.

– Acho que o mesmo que você e Andersen. – Apontou para o lado de fora da cabana onde o rapaz esperava.

– Tem tido alguma sorte? – Ela perguntou ligeiramente mais animada.

– Posso dizer que tem algo acontecendo nas montanhas do norte. – Ele respondeu.

– Montanhas do Norte? – Anna arqueou uma sobrancelha. – Você tem certeza?

– Sou um bruxo. – Kristoff deu de ombros. – Reconheço magia, sabe?

Anna sorriu e puxou o loiro para fora da cabana, onde encontraram Andersen olhando surpreso para a rena de Kristoff, Sven.

Os três entraram no trenó de Kristoff e Sven começou a puxá-lo. Foram prosseguindo pela floresta o mais rápido que podiam.

– Então quer dizer que Elsa e Elena foram embora porque Elsa se descontrolou quando você disse que ia casar com alguém que não conhece direito, ainda por cima tendo quinze anos? – Kristoff perguntou assim que Anna terminou de explicar toda a situação.

– Mais ou menos isso. – Andersen concordou ainda rindo da reação de Kristoff.

– Mas é Amor Verdadeiro. – Anna interveio.

– Você nem o conhece. – Os dois rapazes ali disseram juntos. Andersen como se estivesse se divertindo e Kristoff incrédulo.

Anna pareceu ficar horrorizada quando Kristoff citou o hábito masculino de “meter o dedo no nariz”. A ruiva rebateu, dizendo que Hans era um príncipe, mas Kristoff declarou:

– Todos os homens fazem isso.

– Fale por si mesmo. – Andersen revirou os olhos.

– Não importa. – Anna se meteu. – É Amor Verdadeiro.

– Não me soa como Amor Verdadeiro. – Kristoff retrucou.

– E você é algum tipo de especialista em Amor, agora? – A ruiva arqueou uma sobrancelha.

– Não, mas tenho amigos que são. – Kristoff respondeu.

Os dois começaram a discutir enquanto Andersen suspirava alto. Só pararam quando Sven parou de puxar o trenó. Kristoff olhou em volta preocupado e notou dezenas de lobos surgindo por entre as árvores.

– Corre, Sven. Corra! – Kristoff gritou e a rena começou a correr o mais rápido que conseguia.

– Incendio! – Andersen apontou sua varinha para os lobos, que desviaram do feitiço.

Anna pegou sua própria varinha para tentar parar os lobos, porém Kristoff a impediu.

– Não faça nada. – O loiro pediu. – Apenas fique quieta e evite cair e ser comida.

– Por quê? – Ela arqueou uma sobrancelha.

– Porque eu não confio no seu julgamento. – Ele respondeu. – Impedimenta! – Jogou um feitiço num lobo que se aproximava e ele foi jogado para trás. – Quem se casa aos quinze anos com alguém que nem conhece direito?

– É Amor Verdadeiro! Aqqua Eructo! – A ruiva jogou um jato d’água na direção de Kristoff, que desviou, fazendo com que a água atingisse um lobo que se aproximava.

– Vocês realmente vão começar a brigar agora?! – Andersen gritou. – Impedimenta! – Jogou o feitiço em outro lobo.

Nesse momento, um lobo pulou e segurou o braço de Kristoff com os dentes, tirando-o do trenó.

– Flagello! – Andersen transformou sua varinha num chicote, que Kristoff segurou, sendo arrastado pelo trenó.

Anna jogou um feitiço Incendio nos lobos, que foram atingidos e largaram Kristoff. Logo, o loiro começou a tentar subir no trenó novamente.

– Você quase me ateou fogo! – Ele se queixou.

– Mas não ateei. – Anna se defendeu enquanto ajudava o loiro a entrar no trenó.

Os dois só pararam de discutir quando avistaram um precipício à sua frente. Kristoff colocou Anna em cima de Sven e cortou a corda que o ligava ao trenó.

Sven pulou e conseguiu chegar ao outro lado com Anna. Andersen usou o feitiço Ascendio e conseguiu ir ao outro lado sem muitas dificuldades. Com o trenó no ar, Kristoff pulou dele e ficou pendurado no precipício, sendo puxado por Anna, Andersen e Sven.

Mesmo depois de tudo, Kristoff ainda concordou que ele e Sven seguissem com Andersen e Anna atrás de Elsa e Elena.

Os quatro foram andando e finalmente chegaram a uma floresta congelada próxima à Montanha do Norte onde Kristoff disse que as Gêmeas Gryffindor poderiam estar.

Eles se assustaram com um barulho esquisito e ficaram completamente surpresos quando um boneco de neve apareceu, literalmente, falando e andando.

– Oi, eu sou Olaf. – O Boneco de Neve falou. – Eu gosto de abraços quentinhos.

Anna gritou e chutou a cabeça do boneco para Kristoff, a qual o loiro jogou para Andersen, que jogou novamente para Anna. A ruiva jogou a cabeça no corpo que andava em círculos entre eles. A cabeça caiu ali de cabeça para baixo.

– Espere. – Olaf falou. – Por que estão todos pendurados como morcegos?

– Tudo bem. – Anna se acalmou e se aproximou do Boneco de Neve. – Espere um segundo. – Colocou a cabeça novamente na posição normal.

– Obrigado. – Olaf agradeceu, mexendo os pauzinhos que lhe serviam como braços.

– De nada. – Anna sorriu.

– Agora estou perfeito. – Olaf também sorriu.

– Quase. – A ruiva disse e começou a remexer numa das sacolas de Kristoff.

Anna enfiou uma cenoura no rosto do boneco de neve, o que lhe serviria como nariz. Mas acabou enterrando demais e logo consertou.

– Assim que gostei ainda mais! – Olaf declarou.

– Tudo bem, vamos nos apresentar. – Olaf passou o olhar por todos ali. – Oi, pessoal. Eu sou Olaf. Eu gosto de abraços quentinhos.

– Olaf? – Apenas naquele momento Anna pareceu reconhecer o boneco de neve. – É isso mesmo. Olaf.

– E você é? – O Boneco de Neve perguntou de braços abertos.

– Eu sou Anna. – A ruiva se apresentou.

– Eu sou Andersen. – O rapaz sorriu para o boneco, que imediatamente retribuiu e se virou para Kristoff e Sven.

– E quem é o burro estranho ali? – Olaf sussurrou baixinho para Andersen e Anna.

– Sven. – Andersen respondeu.

– E quem é a rena? – O Boneco perguntou.

– Sven. – Anna respondeu com confusão.

– Ah, assim fica mais fácil para mim. – Olaf sorriu para Kristoff e Sven.

– Olaf. – Anna chamou e o Boneco de Neve se virou para ela. – Elsa fez você?

– Sim, por quê? – Olaf sorriu.

– Sabe onde ela e Elena estão?

– Sim, por quê? – O Boneco repetiu a pergunta.

– Acha que pode nos mostrar o caminho? – Foi Andersen quem questionou.

– Sim, por quê?

– Como isso funciona? – Kristoff questionou, mexendo nos braços de Olaf.

– Pare, Sven. – Olaf pegou seu braço de volta e colocou no lugar. – Estou tentando me concentrar. – Virou-se para Anna e Andersen. – Por quê?

– Eu te digo o porquê. – Kristoff interveio. – Precisamos que a Elsa traga o verão de volta.

Para a surpresa de todos ali, Olaf começou a cantar uma música sobre ‘O que a Neve Faz no Verão’. Ainda estava cantando quando Kristoff sussurrou para Anna.

– Eu vou contar para ele.

– Não se atreva. – A ruiva repreendeu.

Assim que Olaf terminou de cantar, virou-se para os outros.

– Vamos embora. – Chamou enquanto seguia na direção que apontara. – Elsa e Elena estão por ali. Vamos trazer o verão de volta!

Anna e Andersen seguiram o boneco enquanto Kristoff ficou parado em seu lugar, boquiaberto.

– Alguém tem que contar para ele. – O loiro sussurrou.

Os cinco foram andando até que chegaram à montanha. Depois de Anna tentar escalá-la sem sucesso, Olaf mostrou-lhes a escada que Elsa construíra anteriormente e que levava ao Castelo de Gelo. Anna escancarou sua boca ao notar mais sete pessoas ali.

– O que vocês estão fazendo aqui?! – A ruiva quase gritou ao ver os amigos.

– O que você acha? – Jack deu de ombros.

– Eu não vou nem perguntar. – Jacky falou, apontando para Olaf.

Anna se aproximou deles e suspirou.

– Tudo bem. Entendo que vocês estejam preocupados com elas, mas pelo menos me deem um minuto para conversar com as minhas irmãs. Por favor. – Anna quase implorou.

Relutantemente, os outros concordaram e a ruiva se aproximou da porta.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
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