O natal havia passado e todos estavam de volta a Hogwarts. Elena estava mais tranquila, uma vez que o assunto sobre Feitiços de Fogo havia acabado, mesmo que já houvesse feito seu estrago permanente.

Já fazia algumas semanas desde o natal e todos estavam na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Jafar entrou na sala com sua costumeira expressão de tédio e se posicionou a frente da turma.

– Bom dia, classe. – Falou com seu habitual desinteresse. – O assunto de Feitiços de Fogo foi finalizado, então partiremos para outro. – Sorriu. – O que acham de... Gelo?

Elsa olhou aterrorizada para Elena e a morena segurou sua mão por baixo da mesa, tentando acalmá-la. Jafar começou a falar sobre os feitiços de gelo e ensinou o feitiço Glacius para a turma.

Tudo piorou quando ele tomou o assunto do feitiço de gelo mais poderoso que já existiu, e isso tudo numa única aula.

– Antes do Natal, vocês aprenderam sobre o feitiço de Fogo, o Infernus. – Jafar explicou. – Mas ele não foi o único a ser criado. Tão grande era sua força que os antigos bruxos decidiram criar também um contrafeitiço, chamado Invernus. Os dois tem a mesma potência e são a fraqueza um do outro. O Feitiço Invernus produz um raio de gelo potente capaz de congelar qualquer coisa. E o gelo criado por ele não pode ser quebrado ou derretido se não pelo criador ou pelo Feitiço Infernus, assim como o Infernus não pode ser apagado se não pelo criador ou pelo Feitiço Invernus.

Elsa permaneceu parada e olhando para a própria mesa, tremendo ligeiramente. Elena apertou a mão da loira, o que a fez olhá-la. A morena lhe lançou sua melhor expressão tranquilizadora e até sorriu um pouco. Elsa suspirou e o tremor diminuiu.

– Alguém pode me demonstrar esse feitiço? – Jafar olhou para toda a sala.

Jack foi o único a levantar a mão. Os amigos já haviam aprendido que o albino adorava gelo e neve.

– Alguém? – Jafar fingiu que não o viu, irritando-o. – Senhorita Gryffindor? – Sugeriu.

Elena e Anna levantaram a cabeça para olhá-lo, mas Elsa permaneceu quieta em seu lugar, assim como Elena havia feito antes. Jafar sorriu e olhou para a loira.

– Elsa. – Especificou com um sorriso maldoso.

A loira engoliu em seco e olhou para ele. Jafar fez sinal para que ela fosse até lá, e assim ela o fez.

– Teste o feitiço na minha mesa. – Ordenou.

Elsa deu uma última olhada para Elena, que estava sentada inquieta em seu lugar, preocupada. A loira virou-se novamente para a mesa do professor e apontou a varinha para ela. Quando estava prestes a dizer o feitiço, a porta da sala de aula foi aberta e o Diretor Mickey Mouse entrou.

– Com licença. – Ele pediu, entrando na sala.

Elsa suspirou aliviada e sentou-se em seu lugar. Elena sorriu para ela e as duas olharam com curiosidade para o Diretor, querendo saber o porquê de ele estar ali.

– Posso falar com você? – Mickey olhou para Jafar.

– Claro. – Jafar apontou para a porta que levava à sala dele.

Os dois seguiram até a sala de Jafar e fecharam a porta. Assim que os dois entraram, praticamente metade da sala correu até lá para ouvir a conversa.

– Não vai adiantar. – Jacky advertiu. – Provavelmente usaram um Abaffiato.

Os alunos que estavam ali, o que incluía Anna e Merida, não lhe deram atenção e continuaram lá. Jacky riu e se juntou a Jack, Elsa, Elena e Alice, que assistiam a tudo rindo.

Realmente o Diretor e o Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas haviam lançado o feitiço Abaffiato, então com o tempo, os alunos voltaram a suas cadeiras.

– Do que acha que eles estão falando? – Anna perguntou quando se juntou aos outros.

– Quem sabe? – Jack arqueou uma sobrancelha e olhou para porta.

– Provavelmente é importante. – Jacky observou. – O Diretor Mickey jamais interferiu em uma aula antes.

– Mas o que? – Elena perguntou. – Não há mais nenhuma ameaça imediata no mundo bruxo e a escola parece estar indo bem. Não vejo razões para isso.

Os demais ficaram calados e pensativos. Se passado alguns minutos, Jafar e Mickey saíram da sala. Mickey passou o olhar por todos os estudantes e com um sorriso, deixou o lugar. Jafar, ainda com sua expressão de habitual desinteresse, voltou para seu lugar e olhou para Elsa, fazendo um gesto para que ela voltasse para lá.

A loira engoliu em seco e foi novamente para frente da turma, logo apontando a varinha para a mesa, a qual seria seu alvo.

– Vá em frente, senhorita. – Jafar encorajou.

Elsa respirou fundo e sua mão parou de tremer. Logo, ela pronunciou o feitiço que faria com que tudo o que temia retornasse à sua vida:

– Invernus!