The New Hogwarts I - The Beginning of New Legends escrita por Black


Capítulo 121
Os Slytherin


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo!
Espero que gostem e boa leitura!
PS: VIVA! Emma Chase voltou! Mas por onde anda NightLights?
PSNº2: Pessoas, eu contabilizei uma margem de quantos capítulos a Fic vai ter e parece que serão 139 contando com o Epílogo.



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Não era como se Jennete aparecer ali, no meio de uma guerra, sendo que ela estava com uma varinha em mãos enquanto Mirana, que estava machucada, era a única armada ali fosse algo a se comemorar, por mais que a expressão da recém-chegada não trouxesse sequer um vestígio de hostilidade.

A Slytherin mais nova caminhou calmamente até a irmã, ignorando o cenário violento e sangrento ao seu redor e também os olhares de ódio que Alice dirigia a ela, bem como os confusos de Mirana, que não era realmente capaz de odiar alguém.

– O que está fazendo aqui? – Alice perguntou em um tom hostil.

– Não tinha nada para fazer, então decidi ver como estavam as coisas por aqui. – Jennete deu de ombros como se fosse algo absolutamente comum e sem importância. – De qualquer forma, não tenho interesse algum em ajudar o Pitch, então podem me considerar do lado de vocês hoje, mas não se acostumem. – Sorriu com deboche e pôs-se a se aproximar ainda mais das duas, que ficaram mais alerta, e de Jacky, que ainda jazia inerte no chão. Abaixou-se ao lado da gêmea. – Se eu soubesse que você faria sozinha, eu nem teria me dado ao trabalho de tentar te matar. – Falou em tom baixo e com certa reprovação para ninguém em particular.

– Fique longe dela. – Alice advertiu no mesmo tom de antes.

– Vocês vão para a Escola. Eu a tiro daqui. – Jennete ignorou a loira e olhou para Mirana, que não parecia agressiva, parecia estar avaliando-a.

– De jeito nenhum! – Alice protestou.

– Não é como se vocês tivessem alguma escolha, é? – Jennete deixou o canto do lábio se erguer no semi sorriso desafiador, enquanto erguia Jacky e passava um dos braços da irmã por seu ombro, apoiando-a em si e levantando-a.

– Apenas fique sabendo que se você a machucar... – Mirana se pronunciou pela primeira vez desde que Jennete chegara, mas não terminou a frase. Já estava subentendido.

– Vão me matar? – Jennete arqueou uma sobrancelha, mantendo o semi sorriso desafiador no rosto. Era incrível quando parecia ainda mais com Jacky quando fazia isso. – Vão ter que entrar na fila, pois, pelo visto, haverá uma. – Brincou em um tom debochado.

Alice e Mirana ainda olharam para Jacky e Jenn uma última vez, cada uma com sua própria forma de ameaça no olhar, e saíram em direção ao Castelo de Hogwarts, embora fosse visível a relutância das duas até nos passos fracos e hesitantes que davam.

– Agora, vamos Jacky. – Jennete murmurou e rapidamente se pôs a andar até a Floresta Proibida o mais rápido que o peso de sua irmã lhe permitia ir.

Ela passou pelo corpo sem vida do pai e lhe lançou um último olhar indecifrável antes de desaparecer por entre as árvores com a irmã desacordada.

– Acha que deveríamos ter feito aquilo? – Alice questionou assim que chegaram às portas do castelo e adentraram na escola.

– Eu não acho que a Jennete queira machucar a Jacky. Pelo menos, não agora. – Mirana soltou um suspiro cansado e fez uma careta de dor ao notar que até suspirar lhe estava machucando. Talvez porque Alice estivera certa e ela estava praticamente se matando naquela batalha.

– Você confia demais nas pessoas. – Alice respondeu, embora não parecesse uma crítica e sim uma observação, algo inquestionável e que simplesmente era verdade, como o fato de Alice ser loira e Mirana ter cabelos brancos.

Mirana revirou os olhos e sentou-se numa maca vazia, olhando em volta, percebendo o estrago que a guerra estava causando. Havia centenas de pessoas ali, algumas não seriamente machucadas e apenas sentadas no chão, enquanto outras jaziam inconscientes ou chorando de dor nas macas. Definitivamente não era algo que ela queria ver. Não queria assistir ao sofrimento das pessoas sabendo que estavam lutando por algo que Pitch fazia por causa dela e dos outros Nove.

– O que está pensando? – Alice arqueou uma sobrancelha, percebendo a expressão repentinamente chateada da amiga.

– Não devia estar assim. – Mirana respondeu em um tom distante e impessoal, como se não fosse ela a falar. – Isso é entre nós e o Pitch. As pessoas estão se machucando por algo que nada tem a ver com elas.

– Não tem a ver? – Alice questionou com certa incredulidade, fazendo com que Mirana finalmente a fitasse. – Mirana, eles estão lutando pelas vidas deles. Pela liberdade deles. Ninguém mais quer tiranos como Black ou Voldemort no poder. Todos aqui têm algo pelo que lutar. Eu com certeza tenho. – Sorriu com ternura e Mirana retribuiu o sorriso, parecendo mais conformada com as palavras de Alice, embora ainda se mostrasse triste pela realidade à sua volta.

Jennete notou a respiração fraca e quase inexistente de Jacky, bem como os batimentos cardíacos irregulares e vacilantes, quando a colocou no chão por entre as árvores da Floresta Proibida.

– Você não me deixou matá-la, mas se matou? – Jenn falou em um tom debochado que escondia sua verdadeira preocupação. – Você é bem complicada, não é? – Riu baixo, mas não era um riso divertido, e sim vazio e desprovido de qualquer emoção aparente além do nervosismo.

O silêncio se fez presente no local. Jacky estava tão quieta que se não fosse pelo leve e quase imperceptível subir e descer de seu peito indicando que ela estava respirando seria possível pensar que já estar morta.

– Quer dizer que é assim? – Jennete recomeçou, não parecendo se dirigir a ninguém em particular. – Vai apenas morrer e deixar tudo como está? – Começou a ficar irritada. – Essa não é a Jackeline Slytherin que eu conheço. – Riu com o que ela própria havia dito, mas o som não era diferente do riso de antes. – Sabe... – Respirou fundo antes de continuar. – Aquelas coisas que eu disse para você, sobre te odiar, eram verdade. São verdade. – Fechou os olhos e soltou o ar que não percebera estar prendendo. – Eu odeio você. Eu odeio quando as pessoas preferem você a mim. Eu odeio quando você se sai melhor que eu em alguma coisa. Eu odeio que você seja melhor que eu em tudo. – Cerrou os punhos com tanta força que os nós dos dedos perderam completamente a pouca cor que tinham. – Eu te odeio, Jacky. – O canto de seu lábio se ergueu em um semi sorriso tristonho. – E sabe o que eu mais odeio? – Arqueou uma sobrancelha, ainda com os olhos fechados. – Eu odeio que você simplesmente morra assim e eu odeio mais ainda o fato de que eu não aguento ver você partir. – Deixou uma lágrima solitária escorrer por seu rosto.

O silêncio mais uma vez se fez presente ali e, desta vez, Jennete não parecia nem um pouco inclinada a rompê-lo. Quem o fez foi outra pessoa:

– Então eu não diria que você me odeia.

Jennete abriu os olhos em tempo de ver Jacky olhando para ela com um sorriso de canto cansado no rosto machucado.

– Você estava escutando, desgraçada? – A mais nova questionou, embora já soubesse a resposta.

– Estava. – Jacky brincou e se levantou com um pouco de dificuldade, ainda parecendo que as pernas não conseguiam mais sustentar seu próprio peso. – E eu também te amo, sabe? – Sorriu para Jennete, que a olhou surpresa.

Assim, a Slytherin mais velha começou a andar em direção aos Campos de Hogwarts, mas foi parada pela mão da irmã mais nova em seu ombro.

– Quer dizer que você nem consegue andar direito e está querendo voltar para uma guerra? – Jennete arqueou uma sobrancelha, trazendo em seu rosto uma expressão de falsa incredulidade.

– Sim. – Jacky respondeu com simplicidade, como se fosse algo absolutamente comum.

– Então vamos lá. – Jennete sorriu e entregou a varinha de Jacky à própria, que rapidamente a pegou.

Desse modo, as Gêmeas Slytherin seguiram de volta ao campo de batalha.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Ficou bom? Preciso mesmo que vocês deem suas opiniões.
Próximo capítulo: Recuo.