Atraída por um Darcy escrita por Efêmera


Capítulo 1
Travessuras do Destino - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Aqui está a minha mais nova fanfic. Ela já está bem adiantada, então irei liberar conforme vou revisando. No entanto, assim que eu liberar todos os que tenho aqui irei começar a postar a cada quinze dias.Essa fanfic dá um trabalho tremendo, porque precisei misturar duas coisas nada a ver, então tenham paciência comigo. hihi



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“Todas as garotas nascem para conhecer a pessoa destinada a estar com elas.”

E EU NÃO PENSAVA DIFERENTE. Embora ainda aos 17 anos, esperava aquela pessoa que seria a certa para mim. A pessoa que transformaria os meus dias “mais ou menos” em maravilhosos. Infelizmente, eu guardava esse tipo de pensamento fútil que pouco poderia, talvez, me favorecer futuramente. E sim, como se não fosse o bastante, ainda tinha um amor platônico pelo cara não só mais inteligente, mas também o mais rico da minha (ex)escola (eu poderia dizer do país, mas os netos da rainha estão aí para me desmentir). Pois é, eu tinha essa espécie de amor doentio pelo William Darcy, o estudante Classe A da minha ex-escola. Mesmo anos depois de ter sido transferida, pois o meu pai não tinha mais condições de pagar as mensalidades, mesmo com todo desconto que recebíamos, eu ainda ficava próxima ao metrô esperando Darcy passar em direção à escola. Eu sei, eu sei, todos já me mandaram parar com isso, mas o problema é que não consigo, mesmo sabendo que o grande e poderoso Darcy nunca olharia para a garota pobre que teve que abrir mão de muitas coisas por não ter dinheiro suficiente para tê-las – inclusive ele.

Eu ainda me recordo de quando era mais nova, quando, cansada de esperar que ele olhasse para mim, eu havia escrito uma carta para lhe entregar. Não me condenem – como se já não quisessem fazer isso depois de saber que eu era quase como uma sociopata perseguidora que vivia pelos metrôs –, mas a questão é que não se deve esperar muita coisa de uma garota de 14 anos com seus poucos hormônios em fúria e nada no cérebro.

Depois de passar toda a noite acordada escrevendo aquela que seria a minha primeira carta de amor, eu me arrumei depressa e corri para a escola. Como consequência, cheguei antes de todos e esperei na entrada por ele. Ele era maravilhoso. Mesmo tendo a mesma idade que eu, possuía um corpo de alguém no mínimo dois anos mais velho, enquanto eu, por outro lado, não passava de uma garota aguada sem peito. Assim que o vi, corri para perto dele e o apresentei o envelope, na esperança de que ele pudesse acabar com o meu pesadelo.

― Co-com lice-cença, Sr. D-darcy. Por fa-fa-favor, v-você poderia a-aceitar? ― pedi, meus olhos denotando o desespero que eu sentia para que ele aceitasse. Ele me avaliou e, de forma fria, respondeu:

― Não quero. ― O mundo ao meu redor escureceu, meus olhos encheram de lágrimas e a única coisa que eu conseguia pensar era “Ele nem sequer aceitou a minha carta, como poderia me aceitar?” E foi então que escutei os lamentos e risadas dos meus colegas ao redor, rindo de mim por estar naquela situação.

“Ela se declarou para o Darcy? Bennet fez isso? Parece que ela foi rejeitada rapidinho. E o pior de tudo é que foi na frente de todo mundo.” Já outros nem tão ‘solidários’... “Sério? Isso deve ter sido no mínimo embaraçoso. Bennet não é bolsista? Ela com certeza tem muita coragem por se declarar para alguém como Darcy. Parece até que não conhece o lugar dela.” Eles sabiam as minhas condições, deveriam saber que alguém do meu nível nunca poderia querer algo mais com um Darcy. Por sorte eu não demorei muito naquele meio, o meu pai me tirou da escola (mesmo que por outras razões) e eu me vi livre do bullying que sofria, mesmo que de forma moderada.

Não sei ao certo por que essas lembranças me assaltam, mas, por algum motivo, enquanto as minhas colegas de sala conversavam, eu só conseguia ficar revirando aquele meu momento...

― Lizzie! ― Os gritos de Char me despertaram, fazendo com que a pequena viajante aqui colocasse os pés novamente no chão e vivesse o presente com todas as suas maravilhas. ― Você me ouviu? ― O que ela falou mesmo? Acho que o meu rosto me entregou, porque ela revirou os olhos e começou a falar como sempre fazia... ― Com certeza você estava pensando novamente no Darcy... Bem, é verdade que ele é bonitão, mas definitivamente tem seus problemas como um humano. ―

― Exatamente. Embora já tenha 17 anos, ele não parece estar interessado em garotas. Há muitos garotos normais por aí, Lizzie... ― afirmou Jane com a sua costumeira voz de anjo, se aproximando para segurar a minha mão direita. Mas, claro, Collins tinha que aparecer nesse exato momento.

― ELIZABETH! ― Eu me perguntava se alguém poderia superar o seu grito. ― Onde você estava? Passei por sua casa, mas o seu pai avisou que já havia saído... Foi seguir aquele mauricinho novamente? Como pode gostar daquele nerd maldito quando tem a mim? Isso não é demais? ― Eu teria que cortar ele ali, ou então ficaríamos nessa mesma conversa pelo resto do dia.

― Eu não sou sua propriedade, William. ― respondi sem ânimo.

― Não precisa ser tão fria comigo, ainda sou o mesmo William Collins de sempre. ― tornou, com seu habitual desespero desnecessário. ― Eu não perdoarei Darcy por tê-la rejeitado, Lizzie. Eu não me importo se ele é um gênio com QI de 200 ou sei lá o quê, ele caminha como se toda Londres tivesse que se curvar aos seus pés! Quem ele pensa que é? Já basta! ― Se alguém alguma vez falou que apenas mulheres falavam demais, preciso desesperadamente apresentar o Will... ele é quase doente.

― É como você disse, Will. E eu não estava pensando nas coisas direito... está na hora de esquecer William Darcy definitivamente. Se ele realmente merecesse o que sinto, teria ao menos aceitado a minha carta, mesmo que depois jogasse fora. ― Isso era algo relevante. ― Eu não tenho gosto para homens. ― Para minha sorte, naquele momento o professor entrou na sala. Eu ficaria salva com as minhas lamúrias.

~~

― Você já terminou a mudança para a nova casa, Lizzie? ― indagou Jane assim que deixamos a escola e seguíamos para a estação de metrô.

― Sim. ― repliquei.

― Que legal! Uma casa nova. Nós iremos lhe visitar em breve. ― interpelou Char, com seu jeito descontraído de sempre. A viagem de volta para casa foi tranquila, em pouco tempo eu já tinha todas as minhas tarefas prontas e pude descansar um pouco até que meu pai retornasse.

― “Casas novas são ótimas!” ― pude ouvir a voz do meu pai embora estivesse em meu quarto. Não é como se ele gostasse de falar alto, mas a casa estava tão vazia que o som se propagava melhor. Deixei o quarto a tempo de pegá-lo indo até a cozinha para preparar o nosso jantar. Ou melhor, esquentar, já que durante a semana a gente se mantinha apenas com comida pronta, para evitar atrapalhar os meus estudos ou o trabalho do Sr. Bennet. ― Fico imaginando que essas seriam as exatas palavras da sua mãe. ― tornou, lançando uma piscadela para mim. E me olhando mais profundamente... ― Eu te fiz passar por uns momentos difíceis, Lizzie. Mas nós, pai e filha, podemos até mesmo construir uma casa se trabalharmos juntos. ―

Eu tinha que concordar com ele, aqueles últimos anos foram difíceis. Embora a minha mãe não fosse um daqueles exemplos de mulheres, que encantavam os maridos, o meu pai a amava (da forma dele) e eu tinha enorme adoração. Ok, ok... Eu era nova demais para sequer chegar a sentir vergonha dos gritos de alegria dela e de Lydia, minha irmã. Sabia que nos dias atuais não seria assim, mas a saudade me impedia de pensar na parte ruim de tê-las comigo novamente – definitivamente não existia esse lado.

Deixando de lado esses pensamentos infelizes que sempre me assombravam em alguns momentos apenas em olhar para o meu pai, concentrei-me em admirá-lo tentando preparar o jantar. Quando finalizado, depois de algum tempo que poderia ser evitado, jantamos e eu fui para o meu quarto terminar de arrumar alguns poucos pertences que ficaram fora de lugar. Quando dei por mim já era meia-noite e eu estava cansada demais para qualquer outra coisa, então me joguei na cama com a mesma roupa e caí em um maravilhoso sono, só acordando com o despertador do meu celular. É, estava na hora de encarar a realidade e cumprir promessas que deviam ser levadas a sério... Se eu tivesse força para isso.

Naquele dia, depois de muito enrolar, consegui ficar em casa até que Collins viesse me encontrar. Tenho que admitir que não ficava muito feliz em ser vista com ele em todos os lugares. Collins era um ótimo amigo, mas não me agradava ouvir piadas desnecessárias de outras pessoas. Imagina se Darcy escuta alguma coisa? Embora se ele escutasse, o que seria muito difícil, não iria se importar. Ele nem se lembra de mim! Mas voltando... A companhia de Will era uma ótima desculpa para não descer na estação “errada” e ficar à espera de quem eu deveria estar ignorando. Eu era uma fraca, minha palavra pouco valia quando se tratava de Darcy.

O dia passou normalmente, com aulas, depois almoço, depois mais aula e finalmente eu estava livre. Ainda me arrumava para retornar à minha casa quando finalmente liguei meu celular (eram proibidos durante as aulas, então eu simplesmente ignorava). Assim que o olhei levei um baque... 5 chamadas não atendidas e 2 SMS. E tudo do celular do meu pai. Fiquei apavorada. E se alguma coisa tivesse acontecido? Meu pai era a minha família, o meu mundo. Perdê-lo seria como abrir uma cova e me jogar dentro. Sem ele eu estaria morta. Abri a primeira SMS e levei um banque:

“Lizzie, onde você está? Está na escola mesmo? Por favor, me responda assim que receber esta mensagem!”

Meu Deus, o que era aquilo? Por que ele queria que eu confirmasse onde estava? Ele sabia que eu tinha aula, caramba. Alguma coisa estava errada, eu teria que descobrir ou sofreria um surto, então cliquei na segunda SMS.

“Meu amor, eu já falei com a sua diretora, ela confirmou que você estava em aula. Desculpe-me preocupá-la. Não volte para casa, estarei lhe esperando na saída da escola. Encontre-me lá assim que as aulas terminarem.”

Aquilo estava ficando cada vez pior. Meu pai vindo me buscar? Ele não fazia aquilo desde... desde... desde sempre! Ele não tinha tempo para essas coisas, como assim vir me buscar? Corri para a saída, colocando minha mochila de qualquer jeito sobre os ombros. Eu precisava encontrá-lo!


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Notas finais do capítulo

Há muito sobre Darcy que Lizzie nem sonha!Espero que estejam gostando. Como essa fic dá muito trabalho, novos episódios (não os que já estão escritos e que só faltam revisar, mas os futuros mesmo) dependerão da receptividade, pois falta tempo na minha vida, faculdade começa semana que vem. ^^ Como já expliquei, não sou de ficar pedindo comentários, ou seja, comentem se quiser. Bjs.



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