Os Chapéus de Palha finalmente haviam se reunido depois de dois longos anos separados. E assim que a situação complicada da Ilha dos Tritões foi resolvida, eles puderam aproveitar um pouco o tempo no local antes de partir novamente para mais uma aventura.

Foi então que Nami, Robin e Chopper decidiram sair um pouco para fazer compras e conhecer mais aquela ilha debaixo d’água.

Enquanto estavam indo de loja em loja – incluindo uma livraria, onde Chopper e Robin aproveitaram para comprar bastante livro – eles se depararam com uma pequena confeitaria. Decidiram entrar mais por Chopper, que apesar de ter comido praticamente todos os doces na festa do palácio há poucos dias junto com Luffy, ainda queria comer mais.

— Esses parecem deliciosos! — Nami falava, olhando hipnotizada para alguns pequenos doces de chocolate dispostos sobre o balcão.

— Compre alguns.

— Ah não Robin, não vou gastar meu dinheiro com doces! Além do mais, preciso emagrecer depois de comer tanto naquela festa...

Robin riu da amiga, enquanto Chopper já separava o que iria comprar, completamente distraído.

Horas mais tarde, os três piratas chegavam ao palácio, que é onde estavam hospedados depois de terem sido considerados praticamente heróis entre a população (embora Luffy não concordasse com isso, pois odiava ser intitulado de “herói”, era um pirata, oras!).

Chopper assim que chegou, foi logo se separando das meninas, correndo para a cozinha para abrir as embalagens de doce e comer tudo antes que Luffy visse.

Robin e Nami decidiram ir para o quarto, a fim de guardar as compras que haviam realizado e descansar um pouco.

Assim que entraram lá, no entanto, Robin foi logo dizendo algo à navegadora que a deixou curiosa e ao mesmo tempo confusa.

— Nami, feche os olhos.

— Ahn? Por quê?

— Apenas feche. Tenho uma surpresa para você.

Nami atendeu ao pedido da amiga, curiosa.

— Agora abra a boca.

— O que está planejando, Robin?

— É uma surpresa, oras. — A morena sorriu.

Nami sabia que Robin nunca faria nenhuma brincadeira de mau gosto com ela, de qualquer forma, então não tinha nada a temer. Sendo assim, ela abriu a boca, ainda com os olhos fechados, esperando o que viria a seguir.

Logo a mulher pôde sentir algo pequeno ser colocado dentro de sua boca. Ela logo fechou, tratando de mastigar.

— Doce? Você comprou para mim? — Ela abriu os olhos, fitando Robin, enquanto saboreava o pequeno doce de chocolate.

— Espero que tenha gostado.

— Claro que gostei, mas Robin, não precisava ter gastado seu dinheiro com isso! — Disse, embora tenha apreciado o pequeno mimo.

— Não se preocupe com isso. — A arqueóloga respondeu calmamente. — Além do mais, eu não disse que já poderia abrir os olhos, a surpresa ainda não acabou.

Nami ficou surpresa, mas decidiu não contestar. A curiosidade de antes foi retornando com força quando ela novamente fechava os olhos.

Dessa vez Robin não pediu para abrir a boca. Ela não falara nada.

Mas logo Nami descobriu o que era ao sentir seus lábios sendo pressionados contra outros que só poderiam pertencer à morena.

O beijo foi tomando forma, embora permanecesse calmo e, claro, com o sabor proveniente do chocolate que a navegadora acabara de comer.

— Senti saudades. — Robin disse ao se afastar e quebrar o contato com a outra.

— Também senti saudades. — Nami sorriu, puxando Robin para um segundo beijo.

A separação do bando foi incrivelmente dolorosa, mas nada era mais gostoso do que matar aquela saudade que as fez sofrer durante todo esse tempo distantes uma da outra.