( Não leia o capítulo antes de o aviso importante nas notas acima, se você já leu, Bom Capítulo =D )

Yuki Matsugaya Riko

Finalmente tinha acabado o inverno, mas mesmo assim estava um frio do caralho. Ainda bem que eu estava bem acostumada com o frio, por causa do Japão.

Eu sinceramente acho que me adaptei bem a essa faculdade. Os amigos de Akashi – ou melhor, Ash – são bem legais, por mais que Angeles seja um pouco inconsequente, Jake seja um pouco narcisista e Allan seja meio quieto.

Eles são bem legais.

Mas havia um dentre todos esses bestas, que era o rei dos bestas do qual eu não conseguia entender: Chester.

Eu o conheci depois que Jake e Angeles foram em sua festa junto com um tal de Derek e os dois começaram a andar com a gente de repente.

Ele só falava merda. Ficava tirando sarro de tudo com a Angeles, mas quando ninguém estava por perto, ele simplesmente mudava comigo. Ele era uma pessoa totalmente diferente e muito atenciosa, mas quando alguém chegava... BOOOMM, Chester virava o antigo Chester de novo e praticamente me ignorava.

Eu estava numa das lanchonetes da faculdade – não estava com vontade de aguentar o maior frio para ir em algum outro lugar pra comer. Eu estava sentada numa mesa para dois, tomando um café puro bem quente, enquanto petiscava uns biscoitos. Enquanto comia, eu lia o último capítulo de “Fairy Tail” que havia lançado.

Foi quando o babaca número 1 apareceu.

Ele era alto, bem mais alto do que eu e vestia uma calça jeans e apenas uma blusa de manga comprida, apesar do grande frio.

Isso me irritava MUITO nas pessoas.

— Oi baby — ele disse enquanto piscava para mim — posso me sentar.

— Na verdade, nã...

Ele já tinha sentado.

Malditos arrogantes.

— Olha, eu estou ocupada...

— Eu me chamo Ben. E você?

Eu me chamo “Saia daqui e nunca mais volte”.

— Yuki. Se é isso que você queria saber, eu já estou indo...

E apareceu o babaca número 2.

— Eita, Ben, estou vendo que você achou uma gracinha.

Ben-babaca riu.

— Isso sim, Cart, não é baby?

Minha paciência se esgotou.

— Não, é óbvio que não. Agora se os dois cavalheiros me derem licença, eu estarei bem longe de vocês.

O tal de Cart entrou na minha frente.

— Eu acho que não, lindinha.

— Olha, imbecil, eu não sou a menina super poderosa, mas pode apostar que eu sei chutar onde dói mais.

— Uh, a gatinha tem garras — Ben sorriu.

— Então é isso, gatinha, você vem com a gente.

— E se ela não quiser? — uma terceira voz perguntou.

Quando me virei, me deparei com Chester.

Ele olhava seriamente para os dois babacas. O Cart pareceu querer mijar nas calças e Ben tentou amenizar a situação.

— Hey, Chester, hm... Como vai, bro?

Chester não se moveu, mas sua expressão se agravou.

— Saiam daqui.

E não foi preciso dizer mais nada que eles saíram correndo. Suspirei aliviada.

— Obrigada.

— Eles fizeram alguma coisa? Te machucaram ou coisa do tipo? — ele ainda tinha aquela expressão muito séria.

— Não, relaxa.

Ele pareceu ter se aliviado um pouco.

— Bem, então é isso, vou indo — disse enquanto comia o último biscoito e pegava meu celular para ir embora.

— Mas... Ahm... Você não quer, sei lá, andar por aí, fazer alguma coisa? — ele perguntou meio tímido.

Arqueei uma sobrancelha.

— Até um de seus amigos aparecer e você fingir que eu não existo?

Okay, para alguém que tinha me ajudado, eu estava agindo como uma vaca, mas ele realmente estava me irritando por fingir que eu não existo perto de alguém. Era como se eu fosse como um papel que você podia descartar a qualquer hora.

— O que? — ele perguntou chocado — eu não...

— Então você nunca reparou. Olha, tudo bem, só tente parar de fazer isso, por favor, a última coisa que eu preciso é me sentir como um objeto reciclável.

Ele pareceu não saber o que falar. E ficou durante um tempo assim, só olhando nos meus olhos.

— Desculpa, Yuki, eu não fazia ideia...

— Já disse que tudo bem, Chester, desde que você tente parar com isso.

— Olha, que tal eu te recompensar? — ele disse com um sorrisinho no rosto.

— Como? — perguntei duvidosa.

Seu sorriso aumentou.

— Eu sei de um lugar bem legal que podemos ir agora.

E sem precisar dizer nada, eu o segui para sabe-se Deus onde.

Akashi Matsugaya

Jake estava mal. Eu podia perceber. Ele estava tomando aquela atitude “sou um fodão que não liga para nada e que tem uma mulher por dia”. Isso só significava uma coisa.

Ele queria afastar alguém.

Eu nem preciso dizer quem é, porque até um cego saberia disso.

Eu achei que ter Angeles no mesmo dormitório iria fazer ele melhorar sua atitude. E estava melhorando, mas algo aconteceu e ele voltou pra estaca -2.

A estaca onde ele é um completo babaca.

Já era o segundo dia que ele me ligava bêbado. Isso estava me irritando. Eu sempre o conheci e ele é como um irmão para mim, mas eu não sou sua babá.

Cheguei na balada às 4:00. Jake estava na calçada, bêbado, é claro.

Peguei pelo seu ombro.

— Vamos, senhor Eu-quero-dar-trabalho-ao-Ash. Você vai passar a noite hoje no meu quarto. Não quero que Angel veja você assim.

Ele soltou uma risada estranha.

Os poderes da bebida me assustam.

— Olha só, ô Ash, eu sou seu amigo, tá legal? — ele soltou um soluço — não chegamos ainda nesse nível de relação...

— Jake, faça um favor a sociedade e cale a boca.

— Você está falando igual a Chi.

— É claro que sim — disse, com toda sinceridade — afinal, eu e ela somos os que mais precisam te aguentar.

Chegando no meu quarto, eu o mandei tomar um banho gelado e emprestei uma roupa minha pare ele, o que não era difícil, já que nós tínhamos praticamente o mesmo tamanho.

— Eu ando fazendo coisas muito más, não? — ele disse, um pouco menos bêbado.

— Sim — eu disse, enquanto fazia um lanche leve para nós — mas isso é normal de você.

— Coitadinha da Chi, ela não merece isso, mas é necessário.

— Não, não é — disse suavemente — isso é covardia da sua parte.

Ele não concordou, mas também não contradisse. Suspirei alto.

— Toma, seu lanche.

Comemos em silêncio.

— Acho melhor eu passar a noite aqui mesmo, Chi anda tendo que aguentar muita coisa enquanto eu estou lá.

— Como... O que? — perguntei interessado.

— Ah, as vadias que eu levo para o dormitório, as mancadas ou coisas que eu digo para ela. Eu, às vezes, a ignorando...

Suspirei de novo.

— Olha Jake, você fala que tem motivos, mas só espero que sejam muito BONS seus motivos, porque a única coisa que você está conseguindo com tudo isso, é acabando com sua vida na faculdade e arrastando Angeles com você.

Mais uma vez, ele não disse nada.

Eu conhecia Jake fazia muito tempo, por isso sabia muita coisa do que tinha acontecido, mas às vezes Jake conseguia ser mais complicado que um cubo mágico.

— Olha, Jake, não adianta se lamentar ou o caralho a quatro agora. Vá dormir e amanhã você tenta não ser um babaca completo.

— Você me ama — ele disse, dando uma risada engasgada.

— Você sabe que sim — disse sarcasticamente.

Pouco tempo depois que ele pegou no sono, eu fui dormir. Não pude deixar de pensar em uma coisa, antes de dormir.

Só espero que você saiba o que você está fazendo, Jake.