Os Winchesters & Os Olimpianos - O Deus Perdido escrita por H R Martins


Capítulo 7
VI. Sam


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem cupcakes e mishamigos.



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CAPÍTULO 6: O acampamento para doadores de sangue... Quer dizer, meio-sangue!

SAM NÃO SE LEMBRAVA DE muita coisa desde que acordara naquela lanchonete. Quer dizer, ele não se lembrava de nada antes disso. Mas ele tinha certeza de que nunca na vida tivera uma experiência tão incrível quanto àquela. Ele duvidava que existisse no mundo sensação mais fantástica que a de voar num pégaso.

Estava se sentindo tão bem, que quase se esquecera de tudo que acontecera até aquele momento, até mesmo de como era absurdo pégasos existirem. Mas ali estava ele voando em cima de um. O vento dançava a sua volta, soprando seus cabelos escuros e meio compridos. Abaixo deles o Central Park e a cidade de Manhattan iam ficando para trás. Os pégasos eram tão velozes que em pouco tempo eles atravessaram o East River voando rumo a Long Island.

– Então, esse Acampamento Meio-Sangue? – Ele perguntou enquanto Jason guiava o pégaso pelos céus. Piper guiava o segundo acompanhada da menina de olhos bicolores e Kurt estava com Hedge – ele não pareceu nenhum pouco feliz com a ideia de ir com Hedge, mas acabou se conformando. – Você disse que é um lugar seguro. Mas é um acampamento para quê exatamente?

A ideia de que fosse um acampamento para doadores de sangue lhe parecia estúpida agora. Mas então por que teria aquele nome? O que aquilo queria dizer? Alguma coisa dentro de Sam dizia que não era algo bom. Meio-sangue podia significar muitas coisas. Podia simplesmente fazer referência às diversas classes raciais que viviam nos Estados Unidos. Ou algo bem ruim, que nada tinha a ver com classes raciais indígenas, negras ou brancas.

– O Acampamento Meio-Sangue é um dos únicos lugares seguros para pessoas como nós – explicou Jason. – O que nós somos... Acho que será mais fácil de ser explicado quando estivermos no chão.

Sam concordou, sentia que o que quer que ele fosse lhe contar precisaria de tempo para ser absorvido. Enquanto isso ele aproveitou a vista olhando para a cidade que desaparecia lá embaixo sendo substituída por vegetação e mato. Ele percebeu que já estavam chegando a Long Island.

– Ω –

Os pégasos pousaram e trotaram subindo uma colina no meio do nada.

Ao menos à primeira vista Sam pensou que só havia mato e plantas por ali. Mas então, quando eles alcançaram o topo da colina, ele avistou algo que o deixou sem palavras.

Lá embaixo do outro lado da colina havia um enorme vale. Há uns oitocentos metros de distância de onde estavam, havia uma casa de fazenda de telhados azuis e paredes rosadas. Dali de cima da colina era possível ver enormes prédios com colunas brancas – como aquelas antigas construções gregas – espalhadas pelo vale. Havia uma floresta que seguia da lateral da colina até o vale, repleta de bosques e um riacho, aninhados entre eles havia mais doze construções que formavam uma espécie de círculo com pernas – seria um ômega? –, algumas das construções pareciam meio antiquadas, mas todas eram incríveis como tudo naquele lugar. Sam também viu campos vermelhos ao redor, então ele percebeu que na verdade eram plantações de morango.

Ele respirou fundo. Aquele lugar era simplesmente...

– Impressionante! – murmurou a menina de olhos bicolores também olhando encantada para o vale abaixo deles.

– Incrível! – concordou Kurt.

Sam assentiu. Eles tiraram as palavras de sua boca. O lugar era realmente incrível e impressionante. Tão puro que Sam duvidava que existisse lugar mais limpo e belo que aquele. Mas como poderia ter certeza não é mesmo? Ele não se lembrava de nada. Pensar nisso o trouxe de volta a realidade.

– Bem vindos ao Acampamento Meio-Sangue – disse Piper saltando do pégaso.

Os outros também desmontaram. Os pégasos relincharam e se retiraram sobrevoando as plantações de morangos.

– Minha nossa! – exclamou Kurt alarmado. – O que é aquilo?

Ele apontava para um enorme pinheiro há alguns metros de distância de onde eles estavam no meio da colina. Demorou um pouco para Sam perceber que não era bem para o pinheiro que ele estava apontando e sim para o gigantesco pano roxo que envolvia o pinheiro e que estava... Se mexendo?

Sam semicerrou os olhos pensando se não estava vendo uma miragem ou algo do tipo. Aquele pano tinha asas? E um rabo comprido? E um pescoço, garras e dentes afiados? Ele piscou perplexo. Não era um pedaço de pano. Era um dragão!

– Aquele é o dragão Peleu – explicou Piper. – Não se preocupem. Ele não nos fará mal. Só está ali para proteger a árvore e as fronteiras do Acampamento.

Sam franziu a testa. Quanto mais tempo passava com aquelas pessoas mais acontecimentos bizarros e perguntas não respondidas surgiam. Mas antes que ele pudesse começar a perguntar algo, ele sentiu uma sensação estranha. Ao mesmo tempo em que ele estava encantado com aquele lugar e impressionado com o dragão, os pégasos e toda aquela loucura acontecendo, Sam sentia um formigamento em suas entranhas, como se seus instintos pressentissem que havia algo errado por trás daquilo tudo. Ele não devia estar ali. Sam se sentia como se estivesse em território inimigo, como se aquelas pessoas fossem tentar matá-lo a qualquer momento – Jason podia facilmente eletrocutá-lo como fizera com os cavalos em Manhattan. De repente ele desejou ter algo com o que se defender – um revólver seria bom.

Ele balançou a cabeça. O que estava pensando? É claro que eles não eram inimigos e é claro que não tentariam atacá-lo. Sam não sabia de onde viam esses pensamentos, mas não queria mais pensar sobre isso. Talvez seus instintos estivessem errados.

– Vamos – conduziu Jason descendo a colina. Hedge já corria colina abaixo daquele jeito meio estranho como se fosse cocho. – Quíron vai querer falar com vocês.

– Quíron? – perguntou Sam achando aquele nome estranhamente familiar.

– Ele é o diretor de atividades – respondeu Piper com um sorriso. – Vocês vão gostar dele.


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Notas finais do capítulo

Sei que a história ainda está confusa e "enrolada". Mas prometo pelo Rio Estige que o objetivo vai se desenrolar no tempo certo. A intenção é deixar todos confusos e curiosos como os personagens estão se sentindo e ir descobrindo tudo (ou quase tudo) quando eles também descobrirem. :)



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