3º Desafio Sherlolly! escrita por Anna Hiddleston


Capítulo 1
Beau


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e que comentem.
Boa leitura ;)
Anna.



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–Nós não sabemos o sexo Sherlock, acalme-se. - Molly riu enquanto lia seu livro, sentada na poltrona de Jonh.

–Mas e o quarto? Eu preciso saber de qual cor pintar, lilás, verde, caramelo, laranja... Precisamos saber o sexo Molly! - Sherlock insistiu.

–Eu não posso fazer nada se ele, ou ela, não quer que saibamos. - Molly acariciou sua barriga; ainda não muito grande, e sorriu quando sentiu um leve chute.

–Então, o que eu faço? Sento e espero até ele, ou ela, decidir abrir as pernas? - Sherlock resmungou, se sentando em sua cadeira, tamborilando os dedos no apoio de mão.

–Sherlock, quando eu nasci, meu quarto estava pintado de azul e o papel de parede era de carrinhos, eu pedi para meu pai repintar aos oito anos. Acredite, antes disso eu não me importava com a cor do meu quarto. Sherlock, relaxe. - Molly riu, o olhando como se ele fosse uma criança impaciente.

Toby pulou para o colo de Sherlock e o mesmo suspirou, passando a mão no pelo sedoso do gato.

–Sabe, esse negócio de ficar com pernas cruzadas é da sua família, minha mãe sempre soube que éramos meninos, o exame, que não era muito correto, as tradições antigas... - Sherlock murmurava. - Molly?

–Hm?

–Você tem tido... Algum sonho ultimamente?

–Ah, sim, alguns... - Molly olhou para Sherlock, curiosa.

–Algum com um bebê... Vestindo rosa, ou azul... Por que sabe, mulheres tem essas coisas de sonhar...

–Pelo amor de deus, Sherlock! Você parece a grávida do local! - Molly gargalhou, e levantou-se.

Molly tirou o gato preguiçoso do colo de Sherlock e se sentou no mesmo, se encolhendo.

Sherlock passou um braço por suas costas e enterrou o rosto em seu pescoço.

–Paciência, Sherlock. - Molly acariciou seus cachos.
–--

–Temos que fazer uma lista, Sherlock. - Molly anunciou ao entrar na sala carregando um pequeno livro e uma bandeja com chá e torta de morango.

–Lista de mercado? Eu não sei fazer essas coisas, peça para Mrs Hudson. - Ele pegou a bandeja das mãos de Molly e a colocou na mesa.

Mesa essa que por sinal estava limpa e sem milhões de papéis empilhados em cima, assim como a casa toda. Molly, sendo ela uma patologista, trabalhando em um lugar estéril, era meio óbvio que a sua casa também fosse assim. Apesar de não ter TOC, ela não gostava de respirar poeira.

–Não Sherlock, lista de nomes. - Molly sorriu contente ao ver Sherlock comer a torta.

–Nomes?

–Para o bebê.

–Ah, sim. Sugira-me alguns. - Sherlock roubou a torta de Molly com um sorriso e se sentou aos seus pés, com Toby lhe rondando, fitando a torta na mão do homem intensamente. - Sai para lá, gordo. É meu, você não pode. - Sherlock explicou para o gato que bufou mau-humorado.

–Bem, começaremos com nomes de garotos. Escolheremos o melhor e anotaremos, se for menino, já teremos um nome. Hm... Crew?

–Não.

–Ok,... Isaac?

–Não.

–Archie?

–Já conheço um. - Sherlock suspirou.

–Sua vez, escolha um nome, dessa lista ou... Um que você goste. - Molly passou o livro para Sherlock, que fitou-o por alguns minutos.

– Ewok?

–Sério, Sherlock?

–Tudo bem, estou brincando. - Ele piscou e voltou seu olhar atento para a lista.

– Reuben?

–Ew, não.

– Rufus?

–Ruffles? Não, obrigada.

– Alekzander.

–Bonito, transforme isso em um apelido para ver como fica...

Alex? Ou... Alek. - Sherlock retorceu o nariz. - Ah, não. Me lembrei de uma música, não é desse país, mas Alek não é um bom nome.

–Tudo bem, escolha outro, ou passe para mim.

– Beau.

– Isso é francês?

–Sim, significa bonito, belo.

–Eu gostei. Simples e... Beau Holmes. Combina, você não acha? - Molly sorriu para Sherlock que a olhava sonhador.

–É perfeito.

E se for menina? Que tal... Liberty?

–Haha, engraçadinha. - Sherlock se levantou e se esticou, bocejando. - Sugiro continuarmos amanhã.

– Sherlock com sono? Acho que você precisa ir ao hospital... - Molly se levantou, se esticando também.

–Acho que estou me sentindo muito doente. E olha só minha sorte, eu tenho uma doutora aqui comigo... - Sherlock a abraçou delicadamente.

– Hm, me conte o que sente. Vamos para o quarto e eu te examino. - Molly piscou e fugiu do abraço de Sherlock o puxando pela mão até o quarto.
–---

–Então quer dizer que ficou Beau para menino e Zoë para menina? - John perguntou olhando para o disco que Sherlock havia gravado com a última ultra de Molly.

–Sim, já que meu querido bebê é tímido e não quer mostrar as partes, escolhemos dois nomes. - Molly riu. - E Sherlock tem que ser paciente. Só mais três meses.

–Eu realmente estou ficando velha, não é? Charlotte já vai fazer um ano. Molly, pelo amor de deus, depois que nascer, aproveite, por que quando começa a colocar as coisas na boca, não há controle remoto que se salve. - Mary riu, olhando a filha que brincava no cercadinho.

–Pode deixar, vamos aproveitar. - Molly sorriu, olhando Sherlock pela janela.

–Parece que a relação dele com Mycroft melhorou, não é? - Mary perguntou para Jonh.

–Eles se falam mais agora. E Mycroft pode não aparentar, Molly, mas ele está emocionado com o herdeiro Holmes que virá. Eu sei disso. - John piscou, e Molly deu uma risadinha ao tentar imaginar Mycroft Holmes, "The Ice Man" segurando um bebê.

E Sherlock deu uma olhadinha para dentro, e fez um sinal de positivo, que Molly retribuiu.
–---

–Será que serei uma boa mãe? - Molly perguntou preocupada, deixando o livro de lado.

–Sim, você será, por que? - Sherlock perguntou confuso secando o cabelo.

–Eu li tantos relatos de mães, e tem depressão pós-gravidez, e séries de coisas que nos fazem perder a cabeça. Eu não quero ser como Laura... - Molly apontou para o livro, e passou a mão na barriga, preocupada.

–Molly... - Sherlock suspirou e envolveu Molly em seus braços. - Eu não posso te prometer que nada disso vai acontecer, por que até Mary "perdeu a cabeça" com Charlotte uma vez... Mas, eu vou estar aqui, qualquer coisa que aconteça. Mas você será uma mãe incrível Molly, sei que você vai dar seu melhor, assim como eu.

Sherlock beijou seus lábios levemente, e a ergueu nos braços.

–Sherlock, não faça isso. - Ela riu. - Eu fico enjoada. Nós, ficamos enjoados.

–Ah, desculpe. - Sherlock, o detetive implacável, corou e a colocou no chão novamente.

–Eu te amo, você sabe não é? - Molly sussurrou apoiando a cabeça no peito de Sherlock.

–Eu sei, desde sempre. E eu te amo também. - Ele beijou o topo de sua cabeça, a puxando para cama. - Minha Molly.
–----

A partir daquele dia Sherlock estaria fazendo uma pausa em seu trabalho.

Ligou para Lestrade, e pediu para que os casos fossem direcionados para outra pessoa, por pelo menos uns sete meses.

Poderia ser muito tempo, mas Sherlock não estava realmente preocupado em pegar um caso, ele estava preocupado em como é que ele poderia se curvar como o bonequinho do livro.

Sherlock Holmes estava em uma sessão de Yoga especial para futuras mamães e estava em dúvida de quem é que não conseguia parar de rir, se era ele e Molly ou se eram Mary e John que estavam observando.

– Agora as mulheres vão deitar de lado e tentar colar o joelho no seio, na posição fetal. Algumas mães que já tiveram partos antes provavelmente sabem que essa é uma posição parecida na qual os médicos injetam a anestesia... Parceiros, ajudem suas meninas! - A professora falava em uma voz tranquila e lenta. -Agora a mesma coisa, só que com o outro joelho. Podem virar para o outro lado se quiserem.

–Molly, se eu dormir, me acorde. - Sherlock brincou, deitando a cabeça na coxa de Molly e fechando os olhos.

–Tudo bem. - Molly riu, falando baixinho. - Acho que vou dormir também. Eu não sei se faço os movimentos muito rápido, se a professora fala muito devagar, ou se tem muitas mães com dificuldade de fazer os movimentos.

– Acho que são todos os fatores. - Sherlock riu.

–Tudo bem pessoal, estão dispensados! Parabéns mamães, fizeram um ótimo trabalho, Reece, vem aqui, tenho dever de casa para você.

–Vamos embora, eu não quero ter dever de casa também,... - Molly puxou Sherlock pela mão com um sorriso.

–Mary, John! Rápido! - Sherlock os apressou.
–---

–Molly... Acho que precisamos nos casar. - Sherlock suspirou em seu ouvido.

–Oi? Como assim? - Molly se virou em seu colo para olhar para ele.

– Ah, você sabe... Casamento e tudo mais... Flores, vestidos, pessoas... Ou podemos fazer algo mais reservado... - Sherlock divagou.

–Sherlock, você sabe, não precisamos fazer isso. Casar.

–Você não quer casar comigo? - Sherlock perguntou, em um tom quase ferido.

–É claro que quero, Sherlock! E só... Você não precisa casar comigo só por causa do bebê, sabe? - Molly deu uma risadinha nervosa.

–Mas eu quero me casar com você, Molly Hooper. - Sherlock afirmou. - Apesar de já estarmos quase casados. Acho que não faz mal nenhum colocarmos isso no papel, e modificarmos um pouco seu sobrenome,...

Sherlock beijou o pescoço de Molly, que suspirou.

–Tudo bem então. Mas o Hooper vai ficar comigo. - Molly riu.

–Tudo bem então, Miss Hooper. - Sherlock se ajoelhou no chão, e pegou suas mãos. - Molly Hooper, Molly. Aceita ser minha mulher, mãe do meu filho e minha companheira para o resto de todas as minhas vidas, por que... Sabe-se lá quando vou precisar morrer novamente, não?!– Sherlock piscou, e sorriu.

–Sherlock, não quebre o clima. - Molly riu.

–Eu não tenho um anel para te dar agora. Mas eu prometo Molly, por você, nunca mais deixarei Toby preso do lado de fora do apartamento. - Ele riu, com lágrimas nos olhos.

Molly também riu, deixando as lágrimas escorrerem por suas bochechas magras.

Molly Hooper Holmes, aceita se casar comigo? - Ele finalmente perguntou, com um gigantesco sorriso.

–Sim, eu aceito me casar com você, William Sherlock Scott Holmes. - Ela o puxou para um beijo apaixonado.

Lágrimas quentes de felicidade dançavam no rosto de ambos, e Sherlock não pode parar de sorrir nem por um minuto.

–Eu vou matar John por essa. - Ele se referiu a ela saber o nome dele inteiro.

–Eu sei. - Ela riu.
–-------

Beau Hooper Holmes nasceu duas semanas depois.

Um menino forte, com olhos castanhos e cabelos encaracolados e pretos.

Beau nasceu com 2,743 Kg.

No dia 18-09-2013.
–--

Sherlock e Molly se casaram no cartório no dia 22-01-2014.
–--

Sherlock aprendeu a fazer biscoitos amanteigados no dia 03-02-2014.

E ele ainda não decorou que a Terra gira em torno do Sol.


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Notas finais do capítulo

Para quem não entendeu as sacadinhas:
Ewok - Star Wars (Olha no google prá vocês verem que coisa mais "fofa")
Alek- Alelek Lek Lek Lek Lek..., sim, sou idiota a tal ponto.
Liberty In - O Caso do Baskerville, lembram?
As datas não devem estar de acordo com o seriado, eu sei,... Não fiz reação, por que... A reação do Sherlock seria tediosa demais para ser escrita.
Se ficarem curiosas, na minha fanfic, ele ficaria 3 horas sem falar nada. E depois ele meio que explodiria com mil e uma perguntas.
E sim, Molly está morando em Baker Street. Toby também.
Espero que tenham gostado!
Com muito amor, e esperando reviews.
Anna.



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