I think we're alone now escrita por Angel Senpai


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Pela primeira vez consegui começar e terminar uma fic no mesmo dia, então, ja peço desculpas desde já caso não esteja digna desses gêmeos lindos de LC. =3

Dedico essa fic à Belial, minha player amada que joga DefAspro comigo no fórum, e que aos poucos está me fazendo amar o Aspros, apesar dele não merecer!! ♥ Brigadinha por ter me enviado a imagem linda da capa, e também por me ajudar com a sinopse! =3 E também à Belle Princesse, que me ensinou a amar e ser tarada pelo Defteros! Amo vcs meninas! =3

Deixo meus agradecimentos à Juh Violet, que apesar de não curtir twincest, me indicou a música linda da banda favorita dela! Brigadinha Juh, eu sei que vc vai ler só pra me mimar! ♥ *le chantagem emocional* -q

A música da fic é I think we're alone now, do The Birthday MassacreNo mais, espero que gostem, e boa leitura! ♥



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O entardecer no Santuário que coloria o céu no horizonte com nuances quentes e vibrantes podia ser observado através das pilastras do terceiro templo. A paisagem bem que poderia ser considerada um adorno natural belíssimo ao local, mas de certa forma, Defteros não gostava muito da idéia de ver o por do sol dali, pois não gostava de estar naquele lugar. Se não fosse apenas pelo seu irmão, não pisaria em alguma daquelas doze casas, às quais eram consideradas sagradas demais para a sua existência maligna.

Não que aquilo lhe importasse agora, pelo contrário, nunca se importou com as leis do Santuário anteriormente, no entanto, sentia-se particularmente incomodado com o fato de acreditar que elas, de alguma forma, haviam mudado seu irmão.

—Você demorou hoje, irmãozinho. —a voz de Aspros tinha um tom leve de sarcasmo ao abraçar o mais novo pelas costas de repente. Defteros não se moveu de onde estava, porém seu olhar endurecido pelos anos que crescera desprezado por todos se desfez instantaneamente em uma expressão amável;

—Estava esperando a ronda dos guardas da tarde acabar. Não queria criar confusão com eles, como sempre, irmão. —justificou o mais novo, fechando os olhos ao sentir Aspros afundar o rosto na curva do seu pescoço, causando-lhe as mais diversas sensações que lhe arrepiavam por inteiro. Elevou uma mão até os cabelos loiros do mais velho e enlaçou os dedos nos fios fartos, numa carícia leve, enquanto um misto de sensações lhe envolvia completamente.

—E para quê se preocupar com isso agora?—um sorriso de canto se estendeu na face alva do mais velho que logo o virou de frente para si, encostando-o contra um dos pilares da casa de Gêmeos, e encarando-o com altivez diretamente nos seus olhos, Aspros continua:—Até parece que você não conseguiria dar cabo deles agora... Agora que cresceu.

—...—Defteros se mantém em silêncio, um pouco sério diante da total despreocupação do irmão com aquele assunto com o qual sempre se revoltou. De fato Aspros havia mudado muito, e isso irritava o mais novo completamente. Queria ao menos uma vez poder vê-lo de novo com aquele olhar radiante que sempre o encantava tanto quando eram crianças. Mas parecia que aquela busca incansável por poder havia consumido o seu irmão, que antes era amável e carinhoso, totalmente.

Agora só tinha aquele que estava bem ali a sua frente, lhe devorando com um olhar lascivo e um sorriso malicioso no rosto enquanto desprendia de si aquela máscara de madeira que era obrigado a usar desde criança. Era extremamente agradável poder se livrar dela por alguns momentos, principalmente pelas mãos do seu irmão maior. Poder sentir o toque dele, o seu cheiro tão próximo a si, o seu calor... Era totalmente irresistível e indescritível a sensação daquele momento para Defteros:

—Aspros,deveríamos ir para outro lugar... —murmurou, sentindo a brisa fresca do local lhe tocar o rosto, junto com a respiração quente do gêmeo mais velho que estava tão próximo.

—Por quê? Eu adoro o conforto do meu templo de Gêmeos, nem pense que vou com você para aquela sua cabana horrorosa no vilarejo ou qualquer outro lugar, irmãozinho. —rosna Aspros, erguendo uma sobrancelha com um olhar desdenhoso.

—Só acho que aqui pode chegar alguém a qualquer momento... —resmunga o mais novo, abaixando o olhar um pouco obstinado, se perguntando por que raio ainda insistia em ir se encontrar com o irmão daquela forma.

Não que se importasse com a relação incestuosa que ambos vinham mantendo já há alguns anos, tão pouco com os tabus que denotavam a mesma como algo errado e pecaminoso. Tendo em vista as profecias que envolviam seu destino como nascido sob uma estrela ruim, ter se envolvido com o próprio irmão dessa maneira era o menor dos seus problemas. Ele amava Aspros, sempre o amara! E como! Por ele seria capaz de condenar e ou corromper sua alma mais uma vez se fosse preciso.

Não que tivesse uma alma que já não fosse condenada pelo mal.

Mas pelo seu irmão maior era capaz de tudo. Era o que Defteros pensava, enquanto levava uma mão ao rosto alvo do mais velho, depositando uma leve carícia nos lábios dele, lábios esses que tanto o seduziam, desde antes de descobrirem essa atração fatal que nutriam um pelo outro.

—Ninguém vai entrar ou sair desse templo sem a minha permissão. —ditou Aspros, voltando a estampar seu melhor sorriso sensual ao levantar o rosto do irmão com um dedo, obrigando-o a lhe fitar: —E isso inclui você também, Defteros.

O mais novo responde apenas com um meio sorriso de canto, totalmente incapaz de dizer não à Aspros, como sempre. De alguma forma, insistia em acreditar que aquele menino bondoso e carinhoso que ele sempre fora, ainda residia em algum lugar dentro daquele homem sensual e malicioso que ele havia se tornado.

Por um momento Defteros se deixou remeter à época em que ambos eram mais jovens, e Aspros, um aspirante a santo de ouro, ainda era aquele irmão preocupado que sempre lhe protegia aos arredores do Santuário das surras que levava dos guardas ao ser pego por lá; ou que sempre corria para cuidar de si quando estava doente; ou ainda, que fugia do seu mestre durante os treinos só para poderem passar algum tempo juntos.

Ainda se lembrava do quanto o mais velho ria dos sermões que ganhava do mestre ao fugir para matar tempo com o seu gêmeo renegado daquela forma. Mas nenhum dos inflamados discursos pareciam lhes fazer trocar o tempo que tinham juntos, se divertindo livremente, como se nada no mundo todo fosse mais importante do que estarem perto um do outro.

[Flashback on]

Children behave
That's what they say when we're together
And watch how you play
They don't understand
And so we're...

("Crianças, comportem-se."
É isso o que dizem quando estamos juntos
"E prestem atenção como vocês brincam."
Eles não compreendem,
E então nós estamos...)

—Tem certeza que não tem problema sair dos seus treinos assim, irmão? —perguntava Defteros, enquanto corria praticamente arrastado pelo irmão que o segurava pela mão, puxando-o por entre as árvores dos bosques que existiam ao redor do Santuário.

Running just as fast as we can
Holdin' on to one another's hand
Tryin' to get away into the night
And then you put your arms around me
And we tumble to the ground
And then you say


(Correndo simplesmente tão rápido quanto podemos,
Segurando na mão um do outro,
Tentando escapar dentro da noite.
E então você coloca seus braços ao meu redor,
E nós caímos no chão.
E então você diz:)

—Você se preocupa demais Defteros! Claro que não tem problema! —dizia Aspros, quando eles já chegavam a uma clareira em meio ao bosque, e envolvendo o pelo pescoço em um abraço carinhoso, o empurra contra a grama, na qual havia um leve declive,o que faz com que ambos rolem divertidamente pelo vasto tapete de folhas verdes, distribuindo gargalhadas que se misturavam com o farfalhar das arvores ao vento. Aquele era o sorriso mais lindo do mundo, pelo menos na concepção do gêmeo mais novo que fitava de perto o irmão quando finalmente caíram deitados, um ao lado do outro, ofegantes e sorridentes; o mais velho então continuou: —Eu acho que estamos sozinhos agora, irmãozinho.

I think we're alone now
There doesn't seem to be anyone around
I think we're alone now
The beating of our hearts is the only sound

(Eu acho que estamos sozinhos agora,
Parece não haver ninguém por perto.
Eu acho que estamos sozinhos agora,
A batida dos nossos corações é o único som.)

Eram tardes como aquelas que faziam com que tudo o que passava sendo hostilizado por sua maldição de nascença, valesse à pena. Não se importava de ser considerado uma mera sombra do irmão que tanto amava e admirava. Ele simplesmente era tudo o que lhe importava e lhe dava forças para continuar a levar a vida que levava.

—Você não está sentindo irmãozinho? —diz o mais velho, quando ambos se sentam de frente um para o outro, e levando a mão até o peito do mais novo, ele continua: —Os nossos corações batem iguais. Isso é tudo o que importa.

—Aspros... —murmurou o mais novo,com a voz baixa sob a máscara, sentindo o toque e as palavras do irmão lhe preencherem daquilo que considerava ser a sua alegria plena. No entanto, ainda se preocupava com o fato de ser o motivo de treinamento dele ter sido interrompido. —Nós deveríamos voltar agora.

—Olha só, nós não podemos ficar por perto do Santuário para ficarmos juntos assim. E eu não me importo com o que o mestre vai dizer por eu ter escapado.—alega o mais velho, com a animação que lhe era tão peculiar, e inclinando-se um pouco para mais perto de Defteros, ele continua: —E lá, nós não poderíamos fazer isso...

Look at the way
We gotta hide what we're doin'
Cuz what would they say
If they ever knew
And so we're

(Olhe o caminho,
Nós temos de esconder o que estamos fazendo.
Pois o que eles diriam
Se soubessem
E então estamos...)

—Isso o que, irmão? —indaga o mais novo, sentindo-o tirar sua máscara com agilidade suficiente para não lhe dar tempo de protestar. Naquela época ele ainda acreditava que poderia fazer algum mal a qualquer um a sua volta caso não a carregasse em seu rosto.

—Isso.—respondeu Aspros, aproximando-se mais e depositando um beijo nos lábios de Defteros, que sem resistir, apenas retribui minimamente, sentindo o calor e o carinho daquele óculo delicado lhe inebriar por completo.


Running just as fast as we can
Holdin' on to one another's hand
Tryin' to get away into the night
And then you put your arms around me
And we tumble to the ground
And then you say

(Correndo simplesmente tão rápido quanto podemos,
Segurando na mão um do outro,
Tentando escapar dentro da noite.
E então você coloca seus braços ao meu redor,
E nós caímos no chão.
E então você diz: )

[Flashback off]

Já era tarde da noite quando Defteros ainda observava a mesma paisagem no horizonte do Santuário, agora tomada por um manto negro azulado, iluminado pelos pontos luminosos que formavam constelações. Levantou-se da cama, sem ter o cuidado de não acordar Aspros, que parecia profundamente adormecido ao seu lado depois dos momentos intensos que tiveram. Olhou em volta procurando suas roupas, mas quando ia se levantar da cama para pegá-las, sentiu seu pulso ser preso pela mão do mais velho que o impede de se afastar:

—Onde pensa que vai Deft?

—Eu já disse que não gosto de ficar aqui no templo de Gêmeos. —rosnou em resposta, desviando o olhar para qualquer ponto do quarto.

—Você se preocupa demais Defteros! —resmunga Aspros, levantando-se também, o que chama ligeiramente a atenção do mais novo, por ouvi-lo falar exatamente como naquele dia; se voltou para ele, ouvindo-o murmurar com a voz sensivelmente embargada pelo sono: —Eu já disse que não tem problema.

—Irmão... —murmura o geminiano mais novo, sentindo uma ponta de felicidade lhe acudir ao perceber que de alguma forma, Aspros ainda mantinha algo daquela época. O seu irmão que tanto amava ainda estava ali, em algum lugar perdido em meio a todo aquele egocentrismo.

E isso definitivamente fez o geminiano mais novo sorrir.

Aspros quase não pode perceber em que momento foi jogado de volta na cama, mas ao piscar após aquele movimento brusco, percebeu que o irmão estava sobre si, lhe fitando com a mesma intensidade que o prendia contra o colchão pelos pulsos. Um sorriso de canto que expunha uma de suas presinhas se desenhava no rosto de Defteros, que aproxima-se um pouco mais e sussurra rente aos lábios do irmão, que ainda o observava um pouco surpreso:

—Tudo bem então irmão... Eu fico mais um pouco com você. —o mais novo faz uma pausa breve, ao ver um sorriso de satisfação se desenhar no rosto de Aspros, que realmente adorava quando o caçula cedia às suas vontades; e então, ele continua: —Afinal, eu acho que estamos sozinhos agora.

I think we're alone now
There doesn't seem to be anyone around
I think we're alone now
The beating of our hearts is the only sound

(Eu acho que estamos sozinhos agora,
Parece não haver ninguém por perto.
Eu acho que estamos sozinhos agora,
A batida dos nossos corações é o único som)


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e aguardo suas críticas, opiniões e xingamentos ao Aspros no comentários! =3