Mystical escrita por Eduardo Mauricio


Capítulo 6
Capítulo 05 - Rapunzel




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/488843/chapter/6

Em casa, enquanto navegava pela internet, tudo em que conseguia pensar era Jacob Smith. Quem era ele? Onde ele estava? Por que havia assassinado um garoto inocente? E o mais importante: Ele era realmente o assassino?

Kevin não estava nada satisfeito com a ideia de ter que esperar para obter os resultados das amostras de DNA. Poderia demorar muito tempo. Precisava de mais provas concretas. Pegou seu celular e discou o número de Joshua. Apertou em chamar e esperou três bipes.

– Kev? – Joshua perguntou do outro lado da linha.
– Precisamos voltar na cena do crime – Kevin disse.
– O que?
– O assassino está por aí, temos que agir rápido ou ele vai fugir.
– Não, nós temos que esperar as amostras de DNA na cena do crime, é isso.
– Você não está me ouvindo, Joshua, nós temos que agir rápido!
– Fique calmo, vai dar tudo certo, eles vão achar o desgraçado pelas digitais e tudo o que precisamos fazer é ficar esperando.
– Eu não vou deixar aquele desgraçado agir outra vez, não aqui, não agora – Kevin concluiu e desligou o celular, sem esperar resposta.

Já era tarde da noite. Blair já estava dormindo. Ele pegou seu celular e sua carteira e colocou em bolsos diferentes na calça. Depois foi até seu quarto e sem fazer barulho, pegou sua pistola e guardou dentro da calça. Pegou as chaves do carro e saiu.

A noite estava fria e silenciosa, o carro estava parado do outro lado da rua. Kevin caminhou até ele e olhou para os lados. A rua estava vazia, a não ser por um cachorro vagueando, o carro de Kevin e um carro azul no fim da rua, uma caminhonete velha que ele nunca havia visto na cidade.

Ele entrou no seu carro, deu partida e foi embora.

***

Estava chegando à casa dos Jacksons novamente. Dirigindo pela pequena entrada de terra até a casa. Quando chegou à propriedade, desceu do carro e pegou uma lanterna, já diferente da parte de fora (Que continha um poste), o interior da casa estava totalmente escuro.

Ele girou a maçaneta e a porta se abriu com um rangido. Ele ligou a lanterna e entrou na casa escura, procurando por um interruptor. Quando o encontrou, acendeu a luz da sala e desligou a lanterna, colocando-a em cima de um pequeno móvel de madeira com porta-retratos da família.

Foi até a cozinha, acendeu a luz e começou a procurar imediatamente por uma pista que o levasse ao assassino. Procurou embaixo dos móveis, dentro das gavetas e portas, mas não encontrou nada. Nenhuma evidência que pudesse o levar a Jacob Smith, fosse quem diabos fosse esse homem.

***

Depois de passar uma hora procurando dentro da casa inteira, Kevin desistiu.

– Mas que merda! – Ele chutou a mesinha de dentro após procurar embaixo do sofá.

O assassino cobriu perfeitamente o seu rastro. Não havia como Kevin achar, sozinho, alguma pista sobre ele, então ele decidiu que iria pra casa ficar com sua esposa e descansar um pouco, porque no dia seguinte o resultado do DNA encontrado na cena do crime provavelmente chegaria na delegacia de Misty.

Kevin saiu da casa, entrou no carro, ligou e foi embora.

***

Misty. Dez e trinta e seis da noite.
Emily Jenkins estava em seu quarto, conversando com o seu namorado por mensagens de texto.

“Quando você vem?” Ela perguntou, digitando rapidamente.
“Já estou chegando, minha querida Rapunzel” Ele respondeu.
“Minha querida Rapunzel? Kkkkkkk, de onde tirou isso?”
“Estou te esperando, meus pais não estão em casa”
“Vou entrar pela janela”
“Por quê?”
“Porque eu sou seu príncipe e você é minha Rapunzel”
“KKKKKKKKKK Você me mata com suas ideias”

Emily levantou-se de sua cama e foi até o espelho verificar sua aparência. Estava realmente muito bonita. Preparava-se para passar um pouco de batom, quando ouviu um bipe e correu para ver a mensagem que o namorado havia mandado.

Ela pegou o celular e olhou, mas não era uma mensagem de Thomas, e sim de um número desconhecido.

“Ele não vai aparecer” A mensagem dizia.

Ele não vai aparecer? Quem mandaria isso?

Outra mensagem chegou, do mesmo número.

“Thomas não vai aparecer, nunca mais vai aparecer” Ela dizia.

Ela enviou uma mensagem para Thomas.

“Você está me assustando”
“O que?”
“De quem é esse número desconhecido que você está usando para enviar mensagens?”
“O que? Eu estou enviando do meu número”
“Eu estou recebendo mensagens perturbadoras de outro número desconhecido”
“Que tipo de mensagens?”
“Espera um pouco...”

Emily tirou um print da mensagem e enviou. Depois de alguns segundos, ele mandou uma mensagem.

“Não fui eu quem enviou isso”
“Você contou para alguém que estava vindo pra cá?”
“Não”
“Venha logo, eu estou com medo”.
“Já estou chegando”

Emily voltou para frente do espelho e passou o batom.

Ouviu um barulho no cano que ficava do lado de fora da casa e se estendia até o primeiro andar e foi olhar.

– Ele vai quebrar o cano – Ela disse para si mesma e foi até a janela.

Estava escuro, não dava para ver se ele já estava perto, mas estava subindo.

– Thomas, você vai quebrar esse cano e meu pai vai me matar!

Ele não disse nada, estava com dificuldade para subir.

Emily riu e sentou-se na cama, deixando da janela aberta para que ele entrasse.

Quando Thomas entrou no quarto, ela estava olhando para a tela do celular, para as mensagens misteriosas.

– Deixa eu te mostrar as mensagens – Ela disse, procurando na caixa de entrada. Depois de alguns segundos, ela encontrou – Aqui.

Ela entregou o celular e ele e percebeu que ele estava de capuz, escondendo o rosto.

– Tira esse capuz garoto, não está frio aqui dentro... Muito pelo contrário – Ela se levantou e tirou o capuz dele. Quando fez isso, teve uma grande surpresa. Não era Thomas. O homem virou o rosto e colocou de volta o capuz, então revelou uma faca dentro do casaco.

– Quem é você? – Emily perguntou.

O homem não respondeu nada. Ela não o conhecia. Ele começou a andar em direção a ela, com a faca erguida no ar.

– Quem é você?! – Ela gritou e então pegou o abajur, tirando o aparelho da tomada.

Quando o homem avançou rapidamente, ela gritou alto por socorro e bateu com o abajur na testa dele. O assassino afastou-se e colocou a mão no ferimento que estava sangrando, então avançou novamente, batendo com o lado contrário da faca na têmpora esquerda de Emily, que caiu inconsciente no chão.

***

No dia seguinte, Kevin acordava ao som do seu celular tocando às cinco e meia da manhã. Com o mínimo de esforço, ele tateou pela mesinha de cabeceira e pegou o aparelho, viu que era Burke então atendeu.

– O que houve? – Ele perguntou olhando pro despertador que marcava 5:32. Era estranho, Burke só ligaria tão cedo em caso de emergência.
– Venha correndo para a casa dos Jenkins, Kevin.
– O que? Por quê?
– Não pergunte, apenas corra logo pra cá, a coisa tá feia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mystical" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.