A Saga de Ares - Santuário de Sangue escrita por Ítalo Santana


Capítulo 11
Capítulo 11 - O anjo de asas quebradas


Notas iniciais do capítulo

As Moiras se revelam no céu noturno, a lua de sangue começa a surgir e Deimos fica ainda mais violento. Seiya vs Deimos em sagitário.



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Capitulo 11 - O anjo de asas quebradas.


Doze casas – Santuário

Deimos e Phobos estavam subindo as doze casas indo ao encontro de Atena. Phobos enfrentou Shun em Áries, mas o derrotou mostrando ao Cavaleiro de Andrômeda os seus mais profundos medos.

Os deuses passaram pelas casas de Áries, Touro e Gêmeos e agora estavam diante da casa de câncer. Ao se aproximar da entrada da quarta casa, Deimos deu um leve sorriso.

— Qual a graça Deimos?

— O cheiro que exala dessa casa... é terror e morte.

Phobos encarou Deimos por alguns segundos e depois olhou em direção a lua, a qual estava ficando vermelha.

— O despertar completo do nosso pai começou. — Phobos continuou a encarar Deimos. — Seus olhos estão ficando cada vez mais vermelhos. Isso quer dizer que o selo que restringe os nossos cosmos está perdendo o efeito.

— Percebi durante a luta com o Andrômeda. — disse Deimos.

— Seu espírito é de guerra e não de pacifista, mas não se descontrole agora. Você vai precisar de toda essa ira quando chegarmos no Templo de Atena.

— Como você consegue ficar tão calmo dessa forma?

— Aprendi que a astucia é mais importante que a violência. — respondeu Phobos.

Deimos voltou a correr em direção ao templo de Atena, subindo as doze casas. Phobos o seguiu. Ambos desapareceram na escuridão da casa de câncer.

—...—


Casa de Áries – Doze casas

Shun estava sentado nas escadas da casa, sofrendo com o efeito do golpe de Phobos. Seu cosmo aumentava e diminuía descontroladamente. Dos seus olhos ainda escorria sangue e ele estava suando, mesmo não sentido calor algum, pelo contrário, estava tendo calafrios.

— Vítima de Phobos, Andrômeda? — perguntou um homem encapuzado que estava subindo as escadarias de Aries.

Shun se esforçou para ficar de pé, mas suas pernas tremiam e ele cedeu ao chão, ficando de joelhos. O homem parou diante dele e um jovem rapaz, trajando a armadura de prata de lagarto, apareceu ao seu lado e foi direção a Shun.

— O senhor está bem? — perguntou o rapaz, se ajoelhando e colocando a mão no ombro de Shun.

Shun levantou a cabeça e encarou o jovem. Olhos azuis e cabelos dourados.

— Alec...

Antes que Shun terminasse de falar, ele levou um soco na barriga e foi arremessado para o alto, caindo em seguida no chão.

— O que está... fazendo... Alec?! — perguntou Shun, com dificuldades e cuspindo sangue.

— O senhor não precisa mais lutar. — respondeu. — Nessas condições acabará sendo morto. Vamos terminar com isso aqui. Atena logo morrerá e o Senhor Ares irá governar a Terra.

Com o sistema nervoso descontrolado e o seu cosmo desequilibrado, não tinha como Shun reagir. Alec também não esperou e então aplicou um soco no rosto de Shun, que cedeu desmaiado, mas o Cavaleiro de Lagarto o segurou.

— Cerberus! — chamou Alec.

Um homem alto e forte de cabelo longo ruivo e olhos verdes se aproximou de Alec. Trajando a armadura de prata de Cerberus, em cada mão ele segurava uma corrente grossa e em cada uma tinha um imenso globo de ferro pontiagudo. Seus olhos estavam vidrados, como se quase não piscasse. Sua pupila, que deveria ser preta, estava prateada. Um efeito do golpe de manipulação de Anteros.

— Dorie de Cerberus se apresentando.

— Com cuidado, leve-o para a prisão do santuário. — disse Alec, olhando para Shun. — As paredes da prisão são seladas desde a era mitológica. Nem mesmo um cavaleiro de ouro consegue romper aquelas celas. Provavelmente também deve suportar a força de um lendário.

Dorie se apressou e tomou Shun em seus braços

— Sim senhor!. — disse o cavaleiro de prata. Cerberus envolveu Shun com as correntes e o colocou no ombro, seguindo em direção a prisão.

— Trate-o com cuidado. — disse Anteiros, caminhando lentamente até parar atrás de Alec. — Afinal ele é o mestre de Alec.

Alec não respondeu ou expressou qualquer reação. Ignorou e continuou a andar em direção a casa de Aries. Anteros tirou o capuz e deixou seus longos cabelos roxos soltos. Seus olhos prateados, que ainda observavam Alec, eram deslumbrantes como duas luas brilhantes. 

— O cosmo de Éris sumiu. — disse Anteros para si mesmo.

Ele olhou para a lua, que estava ficando vermelha, e sorriu. Nuvens pesadas começaram a se formar, como se fosse chover, mas nenhuma nuvem cobria a lua. Todas se acumulavam ao redor dela, deixando o céu todo negro e exibindo uma lua quase vermelha brilhando intensamente.

—...—


Casa de Sagitário

— Não dê um passo se quer. — disse Seiya, apontando a flecha de ouro de sagitário para um homem que estava subindo as escadarias.

O homem parou de andar, olhou para Seiya e sorriu, e logo voltou a caminhar novamente.

— Seiya de Sagitário, não é? — perguntou o homem retirando a espada da bainha que carregava nas costas.

Seiya esticou a flecha no arco e a disparou. A flecha acertou o chão, como um aviso.

— Repito, se continuar a subir até aqui, não hesitarei em disparar uma flecha diretamente em seu peito. — disse Seiya.

O homem ignorou e continuou a subir. Quando o homem chegou no meio da escadaria, Seiya elevou o cosmo e disparou a flecha. A flecha de sagitário saiu cortando o ar e brilhando com o cosmo de Seiya em direção ao invasor, mas antes que a flecha atingisse o indivíduo ela parou. Olhos vermelhos brilharam e a flecha começou a girar no ar e voltou em direção a Seiya rodeada por um cosmo vermelho. Seiya se esquivou da flecha, mas teve o ombro da armadura arranhado por ela.

— Ótimo reflexo. — disse o homem. — Teria perdido o ombro se não tivesse se desviado.

Seiya olhou espantado para o invasor, o qual continuava a subir as escadas, emanando um como ameaçador.

— “Eles fez como Poseidon naquela vez! Parou a flecha e a lançou contra mim.” — pensou Seiya, ficando em postura de ataque. — Você é um berserker de Ares?

O homem parou e sorriu.

— Não sou um dos berserkes...

— Somos os príncipes da guerra. — a voz vinha junto com o soprar do vento. — Somos os filhos da guerra. O Terror e o Medo. — disse Phobos, surgindo de trás de Deimos — Somos os filhos de Ares. Eu sou Phobos, o deus do medo e ele é...

— Eu sou Deimos, o deu do terror! — Gritou Deimos, saltando de onde estava e partindo com a espada na mão em direção de Seiya. O impulso dado por Deimos fez o chão afundar.

Seiya usou o arco para se defender e ficou cara a cara com o deus do Terror. Deimos intensificou o cosmo e investiu contra Seiya, mas o Cavaleiro de Ouro saltou para trás abrindo as asas de Sagitário e aproveitou a distância entre ele e Deimos para atacar.

— Meteoro de pegasos! — mais de um bilhão de socos por segundos foram disparados, mas nenhum se quer acertou Deimos. Todos os meteoros evaporaram antes mesmo de encostar no deus. — “Não é possível... — pensou Seiya. — ele parou a flecha e a lançou contra mim, assim como Poseidon fez, e agora se defendeu dos meus meteoros sem levantar um dedo, da mesma forma que Thanatos. Estou de fato diante de um deus!”

— O que foi Seiya? Achou que um misero golpe como esse iria me ferir? — Deimos sumiu e reapareceu diante de Seiya. — Idiota!

O deus deu uma chute no abdome de Seiya e o golpe fez o cavaleiro de ouro cuspir sangue enquanto era arremessado contra uma parede. Seiya girou no ar antes de colidir e aproveitou a parede para apoiar os pés, gerando impulso e avançando em seguida em direção de Deimos com o punho concentrado com cosmo.

— Relâmpago Atômico! — gritou Seiya e abriu as asas parando assim sua investida e disparando o golpe contra Deimos.

O golpe seguiu como um relâmpago, emitindo incontáveis rajadas de luz. Pego de surpresa achando que Seiya iria lutar corpo a corpo, Deimos não esperava que ele aplicasse um golpe a longa distância de novo e assim acabou recendo o golpe em cheio, sendo arremessado contra a parede.

— Você lutando é patético. — zombou Deimos, se levantando. — Sinceramente?! Esperava mais de você, Seiya. — Havia um corte em sua testa e uma fina linha de sangue escorreu em seu rosto. — Escutei tanto falar de você e de suas... vitorias. Principalmente nos Elíseos. Mas quando chego aqui me deparo com golpes básicos e fracos. — Deimos cravou sua espada no chão e se levantou, concentrando uma grande quantidade de cosmo em sua mão. — Por acaso está se contendo, Seiya? Ou será que isso é tudo o que você pode fazer? — Deimos disparou em direção a Seiya em uma velocidade absurda, sem dar tempo do Cavaleiro de Sagitário mover um músculo. — Lute feito homem! 

O deus desferiu uma sequência de socos e em seguida liberou todo o cosmo concentrando em sua mão no peito de Seiya, arremessando-o mais uma vez contra a parede, a qual desabou junto com ele, deixando um grande buraco na casa.

Deimos olhou para o lado e viu algo escrito em uma das paredes. O testamento de Aiolos.

Aos jovens que aqui chegarem, confio Atena aos seus cuidados”.

Deimos sorriu com desdém. 

Seiya saiu dos escombros e se colocou de pé. O peito de sua armadura estava com pequenas rachaduras e seu corpo já apresentava ferimentos.

— Que coisa patética. — Deimos olhou para Seiya. — Foi o seu antecessor que escreveu isso?

— Sim.  O cavaleiro que morreu protegendo Atena. Aiolos! Ele escreveu esse testamento antes de morrer... Para que os jovens que um dia subissem as doze casas para enfrentar o falso Grande Mestre e salvar Atena, lessem e dessem continuidade ao seu desejo. Proteger Atena!

— Aah, mas que interessante. “Para enfrentar o falso Grande Mestre e salvar Atena” é? — Deimos riu e sumiu, voltando a aparecer atrás de Seiya. — Então vamos ler novamente, porque você tá precisando subir de novos as doze casas.

Seiya arregalou os olhos. Deimos o segurou pelos cabelos e se teletransportou com ele, levando-o para a parede onde estava o testamento. Violentamente a cabeça de Seiya foi batida várias vezes contra parede e em seguida teve o seu rosto esfregado em cima do testamento, deixando uma mancha de sangue.

— Vamos selar o testamento de Aiolos com seu sangue, Seiya. Ou prefere deixar seu testamento também? — disse Deimos, suspendendo Seiya pelos cabelos. — Você vai subir as porcarias das doze casas novamente e vai salvar a sua vadia, pois Atena está para ser morta hoje a noite.

— O que?! Desgraçado! Não fale assim com Atena! — gritou elevando o cosmo. — Eu não vou permitir que algo aconteça com a deusa Atena!

Deimos lançou o corpo de Seiya ao chão, afundando-o em uma cratera. 

— Você é poderoso, mas não sabe usar tudo o que tem. Deixou a sua fama de lendário subir à cabeça, Seiya? Esqueceu como é que se derrota deuses?! Matadorzinho de deuses!!! 

Phobos permanecia observando de longe, com os braços cruzados.

— Ouça bem Seiya! Atena não vai sair viva hoje à noite. Isso eu lhe garanto. — Deimos se afastou e foi em direção a sua espada. — Atena morrerá e o senhor Ares governará. Não adianta se esforçar contra o que já foi decidido pelos deuses. É uma profecia.

— Nunca! — rebateu Seiya, tentando se levantar, mas estava sentindo fortes dores no corpo. — Nós, os Cavaleiros de Atena, não deixaremos. Não importa qual seja a decisão dos deuses ou o destino que tenham nos traçado!

— “Nós”? Seiya, restou apenas você nas doze casas.

— Do que está falando? Os outros cavaleiros de prata e bronze estão no santuário. 

— Os de prata e bronze nada podem fazer contra nós. Alguns devem estar mortos e outros estão sendo controlados por Anteros. Somos deuses. Com o mínimo esforço somos capazes de pulverizar cada um deles. — Deimos segurou sua espada pelo cabo e a tirou do chão. Nas costas do deus, entre as asas demoníacas de sua Onyx divina, estava a bainha negra da sua espada e as três cabeças que ele arrancou de suas vítimas no vilarejo, penduradas pelos cabelos na bainha. — Aquário sumiu junto com Éris. Andrômeda foi derrotado por Phobos, mas agora me responda, onde estão Fênix e Libra? Estão no santuário?! Acho que não.

Seiya não respondeu. Percebeu que de fato ele era a última barreira até Atena. Deixar os inimigos passarem seria o mesmo que declarar a morte de Atena e ele não poderia permitir isso. Seiya olhou para Phobos e viu que o deus estava parado na entrada da casa de sagitário observando a lua se tornando vermelha aos poucos. Já não mostrava interesse entre a luta dele e Deimos. Seiya olhou para Deimos e se viu ainda mais cobrado em não deixar eles passarem. Deimos era um monstro lutando e aparentemente não possuía uma falha se quer como brecha. E para piorar ainda mais, Seiya estava preocupado com o que Deimos repetiu sobre “enfrentar o falso Grande Mestre e salvar Atena”. Será que Delfos é um falso Grande Mestre?

— Vamos acabar com isso, Seiya! — disse Deimos, apontando a espada. Phobos olhou de lado para o irmão. Seiya se colocou em posição de ataque mais uma vez, pronto para dar tudo de si. — Venha! Conhecerá o poder de um deus!

— Não foi você o primeiro deus a me falar isso. — disse irado, elevando o seu cosmo intensamente. — O último que me disse isso morreu nos Elíseos.

— Insolente!

Seiya alçou voo com o cosmo concentrando em seu punho, abriu as asas e desceu em direção a Deimos. Ofuscado pelo brilho do cosmo dourado de Seiya, Deimos se esquivou, deslizando para o lado no instante que o golpe de Seiya acertou onde o deus estava antes. Um estrondo imenso estremeceu o solo da casa, abrindo uma fenda. Calmamente Phobos se virou. Ele sentia que o cosmo de Seiya crescia sem limites.

— Então esse é o poder do homem que derrotou Thanatos e feriu o corpo de Hades?! — pensou Phobos. — Nem parece aquele Seiya de alguns minutos atrás. O seu cosmo não para de crescer e eu sinto... Sinto uma força divina emanando dele. Não! É uma força quase divina. — Phobos arregalou os olhos — Não acredito ele está ultrapassando o oitavo sentido! Se ele continuar assim... — Phobos elevou o cosmo. — Deimos, reaja! — disse o deus, mentalmente. — Agora! Caso contrário Seiya o derrotará!

Seiya tentou se levantar, mas não conseguiu se mexer e ficou paralisado onde estava. Com um joelho no chão ele se apoiava e tentava se levantar, mas algo o empurrava contra chão. Um imenso cosmo vermelho preencheu a casa, o cosmo de Deimos, gerando um força esmagadora que empurrava Seiya contra o chão.

— Não consigo me mexer. — pensou Seiya. — Será que eu não vou conseguir se quer dar um golpe nele? Será que eu sou tão inferior assim a ele?

Quando percebeu o que se passava já era tarde demais. Seiya sentiu as suas costas rasgarem em um corte quente e profundo. E então ele gritou de dor. A dor não vinha apenas do corte, mas também de uma chama negra que envolvia a espada de Deimos.

A lamina da espada cortou, mas a chama negra o queimou, multiplicando a dor do corte. Uma das asas da armadura de sagitário foi quebrada e uma grande quantidade de sangue escorreu pelo ferimento. Atordoado, o cosmo de Seiya começou a se apagar e ele então desabou no chão.

— Deimos... — disse Phobos.

— É um homem perigoso para deixar vivo. — disse Deimos. — Mas é o Senhor Ares quem deve matá-lo. Além disso, Atena é nossa prioridade no momento. Vamos! Seiya não vai nos atrapalhar.

— Aplicou o seu golpe nele?

O deus olhou com desdém para Phobos e sorriu. Um sorriso fino e perverso.

— Sim. Terro tenebrarum.

Phobos olhou para Seiya. Ela estava desacordado e gemendo. Uma das habilidades do golpe de Deimos é poder mostrar cenas  aterroriza o indivíduo, podendo ser algo do passado ou até mesmo uma probabilidade do futuro.

— A lua está quase completa. — disse Phobos.  Temos que ir até Atena.

— Que desperdício de tempo. — disse o deus, dando as costas para Seiya. — Esperava mais. Não acredito que deuses como Thanatos e Hades foram derrotados por esse humano.

Deimos e Phobos deixaram Seiya para trás e seguiram em direção ao templo de Atena.

—...—


Em algum lugar de Roma.

A imensa porta se abriu e um homem entrou no recinto. Ele possuía longos cabelos cor de vinho, com duas finas tranças caindo em seu peito. Seus olhos verdes eram como esmeraldas, em seu pescoço havia dois colares de ouro o adornando e em cada punho um bracelete de ouro cravado com rubis. Ele vestia uma toga branca pendurada em seu ombro direito, a qual passava atrás da suas costas, se enrolava em sua cintura e caia se arrastando no chão, cobrindo seus membros inferiores. E trazia em sua mão direita uma taça prata cheia de vinho escuro.

O recinto era muito iluminado. Era um imenso salão circular com várias estatuas rodeando o salão. Cada estatua era separada por uma coluna. Eram estatuas de guerreiros e guerreiras com lanças e escudos nas mãos, usando armaduras de guerra e um elmo emplumado. Cada pilar possuía uma tocha que iluminava todo o salão, que tinha o piso feito de mármore branco.

Na outra extremidade do salão se encontravam as Moiras, as deusas do destino. Eram três mulheres sentadas em um bloco de mármore que aparentava ser um altar. Cada uma coberta com uma túnica pesada que se estendia do pescoço aos pés, cobrindo-as completamente. O capuz das roupas estavam levantados, cobrindo suas faces. A túnica tinha cor de pergaminho e os desenhos elaborados dos símbolos ao redor da bainha e das mangas pareciam ter sido marcados com sangue.

Antes as três estariam tecendo os fios da vida, mas naquele momento as três estavam paradas apenas observando o grande globo que transmitia para elas as lutas no Santuário de Atena iluminado pela lua de sangue.

— Desculpem-me por interrompê-las, mas parece que chegou o "momento". — o homem riu. — Deimos já fez o sacrifício dos jovens no vilarejo de Rodorio.

O homem aparentemente parecia sóbrio, mas fala como se estivesse bêbado.

Estamos cientes dos feitos do filhos da Guerra. — respondeu as Moiras. As palavras ecoaram em todo salão. Era como se as palavras viessem de todo os lados. Era uma voz velha e tripla, como se as três falassem ao mesmo tempo. — Não precisava vir nos incomodar aqui.

O homem riu e levantou o cálice.

— Ora, ora... peço desculpas.

Ele se virou e saiu cantarolando enquanto bebia.

Vamos começar. — disse a velha do meio.

Das Moiras surgiu um imenso cosmo que começou a transbordar. O teto do salão, antes um teto negro, agora mostrava o céu noturno do Santuário.

—...—


Santuário de Atena — Grécia

As nuvens negras se distorceram e uma fenda dimensional foi aberta. No céu noturno surgiu uma grande imagem de três velhas encapuzadas, sentadas em um largo mármore. Diante delas apareceu um grande globo, mas que agora brilhava em um vermelho sinistro, no mesmo tom que a lua. Era um vermelho sangue. Do globo surgiu uma linha vermelha que seguiu em direção as mãos da Moira do meio.

O fio da vida de Ares. — As Moiras olharam para as doze casas e viram Phobos e Deimos saindo da casa de peixes e indo em direção ao salão do Grande Mestre. — último sacrifício é o sangue da própria Atena!

Todos no santuário pararam para observar a imagem sinistra no céu. Anteros e Alec estavam subindo as doze casas e pararam diante da casa de escorpião para observar a imagem das Moiras.

— Moiras! — disse Anteros. — Se elas já estão aqui... Temos que nos apressar!!

—...—


Salão do Grande Mestre

— Atena! — Chamou Pavlin.

— As Moiras surgiram no céu e os filhos da guerra estão vindo na direção do salão. A lua está vermelha como sangue e esse é o primeiro sinal do retorno de Ares. — Atena segurou firme seu báculo e olhou séria para a porta do grande salão. — Que assim seja!

— Vai ser interessante. — disse Tourmaline, dando alguns passos à frente, ficando diante do Grande Mestre.

O Grande Mestre não reagiu ou comentou algo. Apenas continuou lá, parado, observando a porta do salão. Esperando ela abrir.

—...—


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo: Deimos diante de Atena. Uma batalha mortal entre deuses começa no salão do Grande Mestre. Mentiras e verdades são reveladas. Traidores sendo desmascarados. Para onde vai um deus quando morre? Você logo saberá.


Capitulo 12 - O fio dourado da vida.



Sempre fui de pedir conselhos, opiniões e criticas a vocês e isso é importante no desenvolvimento da historia, afinal faço para vocês, leitores, e uma ajudinha de vocês para melhorar é sempre bem vinda.
Exemplo disso, da importância de opinar, foi a luta de Éris vs Hyoga. Eu não ia fazer aquela luta, minha ideia era outra, mas graças a um leitor (Luan Novaes) ter achado que os dois iriam lutar, acabei tomando aquela ideia e colocando em pratica na historia.
Então, conto com vocês.

Sobre os dourados, lembram que um vai ser brasileiro?! Bem, quem for fã dos cancerianos, esperem, pois vão ver um gold de câncer estilo brasileiro de ser. ^^

Agradeço a todos por permanecerem aqui comigo.



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