Megu e Hitaro escrita por Hi-chan09


Capítulo 10
Capítulo 10 - Os melhores amigos sempre voltam


Notas iniciais do capítulo

Tentei fazer um "presente" pra Takoyaki-chan, mas foi ela quem acabou me dando um presentão, escrevendo o capítulo. Capítulo totalmente inspirado em "Alice no país das maravilhas". Obrigada, Takoyaki-chan! o/



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            Enquanto os gêmeos Striker armavam um incrível plano de investigação, simplesmente por causa do tédio que as férias lhes causavam, Ayu e Hirozawa aproveitavam o dia de sol andando no parque.

            _O sol ta quente... _Hirozawa comentou, passando a mão sobre a testa.

            _Tá sim, mas o sol sempre foi quente. _Ayu acrescentou e abriu um leve sorriso enquanto tomava seu querido sorvete de chiclete.

            _Ah, você entendeu o que eu quis dizer... _ele fez um biquinho e olhou para a melhor amiga. _Quer misturar os sorvetes?

            Logo o brilho dos olhos dos dois voltou.

            Ver Ayu e Hirozawa felizes era bem simples e todos sabiam: Era só colocar um perto do outro. Ayu, a garota de cabelos lisos e longos, com olhos claros e uma franja na altura dos olhos, era sempre a mais inteligente da turma, a não ser pelo seu ponto fraco em história. Hirozawa, um garoto um pouco mais alto que Ayu, tinha um cabelo liso, escuro e meio arrepiado. Seus olhos escuros, faziam um certo contraste com os dela. E a matéria que mais gostava? História, para desgosto de Ayu.

            Sempre estavam juntos onde que estivesse. Enfim, eram melhores amigos de verdade.

            Ayu admirava as sakuras que haviam brotado ali no parque enquanto sorria de tudo o que Hirozawa fazia. Passando os olhos, distraída, acabou não percebendo alguém que estava ali: Leela, sua colega de turma.

            _Alí não é a Leela-chan?

            _É sim. Mas o que será que ela tem?

            _Talvez seja melhor irmos lá... _e olhou para Ayu. _Mas espero você terminar o sorvete antes.

                        _Mas... E o seu? _ela olhou para o sorvete de chocolate ainda manchado do rosa do sorvete de chiclete. _Não vai terminar seu sorvete?

            Sem hesitar, Hirozawa colocou todo o sorvete na boca e lambeu os dedos logo em seguida.

            Outra coisa: Hirozawa era extremamente guloso.

            _Co-como fez isso? O.O

            _Esse sorvete era muito pequeno. _e jogou o guardanapo na lixeira, logo ao lado.

            _Tu-tudo bem... _e terminou, lentamente, de tomar seu sorvete.

            Sentando ao lado de Leela, os três começaram a conversar. Ayu encostou-se na árvore logo atrás e começou a olhar o lago ali ao lado. Hirozawa tentava descobrir o que Leela fazia ali sozinha e Ayu acabou pegando no sono...

            “Oh puxa! Oh puxa! Eu devo estar muito atrasado!”.

Ayu abriu os olhos rapidamente, encontrando um pequeno coelho correndo em desespero com um pequeno relógio de bolso na mão. Ela o encarou até que ele sumisse de sua vista, então sua atenção foi voltada para seu melhor amigo ao seu lado.

- Hirozawa, o coelho... – mas não terminou a frase, pois quem estava sentado ali não era seu amigo, mas sim um ovo branco vestido com um terno, possuía braços, pernas, olhos, boca, nariz, como um ser humano normal... Mas era um ovo... – Quem é você? – perguntou logo.

- Sou Humpty Dumpty, oras. Quem mais eu poderia ser? – respondeu.

- Ah, sim, me desculp... Aaaah! – gritou logo em seguida, olhando para o chão, percebendo que não estava mais em um banco, e sim no muro estreito. – Como eu vim parar aqui?

- Você subiu aqui – Humpty Dumpty comentou enquanto se balançava para frente e para trás.

- O... O senhor não acha que... Vai cair daqui? – perguntou Ayu, tremendo de medo de cair de um lugar tão alto. A verdade era que Ayu morria de medo de altura, assim como de insetos e outros afins.

- Claro que não... Afinal o rei me prometeu que mandaria... A... A cavalaria aqui caso isso ocorresse...

- Prometeu?

- Sim – olhou para ela perplexo. – Não conhece minha história?

- Ah, eu não lembro... – revelou, fazendo Humpty Dumpty virar seu rosto em sua direção e começar a contar.

“Humpty Dumpty sentou-se no muro,

Humpty Dumpty caiu no chão duro,

E todos os homens do rei, e talvez

Todos os cavalos, não podem repô-lo ali outra vez”.

- Agora que a ouviu, saiba que se eu cair do muro, o mundo inteiro vai se mover para me ajudar.

- Ah, entendo...

- Agora, vamos, me fale seu nome e o que anda fazendo – falou rapidamente.

- Meu nome é Ayu e...

- Que nome insignificante... Que significa?

- Não sei...

- Ah, então é insignificante... O meu não é, pois combina comigo, na verdade.

- Humpty Dumpty quer dizer pessoa baixinha e gorda. Combina muito com você, senhor Humpty Dumpty – riu alto no final da frase, brincando com Humpty Dumpty.

- Ora, mas que menina mal-criada... – o “ovo” disse por fim, lançando um olhar amedrontador para Ayu, e, logo, empurrando-a para o chão.

Ayu começou a cair do muro estreito, pensando que logo cairia no chão duro, como Humpty Dumpty, e a cavalaria teria que repô-la no muro. Ela gritava, sentindo o vento vir contra seu corpo, fazendo sua blusa levantar.

No final, Ayu parou de cair, porém não caiu no chão duro, e sim em uma cadeira macia, acolchoada. Ayu abriu os olhos e olhou ao redor. Lá estava ela, em uma mesa posta para um chá e, no final da mesa, havia uma lebre, um humano e um ratinho, que dormia. Eles cantavam em uníssono – todos, exceto o ratinho – uma canção, que parecia ser de aniversário. Ayu levantou-se e caminhou até eles. Então a lebre se assustou e começou a gritar:

- Não tem lugar!

- Mas a mesa é enorme, e só vocês três estão sentados nela – Ayu respondeu, sem entender.

- Então o que acha de uma xícara de chá? – perguntou o humano, que, quando Ayu olhou mais de perto, percebeu que era um Chapeleiro.

- Ah, claro... Adoraria...

Ayu sentou-se em uma cadeira vaga e esperou que o Chapeleiro colocasse chá em uma xícara para ela. O Chapeleiro pegou uma xícara e um bule, mas logo Ayu o interrompeu:

- Por favor, meia xícara...

O Chapeleiro assentiu. Pegou uma faca, cortou a xícara em duas no comprimento e colocou o chá, que incrivelmente não derramou. Logo, entregou para Ayu, que se espantou com tudo aquilo, mas bebeu o chá sem problemas.

- É aniversário de alguém? – perguntou, imaginando que música era aquela que estavam cantando.

- Ah, não, não. É meu desaniversário – a lebre sorriu.

- Seu desaniversário? – Ayu perguntou. Ela sabia, na verdade, o que era um desaniversário: se só existe um aniversário por ano, existem 364 desaniversários. – O meu também é hoje!

- Nossa, mas que coincidência – a lebre assentiu. – Então...

Um bom desaniversário!

Pra mim? Sim, sim.

Um bom desaniversário!

Pra mim? Sim, sim.

Apague as velinhas, mas não queimes o nariz!

Um bom desaniversário pra ti!

Ayu, ao final da canção, bateu palmas para os dois que cantavam, sorrindo. Eles agradeceram e pegaram um pequeno bolo, dando-o para Ayu, que comeu um pouco da cobertura. O ratinho então, de repente, levantou sua cabeça e comentou:

Brilha, brilha, morceguinho.

Brilha, bem devagarinho.

Desce, desce, vem pousar

Lá no bule do meu chá.

Ayu sorriu. O ratinho retribuiu o sorriso e voltou a dormir. Os dois – Chapeleiro e Lebre – voltaram a falar entre eles. Então, Ayu aproveitou a chance, levantou-se e saiu daquele lugar.

Estava caminhando pelo lugar quando encontrou um sorriso. Ela o observou por algum tempo, e, de repente, aparecem dois olhos. Então ela gritou.

- Calma, calma... – pediu o rosto. – Eu sou o Gato de Cheshire.

- Ora, que estranho... – Ayu disse se acalmando. – Eu já havia visto gato sem sorriso, mas nunca sorriso sem o gato.

- Ah, me desculpe...

O gato, então, soprou duas vezes, assobiando, e logo seu corpo começou a se formar. Primeiro a cabeça, depois o corpo e por último a cauda.

- Pronto... Então o que procuras tu?

- Eu... Eu quero saber onde estou.

- Bem, está aqui.

- Aqui é onde?

- Aqui é aqui. Assim como ali é ali, e acolá é acolá.

Ayu suspirou. Estava cansada dessas pessoas que falavam coisa com coisa, nada tinha nexo.

- Por favor, me diga que caminho seguir...

- Depende de onde você quer chegar...

- Quero voltar para o meu mundo... – disse, abaixando a cabeça.

Mas não houve resposta. Ayu levantou a cabeça logo e não encontrou mais o gato, nem mesmo a paisagem. Estava tudo escuro. De repente, até o chão desapareceu e ela começou a cair e cair e cair...

“AYU! AYU!! – Hirozawa gritava”.

Ayu abriu os olhos rapidamente, encontrando os olhos escuros do seu melhor amigo. Logo ela percebeu que estava dormindo no banco.

- Hm? Hirozawa?

- Estava dormindo, Ayu... – comentou, cansado.

Ayu bocejou e se ajeitou no banco. Deu ‘bom dia’ para Leela e se virou para Hirozawa.

- Com o que sonhou? – ele perguntou.

- Com o meu país das maravilhas – sorriu ao final da frase.

- Tinha que ser você, Ayu... – ele riu, acompanhado do riso da garota.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo! o/



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