O Segredo de Seus Olhos escrita por FeerChan


Capítulo 23
A hitória de amor


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou aqui nessa fic que ficou parada por 2 meses? SIIIM EU ! AUHSUAH
Bom pessoal, eu nao vou mentir que tinha desanimado logo na reta final por conta dos comentarios, mas depois de 2 meses fiquei apenas com 15, e vi que deveria voltar com a fic... Então eu voltei para dar o fim da fic ! ;D

Enjoooy! *-*



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A História de Amor

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste

Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos me encaminham pra você

Continuação

– Zeref... – a rosada disse num grande suspiro, encarando friamente e ao mesmo tempo com doçura aqueles olhos vermelhos e demoníacos. “Não envelheceu nem mesmo um dia...” – pensou.

– É bom ver minha família reunida ... Finalmente.

– Do que você esta falando? – o rosado vociferou, aquele bastardo quase havia acabado com sua guilda na ilha, ficaram sete anos presos no tempo e agora ele aparecera novamente, com aquela cara repugnante. - Devia ter te matado quando tive a chance. – murmurou.

Zatanna sentiu algo estranho no ar, uma inimizade entre pai e filho? Aquilo era de se esperar, mas porque Natsu não entendia?

– Fique calmo Natsu! – a loira murmurou o segurando pela blusa, ele olhou para trás prestes a falar algum xingamento, mas percebeu o pavor de Heartphilia e se acalmou, relaxando os ombros flexionados, e procurando manter toda a calma.

– O que pensa que vai fazer com ela? – o moreno disse de maneira sombria para o homem que estava se aproximando de Zatanna com uma adaga, e antes mesmo deste falar algo já estava morto no chão. “Sua magia se tornou desprezível” – ela pensou mesmo aliviada em poder reencontra-lo.

– Você nunca contou a ele que é seu pai? – ela perguntou a Zeref, encarando Natsu. Este ultimo imediatamente arqueou a sobrancelha e deu um passo pra frente, sendo segurado por Lucy que se mantinha paralisada. Zeref era medonho...

– Quem é filho dele? – o Dragon Slayer perguntou, não conseguindo acreditar.

– Faz um tempo que não no vemos Natsu. – o pai disse com um olhar meigo, mesmo assustador. Zatanna suspirou, aquilo certamente era terrível.

– Nunca! Meu único pai é Igneel.

– Faça-me o favor garoto, acha mesmo que um Dragão é seu pai! Estamos sendo realistas aqui. Aquele dragãozinho pode ter te criado, mas quem fez o trabalho biológico fui eu.

– Cale sua boca, eu não acredito!

– O que está fazendo aqui? – a mulher perguntou encarando Zeref nos olhos. - Porque Natsu já te conhece?

– Não acha mais justo você contar a história de tudo para ele primeiro e depois eu conto o que aconteceu 24 anos atrás até hoje em dia... – o homem de olhos sombrio disse e aquilo fazia sentido, Lucy olhou para o portal e a presença do mago das trevas havia feito com que tudo se tornasse mais calmo de alguma forma, então poderia ter mais tempo antes de fechar o portal para sempre.

Ela apertou a blusa do rosado com força, estava realmente com medo, ele apenas segurou a mão de Lucy, tentando transmitir um pouco de segurança, a verdade é que precisava saber tudo, e estava todo a ouvidos tanto Zatanna quanto o bastardo de Zeref, mesmo que aquilo causasse desconforto em Heartphilia.

– Há mais de cem anos atrás, fui escolhida pelos Dragões a ser uma ligação entre eles e os humanos, alguém que pudesse ter a magia dos dragões ao mesmo tempo que tinha contato direto com as pessoas... Alguém que pudesse trazer a paz ao mundo, já que os Dragões estavam prestes a iniciar uma guerra... – suspirou – Eles queriam dominar o mundo, destruir os humanos... Alguns concordavam com isso mas outros não, e graças a esses segundos me tornei uma Domadora de Dragões, tinha como Objetivo aprender o máximo de magia possível para conseguir domar todos os dragões...

~ Muitos anos atrás (Zatanna narrando)

– É o que você realmente quer, minha filha? – era minha mãe. Ela nunca poderia imaginar que sua única filha a abandonaria para se envolver com Dragões e a Magia. Nós fazíamos parte de uma ‘tribo’ onde sempre nos escondíamos já que na época se envolver com Magia não era algo bom, e sim uma bruxaria maligna. Então vivíamos escondidos. Sempre fomos muito bons, eu tinha todos os espíritos celestiais na época, e os amava tanto quanto minha família, mas aquele chamado de Igneel me fez pensar se minha vida seria aquela mesma merda que fora a da minha mãe, sempre fugindo... Ou se eu poderia ser alguém memorável, que conseguisse transmitir paz ao mundo...

Eu queria mostrar a todos que possuir poderes não era algo ruim, e sim algo proveitoso -para que pensasse no bem.

Então eu parti junto com Igneel para muito longe, abandonando amigos, familiares e tudo que amava. Acabei sendo banida por ter deixado de lado a tribo - já que minha magia sempre fora útil e os largando era o mesmo que declarar sua sentença de morte, mas eu sabia que se me esforçasse tudo aquilo iria melhorar.

“Você precisa concentrar a maior quantidade possível de magia” – Eu lembro perfeitamente bem como foi aprender a lutar, desviar de ataques, me tornar mais rápida e forte, fiquei dias desmaiada, as vezes passava tempos sem comer apenas meditando, com os dias a força veio apoderando meu corpo, e o poder dos Dragões começou a fazer parte de mim. Era muita magia, muito além do que poderia imaginar, chegava a ser difícil de controlar tudo dentro de mim, como um receptáculo. Pouco a pouco percebi meu cabelo mudando de cor, ele era preto e após alguns anos estava rosa assim como meus olhos que se tornaram esverdeados, tudo graças a magia absurda que orbitava dentro de mim.

Me tornei Imortal. Minha aparência nunca mais mudou, desde meus 28 anos. Meu poder conservaria meu corpo por toda a eternidade, mas roubaram tudo isso de mim, em apenas uma noite...

Após uns 30 anos já conseguia controlar vários Dragões, causava medo em muitos deles, não poderia domar nenhum Dragão, mas era força de muitos e o terror de outros.

Até então a guerra era mantida nos céus, em lugares onde os humanos não eram afetados, mas as trevas estavam começando a ganhar força e eu fui intimada a tomar uma atitude, tanto para proteger os humanos quanto aos Dragões que estavam ao nosso lado, então tive a ideia dos Dragon Slayers, sabia que sozinha não poderia fazer nada, mas com a ajuda de mais humanos poderíamos vencer, então pedi para que cada Dragão de minha confiança procurasse um humano que achava ter capacidade de ser um Dragon Slayer, onde aprenderia a magia de seu mestre, e assim se uniria a nos na guerra.

A início foi genial, até Acnologia descobrir o quão forte um Dragon Slayer poderia ser, e pior que isso, com alguma ajuda poderia se tornar um Dragão - com uma magia indestrutível.

Os boatos se tornaram um grande problema... e eu teria de corrigir meu erro com aquele Dragon Slayer e o mago das Trevas que estava ajudando o primeiro a conquistar sua grande ambição em ser um verdadeiro Dragão Negro.

– Você precisa resolver isso... Aquele mago você precisa mata-lo. – foi o que Grandine disse na época, e eu decidi seguir a jornada rumo onde Zeref estava, deixando a guerra com o meu melhor exército de Dragões, sabia que eles dariam conta por centenas de anos, eu pretendia voltar logo...

Tinha de matar aquele maldito mago das trevas afinal, era ele quem estava dando forças aos Dragões destruidores, e pior... Ele quem havia transformado Acnologia em um Dragão de verdade, desde que este último se tornasse um fiel aliado em que obedeceria Zeref para toda eternidade.

Nos conhecemos enfim, foi inevitável notar nosso ódio. Ele era desprezível, tratava tudo com ironia e pouco se importava com o que causava bem ou o mal dos humanos, afinal segundo ele graças a sua “maldição” ele iria matar todos um momento ou outro, então porque não resolver tudo de uma vez. – Você foi a primeira que não morreu mesmo ficando tão próxima de mim. – ele havia dito um pouco surpreso quando viu meus olhos conectados aos dele.
Zeref tinha um dragão, mas eu possuía o poder de centenas deles... E ele sabia que se lutasse comigo sua vida já estaria há muito tempo destruída. – Me dê uma chance. – ele pediu, e eu fui tola ... Sempre procurava ver a beleza no coração das pessoas, me envolvi com ele... passamos anos juntos, e com isso conseguia controlar bem os distúrbios dele, assim como a guerra, já que aquele mago negro era quem dava força ao batalhão das trevas, tendo ele sob controle tornaria tudo mais fácil para o meu lado...

Mas eu me apaixonei por meu maior inimigo.

Aquele profundo ódio se tornou em amor, e pouco a pouco fui me rendendo achando que ele também estava disposto a me amar... Nós passamos por uma noite de amor, e então eu entendi o que estava acontecendo, ele simplesmente roubou minha imortalidade, usando o truque mais baixo...

Roubou todos os meus poderes e deixou uma semente dentro de mim, um filho que carregaria o sangue do bem e do mal.

Zeref depois disso se tornou ainda mais desprezível, e as forças das trevas começaram a ganhar novamente a guerra, meus soldados já estavam fartos, foram 50 anos de guerras, e eles naquele momento se mantinham escondidos para que pudessem continuar vivos.

Nunca os culpei, afinal fui eu quem causou toda aquela discórdia, eu quem os abandonei...

Zeref me manteve em cativeiro por algum tempo, enquanto sugava o restante da minha magia, mas após dois meses quando ele foi finalmente me matar eu contei a verdade, estava gravida... Tinha certeza. Ele poderia matar a mim e o filho naquele instante, mas imaginou como seria solitário dali uns anos estar totalmente sozinho... Ter um filho no qual pudesse confiar seria formidável, então decidiu me manter viva até a criança nascer...

Como sempre o mundo deu muitas voltas durante oito meses.... E aquele amor que apenas eu sentia se tornou algo reciproco e ele percebeu que me amava tanto quando eu a ele...

Eu poderia ser detestável, mas ele sentia algo que pelos Deuses nunca pode explicar.

Percebia ele pesquisando coisas em seus livros, queria me oferecer novamente a imortalidade, queria ir até os Tártaros mas não conseguia se imaginar vivendo sem mim algum dia... Ele descobriu um dia, como tornar alguém imortal... Havia a necessidade de mil almas de inocentes... Ele pretendia esconder aquilo de mim então fugi... Não era muito difícil escapar, sabia que minha vida já estava esgotada, pior do que isso, sabia que daria minha eternidade para ver essa criança viva, crescendo com as luzes...

Fui para a casa de quem mais confiava, uma bruxa que um dia, durante meus treinos, salvei a vida... Sabia que ela iria me ajudar, mesmo não gostando... Pedi para que Polyushka cuidasse de Natsu por cinco anos, e depois usasse alguma magia para apagar as memorias dele e deixa-lo com Igneel... Pude beija-lo uma única vez... E então tudo se tornou escuro...

~ Atualmente.

Tanto Lucy quanto Natsu estava com a boca aberta, sem acreditar em toda aquela história. Aquilo era realmente inacreditável. – Depois que Natsu nasceu passaram-se sete anos, e uma mulher acabou com a guerra criando esse Portão de Cobre, prendendo todos os Dragões em um outro mundo...

– Minha mãe... – a loira murmurou e Zatanna acenou positivamente – Mas então Natsu é sete anos mais velho que eu, afinal minha mãe morreu quando eu tinha apenas alguns meses de vida. – aquilo era muito estranho. Tudo aquilo causou um sorriso sorriu nos lábios de Zeref.

– Acho que eu tenho uma pequena parcela de culpa nisso. – ele disse tranquilamente – Eu vou contar o que aconteceu depois de sua morte, meu amor.

~No dia em que Natsu nasceu (Zeref narrando)

Quando finalmente localizei Zatanna corri até a casa daquela bruxa, mas já era tarde demais... Vi aquela na qual tanto amei, morta em uma cama, com um pequeno sorriso, estava exausta e o preço de sua imortalidade fez com que sua pele se tornasse levemente mais rugosa.

Por alguns instantes achei que aquela não era a mãe do meu filho.

– O filho dela fica comigo – foi o que Polyushka disse, e entendi, a verdade é que nem mesmo aquela criança eu queria. Perguntei somente o nome que ela havia o dado e não me surpreendia por ser “Natsu” – afinal Zatanna sempre fazia esse tipo de ligações.

Eu a peguei e a levei para onde morávamos, utilizei uma das magias mais sombrias que conhecia, somente para conserva-la enquanto procurava meios para ressuscita-la.

Anos foram passando e eu perdi controle inúmeras vezes, me isolava do mundo, queria tê-la de volta, mas percebi ser impossível... Um dia, após uma viagem quando voltei para casa não achei o corpo dela, já haviam passado 16 anos após sua morte... E ela desapareceu novamente, a procurei por meses mas nunca a achei...

– Então eu fui atrás de você Natsu, naquela ilha da sua guilda. – comentou com o garoto que arregalou os olhos, ainda lembrava do pavor que fora encarar Acnologia e encontrar Zeref pela primeira vez. – Você se lembra o que eu disse aquele dia?

– Se eu já estava pronto para te matar... – murmurou lembrando-se das palavras sombrias.

Sim, eu queria que Natsu me matasse – voltou a contar a história – Depois que perdi o corpo de Zatanna qualquer chance de tê-la de volta havia desaparecido, e então queria morrer, mas sendo imortal, como poderia fazê-lo? ... Pesquisei muito e vi que somente alguém sangue do meu sangue poderia me tirar a vida, então contei com Natsu... Mas ao vê-lo com aquela personalidade forte só me fez lembrar ainda mais de sua mãe, e me descontrolei ao perceber que ele não poderia me matar...

Havia se tornado alguém muito melhor do que eu poderia imaginar.

Meu filho ficou preso no tempo, por minha culpa, durante sete miseráveis anos...

Durante esse período, a pequena menina de Layla estava crescendo, seguindo cuidados de Baltazar, para que conseguisse fechar o portar, que começou a abrir um ano antes de Natsu ser encontrado... Isso explica o porquê vocês têm a ‘mesma idade’ mesmo ele sendo sete anos mais velho.

Eu não entendia ao certo como aquele portal havia começado a reagir assim do nada, afinal Layla havia feito uma magia onde seria impossível se perder com apenas 17 anos... E então entendi, Zatanna estava viva, alguém havia conseguido ressuscita-la.

~ Atualmente

– Quanto Natsu voltou para Guilda viu como estava com prejuízos e começou a trabalhar como Cão do Conselho, eu estava sempre de olho em nele... – suspirou encarando o garoto que sentia o ódio enorme do pai que quase havia matado ele e os amigos, mas ao mesmo tempo sentia pena daquele homem que nunca pode viver o grande amor que tanto almejava - Queria falar que era seu pai, mas eu sempre perdia o controle, tinha medo de feri-lo e sabia que havia roubado sete anos de sua vida... Então comecei a me importar em reencontrar Zatanna... – ele disse tranquilamente – Seu ódio por mim nunca iria desaparecer...

– É tão confuso – a loira murmurou tentando juntar os pedaços de toda aquela história.

Todos poderiam imaginar que agora eles poderiam ser uma família feliz, mas como toda grande História de Amor o fim não seria piedoso... E tudo acabaria da forma mais trágica possível...

– Sinto muito, mas não posso deixar que feche esse portal.

(...)

Continua ...


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam da história.. ? Proximo capitulo sera o ultimooo!!
Estão gostando das grandes revelações.. Sei que pra quemm le o manga essa história nao tem sentido algum, mas eu realmente iria gostar se algo do tipo acontecesse...

Beijoos !! Espero comentarios !!

Se tiverem alguma duvida sobre qualquer coisa podem perguntar afinal eu dei todas as explicações que poderia, agora se esqueci algo é só me perguntar que vou responder ^^


Até mais !



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