Our Love Would Be Forever {HIATUS} escrita por Cappuccino


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ain volteei! Eu fiquei hiper saltitante porque logo no primeiro dia em que eu postei a fic, já havia um comentário uahauhaua agradeço muitíssimo a "atlas" sua linda! Desculpe a demora, é que eu tive provas e tudo mais, e como eu sou uma completa pateta, eu me enrolei toda, então perdão kiki. Enfim espero que gostem e boa leitura uvenhas!



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06h00min

Ouço a melodia de “Dance, Dance” do Fall Out Boy e olho pela janela, então vejo a chuva caindo do lado de fora... Own, que dó de ir pra escola. É nesses momentos que eu penso “porque eu não nasci em berço de ouro?”. Ô vida miserável. Fico me revirando na cama até ouvir Haymitch gritar do andar de baixo:

– AAAANNIE! TEM 10 MINUTOS PRA ARRASTAR ESSA BUNDA DE FREE WILLY ATÉ A COZINHA!

Nossa a cada dia eu me surpreendo mais com esse ser gentil que é o Haymitch. Quando me mudei para Silverdale, no inicio fiquei desconfiada dele, afinal ele não era/é o exemplo de tutor. Na primeira semana de escola, eu tive um incidente com outra criança. Uma menina loirinha me bateu e me deixou com vários arranhões e hematomas. Eu nunca fui muito grande, muito menos forte, então não tive chance alguma contra ela, mas até ai tudo bem, o problema foi depois. Enquanto eu chorava, cerca de um minuto depois começaram a surgir hematomas na menina que havia me batido, hematomas exatamente iguais aos meus só que bem mais intensos. Quando a professora chegou à sala, a menina estava sangrando muito, tinha sangue para todos os lados. Ela me olhou horrorizada e imediatamente chamou uma ambulância e avisou Haymitch. Eu estava tão assustada com o que ele diria, que nem mesmo me importei com o acontecido. Eu estava esperando tudo, que ele me ralhasse, me desse um sermão, ou ate mesmo que ele me batesse, porém o que ele fez me surpreendeu mais do que uma criança ensangüentada. Ele olhou para mim e simplesmente sorriu. Isso mesmo, eu quase matei uma criança de cinco anos, e ele sorriu.

Ele veio ate mim, se agachou e ficou na minha altura, então disse: “Quando seu pai me falou que você estava no nível dois aos cinco anos, eu não acreditei. Mas depois de hoje, nossa! Garota, você é mais especial do que pensa. Mais especial mesmo. Esta melhor que muitos marmanjos de 30 anos por ai... Você é mais interessante do que eu pensava”. E então ele deu mais um sorriso e eu olhei nos fundos de seus olhos e percebi que poderia confiar nele, ele tinha um brilho especial no olhar, o mesmo brilho que habitava nos olhos do meu pai quando ele olhava pra mim. Depois disso ele me explicou um pouco sobre esses meus “problemas” que ele insistiu em chamar de “Dom”. Ele me ajudou a controlá-lo, me ajudou a entender como ele funcionava. Mas sempre foi um mistério pra mim, a parte do “nível dois”, toda vez que eu me atrevia a perguntar, ele me cortava e mudava de assunto, eu desisti de entender quando tinha nove anos. Apesar de bêbado na maior parte do tempo, ele é um sujeito único. Com o tempo não vi mais motivo para chamá-lo de “tio”, já que o via como um verdadeiro amigo. Felizmente nunca fiz nada parecido com isso novamente, ainda não sei o que levou aquilo a acontecer e sinceramente nem quero saber.

Numa lerdeza absurda eu me levantei da cama e fui para meu banheiro. Fiz minha higiene, tomei um banho e então desci para o café apenas de shorts (vulgo calcinha) e uma camisa velha, que ficava colada ao corpo, basicamente estava igual uma puta, o que é totalmente normal, já que todos da casa também ficam assim. Chego à cozinha e me deparo com uma cena bastante comum. Katniss brigando com Haymitch pelo ultimo pedaço de bacon. Chego na metade da discussão.

– Ah pelo amor de Deus! Eu fritei, eu fico com o último! – Disse uma Katniss já meio alterada.

– Não é assim que as coisas funcionam docinho– Percebo que a ela já estava ficando vermelha de raiva pelo apelido. Ele estava a provocando e pelo jeito estava conseguindo.

– Não me chame assim, sabe que eu odeio esse apelido idiota - Falou ela fechando os olhos com raiva.

– É? Docinho, para sua informação, a casa é minha e o bacon foi comprado por mim, então tenho todo direito de ficar com o último - Disse Haymitch com um olha de ironia.

– Olha aqui seu grande filho de uma...

– Kat não xingue a vovó – A interrompo antes que termine a frase – E Haymitch pare de provocar ela em plena 7 da manhã, espere pelo menos dar 7:40 – Completei dando uma leve risada.

– Tudo bem docinho, Ann ganhou essa pra você, mas as louças ficam por sua conta - Declarou Haymitch.

Ela me olhou com um olhar de “você não vai me ajudar?”

– Ei não me olhe assim, você ficou com o bacon, é justo – Respondi rindo.

– Hm, bom saber que a injustiça prevalece nessa casa – Resmungou enquanto terminava o amado bacon.

Peguei uma torrada e comecei a comer enquanto via um programa de TV qualquer.

– Sabe já permito que vocês duas usem um pouco mais de pano, isso aqui não é bar de stripp – Comentou Haymitch enquanto lia o jornal da cidade.

Olhei para Kat e ela não estava muito diferente de mim. Usava uma meia ate os joelhos e uma camisa do Seattle Seahawks, que cobria mal um palmo de sua coxa. Encaramos-nos por um momento e então começamos a rir. Ainda rindo disse:

– Nossa falou o cara de samba canção, e como se você realmente se importasse.

– Eiei, se eu me importo ou não, essa casa é minha, e na minha casa eu uso o que eu bem entender – Respondeu ele com indiferença, mas ameaçando um sorriso – Vêm cá, vocês não estão atrasadas para escola? – Perguntou voltando-se ao seu jornal.

Olhei no relógio e realmente faltava apenas 30 minutos para as oito. Subi para meu quarto e fui me vestir. Botei uma camisa preta simples de manga ¾ e uma calça jeans. Vesti meu costumeiro Converse vermelho e então passei uma maquiagem leve, apenas para disfarçar a cara de sono e claro bastante rímel, minha marca registrada. Deixei meus cabelos soltos mesmo e então peguei minha bolsa e o celular então desci para ver se a Kat já estava pronta.

Chegando a sala, Kat já esta me esperando. Ela usava uma camisa regata cheia de degrades com uma calça jeans e uma sapatilha bege. Quando me viu largou seu celular e prestou atenção em mim.

– Credo Annie, porque você não se arruma um pouco melhor? Que audácia, com essas pernas usar uma calça tão larga. Você não dá mesmo valor ao seu corpo – Falou ela com um ar de decepção.

– Ah, por favor, como se eu realmente me importasse com isso, não é como se eu fosse me arrumar para aquele bando de egocêntricos mesquinhos – Respondi com um pouco de raiva na voz, não pela Kat, mas pelo fato de lembrar daquelas pessoas.

– Qualquer dia desses ainda faço você usar uma saia, vai ver – Disse convicta – Não por eles, mas sim por mim e por você – Completou com um sorriso sapeca e compreensivo ao mesmo tempo.

– Pode sonhar – Respondi um pouco risonha.

A Kat sabia dos meus “dons”. Ela entende como me sinto. Como meu pai previu, ela também se tornou especial. Quando eu tinha cerca de treze anos, Kat estava completando seus nove anos, então Haymitch resolveu que nós iríamos a um parque de diversões para comemorar. Estávamos na fila do cachorro quente e então um palhaço nos chamou para ver seu show. Ele não parecia uma ameaça, mas por algum motivo, Kat não foi com a cara do palhaço. Ela gritou, chorou, esperneou e no fim, acabamos não vendo nenhum show. Claro aquilo acabou com a noite, então fomos para casa. Naquela mesma noite, Haymitch estava vendo a TV e algo chamou minha atenção.

Hoje aproximadamente às 21h35min da noite, foram encontrados em uma tenda de circo, os corpos de Annabeth e Lisbeth Jones. Os corpos apresentavam indícios de que as duas garotas de quinze e sete anos, respectivamente, foram estupradas e torturadas. O culpado Anthony Spencer, foi pego pela policia enquanto se livrava do corpo das vítimas. O criminoso se fantasiava de palhaço no parque de diversões local e vinha a dois anos atraindo jovens moças com idades entre seis e dezesseis anos para ver um “show”, assim as levando a morte.”

Imediatamente fui ver a Kat e ela estava deitada chorando no quarto. Deitei-me do seu lado e ela falou um ainda soluçando:

– Eu disse que... Não gostava daquele palhaço

– Shii, tudo bem, já passou, mas... Kat, como você sabia sobre aquele palhaço? – Perguntei um pouco apreensiva.

Ela olhou para mim e eu vi medo explicito em seus olhos.

– Não sei... Eu tive um sonho ontem... Tinha um menino com nariz vermelho, e duas crianças... Eles brincavam e ele acabava machucando elas... E ficava rindo delas. Eu só não queria lembrar o sonho – Respondeu chorando de novo.

– okay, okay, calma, já passou. Nós estamos bem não é? Vai ficar tudo bem, não se preocupe – Disse tentando acalmá-la.

Depois disso eu contei ao Haymitch o que tinha acontecido e ele imediatamente foi conversar com a Kat, e ela disse que não era a primeira vez que ela “sonhava”. Com o tempo Haymitch identificou isso como um tipo de premonição, só que um pouco mais sutil. Em quanto a Kat foi crescendo, as premonições/visões foram ficando mais e mais exatas.

Assim como fez comigo, Haymitch a ajudou a controlá-las e hoje em dia, com catorze anos, ela já conseguiu prever coisas idiotas como testes surpresas ou se o carteiro iria atrasar, e coisas mais sérias, como assaltos, incêndios e assassinatos, porém essas são menos freqüentes. Ela meio que consegue controlar se vai ou não “sonhar” e ultimamente ela não tem previsto mais nada. Ela se sente mal por poder ver o que vai acontecer, mas não poder fazer nada, afinal ela não pode ir até as autoridades dizer: “Consigo prever o futuro”. Iria ser complicado demais, por isso ela prefere ficar sem ver nada.

Depois que nós duas tivemos mais um debate sobre minhas roupas, nós finalmente entramos no meu carro, nos despedimos de Haymitch e fomos para escola ao som de Coldplay. Melhor do que aqueles CD’s do Mcfly que a Kat insiste em ouvir.

Finalmente avistei a nossa querida Panem, que é como é conhecido o melhor colégio de 2º grau de Silverdale. Estacionei o carro e me despedi de Kat, enquanto me dirigia ao prédio dos segundos anos. Panem tem um campus extremamente grande e é divida em três setores: O primeiro designado ao 1º ano e é onde se localiza a quadra do colégio; o segundo setor é designado ao 2º ano e que pra minha sorte, é onde fica a biblioteca; e o terceiro e ultimo setor é para o Convênio, é nesse setor que o grande salão se localiza.

Cheguei ao meu prédio e fui procurar meu armário, quando percebo um murmúrio vindo de um grupo de garotas.

“Nossa ele é tão lindo”, “ele é tão misterioso”, “não sei, ele me parece estranho”, “e daí? Com aquele rosto e corpo podia ser ate ser doente mental e não ligaria”

Argh, essas garotas me dão nojo. São como um tipo de parasitas sociais. Todas fúteis e idiotas, que se baseiam em aparência. São ridículas. Decidi não ligar mais para as parasitas e continuei meu caminho para meu armário. Finalmente cheguei ao bendito armário e peguei os livros necessários. Fui direto para minha sala e enquanto o professor não chegava, fiquei a ouvir musica no celular. Sinto alguém puxar meu fone no inicio do solo de “Arabella” dos Arctic Monkeys.

– Annie! – Disse Johanna, minha melhor e única amiga. Ah, ela estava com aquela expressão... Vai começar.

– Precisava mesmo? Estava no meio do solo – Falei indiferente.

– Tanto faz, só preciso que me ajude com a puta da esquina – Respondeu com um brilho de ódio no olhar. A “puta da esquina” é como ela chama uma garota idiota da sala ao lado, um projeto de Barbie, só que com menos bunda e mais arrogância. O nome dela é Glimmer.

– O que ela fez dessa vez? – Indaguei com certo interesse.

– Me entregou para o Snow – Disse com mais raiva ainda.

Johanna tinha um serio problema com drogas. Isso começou quando foi abandonada pelo seu pai aos 11 anos. Aparentemente ele fugiu com uma amante ou algo do tipo, e então sua mãe destruída, descontava sua raiva nela, a agredindo. No dia em que sua mãe queimou sua barriga com um ferro de passar, Johanna disse chega, e saiu de casa apenas com as roupas do corpo. Sem não ter lugar para onde ir, se alojou com um grupo de sem tetos de um beco. Digamos que eles lhe mostraram um universo totalmente novo. Um dia Johanna teve uma overdose de heroína. Oficiais encontraram-na jogada ao lado de uma loja de conveniências e então a levaram ao hospital, arranjaram pais adotivos e desde então ela tem vivido com um casal de idosos, que aparentemente não sabem nada do que ela faz. Eu não queria, mas sem querer senti o sentimento de tristeza que ela tinha pelo pai, a raiva que ela tinha da mãe, então o alívio de quando ela se drogava, e depois o arrependimento por fazer tais coisas. Johanna não sabe dos meus “dons” então ela não sabe que eu sei exatamente como ela se sentia. Já pensei muitas vezes em contar a ela, mas sinto que ainda não estou pronta.

– Ann! Esta me ouvindo? Tem que ajudar a acabar com o veneno dessa imbecil! – Exaltou-se Johanna

– Johanna, eu já lhe disse uma vez, não me meto com esse tipo de gente – Respondi decidida.

– E você ainda se diz minha amiga – Ela saiu ainda mais temperamental e foi em direção a uma mesa no outro lado da sala. É sempre assim, eu me recuso a ajudar, ela fica chateada comigo e depois nós voltávamos a nos falar normalmente.

A aula começou e todos foram se sentar. Era aula de literatura, com a professora Mags. Ela era uma doce senhora, em seus quarenta e poucos anos, que apesar da idade, continua com o mesmo espírito bondoso (e divertido) de mais nova. Nos demos bem logo de cara, nem mesmo precisei invadir seu subconsciente para perceber que ela era uma pessoa extremamente bondosa. A aula estava correndo normalmente, quando alguém bateu na porta. Era o diretor Snow.

– Desculpe interromper a aula professora, mas seria possível você me acompanhar por alguns minutos? – Perguntou.

– Ah, claro diretor. Pessoal, tentem não morrer por alguns minutos – Falou Mags para turma e depois saiu.

Depois de alguns curtos minutos, ela entrou novamente com um semblante mais alegre que o normal.

– Oi seu bando de abutres que pagam meu salário, vamos dar as boas vindas ao novo aluno.

Continua.


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Notas finais do capítulo

E aí? Ficou apresentável? Espero que sim kkk Um pouco da história da Johanna e da Katniss, essas duas divas. Logo logo, o lindo e maravilhoso Finn vai nos dar o ar de sua graça heueheu até o próximo e beijinhos de canela rererere



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