Ah quantas palavras tenho pra te dizer, e tantas idéias pra discutir,

Que nem mesmo esse tempo arredio permitirá sequer iniciar.

Quantas aventuras para nos embrenharmos noite adentro,

Dançando nos palcos da embriaguez de alegrias e prazeres,

Tormentas e tribulações.

Lembro de quão belo era seu corpo e sorriso,

Onde me comprazia só de vislumbrar,

E o seu cheiro me levava a lugares mágicos,

Escondidos no recôndito de minha mente.

Onde jovem, guardei segredos que somente você conhece,

Minha adorada, minha mulher, amante, mãe

Que nunca me abandonara, nem mesmo quando eu desejei por isso

E me arrependo de tais pensamentos até hoje.

Te perdi eu sei, e nem mesmo Deus trará você a mim.

Mas quero ao menos perdoar a mim mesmo,

Por ferir-te na alma, na carne, nos sonhos

Por não te amar como merecia.

Não me lembro de seu nome,

E não culpo minha mente por isso,

Pois ela tenta esquecer das dores que te causei

Apagando tudo o que eu tinha registrado a cerca de ti

Mas, mesmo não lembrando seu nome

Mesmo sem sua imagem em minha mente

Ainda tenho grafado o seu cheiro

E esse doce perfume nunca será pedido, nem mesmo na aurora de sua morte.