Chain escrita por Mari N


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

E depois de dois meses e quatorze dias eu volto com mais uma fic da categoria Magi :3
Essa one-shot já estava pronta há tempos aqui e eu havia esquecido de sua existência D; Mas aqui venho postá-la para quem tiver curiosidade de ler.
Aqui está uma fic que eu posto que é totalmente conectada, completa, desde o título, passando pelo texto da estória, até a capa da fic e capa de capítulo. Enfim... Agora chega~
Eu não revisei o texto, só avisando, então se tiver erros, me desculpem e relevem esse detalhe :')

Nada mais havendo. Boa leitura e espero que gostem (;
Nos vemos nas notas finais~



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Ele observava tudo de longe, sempre tão distante de seus desejos... Seguia andando e olhando sempre em frente, mas nunca se esquecia que o que estava atrás sempre olhava para ele, carregava o peso de uma nação nas costas. Heliopath era o seu país, não haveria como negar, não haveria como esconder. Ele não tinha vergonha, não era isso. Nunca teria vergonha de seu país, o seu berço, o seu lugar. Mas é que Sindria era o seu lar, e era ali que ele desejava ficar. Sempre.

Sharrkan se sentia sozinho. E a única forma que ele encontrava de retornar ao seu normal, a única forma que ele encontrava de suprir o que ele aparentemente desconhecia era irritando-a, tentando inutilmente se livrar do vazio.

Não que ele não tivesse amigos. Os oito generais eram mais que amigos, era quase como uma família. Mas a palavra família o assustava tanto... Ele tinha medo.

Se sentir sozinho é ruim... Muito ruim. E a única coisa que ele queria, no vazio de seu quarto, era alguém que pudesse o abraçar e dizer que tudo iria se encaixar, que iria ficar tudo bem. A verdade é que ele era como uma criança assustada, perdida. Em suas noites de sono muitas vezes se contorcia em agonia com os vislumbres de um passado que era apenas seu. E estremecia com a visão de um futuro que também era apenas seu, e que mais ninguém compartilharia.

Discutia e brigava com Yamuraiha, na vã esperança de livrar sua mente de todos aqueles pesadelos, de todas aquelas sombras. Era inútil. A cada mês que passava, a cada dia que passava ele se sentia pior... O vazio ia progredindo e a solidão o atingia, mesmo cercado de pessoas. Então ele mascarava todos os temores e escondia todas as verdades em faces que não eram as suas, em atos que não eram os seus. E a qualquer dia poderia desabar em desespero. Mas sempre deixava tudo para o silêncio de seu quarto, lá deixava vir tudo que prendia, e era lá que ele deixava tudo quando saía.

Colocava todo seu amor e dedicação na arte de lutar. Sua espada fiel o fazia feliz. Mas carregava o peso da responsabilidade que seu pai lhe dera de se tornar um verdadeiro homem, sendo que era nada mais que um menino. Ele queria gritar.

Em uma das brigas que ele e Yamuraiha tiveram, ele se inclinou, queria beijá-la, mas não beijou. Ele se afastou e viu-a se afastar, assustada e surpresa. Ele soltou um pesado suspiro, ficou parado um instante, depois se moveu, com um aceno de cabeça ele se desculpou e depois seguiu seu caminho.

Enquanto ele dava as costas e saía andando, ela ficou ali observando ele ir. E apenas no ato de observá-lo, ela notou que os ombros antes eretos e firmes, agora se encontravam um pouco inclinados a frente e enquanto ele andava, era como se milhares de sombras o seguissem, para onde quer que ele fosse.

E quando ela o encontrou novamente, ele estava perto do mar.

Ele observava o mar com ternura e com um calor no olhar. Sentia a brisa em seu rosto e se deixou relaxar. Ali, olhando o mar, ele se permitia amar de perto aquilo que a distância não permitia. Aspirou intensamente aquele cheiro único de mar. O sol encontrava a pele morena, e, para Yamuraiha, era como se ele fosse a sombra dele próprio. E aquilo a fazia estremecer. Ela sentia falta de seu país, mas era como se ele não sentisse falta do dele.

Em uma noite, Yamuraiha acabou pegando no sono e adormecendo em uma das varandas no alto do palácio de Sindria. Ela despertou, mas não abriu os olhos. Sentia a presença de alguém ali.

De repente, ela sentiu o toque. Uma mão percorria os fios de seus cabelos. De forma tão suave, que ela simplesmente sabia não ser algum suposto inimigo. Ela se sentia imensamente surpresa com o enorme carinho daquele simples ato, e ela se perguntou quem poderia ser. Depois de percorrer os fios de seus cabelos inúmeras vezes, ela sentiu os dedos daquela mesma mão percorrer com suavidade a pele de seu rosto. Fazendo carinho na bochecha e na ponta do nariz. E então sentiu uma respiração bem perto de seu rosto. Assustou-se. Mas estranhamente os lábios que ela achava que tocariam os seus, pousaram delicadamente contra sua testa, juntamente com um afago ao topo de sua cabeça. Ela não saberia dizer o nível de seu espanto ao abrir os olhos e se ver olhando para as costas de Sharrkan, que andava rumo a um nos inúmeros e imensos corredores do palácio. No silêncio daquele cair de noite ela pode ouvir o barulho que ela fazia. A corrente que ele carregava. E inexplicavelmente, ela sentiu o peso. Mais tarde, no calor de seu quarto, ela não conseguia dormir.

Sharrkan não pertencia a alguém e ninguém o pertencia. Essa era a sua sina. Aquela corrente o prendia a seu único destino. E ele esperava pelo dia em que fosse sentir paz. Pelo menos uma vez.

E ao menos uma única vez ele sentiu. Quando percebeu que aquelas mãos suaves e delicadas retiravam de seu pescoço aquela corrente. Não haveria como explicar, e talvez não houvesse motivo. Mas enquanto a retirava do corpo dele, Yamuraiha chorou. E ele se sentiu aliviado, com os olhos fechados, as pálpebras pesadas. O corpo tenso relaxou. E a alma carregada se suavizou.

Quando se olharam nos olhos foi como se o mundo inteiro os entendesse. E na medida em que as mãos de ambos percorriam os corpos um do outro, era como se eles se libertassem de algo mais, se purificassem em um amor mais sincero que podiam crer. Seria um momento, um único momento, mas inesquecível. Pois eles sabiam, que embora feito tudo que deveria fazer, aquela tormenta só passaria com a morte.

Eles se amaram apenas uma vez, no encontro perfeito de dois corpos inebriados de amor e paixão. Um ato perfeito. Mas eles se adoraram durante uma vida inteira e pela eternidade que viria.


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Notas finais do capítulo

Então foi isso. Gostaram? Amaram? Odiaram? Detestaram?
Por favor, deixem reviews, é muito importante para a minha pessoa.

Não tenho muito o que escrever aqui nas notas finais. Classifiquei como 16+ só por precaução. Apenas uma pequena curiosidade... Estarei a postar uma outra one-shot em breve, já está tudo pronto e JuKou é o que haverá ♥~

Okay. Agora chega~
Espero que tenham apreciado a leitura, de alguma forma. Beijos e nos vemos nos reviews (?).

Até uma próxima~



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