Arcabouço de sentimento. escrita por Rennê


Capítulo 11
Contudo.


Notas iniciais do capítulo

"Jamais se desespere em meio as sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água limpa e fecunda." ( Provérbio Chinês)



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Estava bufando de raiva, incompreensão, chateação e fúria. Ela se levantou e segurou minha mão, me puxou para janela e falou

–Não fique remoendo isto, arrependimento é um grande gasto de energia, claro quando você não o usa como aprendizado, agora se você absorveu algo disso siga sutilmente.

Era o terceiro dia que estava na casa da Incah iriamos visitar meus pais e depois daríamos uma volta na Londres trouxa. O relógio marcava 10:53hrs, quando uma linda garota de cabelos brancos como a neve, pele rosada e um vestido salmão e sapatilha preta desceu a escada. Fui ao seu encontro fiz uma reverencia e levantei suavemente minha mão para que ela a segurasse.

– Você está muito feia. - Brinquei.

Ela se desvencilhou e deslizou sua mão pelo meu abdômen em um gesto repentino me beliscou.

– Isto dói. - Fiz um bico e me sentei em uma poltrona massageando o lugar lesionado.

– Desculpa, foi sem querer. - Retrucou.

Ted e Andrômeda adentraram o recinto de braços entrelaçados.

– Meu rapaz, tome conta desta pequena. Estejam de volta antes das 18 horas. Mande lembranças aos seus pais. - Ele apertou minha mão e beijou a testa de minha namorada.

– Tome querido, leve estes pães para seus pais. - Ela me entregou uma cesta. - E diga que mandei um beijo e que venham almoçar conosco qualquer dia, serão sempre bem vindos.

Ela nos abraçou e entregou um casaco a sua filha, seguimos para a lareira iriamos usar a rede de flur. Eu fui primeiro, quando cheguei a toca estava do mesmo jeito, apertada e aconchegante, cheio de livros e objetos mágicos, o relógio na parede que marcava onde cada um membro da família está ou o que teria que fazer. Errol a coruja da família estava no parapeito da janela da cozinha, fui até lá acariciei suas asas e olhei para vê se mamãe estava lá, apenas havia dois caldeirões borbulhando no fogo e um velho radio tocando ao fundo. Um barulho de uma leve tossida veio da sala, era a minha namorada.

– Cadê a senhora Weasley ? - Ela indagou.

– Não sei. Deixa eu ir lá em cima procura-la. - Dei as costas e subi uma velha escada.

POV Incah.

Estava observando por uma janela o terreno da casa, era grande e afastado. Ouvi um leve pigarro e me virei me deparei com um garoto um pouco mais ruivo que meu namorado e também mais sardento, com o rosto fino e um brinco e sua orelha. Ele me olhava alegremente.

– Você é a namorada do Fred ?

– S-sou. - Estendi minha mão.

– Não vou negar que quando mamãe contou que ele tinha uma namorada, pensei que era uma garota estranha, também ouvi dizer que você é uma aluna exemplar. - Ele apertou minha mão. - Você é linda e inteligente, não acredito como Fred conseguiu está proeza. Aliás, meu nome é Gui.

–Gui, pare com isto sou um partido ideal, não existe alguém mais capacitado para está garota que eu. - Fred disse descendo o ultimo lance de escada, ele se aproximou do irmão e o abraçou.

– Ah claro, olha quem diz o gêmeo mais convencido de Hogwarts.

– Isto é o que o que corre por ai, mas não é a verdade. Onde está a Sra. Molly ?

– Ela foi comprar umas coisas no beco diagonal, mas não demora ela me deixou olhando a comida no fogo, então até depois deixe eu ir antes que queime.

– Vem comigo. - Ele me puxou e subimos as escadas.

Ele girou a maçaneta e com sua varinha fez surgir luz, ele correu para uma janela e a abriu o quarto estava meio abafado e fétido por conta do mofo, o quarto era pequeno havia duas camas, vários caldeirões, vidros de poções, caixas de papelões por lá, percebi que aquele ele o quarto de Fred. Ele tentava descongestionar uma cama que estava abarrotada de livros e roupas.

– Mamãe não meche no nosso quarto. - Falou timidamente. - Nós pedimos isto.

–Entendo, uma faxina seria interessante né ?. - Me aproximei da cama. - Estes livros são seus ?

Eram vários livros, alguns sobre poções, sobre quadribol, sobre medicina trouxa.

– Não, são do George.

– Fred, não minta. Não precisa disto. A razão de seres bagunceiro não que dizer que de trás de um bagunceiro não existe um garoto inteligente.

– Eu gosto de lê, de estudar, conhecer as coisas. - Ele não se mostrava confortável.

– Outro dia conversamos sobre isto então. - Tentei lhe passar confiança.

Andares a baixo escutamos uma voz nos convidando para nos juntarmos aos outros. Ele segurou minha mão e descemos. Estava feliz de está ali e ansiosa de conhecer os Weasleys, quando enfim chegamos à sala meu coração pulsou fortemente, lá estava uma mulher com cabelos ondulados e com cor semelhantes ao do meu namorado, baixa e gorda, sua expressão era de inquietude.

– Seja bem vinda minha querida. - Ela veio ao meu encontro e me abraçou. - Estou muito feliz em lhe receber aqui.

– Obrigada pela sua bondade.

Ela se virou para Fred e com um tom de desaprovação disse:

– Você está tão magro, não tem comido bem Fred! - Ela o analisava dos primeiros fios de cabelos até a sola de seu sapato. - Você cresceu mais um pouco filho. Venha me acompanhe vamos fazer um lanche antes do almoço.

– Mãe eu tenho me alimentado bem. A senhora fala isto, pois ainda não viu o Ronyquito.

Eles seguiram para cozinha, mas fiquei ali observando um velho porta-retratos que tinha dois garotos ruivos voando em vassouras, era os gêmeos Weasley. Antes de imaginar as milhares de travessuras que eles deveriam ter feito um senhor ruivo, aparatou no meio da sala. Ele aparentava estar cansado, as olheiras eram abundantes e suas roupa estava levemente amarrotada.

– Olá senhorita, tudo bem ? - Ele me cumprimentou deixou sua pasta em cima da mesinha de centro.

Foi um almoço adorável, os pais do Fred são absolutamente bondosos e amáveis. Após o almoço Molly me mostrou álbuns e álbuns de fotos, contou cada historia de como eles eram sapecas. Direcionávamos-nos para lareira onde iriamos usar a rede de flur, iriamos para o beco diagonal de lá seguiríamos para a Londres trouxa. Já se passavam das 16 horas quando chegamos a Londres, queria fazer uma surpresa ao Ruivo iria levar ele a uma biblioteca e depois a um parque de diversões.

Primeiro fomos a uma velha biblioteca passamos muito tempo ali escolhendo e comentando sobre livros, Fred era mais inteligente que esperava e convencido também. No fundo da livraria havia um café sentamos ali bebemos um expresso. Após isto seguimos para pagar os livros, o ruivo fez menção de desconforto e apalpo seus bolsos então sussurrei:

– Eu pago, trouxe dinheiro trouxa.

Saímos com varias sacolas de livros, passei a mão pela sua cintura, me sentia bem de estar ali com aquele garoto, quando o olhei ele estava com o rosto contraído, parecia aborrecido.

– que você tem ?

– Não gosto que gaste seu dinheiro comigo.

– Fala sério não tem problema algum. Foi um presente.

– Eu trouxe dinheiro trouxa, não é porque minha casa é humilde que não temos dinheiro.

Não fiz muito esforço para perceber que aquela atitude acabou o machucando, jamais passou pela minha cabeça isto. Nem havia percebido, a família dele não é rica, mas jamais os trataria de alguma maneira ferindo os seus sentimentos.

– Amor. - Elevei minha mão até seu rosto. - Jamais pensei isto, paguei por impulso mesmo. Não acho que vocês não tem dinheiro. Desculpa se deu a entender isto.

Sentamos em um banco que estava próximo ao ponto de ônibus, ele pôs a mão na cabeça e disse:

– Desculpa, me sinto meio mal por todos que vão em casa e acham que não temos condição para fazer nada. Que julgam nosso caráter pelas roupas que vestimos. - Ele estava se acalmando. - Acabei descontando este meu receio em você.

O abracei como aquele garoto era sincero e amável. Com ele sentia minha pressão subi e descer vertiginosamente. Meu coração palpitava e sentia meus pulmões pararem de funcionar. Aquele sentimento me consumia me fazia amar e esperar ter uma vida com aquele garoto.

Seguimos para o parque ele ficou maravilhado com as cores, luzes e brinquedos que havia. Era meio constrangedor já que todos nos olhavam, melhor dizendo as garotas olhavam para o ruivo descaradamente, talvez por causa do seu porte alto e forte, ele era realmente encantador e sedutor, provamos algodão doce, pirulitos de chocolates, pipoca doce e salgada. Fomos à roda gigante, montanha russa e jogamos jogos de tiro. Sentei em um banco enquanto ele voltava em uma barraca para ganhar um coelho de pelúcia. O ruivo sentou ao meu lado carregando um enorme coelho verde, me entregou e eu disse:

– Fred lhe disse para não usar aquela porção para confundir o homem. - Fiquei chateada com aquela ação de trapacear.

– Você não confia na minha capacidade? - Ele bufou de raiva.

– Não é isto.

Ele demorou, mas me explicou que ele havia conseguido sem uso da porção de confusão. Ele realmente se chateou, porém fiz com que ele se mudasse de opinião com muitos beijos. Quando olhamos o relógio já se passava das 18 horas, estávamos encrencados, saímos correndo para pegar um táxi, demorou contudo conseguimos, descemos na frente do caldeirão furado, usaríamos a rede de flur. Fred conversou com o velho balconista e nos deixou usarmos a lareira. Fomos embora o mais rápido possível, não gostava daquele lugar, era escuro, pequeno e mal cheiroso. Eu iria à frente, mas uma velha senhora com uma capa preta e um enorme chapéu pontudo, tinha aparecia misteriosa os cabelos cobriam seu rosto e não consegui identificar, puxou meu braço, olhei-a assustada ela falou:

– Você é linda, deveria visitar nossa loja um dia. - Ela empurrou um papel no meu casaco.

O ruivo exasperadamente puxou meu abraço e me levou a lareira. E sussurrou "Vai, eu não demoro." Segui o que ele disse logo estava em casa.

Papai me deu um sermão por conta da demora. E mandou esperar Fred e depois irmos lavar as mão e seguirmos para o Jardim. Antes de puxar o papel que ela me entregou, Fred chegou bufando de raiva se aproximou de mim e segurou minha mão.

– Desculpa ter puxado seu braço daquele jeito. Você sabe o que aquela mulher queria né ?

Puxei o papel e observei, era um lugar que oferecia hospedagem, massagem e havia um bar o nome era " Pleasure" . Olhei pasma para ele e falei:

– Não pode ser, ela queria que eu... Bom, fizesse isto ?

– Isto mesmo. Provavelmente se não estivesse lá ela te levaria para um lugar mais reservado e te jogaria um imperius.

Ficamos um tempo conversando até Dora aparecer e insistir para irmos para mesa, pois não aguentava mais o papai dizer que só dava atenção para meu novo namorado.

O jardim estava bastante iluminado, ventilava bastante, o verão já estava perto. Uma mesa redonda foi montada, havia uma variedade enorme de comidas e bebidas. Mamãe e papai estavam bem vestidos, Dora estava vestida informalmente como sempre me aproximei dela e sentei ao seu lado e o ruivo a minha frente.

– Então amanhã após o almoço vocês voltam para escola, iremos juntos, fui convocada para ficar lá em hogsmeade até o fim do torneio. - Ninfadora ia dizendo enquanto arrematava para seu prato uns pedaços de costeleta.

– Tudo bem, amanhã acordaremos cedo, levarei Fred para conhecer o riacho. - Tomei um gole de água de gilly. - Mamãe você pode deixar uma cesta com algumas comidas para levarmos amanhã?

– Minha querida, devo lhe avisar que não seria bom você ir, tem muitas pessoas desaparecendo e creio que isto impossibilita a saída de vocês. - Falou friamente sem me olhar.

– Não vejo motivos, ninguém frequenta este lago e é bem próximo daqui. - Contestei.

– Incah se sua mãe diz isto é melhor obedece-la. - O garoto a minha frente interviu.

– Nãtenblemas. - Dora tentou pronunciar com a boca cheia de comida. - Desculpa, não tem problema algum, lanço um feitiço delusório em vocês.

Mamãe se levantou, com a expressão gélida e foi em direção a casa, eu a segui quando ela percebeu acelerou os passos subiu as escadas, entrou no seu quarto e bateu a porta. Sabia que ela estava nervosa com algo, mas não fazia ideia que era tanto.

Fiquei um tempo criando coragem até que bati na porta e girei a maçaneta, ela estava sentada na sua cama com um pedaço de pergaminho na mão. Sentei ao seu lado e murmurei:

– O que foi dona Andrômeda ? - Ela me ignorou e olhou para o outro lado. - O chapéu seletor não se enganou, você é realmente um slytherin.

– Talvez o problema seja este, minha origem. - Ela retrucou enquanto pegava em seu criado mudo um bolo de pergaminhos.

Percebi que eram cartas, ela pôs no meu colo, eram cartas que continham apenas iniciais:

"De: N.M

Para: A.B"

Ela se levantou em foi em direção a escrivaninha se sentou de costas para minha pessoa e começou:

– Quando casei com seu pai abdiquei de tudo, dos meus pais, das minhas irmãs, da minha casa, da minha riqueza e por conseguinte do meu nome. Perdi contato com minhas irmãs, isto foi o que mais me doeu, não senti tanta falta da Bella, sua mania por sangue puro fez que hoje ela estivesse em azkaban minha irmã sempre foi o que o meus pais queriam, orgulhosa prepotente, uma verdadeira Black. - Ela respirou fundo duas vezes e continuou. - Sempre fui mais próxima de Narcisa, seus fios dourados, sua boca corada, muito elegante, casou-se com o Malfoy. Faz algum tempo que ela me mandou a primeira carta, a iniciais " N.M" são de Narcisa Malfoy, não irei lhe contar muita coisa, mas o suficiente para que entendas o meu medo.

– tudo bem, pode prosseguir. - Tentei encoraja-la;

–Ela me mandou nas ultimas cartas que vamos enfrentar tempos difíceis. E que devemos está preparados pois seriamos os primeiros a sofrer consequências, os traidores do sangue, nascidos trouxas e os mestiços. - Ela se levantou seguiu até seu armário. - Ela disse que não se comunicaria frequentemente, pois o Lúcio poderia desconfiar. Contei apenas para você, seu pai não gostaria de saber que voltei a manter laços com ela espero que fique entre nós.

Ela voltou carregando uma caixa de madeira pegou as cartas e guardou-as neste recipiente. Pegou sua varinha e pronunciou 'secretum' que era um feitiço para se guardar segredos.

– Mamãe, amanhã eu irei ao riacho, não por querer lhe desacatar, mas como sua irmã disse, ainda vamos enfrentar. Não tenha medo é só um passeio. – Disse segurando suas mãos. – Você tem saudade do tempo que era uma Black ?

Ela me soltou rapidamente e seguiu para porta. Virou-se e começou a falar:

– Tenho saudade da convivência, não era fácil viver em um lugar impregnado por uma mentalidade torta. Tenho saudade do nosso elfo o Nol, ele sempre me ajudou. – Ela começou a rir. – Ele não seguia mentalidade dos meus pais. Ele que me ajudou a fugir. Tenho bastante saudade da Cisa, o casamento com o Lúcio foi um tanto quanto arranjando ela gostava de outro. Porém aprendeu a ama-lo com o tempo nada mais do que isto.

Percebi que mamãe carregava muitas magoas, ela nunca conversou sobre isto, fazia muito tempo que ela precisava de alguém para desabafar.

– Mãe ? – Ela levantou os olhos que pela primeira vez naquela noite não estavam frios, estava amáveis e cor de âmbar. – O seu elfo o Nol, ele ainda está vivo ?

– Sim, ele foi vendido quando meus pais morreram, Cisa não queria lembranças do seu tempo de infância, só que depois de alguns meses que foi vendido a sua dona, madame Taggart ela morreu. Ai ele ficou livre. Não sei se conseguiu algum emprego.

– Posso lhe dar uma missão ? – Indaguei.

– Vejo que vai ser mais uma das suas peripécias. – Ela me olhou com repreensão. – Mas pode falar dependendo do que for eu faço.

– Vá à procura de Nol, não o escravize, mas traga-o para morar aqui como um membro da família. Eu passo o ano todo na escola, Dora não para em casa, papai também trabalha bastante, ele será uma boa companhia. – Fui ao seu encontro beijei sua bochecha e continuei – Prometa que fara isto ?

– Prometo. – Ela disse sem contestar. – Vamos descer ela segurou minha mão e voltamos.


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Notas finais do capítulo

comentários por favor, isto me anima a escrever.



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