The Choose escrita por Kleps04


Capítulo 1
Capítulo 1 - Eu, escolhida?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/487751/chapter/1

P.O.V América

Eu alternava o meu peso entre os pés enquanto a máquina emitia vagarosamente - ou melhor - MUITO VAGAROSAMENTE, a notinha do estacionamento.

-Ela demora mesmo - falou o cara, vendo meu nervosismo.

-Ah. Deu pra perceber - tentei sorrir

Quando o funcionário tirou da máquina eu quase arranquei da mão dele e voei para o prédio na esquina.

Lá tinha uma placa escrita:

Illéa - A Fantástica Fábrica de Doces

contrata-se secretária

com mais de 21 anos

Entrei pelas portas giratórias após uma olhada geral pelo prédio: era com estrutura de pedra preta e vidros meio foscos. Devia ter por volta 50 andares.

Achei um cara de meia idade com um uniforme azul marinho e perguntei:

-Bom dia senhor, que tenho uma entrevista marcada para às 19h00.

-Ah, sim, senhorita América né? Entre no elevador à esquerda, no quadragésimo sexto andar, sala 13, ele disse indicando o caminho.

-Muito obrigada.

P.O.V Maxon

Cinco para às sete. Será que ela não viria? Bom, vou dizer o porque de tê-la escolhido. Meu pai, conhecido como presidente da empresa, insistiu que eu era muito ocupado e que precisava de mais uma secretária, então fui lá e escolhi essa garota, ela tinha um currículo bom e além disso era bonita.

Fui tirado dos meus devaneios quando ouvi as batidas tão esperadas. Ah.

-Entre!

A porta se abriu revelando a moça. Ela tinha cabelo ruivo e olhos castanhos profundos e muito, muito bonitos. Ela vestia uma calça jeans escura e uma blusa social branca. Estava impressionante.

-Ahn, você é o sr. Mason?

-Não. O sr. Maxon.

-Então acho que estou na sala errada, desculpe... -ela já ia fechar a porta quando levantei e falei.

-É aqui mesmo!

-Mas se você não é o...

-Você se confundiu. Normal. Meu nome é... não muito comum.

Ela me olhou envergonhada e adentrou a sala.

-Podemos começar? -perguntei depois de nos acomodarmos

-Claro - ela respirou profundamente - Claro que sim.

Eu sorri para encorajá-la e começamos.

-Você sabe falar italiano e espanhol? -ela negou com a cabeça - Ah. Você pode falar alguma frase?

-Mas...

-Qualquer coisa serve.

-Me gusta la pizza?

-Okay - eu disse, rindo um pouco.

América franziu as sobrancelhas e deu de ombros em seguida.

-No que você já trabalhou?

-Vendedora em livraria e enfermeira

-Uau!

Ela riu, se sentindo mais confortável.

-Você é organizada?

-Ahn... não...

-É boa em falar?

-Não. Definitivamente não.

-Perfeito! - eu falei sorridente - Sabe autodefesa?

-Sei dar chutes. Serve?

-Acho que sim. Estamos cortando os gastos com segurança... - Eu disse, anotando algumas coisas.

Ela apoiou o rosto numa das mãos, os lábios curvos em um sorriso.

-Ahn... Acho que só - eu falei, revisando as perguntas mentalmente.

Ela ergueu as sobrancelhas, surpresa.

-Quando eu fico sabendo a resposta?

-Daqui a pouco. Agora você vai ter uma simulação. Levante.

Os dois levantaram, contornaram a mesa e ficaram frente a frente.

-Demonstre sua autodefesa

-Mas...

-Demonstra.

-É...

-Vai logo. Vai ser rápido.

-Tá - e ela dobrou o joelho e acertou um pouco acima da minha coxa. Me dobrei abaixando as mãos para a área acertada.

-Doeu?

Acenei com a cabeça, os olhos semicerrados.

-E o resultado da entrevista?

-Você passou. Começamos segunda, às 8h

Ela pegou a bolsa e foi embora, não sei se ouviu o meu gemido de dor.

P.O.V. América

Foi realmente fácil passar na entrevista, sem contar que meu "chefe" é realmente... sexy. Meu Deus América! Você nem conhece ele! Fui tirada dos meus pensamentos quando vi meu celular tocar. Aspen...

-Alô?

-Oi América. Acabou a entrevista?

-Acabei! E adivinha. Eu passei!

-Parabéns! Quer sair pra comemorar?

-Onde?

-Pizzaria. Topa?

-Claro! Chego em 10 minutos - disse indo pegar o carro

Paguei o cara e saí com o carro até a pizzaria. Estacionei na rua e entrei. Vi Aspen sentado em uma mesa encostada na janela.

Quando América entrou na pizzaria e se dirigiu a mesa onde Aspen estava, ela percebeu que ele estava bem sorridente.

-Nossa telepatia está nota 10 né? - eu ri enquanto falava.

-Você está linda hoje.

-Só hoje? - perguntei, sentando na frente dele.

-Não! Você está sempre linda, mas hoje você está mais.

-Aspen, eu não tenho dinheiro para pagar o elogio - eu disse brincando.

Nós dois rimos e ele pegou minha mão por debaixo da mesa, acariciando-a. Senti-me arrepiar. O Toque dele era quente e gostoso que me fazia querer beijá-lo. Devolvi o toque o melhor possível. Ficamos nisso por um tempo até começarmos a ir para um nível mais avançado, de repente um garçom apareceu e pigarreou alto. Nós nos desvencilhamos do beijo enquanto eu corava.

-Pizza de calabresa e portuguesa.

-Claro! - disse o garçom, meio desconfortável, enquanto Aspen mantinha um sorrisinho no canto da boca.

-O que vocês vão tomar?

-Bebida! Dã!! O que você acha, que eu vou tomar sopa de maracutanga?

O garçom se irritou um pouco.

-Tá! Que BEBIDA?

-Eu quero suco de maracutanga - disse Aspen, olhando pela janela.

Eu me desculpei com o garçom.

-Desculpe! Ele não é assim, não sei o que aconteceu.

-TUDO BEM. O QUE VOCÊ QUER? - ele disse muito irritado

-Suco de uva.

-Tá legal.

Encarei Aspen por alguns instantes enquanto ele ainda olhava lá fora, já tinha escurecido, as ruas eram iluminadas pelos faróis dos carros e pelos postes que tinham luzes fracas. Ele finalmente me olhou. Me inclinei sobre a mesa.

-O que foi isso??? - perguntei num tom surpreso e indignado

-Eu sei! Ele era muito besta, né? Vou falar com o gerente daqui para esse cara ser despedido...

-NÃO! -falei mais indignada ainda - você agiu como um... sei lá...

-Gato?

-Não! Como um estúpido! -me apoiei no encosto da cadeira, desinclinando. Eu estava realmente aborrecida. Acho que ele percebeu pois sua expressão mudou de confiante para meio arrependido e meio preocupado.

-Desculpa Meri.

-Você tá de TPM? Eu vi na revista outro dia que as TPM's masculinas são bem piores que as femininas.

Nós dois rimos até a pizza chegar. O garçom havia mudado e não havia nenhum sinal do outro.

Nós comemos enquanto falávamos dos nossos respectivos dias.

-...ai eu mandei o cara ir para aquele lugar... - Aspen contou sobre sua briga co Michel, um cara muito irritante.

-E ai? - perguntei curiosa

-Ele foi embora.

-Uau! Como você é poderoso!

-Claro que eu sou!

-Vamos pedir a conta, As? Eu quero ir para casa descansar... - ele ergueu uma sobrancelha, um sinal perguntando a que casa eu iria: a minha ou a dele. Sorri levemente, sinal de que era a dele.

O garçom chegou com a maquininha, Aspen pegou o cartão de crédito e passou. A máquina apitou com a mensagem:

TRANSAÇÃO INACEITA

-Pode deixar, eu passo - eu falei

Ele estendeu a mão, interrompendo meu ato de me levantar e ir até a máquina. -Não. Eu passo - mas não passou. A máquina apitou mais algumas vezes até ele desistir. Eu paguei e depois saí abraçada com ele. sussurrei no ouvido dele:

-Vamos para sua casa?

Senti seu rosto formar um sorriso.

-Com uma condição.

-Qual?! - ergui uma sobrancelha

-Você não vai dormir tão cedo...

-Vou sim, tô com sono

Ele fez uma carinha de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança

-Vou pensar no assunto... - falei sorrindo de orelha a orelha

...

Demoramos 20 minutos para chegar na casa de Aspen.

Quando entramos eu me joguei no sofá, tateando pelo controle remoto.

Aspen jogou a chave num potinho que tinha essa função e se postou na minha frente.

-Não que ir para o quarto?

-Tem TV?

-Sim, coloquei semana passada.

-Legal. Mas eu tô com preguiça de ir

-Sem problemas!

Ele pegou uma carrinho de supermercado que ele tinha não sei porque, me colocou nele e dirigiu para o quarto. Depois ele virou o carrinho, me jogando na cama.

-AIII! Nossa, como você é gentil, né? - eu falei, esfregando a perna. Alcancei um controle enquanto ele subia na cama e liguei a TV, coloquei na Warner Bros. Mas não tive tempo de ver o que estava passando pois neste momento Aspen se atirou em cima de mim e me abraçou e no momento seguinte começamos à nos beijar.

Nos separamos ofegantes e Aspen desce a boca para o meu pescoço passando as mãos em mim. Passei as mãos pelas suas costas levantando a barra de sua blusa. Nesse momento enquanto eu passava as mãos pela sua barriga tanquinho por baixo da camiseta, subindo para o peito, eu ouvi um barulho meio distante, deixei para lá jogando Aspen para baixo de mim beijando-o com força. Ai o barulho veio de novo, -do meu bolso- larguei Aspen estirado na cama, os cabelos bagunçados e arfando com força.

Desbloqueei o celular e um número estranho apareceu na tela. Eu atendi.

-Alô?

-Boa noite. Posso falar com a srt. America?

-É ela. Quem é que me incomoda?

-Sou eu o sr. dos mares e oceanos, o pai dos cavalos, Poseidon. Mentira, é o Maxon.

-Ah, oi.

-Nossa que oi seco.

-Oi, shuashuahsuah. -Maxon riu do outro lado da linha

-Eu só queria saber se você quer sair amanhã - ouvi um berro do outro lado da linha

-Sair am... - comecei, mas ele me cortou

-Para assuntos profissionais. Você também vai conhecer Celeste, minha outra secretária

-Okay. Que horas?

-1h da tarde está bom pra você? No The Fifth's?

-Sim

-Tá. Te vejo amanhã - e desligou

Me voltei para Aspen

-Onde paramos?

-Você vai ter um encontro amanhã?

-NÃO!!! -falei surpresa - Vou conhecer minha companheira de mesa e saber mais sobre o emprego

-Eu ia sair com você amanhã.

-Nós vamos ter a manhã inteira e o resto da tarde mais a noite!

-Tá. Tanto faz. Volte aqui.

Eu voltei. Ele parecia meio chateado.

-O que foi? -perguntei

-Nada- ele encostou seus lábios nos meus e quase íamos começar tudo de novo. Eu me afastei totalmente vermelha e sem ar. Eu estava tendo um ataque de asma e me desvencilhei de Aspen e fui atrás da minha bolsa, catei a bombinha e usei-a.

Aspen veio correndo, só de cuecas.

-Tá tudo bem?

-Não!

-Ahmm... No que eu posso ajudar?

-Nada, eu vou pra casa.

-Mas Meri!

-Não, é que eu to cansada e tals.... e eu tenho a minha reunião amanhã

-Mas é às 1h.

-Eu sei, mas se eu ficar aqui eu definitivamente não vou descansar.

-Ok

-Ok. Tchau, até amanhã, Aspen.

-Quer que eu te leve?

-Não, pode deixar.

Sai enquanto eu me xingava. Eu odiava quando isso acontecia, eu literalmente perdia o fôlego com ele.

Quando cheguei em casa, eu desmoronei no sofá e dormi por lá mesmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Reviews por favor!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Choose" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.