The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 65
Chapter Thirty


Notas iniciais do capítulo

EU DISSE QUE VOLTARIA, E CÁ ESTOU EU.
Estamos acabando, galera :(. Falta só mais um, EU ACHO. Pode ser que eu tenha algumas ideias aí.
Mas enfim, boa leitura.



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– Para onde agora Pollux? – pergunto.

E ele indica uma escada, deixo os homens e Cressida subirem na frente e eu vou atrás mais devagar, com o Peeta de escolta. Nós acabamos em um apartamento luxuoso, mas não temos tempo para ficar e admirar, mas não temos tempo, eles podem vira atrás de nós a qualquer momento, busco Cressida para saber aonde estamos e ela me confirma que a Mansão está próxima. Temos que correr porque os ferimentos de Gale e Finnick sequer foram limpos, e a Cressida parece muito pálida, Peeta está bem agora, mas não sei o que esperar.

Procuramos pela casa e achamos roupas e maquiagens suficientes para nos disfarçar, escondemos nossas armas com roupas de frio e eu não pareço estar grávida. Estocamos comida pelos bolsos e alguns suprimentos.

– Todos juntos. – ordeno.

Andamos seguindo o ritmo das pessoa da Capitol, há um momento em que aparecem Pacificadores e um caminho se abre para que eles passem. Busco Cressida novamente e peço que ela lembre um lugar para ficarmos. Quando pela janela de um aparamento eu vejo fotos nossas, mesmo alguns que já morreram, sei que qualquer pessoa pode nos reconhecer.

– Cressida? – a apresso.

– Tem um lugar, não sei se é adequado, mas podemos tentar. – ela diz.

Nós começamos a segui-la até chegarmos em uma pequena rua com um conjunto de lojas mal cuidadas, há poucas pessoas mas ninguém presta atenção em nós.

– Aguarde para ver as promoções, sai pela metade do preço. – diz Cressida fingindo estar interessada por roupas de baixo.

Acabamos entrando na loja, a loja é escura e parece pouco frequentada, Cressida se encaminha para o balcão onde está a dona da loja, que é a pessoa mais estranha que eu já vi. Com certeza passou por várias cirurgias que a deixou parecida com um felino.

– Tigris, precisamos de ajuda. – diz Cressida.

Seu nome, me faz reconhece-la de algum Hunger Game, era uma estilista talvez, me surpreendo com seu futuro triste depois de todo o luxo.

– Plutarch nos disse que você poderia ajudar. – continua Cressida.

Não sei se estou feliz por saber que ela é uma das pessoas de Plutarch, já que ela poderia informar a ele onde estamos e ele por sua vez diria a Coin, mas pelo menos minha mãe ficaria mais tranquila. Ela parece querer nos reconhecer, então eu tiro a peruca e dou um passo em direção a luz, isso ativa algo nela que se mexe rapidamente e nos acena um caminho, seguindo na frente. Eles procuram a minha confirmação para segui-la, sei que não é uma ajuda ideal, mas é a única que temos, então a sigo.

Atrás de algumas peles, ela arrasta um painel na parede e gesticula para que eu entre. Nesse momento eu travo, o que me faria segui-la para um sótão, onde ela poderia nos fechar, olho para seus olhos buscando o motivo da sua raiva do Capitol.

– Snow baniu você dos Games? – pergunto, seu rabo estala em desgosto. – Porque eu vou mata-lo, você sabe.

Ela me oferece algo como um sorriso e sei que sua motivação é vingança, isso me faz seguir adiante. Acabo em algo como um porão, amplo e úmido. Quando alcançamos o chão, o Gale parece prestes a desfalecer, há uma torneira então limpamos sua ferida, mas ele precisa de pontos, no kit para primeiros socorros a linhas e uma agulha, só que ninguém seria capaz de costura-lo assim, fico tentada a chamar Tigris que como estilista deve entender algo de linhas e agulhas. Como sei que ela já fez mais do que podia, cerro meus dentes e me forço a fazer isso. Dou-lhe um remédio depois de ter feito um curativo e ele apaga.

Pollux e Cressida fazem camas para nós e o Peeta também parece prestes a desmaiar, só que depois de tudo eles ainda me esperam para saber sobre a vigia.

– Eu acho que nenhum de nós aguentaria ficar de guarda. Vamos só tentar ganhar alguma força. – todos concordam e se ajeitam.

Eu acabo ao lado do Peeta, como vamos deitar no chão preciso da sua ajuda para deitar, estou com tanto sono que pela primeira vez não me importo em estar ao lado dele e não poder toca-lo.

– Obrigada por me trazer de volta. – ele sussurra para mim.

– É isso que eu faço, - sussurro de volta – E você também. Nós juramos lembra?

Eu espero que ele me diga não, quando seus olhos ficam nublados, mas sua expressão suaviza rápido.

– Lembro sim, - acena com a cabeça e há um pequeno sorriso – Ama-lá e protege-la não é?

– Sempre. – sorrio. – Boa noite Peeta.

– Boa Kat. – meu coração bate mais rápido como uma garota que vê seu amor platônico entrando na sala.

Espero ele virar e dormir, como se eu não estivesse ali, mas ele se mantem perto e quando finalmente pega no sono, sua mão vaga para minha cintura. Eu me aproveito e faço-o de travesseiro e durmo.

Quando eu acordo, Cressida e Peeta estão de pé e me informam que já é fim de tarde, eles me passam comida. E por mais que eu queira evitar minha mente vaga para as mortes, são seis em menos de um dia, e todos por mim. Porque entraram numa missão para que eu matasse Snow, e isso me mata por dentro. Mas eu sei que se essas pessoas morreram até aqui, e para que eu completasse essa missão é porque elas acreditam em mim, então o mínimo que posso fazer é terminar com ela. Matar Snow.

Questiono a Cressida quão longe do Capitol estamos, e ela me diz que pouco mais que cinco quarteirões, mas mesmo com nossos disfarces e ajuda de Tigris seria difícil passar pela segurança que com certeza envolve a Mansão. Ouvimos a Tigris fechando sua loja e depois ela nos chama para cima. Cressida pergunta se ela conseguiu falar com Plutarch e quando ela diz que não, me encho de alivio por não precisar seguir nenhuma regra do D13. Ela nos dá um pouco da sua comida e assistimos as ultimas transmissões do Capitol, que informa o quanto nos somos perigosos.

De volta ao porão tentamos de todo o jeito pensar em um plano que nos fara chegar à mansão, mas nada de bom aparece, no fim acabamos nos ajeitando para dormir de novo.

De manhã nos juntamos na frente da tv de Tigris para ver uma das transmissões de Beetee, que informa que os carros abandonados são usados para ativar os pods e liberar as ruas para os rebeldes.

– Isso não vai funcionar. – diz Gale – Eles podem desativar os pods e reativá-los quando seus alvos estiverem ao alcance.

Não demora muito para que sua afirmativa se mostre verdadeira, um carro atinge os pods, mas assim que os soldados aparecem são mortos. Com isso, Beetee devolve a transmissão para o Capitol, pelas janelas eu consigo ouvir um tumulto na rua e quando vou observar há uma espécie de evacuação das pessoas da Capitol, a maioria delas está mal vestida e sem suprimentos, mas os mais preparados parecem embrulhos. Eu deixo a janela. Tigris se oferece para buscar informações, depois de nos deixar seguros no porão.

No porão eu não consigo me impedir de pensar que nossa melhor chance de ir até a mansão é essa multidão. Eu não consigo imaginar o que nós ganhamos aqui em baixo, praticamente estamos esperando que o D13 capture o Capitol, pode demorar semanas isso e mesmo que consiga o que eu faria, não sei se seguir com o plano sem as ordens de Coin fez a minha imagem melhorar para ela. Além disso, não sei se caminhei por isso tudo, nem perdi tantas pessoas para dar a vitória aquela mulher.

Por volta das seis a Tigris volta e com ela um prato de presunto e batatas e eu quase babo, na tv passa que todas as pessoas devem acolher uma certa quantidade de pessoas na sua casa, por suas palavras: o Presidente conta com eles para serem hospedeiros entusiasmados nesses momentos de crise. Ele continua dizendo que mesmo o Presidente cedeu uma parte de sua Mansão para refugiados, e que mesmo algumas lojas terão que ceder espaço.

– Poderia ser você Tigris. – exclama o Peeta.

Sim, o que nos faz temer, já que quanto tempo mais teremos. O Pacificador me faz tremer quando informa que um garoto foi agredido por parecer com o Peeta, e fora os cachos, ele é tão parecido com o Peeta quanto o Gale. Ele está próximo a mim então involuntariamente me aproximo e aperto sua mão. Ele não parece surpreso.

Quando voltamos ao porão todos concordam que se o Presidente vai ter que aceitar algumas pessoas na sua Mansão, nós poderemos tentar passar escondidos, mas todos de nós seria um risco. Seria preciso de Pollux e Cressida para nos guiar, mas eu insisto para Finnick ficar, ele não aceita, eu não sei o que fazer com Castor, mas acho uma solução quando eu percebo que Cressida seria mais aceita como companhia para Tigris do que ele.

Depois de mais uma noite confusa, chega o momento em que temos que sair. Tigris repara as nossas vestes e a nossa maquiagem nos deixando exatamente iguais aos refugiados rebeldes.

– Nunca subestime o poder de um estilista brilhante. – por debaixo das tiras posso ver Tigris corar, e eu sei que mais uma não resistiu ao charme do Peeta.

– Então vamos. – digo

Deixo Castor e Pollux saírem na frente, eles nos guiariam no meio da multidão, e então me preparo para sair com Gale, Finnick e Peeta. Quando percebo todos se mexerem menos Peeta me viro para questioná-lo.

– Eu não vou agora. – meus olhos devem mostrar muita confusão porque ele se apressa em explicar. – Você viu o que eles fizeram com aquele garoto. Você tem quem te proteja Kat, eu vou ajudar como uma distração.

Lágrimas sobem aos meus olhos e eu não me impeço de abraça-lo, ele me aperta em seus braços também.

– Eles vão te tirar de mim de novo. – sussurro

– Eu não vou deixar. – me responde – Nós temos que ficar juntos.

– Sempre. – sussurro – Por favor, não faça nenhuma besteira.

Enxugo minhas lágrimas e estou prestes a sair, quando ele me puxa de volta.

– Eu não sei se esqueci a Katniss criada pela Capitol, nem tudo que a minha mente me diz que ela fez. – fala o Peeta – Mas eu sei o que a Kat, essa que está aqui me mostra, e eu não consigo deixar de acreditar no amor que ela sente por mim, nem esconder meu amor por ela.

A única coisa que posso fazer é beijá-lo. E esperar que tudo isso acabe para que eu tenha o meu Peeta de volta, para sempre.

...

Seguir toda aquela multidão até a Mansão do Presidente não foi fácil, principalmente porque na metade do percurso começaram tiroteios uma dúzia de pods foi desbloqueada e no fim só sobraram a mim e o Gale.

Atingido por um pod que cria uma fenda na rua o Gale acaba encurralado entre o precipício e uma porta que não se abre de jeito nenhum, eu acabo tendo que romper a porta com alguns tiros para que ele se salve, mas o momento não pode ser aproveitado já que Pacificadores o capturam.

– Gale!! – grito, mas não posso alcança-lo, nem salvá-lo.

– Vá! – leio suas palavras, já que não consigo ouvi-lo.

Completamente sozinha, eu sigo, não me deixando pensar em como Castor, Pollux e Finnick já podem estar mortos, mas espero que o Peeta que saiu depois esteja atrás de mim, de alguma forma me cobrindo. Eu arrumo a capa de forma a esconder meu rosto e ando com algumas pessoas velhas, quando chegamos ao final do cruzamento eles param e eu quase esbarro neles. Estamos na Cidade Circular.

Andando por cima de coisas perdidas e pessoas mortas me meto no meio da multidão e observo meu caminho até a Mansão, quando atravesso mais da metade do caminho, percebo que há uma barricada de concreto, cerca de quatro metros de altura, repleto de pessoas que seriam abrigadas, creio eu. Mas quanto mais perto eu chego, percebo que todos dentro da barricada são crianças e adolescentes, completamente assustadas. E presas lá dentro, guardadas por Pacificadores, minha mente dá um estalo, e eu percebo que o Snow nunca quis proteger essas pessoas, ele queria proteger a si mesmo.

De alguma forma, minha mente consegue funcionar e eu continuo seguindo essas pessoas, até encontrar uma falha, a barricada não se estende em volta da Mansão toda, e é por esse local que eu consigo entrar. A entrada sem pacificadores me deixa apreensiva e mais ainda por eu não saber em que lugar me encontro. Ando sem rumo por um tempo até encontrar uma janela que dá diretamente para o local onde estão as crianças, ainda acho suspeito os pacificadores se manterem na rua e segurando as crianças na barricada e o Presidente não querer uma patrulha na sua casa.

Meu raciocínio é impedido por uma confusão na rua, a multidão se abre para a esquerda e elas gritam, percebo o exercito rebelde chegando ao longe e as pessoas se dirigem a rua novamente eu espero que alguns pods sejam ativados, mas não acontece. O que acontece é que aparecem aerobarcos do Capitol que soltam algumas dezenas de paraquedas diretamente sobre a barricada, mesmo nessa confusão os jogos as ensinaram o que os paraquedas trazem. A mim também, suprimentos. Minha impressão se mostra equivocada quando os paraquedas explodem, matando imediatamente muitas crianças e deixando outras agonizando.

Os Pacificadores correm, como se não soubessem disso, e criam um caminho para estas crianças. Surgindo do nada, outro bando de branco surge, mas esses são médicos rebeldes, eu acho arriscado principalmente enquanto ainda existem paraquedas nas mãos de algumas crianças.

Mas antes que eu consiga ver o desfecho da situação, sou puxada para trás pelos cabelos, um Pacificador rapidamente aperta a minha garganta e impossibilita as minhas mãos. Eu me repreendo mentalmente pela minha falta de atenção, eu sabia que uma hora ou outra um Pacificador apareceria.

Eu me debato, mas sei que não adiantaria só faria retardar a chegada dele aonde quer que ele quisesse me levar e se ele se irritasse seria pior porque ele poderia acabar me machucando, então desisto deixo ele me arrastar. Percebo o meu caminho quando eu sinto, o cheiro puro e limpo, muito mais forte do jamais senti, que me enoja da mesma forma, o cheiro das Rosas.

Passamos por uma porta de vidro e ele continua me arrastando pelo jardim, creio que o plano de Snow é me torturar com esse cheiro das rosas, apesar de tudo elas são magnificas, de várias cores, até que chegamos às rosas brancas e eu sinto mesmo antes de vê-lo.

– As cores são lindas não é? – ainda não consigo vê-lo – Mas nada diz perfeição como branco.

O Pacificador me arrasta um pouco mais e o encontro sentado num banco, elegante como sempre, mas sua pele está verde e em sua mão há um pano manchado com sangue, somente seus olhos continuam os mesmo, brilhantes e frios.

– Sabia que você encontraria o caminho dos meus aposentos.


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Notas finais do capítulo

Então, dá para ver que eu mudei MUUUUUUITA coisa, então se surgir dúvidas, se o capítulo estiver confuso, por favor me perguntem, façam críticas que eu reponderei com o maior gosto.
Espero que tenham gostado.



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