The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 63
Chapter Twenty-Eight


Notas iniciais do capítulo

Olá, eu sei que vocês querem me matar, mas eu tenho boas razões para me ausentar por aqui.
PRIMEIRO: EU ESTOU ENROLANDO, A FIC DEVE TER MAIS TRÊS, QUATRO CAPÍTULOS NO MÁXIMO, EU NÃO QUERO QUE ACABE.
SEGUNDO: EU AINDA NÃO ESTOU DE FÉRIAS, E MEU PROFESSOR DE QUÍMICA - E VOCÊS DEVEM SABER O QUANTO QUÍMICA É HORRÍVEL - PASSOU UM TRABALHO PARA SER FEITO NO RECESSO, O RECESSO JÁ TA ACABANDO E EU AINDA NÃO ENTENDI O TRABALHO.
EU TO AQUI COM ESSE CAPÍTULO, PEQUENO EU SEI, MAS É SÓ UM GOSTINHO PARA VOCÊS.
APROVEITEM.



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Ele estava voltando, não para mim e nem por mim. Mas estava voltando, todo dia eu o via, durante o café, almoço, jantar, durante as visitas a Pearl, passando pelos corredores. Eu falava com ele, ele me dirigia um sorriso ou dois, mas nada a mais que isso. E nós éramos dois estranhos novamente.

Até que o Haymitch diz que ele quer me ver novamente, não entendo porque ele não falou comigo pessoalmente, mas eu relevo isso e vou ao seu encontro. Ele agora tem um quarto sem toda aquela coisa de espelho e som, para vigiá-lo.

Bato na porta antes de entrar e como não tenho resposta invado o quarto, e eu ouço o barulho do banheiro. Fico tentada a voltar e fingir que nunca entrei no quarto, mas uma coisa me prende, há vários quadros espalhados pelo chão no quarto, mas ele está trabalhando em um. São todos escuros, alguns mais claros são somente sobre a Pearl, mas os outros escuros são todos sobre nós. Ou sobre ele, sendo torturado, eu fujo desses. Observo os que são sobre mim, a maioria é sobre o meu rosto, escuro em momentos que eu desconheço, talvez da sua memória que foi modificada.

Só que o mais recente mostra duas situações se misturando, que me fazem corar, a nossa primeira noite antes dos jogos, se mistura a uma Katniss distante, eu me lembro de sempre dormir colada ao Peeta, independente de qualquer coisa, mas nessa imagem eu estou de um lado da cama, espremida, sem nem tocar nele. E a foto da nossa noite mostra o Peeta me beijando, e essa lembrança me aquece.

Ouço um barulho e me sobressalto ao ver o Peeta me observando, fico com vergonha de ter entrado sem esperar.

– Me desculpe, eu bati, mas você não respondeu. – ele continua a me olhar sem dizer nada – Eu sei que não devia ter entrado sem te esperar, só que eu não consegui sair depois do quadro...

– Não tem problema, eu pedir para o Haymitch te chamar exatamente por causa desse quadro. – ele suspira – Eu me lembrei dessa noite, as imagens não reais estão se tornando confusas e eu sempre acabo confuso. Mas essa imagem veio ontem, cortada sim, misturada com a lembrança que eu tenho do resto dessa noite.

– Sim, essa é à noite antes dos primeiros Jogos. – digo e me sento ao seu lado na cama. – Você lembra mais alguma coisa?

– Não, eu pensei que essa fosse a noite em que... Que você tivesse ficado grávida. – sussurra – Mas não, eu não me lembro de mais nada.

– Não foi nessa noite. Nessa noite, eu tinha tido um pesadelo e... Você sabe o resto. – coro – Essa foi a primeira noite em que nós ficamos juntos.

Ele fica em silêncio.

– Em suas lembranças eu sempre fui assim, - ele me olha confuso – distante, fria?

– Em algumas noites sim, depois dos Jogos isso mudou você não conseguia dormir sem mim. – diz

– Bom... Nós nunca dormíamos separados, só uma vez em que nós brigamos e você dormiu na casa do seu pai. – falo

– Nós brigávamos muito? – questiona franzindo o cenho.

– Não, e se brigávamos não durava muito. – respondo – E nas suas lembranças?

– Sim, não era fácil, você sempre foi teimosa e queria se defender sozinha. Eu não sabia como ajudar mais do que já fazia, e você nem sempre queria, pelo menos não antes dos Jogos e de eu conseguir mostrar meu valor. – ele sorri amarelo – Mesmo assim você ainda me escondia algumas coisas.

– Ouvir você falando como se essa Katniss da sua lembrança fosse mesmo eu, é horrível. – suspiro e me levanto – Era só isso?

– Não. – ele também levanta – Eu posso?

Indica a minha barriga protuberante.

– Sim, pode. – ele coloca as mãos sobre a minha barriga – Você lembra como a Pearl gostava de se mexer e de ouvir as nossas vozes. Ele é quieto, não mexe quase nunca.

– Eu lembro que você me fez buscar amoras na floresta. – ele diz rindo – Quer dizer, isso é real?

– Sim, eu ainda não consigo comê-las. – lembro-me de uma coisa que rondava a minha mente – Você voltou a fazer bolos não foi?

Ele assente.

– E biscoitos? – questiono

– Nunca tentei, por quê? – diz

– Seu pai fazia uns biscoitos que a Pearl amava. – digo sorrindo com as lembranças – Eu ando sonhando muito com eles pro meu gosto, mas a comida daqui é tão sem graça que nem o Buttercup aguenta. Será que você os faria para mim?

– Faria. – diz sorrindo.

...

Equipes já foram enviadas para o Capitol, e eu o Mockinjay da rebelião tenho que ficar escondida, não que eu reclame, já basta de lutas para mim por uma vida toda. E a Coin me garantiu que eles capturariam o Presidente e o deixariam para mim

Agora, eu tinha um problema para resolver, já que eu não consegui impedir o Gale – que tem muito fogo e raiva no seu sangue para ser impedido – eu tenho que falar com o Finnick.

...

– Hei, eu posso entrar? – pergunto a ele.

– Pode. – eu me sento ao seu lado.

– Você tem certeza que quer fazer isso?- questiono

– O quê? Ir até o Capitol? – meneio a cabeça – Sim, eu preciso fazer isso.

– Precisar e querer são coisas diferentes. - digo – Você já falou com a Annie?

– Não, eu estou pensando em ir sem avisar nada a ela. – ele diz com uma careta infeliz.

– Você sabe que não é certo, não do jeito que ela está. – falo

– Não acredito que você vai usar o desequilíbrio dela, a Annie não é louca, ela... – eu o calo com um aceno.

– Não falo disso, mas se você ainda não sabe não sou eu que vou contar. – suspiro e me levanto – Eu espero que você pense muito antes de fazer isso com ela.

No almoço, eu encontro a Delly, a Annie e o Finnick numa mesma mesa e me junto a eles, Johanna também. O Finnick irradia uma energia nova e eu sei que ele descobriu, que a Annie está grávida e desistiu de ir para a guerra.

– Obrigado Katniss. – ele me diz com um sorriso e a Annie também me oferece um.

Ela continua tímida, mas muito longe de toda a loucura que eu imaginei que ela seria. O Finnick a transforma.

– Eu te deixo acabar com o Presidente comigo. – ofereço um sorriso a ele também.

E ataco a comida, que parece algo feito de carne de verdade pela primeira vez que eu cheguei aqui. Eu gostaria de estar com a minha família, mas a minha mãe e Prim, tem me trocado pelo hospital e a Pearl me trocado pelo Peeta, pelo menos o meu pequeno andava sempre comigo.

O Peeta aparece com a Pearl ligada a sua mão, e se aproxima do assento vago ao lado de Johanna. A Pearl se solta e vem me dar um beijo.

– Olá pequena, pensei que você não sentia mais falta de mim. – ela me dá um sorriso e me abraça como consolo.

– Já está na hora de você falar Pearl. – eu vivo enchendo a cabecinha dela com palavras, mas ela não chega nem perto de repeti-las.

– Eu posso me sentar aqui? – pergunta o Peeta a Johanna.

– Claro, nós somos como velhos amigos, depois de escutarmos tanto os gritos um do outro. – as palavras de Johanna trazem más lembranças a Annie que cobre suas orelhas.

Finnick atira um olhar enviesado a Johanna que dá de ombros.

– Olá Annie, você gostou do seu bolo? – pergunta o Peeta, depois de o Finnick ter a deixado tranquila.

– Oh sim, obrigado Peeta, estava lindo. – ela dirige seu olhar gentil a ele.

– Foi um prazer. – o Peeta diz – E como vocês estão?

– Eu vou ser pai Peeta. – o Finnick diz com um olhar que eu desconheço nele – Vou precisar da sua ajuda.

O Peeta sorriu e os parabenizou. Ele tirou uma sacola de algum lugar.

– Katniss, eu acho que saiu parecido com o dele. – meus olhos brilham ao imaginar o que pode ser.

– Você conseguiu. – quase grito e abro a sacola, com o cheiro enchendo o meu nariz, puxo um dos biscoitos. – Muito obrigado.

Ele até conseguiu confeitar os biscoitos, eles tinham desenhos de florestas e uma palavra, em alguns. Keith – floresta em inglês, eu acho, foi algo que vi na escola há muito tempo atrás. Mas deixei de lado e comi um.

– Peeta, está igualzinho. – digo e continuo a comer – Obrigada.

– Não tem problema. Não se deixa grávidas com vontade. – ele diz e eu sorrio.

A minha vontade era de acabar com o espaço entre nós e abraça-lo, mas eu sabia que era demais para o Peeta. Demais para mim, quer dizer, pouco para mim.

...

O plano era esse: Uma esquadra comandada por Boggs ia ser mandada a frente a fim de que o caminho seja liberado para que a Mockinjay, eu, possa matar o Presidente Snow.

Eu mudaria de ideia sobre matar o Presidente Snow, já que eu estou tão grávida, mas o que ele fez ao Peeta, fez a mim, no fundo o que eles fez a tantas pessoas não me deixa esquecer a vontade insana que eu tenho de mata-lo, por mais que isso não me faça bem.

Eu também poderia seguir com a esquadra, mas o plano do Distrito 13 de incapacitar o Capitol poderia matar tanto inimigos quanto aliados, começando com os Pods, são obstáculos que podem conter qualquer tipo diferente de horror, o que nos faz voltar a Arena de alguma forma para um jogo bem mais cruel e decisivo.

O Peeta também tinha se metido nessa, eu acreditava que faria mal para sua mente já tão confusa, voltar à guerra e aos seus pesadelos, mas ele tinha insistido “já que eu carregava o filho dele” – a nossa relação parecia que nunca voltaria a ser o que era antes, o Peeta não confia em mim, ele nunca se esquece da Katniss inventada pela Capitol, mas ele acreditava que o bebê era dele, e o amava como amava a Pearl, o que era bom e ruim ao mesmo tempo – então agora éramos eu, o Finnick – que também tinha insistido em me ajudar e a Annie concordou – e o Gale, que como sempre não perde uma boa briga.

Eu poderia ficar tranquila e acreditar que todos esses planos dariam certo, mas alguma coisa me angustiava demais e agora que o Peeta estava tão perto dormir longe dele era um martírio, eu queria poder abraça-lo, beijá-lo, lembrar nossas noites era horrível. Então a maioria das vezes eu ficava acordada e velava o sono da Pearl, mas até isso se tornava cada vez mais difícil.

Ela me lembrava do Peeta, a doçura, os olhos, tudo dele, e olhar para ela me dava saudade, de tudo o que éramos e que jamais seremos.


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Notas finais do capítulo

AGRADEÇO DESDE JÁ A COMPREENSÃO DE VOCÊS.
E prometo que no próximo a REBELIÃO ACABA!
Beijinhos e até.
OBS: Não estou dizendo que o próximo capítulo vem rápido ok? Pode - e vai - demorar um pouco.



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