The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 50
Chapter Fifteen


Notas iniciais do capítulo

Olá, a bronca resolveu, eu devo dizer que os comentários não foram realmente significativos, mas me animaram um pouco. Eu não quero ser o tipo de autora que cobre comentários, porque eu escrevo porque gosto e a minha mão coça, mas eu também quero saber se o que eu escrevo é ruim ou não.
Vai aí mais um, eu fiquei a tarde toda escrevendo ele, então por favor me digam o que acharam.



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Eu posso dizer o quanto me sinto superior a todos eles nesse momento, o quanto eles nos acham fantásticos, o quanto a Portia e o Cinna surpreenderam, mas eu acho que ninguém entenderia. Primeiro que para entender eles teriam que estar nos Jogos e ninguém quer isso, e depois ninguém sabe como é estar nessa roupa, ninguém sabe o que ele realmente significa para as pessoas que estão nos Distritos, eu sou a garota em chamas, nós somos os amantes desafortunados, nós representamos a esperança para eles, e isso é tudo.

Enfim, a roupa que o Cinna criou é fogo, puro fogo, nós somos como carvões queimando na lareira. E isso deixa todos admirados, e o melhor eu não preciso acenar, nem sorrir, nem gritar para eles, eu sou melhor que isso tudo. Eles não me importam, somos nós que vamos morrer, tivemos a chance de sairmos vivos e voltamos para a arena, era isso que a roupa mostrava. Nós cansamos de ser bons e agora vamos acabar com o Capitol, e o melhor era que o único que sentia medo disso era o Presidente.

Eu consigo sentir o seu olhar de raiva mesmo de tão longe, ele esperava nos fazer sentir medo, mas o que aconteceu foi o contrário, pelo menos agora eu estava decidida a me sentir, não feliz, mas conformada. E eu não podia me sentir melhor por isso.

Quando voltamos ao Centro de Treinamento, o Cinna e a Portia sorriam felizes, e o Haymitch estava com a casal do 11, ele havia desfilado com eles. Ele agora se aproximava sendo seguido pelo casal. O Peeta me ajudou a descer.

Eles são Chaff e Seeder, ele não tinha uma das mãos, ela assim que se aproxima me abraça. Eu não me surpreendo, ela é do 11, do mesmo Distrito de Rue, a minha pequena Rue.

– Eles estão bem? – sussurro

– Sim. – eu sei que ele quis dizer que estão vivos, mas eu não tenho a chance de saber se eles estão recebendo os mantimentos que prometemos.

Assim que ela me solta o Chaff coloca o seu braço sobre mim, e me beija, não na bochecha, nem na testa, mas na boca. Eu fico chocada demais para reagir, mas o Peeta não, ele o puxa para longe de mim e quase o soca, só que o Haymitch não deixa. O Chaff não parece abalado já que começa a rir e o Haymitch também, felizmente os atendentes da Capitol nos guiam até o elevador, porque eu acho que o Peeta estava disposto a dar o soco no Haymitch. Eu agarro a mão do Peeta e penso em abraça-lo para diminuir a sua raiva, só que um cocar quase me atinge e eu me viro para ver o que acontece.

Johanna Mason, do 7, distribuidor de madeira e papel, por isso ela está vestida de árvore. Ela não parece feliz com a sua roupa.

– Não é ridículo, eu creio que há 30 anos nós somos árvores. Eu queria ter pegado o Cinna, você está fantástica. – diz desgostosa.

– Oh, obrigada. Ele recentemente tem me ajudado com a minha linha. – minto, já que a linha é totalmente dele. Eu sou péssima e continuarei sendo, em moda.

– Eu tenho alguns de seus vestidos. – eu estou prestes a mudar a minha concepção sobre ela – Aquele vestido que você usou no Distrito 2, tão maravilhoso que eu queria rasga-lo das suas costas.

Isso me faz continuar a achando louca, isso e o fato de que ela começa a tirar a roupa. Exceto as sandálias, ela fica absolutamente nua. E isso me irrita profundamente, eu olho o Peeta e ele parece chocado, se a situação não fosse incomoda eu até riria da expressão dele, mas tinha uma mulher nua na frente do meu marido, isso não era legal.

Então ele me olha e cora, e enquanto nós subimos, ele não tira os olhos dos meus e eu acho isso ótimo, porque eu também não consigo encará-la sem corar, isso é vergonhoso. Ela tenta puxar uma conversa com ele, mas ele a responde rapidamente e tenta fazer isso sem olhá-la. Quando todos saem, eu o sinto suspirar de alivio.

– Eu achei que ela nunca fosse embora. – ele diz e eu solto um risinho. – Isso não é engraçado.

– Realmente não é, mas eu prefiro pensar que sim. – digo e ele assente.

A porta do elevador se abre e o Haymitch está com uma carranca, e eu imagino que ele não deva estar feliz pelo Peeta quase ter batido no amigo dele. Mas ele está olhando para trás de nós. E eu me viro, curiosa.

Há a garota avox ruiva só que ela está com um garoto, também ruivo, mas eu o conheço. Darius. Ele que tentou ajudar o Gale, e por isso havia virado avox, condenado a passar o resto da vida sem falar, mas ele não parecia realmente triste, não enquanto eu o via com a mão colada na da avox. E eu não podia fazer mais nada por ele, se o Gale o visse... A minha concepção do Capitol ficava cada vez pior.

Eu sinto a mão do Peeta apertando a minha, com medo de eu eu faça algo, mas o que eu faria, lutar sim, com certeza eu lutaria para isso não continuar acontecendo, eu sabia o porque de ele estar ali, e isso me dava mais raiva, ele nunca fez nada, não de errado. E o que eu faria, se eu fosse falar com ele o que ele me diria, nada, ele estava sem língua, não podia mais falar. Fora que com certeza ele seria punido por isso, então eu me solto do Peeta e vou para o meu quarto.

Eu fico no escuro e o Peeta se junta a mim, ele não fala nada só fica ao meu lado, eu me viro e o abraço, a Effie nos chama para jantar e eu continuo em silêncio, eu me troco e ele também, e eu passo o jantar inteiro voando, quer dizer, há um momento em que eu prendo meus olhos aos seus e tento passar tudo o que não posso dizer, ele assente. Eu não consigo me obrigar a ficar e assistir os desfiles, então simplesmente desejo boa noite a todos e vou para o quarto. Eu me enfio no banheiro e tento ficar o máximo de tempo embaixo da água quente, e quando saio o Peeta está lá.

– Oi.- digo a ele e me sento ao seu lado.

– Olá. – ele agarra a minha mão. – Venha, eu consegue um lugar para pintarmos.

Eu sorrio para ele.

– Aonde? – questiono

– Meu antigo quarto. – ele fala em frente à porta.

Lá dentro tem várias telas, algumas já prontas outras em andamento e algumas brancas. Havia sobre a campina, o pôr do sol lá do Distrito, tinha uma da Rue com a flor que eu colhi para ela, a mais bonita era a da Pearl dormindo, seu cabelinho preto caia livre no travesseiro, sua boca formava um bico lindo, ela estava serena, como eu amaria estar com ela agora.

– Ohh... – exclamo quando vejo uma pintura nova do Peeta, ele estava meio pintada, mas dava para ver o que era.

Eu, grávida, não da Pearl, do nosso filho que ainda está na minha barriga, a Pearl está do meu lado com sua mãozinha na minha barriga e uma lágrima cai do meu rosto, não sei se de tristeza ou alegria.

– Bom, é assim que eu te imagino daqui a alguns meses, eu gosto de pensar que você estará bem. – ele me abraça e uma das suas mãos está na minha barriga, assim como a minha.

– Está lindo Peeta. – tento não chorar – É essa que você quer que pinte?

– Não, me desculpe Kat, mas você acabaria estragando ela. – eu nem fico mais tão chocada, ele já me disse algo assim antes. – Vamos fazer algo novo, mais fácil.

– O que então? – pergunto

– Escolha. – diz

– Que tal uma flor, parece fácil. – digo

– É, boa escolha. – eu sorrio por ter acertado e ele prepara uma tela, não muito grande, para mim. – Vamos, primeiro nós vamos usar o verde.

Ele diz e me dá, eu percebo que tem outro tela ao lado da minha para ele.

– Eu faço o que primeiro? – pergunto

– Primeiro você desenha o que quer pintar, para quem não sabe é mais fácil. Hoje em dia eu posso pintar direto, mas no começo não. – fala.

Então eu tento, e por algumas horas eu não penso em nada que não seja, como meus traços são desastrosos e como eu consigo tremer tanto a minha mão borrando um pouco a pintura. No final eu tenho um projeto de flor vermelha, presa na grama verde que foi o mais fácil de fazer. E o Peeta... Ele fez quase um jardim, há várias flores de prímulas, e eu me lembro da minha irmã e da sua alegria.

– Por que você me chama para pintar se na primeira oportunidade vai fazer algo dez vezes melhor? – falo e ele ri.

– Me desculpe, é força do hábito, quer fazer outro? – questiono e eu digo que não. – Quer dormir?

– Não, porque você não termina de pintar o outro quadro. – sugiro e ele aceita.

Eu continuo sentada num dos bancos, e quando vejo estou bocejando, pintar realmente cansa, e eu estou parecendo a Pearl coçando os olhos os forçando a ficar abertos. O Peeta percebe.

– Vamos, eu acho que ainda dá para você descansar um pouco. – diz e eu não discuto.

Na cama, me abraço a ele, e durmo rapidamente.

Sou acordada por um Haymitch irritado batendo na porta, nos gritando e dizendo que temos cinco minutos para aparecer no café.

– Não me importa se vocês passaram a noite namorando e não conseguem acordar cedo, nós temos coisas a fazer aqui. – é claro que eu coro.

Eu reparo que ele está com a pulseira que a Effie sugeriu. Apesar de ele parecer irritado com ela, não parava de mexer nela.

– Nós estamos aqui agora Haymitch, o que você quer? – o Peeta questionou.

– Eu quero que vocês, hoje no treinamento, tentem fazer amigos. – ele diz

– Como? – indago

– Aliados, eles todos se conhecem, nem que seja um pouco, os primeiros alvos serão vocês. O melhor a se fazer é se junta com alguns deles. – explica

– Haymitch alguns minutos de conversa não os farão nossos amigos. – digo

– Eu sei, mas vocês são os queridos agora, e são fortes, muitos deles admiram vocês por terem enganado a Capitol e terem ganhado os jogos juntos. – diz – Você tem chance para eles.

– E o que faríamos? Juntar-nos-íamos aos Profissionais? – pergunta o Peeta

– Poderia ser, e eles são escolhidos antes dos Jogos, por isso que vocês tem que se mostrarem amigáveis. – diz

– Você quer que eu me junte ao Finnick? Ao Chaff? É isso que você está me dizendo? – o Peeta não está feliz.

– Bom, qualquer um seria uma boa opção, mas eu não descartaria o Finnick. – ele diz parecendo não se importar com as desavenças pessoais do Peeta – Só escolham alguém que tenha algo a oferecer a vocês, que o ajudem a passar pelos primeiros dias dos Games, depois você seguem sozinhos.

Nós dizemos a ele que tentaremos, mas não é realmente a verdade.

Nós tentamos nos manter juntos e sempre conversar com alguém, mas eu evito a Johanna – depois que ela ficou nua novamente - e o Peeta não suporta a ideia de falar com o Finnick – não depois de ele claramente fazer algumas coisas para chamar a atenção - ele consegue falar com o Chaff – que não me beija novamente e parece até ser legal sóbrio - depois que o Haymitch insiste muito. Eu gosto da Mags, a senhora que se candidatou no lugar da menina do Distrito 4, há Beetee e Wiress – eles me ensinaram algumas coisas interessantes - também, que são apelidados pela Johanna por porca e parafuso.

Eu conheço também os tributos do 8, Cecelia – a mulher dos três filhos – e Woof ele é um homem realmente velho, também falo com os irmão do 1, eles são educados, mas eu lembro como eu matei a Glimmer e o Marvel, e não consigo levar isso em frente. Enobaria me dá medo e eu nem me aproximo. Entra tudo isso eu me divirto treinando arco e flecha e o Peeta luta com alguns dos tributos masculinos, derrubando alguns deles com facilidade, é engraçado por que eu fico torcendo por ele, e os outros tributos femininos torcem contra, eu acho que é o único momento em que parecemos meio unidos. No fim, quando eu digo ao Haymitch que os únicos que eu realmente aceitaria são Mags e o casal do 3, ele quase tem uma sincope e desiste de nós.


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Notas finais do capítulo

O capítulo saiu grande e o final ficou meio cheio, mas é porque eu quero que essa parte acabe logo, o que me importa são os Jogos e depois, então as coisas vão andar meio rápidas.
EU VOU VER SE CONSIGO COLOCAR A ENTREVISTA NO PRÓXIMO JÁ, ENTÃO COMENTE LOGO, PARA VER SE O CAPÍTULO SAI MAIS RÁPIDO.
Obrigado, beijos.



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