The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 25
Chapter Twenty Three


Notas iniciais do capítulo

Meu deus, eu epsero que eu tenha feito tanta falta, quanto a que eu senti de vocês e do Nyah!
Bem, eu até aproveitei bastante essa folga, essa semana foi de prova e não ficou muita pressão para postar, mas eu já tenho uns capítulos adiantados e vou ter um pouco mais de descanso.
Aí está!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/487590/chapter/25

Dou-me três chances de acertar o saco das maçãs, pelos meus cálculos se eu consegui rasgar o saco, as maçãs cairão e acionarão as bombas explodindo o resto dos suprimentos. Eu me endireito e mando a primeira flecha, tomo o cuidado para acertar a segunda no mesmo lugar e já posso ver as maçãs se precipitando para fora, na terceira o rasgo se expande, e eu vejo paralisada as maçãs caindo no chão.

Eu sou jogada para trás e caio com um impacto fortíssimo na terra. O meu corpo não sofre maiores problemas, mas os meus ouvidos não tem a mesma sorte, não paro muito para prestar atenção se os danos são maiores, e corro daqui, bem, eu queria correr daqui. Mas assim que eu levanto, tudo roda, e tonta e sem ouvir nada, eu não consigo sair do lugar. Eu vou me arrastando o mais rápido que posso, sem que eu desabe no chão, e me escondo no ultimo minuto.

A reação de Cato quase me faz rir, mas o medo dele me escutar me detém. Observo colada ao tronco da árvore, ele acabar com seu ataque de raiva e começar a mexer nos destroços, e depois discutir com o garoto do três, amedrontado o menino se vira e tenta fugir, mas é impedido por uma chave de braço, e cai morto no chão.

Apesar da morte do garoto ser horrível, saber que o Cato é tão instável e mata os próprios componentes da sua equipe, me dá algumas ideias. Os outros tentam fazer com que ele volte a si e desista de correr atrás de alguém que para eles talvez esteja morto, a pessoa que acionou as bombas, eles são tão pouco inteligentes. Uma pessoa dispararia uma mina só, não todas, alguma coisa se salvaria.

Eles saem para que possam pegar o corpo do menino, o aerobarco aparece elevam o corpo. A noite cai, e o hino deve ter começado, depois aparecem os rostos do garoto do três, e o garoto do 10, apesar de saber que não era o Peeta que havia morrido essa manhã, ver que o rosto dele não apareceu me deixa mais tranquila. Mas agora os profissionais sabem que o bombardeador sobreviveu, eles partem para a caça.

Como a tontura passou e meu ouvido direito volta a funcionar aos poucos, eu me preparo para me movimentar, eu bebo um pouco de água, e vou atrás da minha mochila, já que estou com fome.

Pelo caminho eu me atento a qualquer sinal, tanto que possa ser da Rue, tanto que possa ser dos carreiristas, encontro a minha mochila e sei que não vou conseguir achar a Rue agora a noite, e como sei que nesse frio dormir numa árvore é pedir para congelar até morrer, eu me escondo um buraco e me cubro com umas folhas e a minha coberta de plástico e fico tiritando de frio até dormir.

Eu sou acordada com o som de uma risada, que me deixa alerta e confusa, não há motivos para rir nos Hunger Games, quando eu espio para ver se são os carreiristas, vejo a Foxface, bem eu já sabia que ela era bastante inteligente, e consegue achar algo entre os escombros, e só agora me atento ao fato de que destruindo esses suprimentos, eu dei uma real chance a todos os outros tributos, e essa em especial me deixa bastante apreensiva. Pare para pensar em quem ainda estava vivo e quantos são, oito de nós, o garoto do 1, o casal do 2, do 11 e do 12, e Foxface. A Capitol iria começar as entrevistas e por um momento eu me deixei temer pela Pearl, eu não sei se a minha mãe vai conseguir mantê-la longe das câmeras, e não sei se eles a deixariam nem tentar, afasto esse pensamentos, eu não estava lá e ficar com a cabeça fora dos jogos não me ajudaria em nada.

Perdida nos meus pensamentos não vejo a Foxface fugir, e espero para ver quem aparece, como não vejo ninguém me adianto e sigo em direção ao lago, quando o alcanço eu pesco dois peixes e como um, guardo o outro para a Rue. Sem saber se devia espera-la ou procurar por ela, subo numa árvore e fico observando, eu espero fazendo coisas aleatórias, checo meu ouvido insistentemente sem nenhum resultado. Começando a ficar preocupada eu desisto.

Encaminho-me para um lugar em que provavelmente ela esteja escondida, onde montamos a terceira fogueira a mais distante, porém sei que a algo realmente errado quando eu percebo que ela nem chegou a ser acesa. Eu tento me tranquilizar pensando que ela está escondida em algum lugar com medo de um dos tributos, a tarde está quase chegando ao fim e eu continuo andando, procurando por ela com extremo cuidado, me escondendo nas sombras sempre que possível.

Eu ouço, e tenho que parar e me inclinar para ter certeza de que havia escutado direito, sim, lá estava ele. A pequena melodia de Rue, sendo emitida por um mockinjay o que significa que ela está bem e que passou por ali faz pouco tempo. Permito-me ter esperança por alguns instantes antes de ouvir seus gritos que me deixam congelada por alguns segundos.

Katniss!!

Eu começo a correr em direção ao som, fazendo o mínimo de barulho possível e esperando encontra-la antes que algum mal lhe aconteça, me mantenho atenta para não gritar em resposta sabendo que ela poderia sofrer mais caso soubessem que eu estava próxima, eu me aproximo de uma clareira e ouço seu ultimo grito confirmando que ela estava lá.

Chego o mais perto que posso visualizando a Rue presa numa rede com o menino do um como guarda, eu sabia que teria que fazer algo rápido antes que ele a matasse com uma lança. Esperando que ele estivesse sozinho me posiciono atrás dele e miro o mais firme que as minhas mãos tremulas me permitem, com sorte atravesso o seu pescoço e ele cai ainda com a lança nas suas mãos.

Aliviada eu corro e peço a sua faca para soltá-la, eu a abraço fortemente, depois me lembro de que é provável que haja mais deles e me viro desesperada para todos os lados.

– Tem mais algum deles por aqui? – eu pergunto a ela que acena que não.

– Você conseguiu destruir a comida? – questiona.

– Sim, apesar de ter perdido um ouvido para isso. – falo – Você me deu um susto, agora vamos sair daqui antes que algum deles apareça.

Nós seguimos em direção à segunda fogueira que havíamos montado, eu sabia que hoje não haveria como eu achar o Peeta, mas com a ajuda da Rue eu o acharia facilmente. Então só me preocupo em achar uma bela árvore e nos preparamos para dormir. Nós estamos quase dormindo quando um paraquedas cai na nossa frente.

– Por que será que eles nos mandaram isso? – a Rue pergunta.

– Não sei, mas você deveria pegá-lo. – falo

Ela se arrasta até lá, e quando ela abriu, eu vislumbrei um pão escuro em forma de crescente, um pão do Distrito 11, para a Rue.

– Eu acho que é para você! – ela sussurra.

– Para mim? Por quê? – me espanto.

– Sim, você me salvou, mesmo que não seja para você eu te dou ele. – ele me esticou a mão com o pãozinho, eu o peguei e guardei na mochila.

– Nós vamos guardar e o comemos amanhã, nós teremos um dia cheio. – entrei no saco de dormir novamente e ela me seguiu – Você vai me levar até o lugar onde o Peeta está.

Ela já estava dormindo, a olhando assim e me lembrando do nervosismo de hoje, eu percebo o quanto seria doloroso para mim ver a Rue morrer, ela parece tanto com a Prim, ela me lembrava até a Pearl que ainda é tão pequena. Eu sempre pensei que iria ser uma péssima mãe, mas o instinto nos domina e eu praticamente adivinhava o que fazer, mas em quase todos os momentos eu tinha o Peeta do meu lado e ele fazia com que as coisas parecessem ser mais fáceis, eu sorria sozinha só de lembrar o sorriso dela quando nós estávamos juntos, nos nossos dias na floresta. Bem, eu não sabia até quando eu conseguiria protege-la, mas eu não conseguiria deixar de me importar com ela.

Eu me obriguei a dormir e descansar para amanhã, eu queria conseguir encontrar o Peeta amanhã, eu queria ajuda-lo independente da sua situação, e se fosse o caso – eu esperava que não –, ver ele pela ultima vez, esse pensamento quase me levou as lágrimas, mas eu não poderia me deixar afetar nesse momento, eu tinha que ter esperanças de que eu o veria e conseguiria o ajudar, bem, não fazia muito sentido já que ele não voltaria, mas eu não me permitiria ficar parada o vendo morrer, não se eu puder fazer alguma coisa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu espero ter não superado, mas ter chegado as expectativas.
Eu vou dar uma de vidente e responder a pergunta óbvia.
Mila, você não matou a Rue?
Não, não matei porque eu vou precisar dela, nos próximos capítulos, ela vai ajudar muito a Katniss e o Peeta e cumprir o que prometeu a ele, claro que ela vai ter que morrer, mas vai morrer de uma forma mais bela, mais corajosa, e por um motivo mais importante.
Qualquer pergunta, pode fazer. Críticas e elogios, a vontade.