The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 2
Chapter One


Notas iniciais do capítulo

Mais um pros anônimos que eu sei que leram, mas não comentaram. Então não posso saber o nome.



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Meses depois.

Caçar, ajudar em casa, cuidar da Prim, comer, dormir... Caçar, ajudar em casa, cuidar da Prim, comer, dormir... Caçar, ajudar em casa, cuidar da Prim, comer, dormir... Nada, simplesmente nada, me animava. Até caçar agora não tem o mesmo significado que antes, só me faz lembrar tudo, cortar caminho pelo beco? Nunca. O que eu fazia quando via pacificador? Fugia dele, só de ouvir seu nome já me dava ânsia.

Mais um dia, mais um dia em que eu acordo e durmo pensando, relembrando tudo. Mais um dia em que acordo a noite ofegante, revivendo tudo o que passei, mais um dia em que acordo tentada a pegar o meu arco e mata-lo.

Por mais um dia só acordo pela Prim, que me chama com toda a sua força.

– Vamos Katniss, nós vamos nos atrasar.

– Ok, ok, estou indo.

Levanto-me cheia de mau humor, mas sou abatida por um enjoo, que me faz correr para o banheiro, e botar tudo que eu não comi pra fora. A Prim fica meio chocada, já que ela nunca me viu doente, e corre pra chamar a mamãe.

– Katniss, meu deus o que você tem? – ela pergunta alarmado, apesar de ela ter voltado a vida, depois do que ocorreu, ela ainda dependia da minha fachada de forte.

– Não deve ser nada, é só estresse.

– Sim, eu entendo você tem que se alimentar, e dormir um pouco mais. – falou me repreendendo por não comer direito há muito tempo.

Eu não quis começar a discutir sobre isso novamente, e me adiantei para sair antes que ela insistisse. A escola do distrito não servia pra nada, somente para amedrontar as crianças, falando somente dos jogos anteriores, e sobre a destruição do Distrito 13, depois de uma tentativa de revolução.

Normalmente nos vamos para a escola com o Gale, e seus três irmãos, Rory, Posy e Vicky. Ele como eu, tinha que sustentar sua família, seu pai também tinha morrido nas minas. Nós nos conhecemos na floresta, depois de algumas brigas resolvemos caçar juntos e dividir o lucro, apesar de eu insistir em que ele leve um pouco mais que eu, já que ele sustenta mais bocas, nem sempre eu consigo, mas ainda dar para apelar pra Hazelle, sua mãe que nunca recusava.

Nesses últimos meses, eu tinha me afastado um pouco me limitando a frases simples, e somente quando necessário. Ele já estava acostumado, eu sempre fora muito introvertida, não me permitia gostar de ninguém com medo de perdê-lo e depois sofrer, mas até ele estava me questionando.

– Ei, Katniss, hoje eu vou me atrasar um pouco, eu tenho umas coisas para resolver. Pode começar sem mim. – eu achei estranho, principalmente por ele não me contar o que faria, mas eu lembrei que na minha atual condição ele não devia confiar tanto em mim.

– Tudo bem então, eu vou ficar mais para o começo, assim você me acha facilmente. – Ele pareceu achar estranha, minha frase comprida, mais não questionou.

Nessa hora me senti sendo observada, e me virei a tempo de ver o Mellark olhando pra mim, o pai dele sempre me comprava alguns esquilos, era uma das pessoas mais gentis que eu conheço, diferente da sua mulher que era uma bruxa.

Ele sempre me observava, eu parei de achar estranho depois de um tempo, e me convenci que era preocupação, ele tinha me ajudado no passado, queimando pães para me dar, e levando uma bofetada da mãe por isso.

Tinha falado pouco com ele na minha vida, apesar de sermos da mesma sala, e sempre nos vermos na padaria quando ia levar os esquilos. Ele tinha muito do pai - sempre gentil como ele- e era um dos meninos mais bonitos do Distrito, com seus olhos azuis e cabelos louros.

Fui interrompida das minhas divagações, pelo Gale, que nunca gostou do Peeta, por achar que ele era um mauricinho, o que nem chega perto de ser a verdade.

– Enfim, tudo bem, eu não vou demorar muito. Agora eu vou indo a aula já vai começar.

Ele estava no ultimo ano, o que significa que em breve ele terá que ir pras minas e eu vou ficar sem um parceiro para caçar, eu sabia que seria difícil para ele, apesar de toda a sua fachada, ele sofria como eu por ter perdido o pai tão cedo, sofrer um choque de realidade e ter que sustentar a família quase sozinho.

Quando mais rápido o tempo passasse para mim seria melhor, mas como eu nunca tenho sorte, o tempo se arrastou. Assim que fui liberada, sai sorrateiramente em direção à floresta, eu não ia para casa e correr o risco de ser obrigada a comer por minha mãe. Passei direto pela cerca que devia funcionar, mas não funciona, e achei um dos meus arcos numa árvore oca, deixados ali por meu pai, foi ele quem me ensinou tudo o que sei, e procurei por um rastro de animal.

Como não achei nenhum, subi numa árvore alta, eu sempre fui boa nisso, em subir em árvores no caso, e achei um bicho me inclinei para achar um ângulo melhor, e quando percebi o meu erro já era tarde, o galho estava fraco, e com o meu peso cedeu, um queda feia, muito feia.

Eu sentia uma dor forte na barriga, e só enxergava as sombras, não conseguia me levantar, fui ficando inconsciente, e só escutei alguém gritar por mim antes de apagar.


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Notas finais do capítulo

Esses capítulos são só pra vocês entenderem o que vai rolar depois, não é muito importante, é só pra construir um enredo, por isso são pequenos. Espero que gostem e por favor, comentem.