The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 12
Chapter Ten - Part 2


Notas iniciais do capítulo

Eii, meu povo, eu prometi e cá estou, pelos comentários vejo gente muito ansiosa. Então leiam, e comentem.
Eu vou agradecer a Let Cardoso a mais nova leitora, e aos meus velhos leitores que sempre comentam e os que não comentam também.
Eu andei visitando os perfis de alguns de vocês, as histórias são muito boas. Tipo, LeoPG atualize as suas fics viu, eu preciso saber o que vai acontecer.
LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!



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Eu me encontrava no grupo de dezesseis anos e focalizei no palco, se eu olhasse para qualquer outro lugar, eu choraria.

No Palco sempre há três cadeiras, uma para o Prefeito, uma para a Effie Trinket, a mulher que sorteia os nomes para a colheita. E uma para o mentor, o vitorioso do último Hunger Games, em 74 anos o Distrito 12 só teve dois e só um continuava vivo. Haymitch Abernathy, um homem velho, barrigudo e que sempre está bêbado de mais para entender o que acontece a sua volta.

Havia também dois globos de vidro, uma para garotas que continham 20 bilhetes com o nome Katniss, – nos distritos nós temos uma coisa chamada Tesserae, que é um pequeno sortimento de grãos para cada pessoa da família, por todos os meses do ano, como éramos eu, a minha mãe e Prim, além da vez obrigatória eu tinha meu nome mais três vezes todos os anos - um com o da Prim, e o de garotos que deve ter uns oito com o nome do Peeta.

Enquanto o Prefeito fala amesma coisa de todos os anos, a forma como o Capitol nasceu, e a última grande rebelião que destruiu o Distrito 13 e criou os Hunger Games com forma de punição aos outros Distritos, eu deixo o meu olhar se encontrar com o de Peeta, ele sabe as minhas chances, teme por mim, não aguentando mais olha-lo, mexo a minha cabeça e avisto o Gale, eu não o havia esquecido, eu ainda o considerava um amigo, mesmo ele tendo me magoado muito. As chances dele eram gigantescas, ele tinha 42 nomes, tinha cinco pessoas na sua família e ele queria proteger os irmãos.

Vejo agora a Effie se encaminhar para o microfone, depois de se livrar de um Haymitch bêbado que insistia em abraça-la, brilhante e chamativa como sempre, dá a sua assinatura.

– Feliz Hunger Games! E que a sorte esteja sempre ao seu favor. – ela parecia ridícula com o sotaque do Capitol, e a peruca rosa fora do lugar. – Damas primeiro.

E a cada passo, quanto mais perto ela chegava, mais rápido meu coração batia.

Ela tira o papel, volta para o microfone e diz o nome numa voz clara.

É Katniss Everdeen.

Eu ouço um grito, e a multidão se abre para me deixar passar, vejo rostos aliviados e pessoas com pena, não me prendo a isso tentando não pensar muito no que estava acontecendo, se não eu choraria e eu não os deixaria me ver chorar.

Quando eu estou a um passo do palco, sinto braços me agarrarem por trás.

– Não Katniss, você não pode ir! – era a Prim.

Eu olhei em volta num pedido mudo, que a levassem daqui. Sentir os braços dela se soltarem de mim, e encontrei aqueles olhos, o meu céu, eu podia ver que ele lutava contra as lagrimas, se mantendo forte por mim. Eu digo obrigada, sem emitir som algum.

– Aposto meus botões que era a sua irmã. – garganteia Effie – Que adorável. Vamos dar uma salva de palmas para nosso novo tributo!

Para crédito do D12, ninguém aplaudiu. Todas essas pessoas me conheciam, sabiam do meu pai, eu vendia comida para elas, a maioria amava a Prim, e se encantavam totalmente com a Pearl. Eles sabiam da minha história com o Peeta, eles o conheciam também, nós éramos casal improvável, que se amava muito, que tinham uma família agora, então todos se mantiveram em silêncio.

Do palco eu posso ver os lugares por onde eu andei hoje na floresta, e sei que eu não posso vê-los nunca mais.

Effie Trinket está indo em direção a o outro globo, enfia a mão e tira o primeiro papel.

– Peeta Mellark. – eu vacilo.

Não, eu me mantive forte sabendo que ele estaria aqui, que ele cuidaria delas, que a Pearl teria pelo menos um dos pais vivos.

Eu os vejo abrirem um caminho para o Peeta passar, ele está em choque, lutando para não chorar, como eu. Ele olha para trás, para a Pearl, alheia a tudo, continua no colo da minha mãe que está em prantos. Também vejo a Prim inconsolável, em meio a tantas meninas.

Não, a sorte não estaria a meu favor hoje. O Prefeito toma lugar da Effie, e começa a falar, não presto atenção, e não olho para o Peeta, seria ruim de mais.

Permito-me lembrar de como nos conhecemos, meu pai havia morrido nas minas e além de homenagens nos deram um pouco de dinheiro que acabou em meses. Eu não sabia o que fazer, a minha mãe não saia da cama, eu tinha uma irmã pequena passando fome em casa e já cogitava a ideia de roubar.

Tropeçando, quase caindo no chão de fraqueza, eu senti o cheiro de pão. Naquela época eu sentia raiva de todos que tinham um pouco mais do que eu, e acreditava realmente que eles se fartavam de comida. Então eu procurei no lixo, mas não tinha nada, mesmo assim, a mãe do Peeta, me enxotou, me xingou como se eu fosse um cachorro, ela quase me bateu.

Eu desabei ali no chão mesmo, se não havia comida para quê voltar para casa, foi aí que eu ouvi um forte barulho de tapa, e o Peeta aparecia na porta com pães queimados, ela havia o batido.

Eu a escutei falar “Isso alimente os porcos, menino idiota. Afinal quem vai querer pão queimado?”, eu vi um, a um ele jogar os pães no chão. Eu não sabia, fiquei me perguntando por muito tempo, o porquê de ele ter me ajudado, e agora eu perderia o meu menino do pão.

O Prefeito termina o discurso, e gesticula para apertarmos as mãos. Eu hesito, não seria o suficiente, ele me olha nos olhos, como quem pede para seguir em frente e eu cedo.

Para minha surpresa ele me puxa, e me abraça o que causa uma reação inesperada no Distrito. Eu não esperava essa reação, mas diante da nossa situação, pai e mãe de um bebê juntos indo para um lugar em que teriam que se matar, mexeria até com a pessoa mais insensível.

Um, a um, todas as pessoas do distrito tocaram os seus três dedos do meio da mão esquerda nas suas bocas e seguraram por nós. É um gesto raro e antigo, significa obrigada, significa admiração, significa adeus para alguém que você ama.

Eu escondo aminha cabeça em seu peito, para que não me vejam chorar, e eu torço para que alguém me mate, ou o mate, antes que um de nós termos que fazê-lo.

Pov Peeta

Peeta Mellark

Meu nome reverberava pela minha cabeça, já não havia sido ruim o suficiente, terem a escolhido, tinha que me escolher também. O que seria de nós, o que seria da Pearl. Eu havia abraçado a Katniss num gesto de desespero, ela precisava de mim, eu precisava dela, isso era fato.

Mas a reação do Distrito foi realmente algo diferente, eu não esperava isso deles, eu havia me acostumado com um Distrito 12 em que as pessoas só se preocupavam com as suas próprias vidas, e dificuldades, eu sabia que eles nos conheciam, muita gente perguntava pela Pearl e pela Prim quando me via, porém isso era algo muito sério, um gesto que o Capitol podia não perdoar e eles pareciam nem ligar para isso.

A Katniss precisava de mim, eu não a deixaria só que nos Distrito quem não obedece morre, e eu ainda tinha o dever de trazê-la viva para casa, só por isso que eu não desafiei os Pacificadores a me deixarem ir com ela.

Eu sabia que a primeira pessoa que eu veria seria o meu pai. Eu nem estava ligando se a minha mãe viesse com ele, nem com os meus irmãos. Eu só queria o meu pai, ele sempre tinha algo bom, um incentivo, para me dizer, sempre algo me deixava animado e confiante. Assim que ele passou pela porta eu o abracei, ele retribuiu com toda a sua força, e chorou.

– Eu vou cuidar dela para você, meu filho. – eu não tinha duvidas disso, mas eu precisava falar uma coisa para ele.

– Pai... Quando a Katniss voltar o senhor tem que me prometer que tudo que ia ser meu, vai dar a ela para guardar para a Pearl, entendeu?

Ele havia entendido as minhas intenções, eu não ia deixar a minha filha sem a mãe, eu faria de tudo para a Katniss voltar.

– Filho... Eu não... – ele ia falar alguma coisa, mas não deixei.

– O Senhor tem que prometer.

– Eu prometo isso me doí muito, mas eu prometo.

Eu abracei a minha mãe também, ele tinha algumas lágrimas e pareceu muito perto de uma mãe de verdade. Algum tempo depois a Sra. Everdeen e a Prim entraram, eu peguei a Pearl de seus braços, assim que me viu abriu um sorriso animado, era assim eu era o papai palhaço que sempre estava pronto para brincar, mimar e proteger.

Só que dessa vez não haveria brincadeiras, parecia até que ela entendia, pois se ajeitou melhor em meus braços e se aconchegou a mim, ela não falava, mas a sua forma de dizer adeus foi a melhor de todas. Eu olhei pra a mãe e a irmã da Kat.

– Eu vou trazê-la de volta, eu prometo. Enquanto isso vocês só tem que cuidar muito bem umas das outras. – eu falei e consegui arrancar um sorriso em meio às lágrimas da Sra. Everdeen.

– Você é um menino de ouro Peeta, eu não acreditava muito em você com a Katniss, mas seu amor por ela se provou maior que tudo. – ela falou e me abraçou.

Eu abracei a Prim, e dei um ultimo beijo na Pearl, e as vi saindo, eu não esperava mais ninguém, e a pessoa que entrou me deixou muito surpreso. Era o Gale.

– Você deve estar querendo saber por que eu estou aqui, mas – ele parou um pouco, parecia criar coragem – eu me importo muito com a Katniss ainda, eu sei que a minha reação não foi a melhor, e que eu não a apoiei como deveria, mas eu realmente me importo.

– Você tinha que se desculpar com ela, não comigo.

– Você sabe como o gênio dela é forte, eu só queria dizer que eu vou ajudar a cuidar delas enquanto tudo isso acontece. – ele me olhou nos olhos agora – Eu sei que você vai fazer de tudo para que ela ganhe.

– E você só precisa continuar cuidando delas, mesmo que ela volte. – eu não acredito que eu vou falar isso – Ela vai precisar de um amigo, mas não se aproveite dela, ok? Pode até parecer que eu fiz isso, mas se não fosse você e essa sua boca grande, hoje ela ainda não saberia que eu amo.

– Sim, mas eu não quero ser mais nada que amigo dela agora. – minhas sobrancelhas se levantaram em surpresa – Bem, digamos que a sua amiga Delly é uma ótima companhia.

Ele me pegou de surpresa, a Delly nunca havia me falado nada, e olhe que ela ia me ver quase todos os dias na padaria.

– Obrigada, você me deixa aliviado. Mas não cometa outro erro com a Kat, ok? Ela só se faz de durona, no fundo ela não é nada disso.

Era difícil imaginar as coisas como se eu já estivesse morto, eu também sabia que a Katniss não ficaria nada feliz se soubesse dos meus planos. Mas tanto eu quanto ela sabemos, que a Pearl não poderia viver sem um de nós, e eu se eu pudesse escolher, e eu sei que posso, esse alguém não vai ser ela.


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Notas finais do capítulo

Certo eu vou tirar algumas duvidas que talvez vocês tenham.
Primeiro; sim, quem foi escolhida foi a Katniss, me digam aí vocês, se tivessem uma filha que teriam que cuidar, você entraria no lugar da sua irmã, num lugar em que vocês teriam todas as chances de morrer. Bem eu não iria, e por isso a Katniss que foi chamada.
Segundo; eu sempre quis que rolasse uma conversa seria entre o Gale e o Peeta, então o meu Peeta é um cara legal ele sabe o quanto a Katniss o ama, mas ele também está disposto a morrer por ela, por isso ele precisa da certeza de que alguém cuidaria delas e ele pediu para todos, para o pai dele, para a mãe da Katniss. Se o Gale foi falar com ele e pedir desculpas, ele está se agarrando a qualquer perspectiva de futuro para elas.
Se tiver qualquer outra pergunta vocês sabem que eu respondo, obrigada.
Me desculpe se houver erros, eu passei para o computador essa tarde e revisei.