Fragilidade violenta. escrita por RedSenpai


Capítulo 11
XI- A Impura.


Notas iniciais do capítulo

Geant, eu nem sei como me explicar, tenho tanta coisa pra falar. Mas o motivo da demora é vagabundisse mesmo -qq
Então, com essa história toda do Nyah! fora do ar eu ME ESQUECI DA FIC e tive uma crise de falta de Inspiração.
Mas enfim, sem mais delongas, me desculpem a demora, e bom capítulo o3o



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Eu não entendia o porquê de eu sentir uma aura tão familiar naquela garota, eu nunca a tinha visto na escola. Será que ela era a tal Lola? Outra coisa que estava me confundindo era a quantidade de nomes começados por “L” e com quatro letras.

Vi Rafael do meu lado perguntando se tinha acontecido alguma coisa, segundo ele eu estava assustadoramente pálida quando sentei na cadeira. Algo tinha feito meu psicológico martelar e eu estava sentindo um desconforto terrível. Mas a preocupação do loiro fez com que eu o olhasse de maneira carinhosa.

— Eu estou bem, Rafa, juro. – Suspirei quando vi Luke entrando pela porta também, e de repente todos os garotos fizeram um círculo ao meu redor.

— Você tá bem? – Ele disse preocupado colocando a mão na minha testa, e percebi quando Rafael afastou a mesma bruscamente de perto de mim. Ri internamente com aquilo e de como o outro tinha ficado incrédulo com a reação do loiro.

— Você tá pálida... – Roger comentou olhando fixamente pra mim.

— Você tá parecendo um fantasma, na moral. – Petter arqueou a sobrancelha, o que me assustou.

— Não, pessoal, eu tô ótima! – Sorri forçadamente sentindo o estranho fato de estar absurdamente fraca, mas achei que fosse só impressão. Tentei me levantar, mas minha visão se embaçou e inconscientemente me apoiei em Luke ficando com a cabeça em seu ombro, era como se meu corpo não me respondesse. Numa tentativa de sair um pouco de perto dele apoiei o outro braço em Rafael, o que piorou minha situação e os dois pareciam se matar com olhares. – Me... Me levem... Pra enfermaria...

Mais que prontamente os dois me arrumaram em ambos os braços e me ajudaram a caminhar até a enfermaria. Ainda na sala, antes de sairmos, reparei na tal garota sentada numa carteira de braços cruzados enquanto me fuzilava com o olhar, e depois sorriu meio maldosamente para mim. Tinha alguma coisa nessa história que eu tinha deixado passar, mas antes que pudesse pensar minha visão se escureceu completamente.

~~~~*~~~~*~~

Eu voltei ao meu consciente lentamente, e me sentia numa cama macia e fofinha, provavelmente na sala médica da escola. Ao longe ouvi uma voz que parecia conversar comigo de um jeito incansável, mesmo eu não respondendo. Era o Luke.

— ... E sabe, a Lola por perto bagunça tudo. Além de que ela parecia te conhecer, então sei lá, eu sinto que...

— Ela tem uma energia negativa horrível vinda dela, do tipo que atinge todos. – Vociferei em um tom baixo e fraco, e percebi ele me olhando assustado. Ri pela coloração envermelhada de suas bochechas e esperei que ele falasse algo.

— Desde quando você tá acordada?! – Abaixei a cabeça meio corada e fiz um gesto para que ele deixasse de lado, e continuou. – Foda-se, então, mas... A Lola parece tão feliz, como assim energia negativa?

— Não sei, mas é algo familiar... Como se eu a conhecesse, entende? E sei que ela sente a mesma coisa. – Falei olhando para o teto numa tentativa de encaixar os fatos, parecia que a resposta estava na minha cara.

— Mas, como? É meio impossível vocês se conhecerem. – Ele tinha os braços cruzados com um olhar questionador, e eu confesso que aquilo era extremamente sexy.

— “Impossível” é uma palavra que tem que sair do seu vocabulário por agora. – Eu me sentei e me inclinei pra mais perto dele, em busca de ter um contato melhor, mas aquilo só resultou em novamente ficarmos muito pertos e aquele mesmo clima estranho surgir.

— Em especial quanto te envolve... Né? – Vi-o dar um sorriso de canto e senti minhas bochechas queimarem e logo me afastei. Havia uma malícia inacreditável em quase tudo que ele falara. – Mas acho que você deveria conversar com ela.

— Ótima ideia. – Revirei os olhos e em seguido os fechei novamente. Ainda estava fraca demais pra discussões.

~~~~*~~~~*~~~~*

—Oi “descendente da Lua”. É uma honra encontrá-la. – Lola me sorriu debochadamente e eu me vi confusa. Onde estava? Por que ela estava ali? Por que eu estava ali?

Observei que estávamos no meio de uma floresta densa, as nuvens de chuva rugiam como leões famintos, e as arvores balançaram na mais perfeita e amedrontadora dança. Não que eu não estivesse acostumada – valkyrias sempre vão pra selvas fechadas treinar, até mesmo em dias de chuva – mas a presença daquela garota me deixava receosa. Seus cabelos castanhos ondulados com mechas rosas a fazia parecer tão imponente quanto seu belo corpo.

— O que você... – Me vi interrompida por sua risada desenfreada e arqueei a sobrancelha, ela parecia uma maluca rindo.

—Poderia dizer que sou sua irmãzinha, mas Magni me mataria se ousasse dizer que sou da linhagem dela. Nem faço questão de ser descendente de uma vadia lunar. – Ela falava enquanto me rodeava, olhando-me dos pés a cabeça. – Não sei se é por nos encontrarmos em um sonho, mas você parece frágil demais pra ser a guardiã de Sællland. – “Sællland” era o nome do meu mundo. Em islandês simplificado, significa “Terra Abençoada”, por conta dos princípios nórdicos e dos Deuses que seguíamos e nos protegiam. Coisa essa que eu tinha me esquecido/tivera sido apagado da minha mente. – Não foi capaz nem sequer de reconhecer o que eu sou, Luna?

— Você é uma elfa da Lua Sangrenta. Do clã dos Elfos Negros. – Vociferei sorrateira, tinha sido ingênua demais pra não perceber.

— Parabéns! – Ela bateu palmas e falava carregada de ironia, o que me irritava. –Eu sou uma elfa pura, diferente de você, tão mestiça que chega a enojar.

— Oh, mesmo? – Eu ri sarcasticamente. – De que adianta ser pura, se tem um passado tão obscuro e ser tão imunda internamente? Eu deveria me “enojar” de estar no mesmo sonho que você. – Conclui enquanto a encarava fechar a cara imediatamente.

Elfos Negros foi um clã de elfos puros que traiu todas as espécies de Sællland, além de tentado eliminar todos os humanos e seres mestiços. Como punição a todos os Elfos Negros, foram submetidos a viver na dor eterna da maldição da Lua Sangrenta, mas alguns conseguiram escapar para outras dimensões no fim do ciclo de cinco noites.

A diferença entre eu e ela, era que eu pelo jeito era a própria Lua Sangrenta.

Quase instantaneamente as arvores começaram a cair e os trovões ficaram bem mais fortes, juntamente com o barulho agudo de gritos. E eu acordei.

~~~~*~~~~*~~~~

Me levantei num pulo da mesa médica me perguntando que tipo de sonho fora aquele, e se era real. Sællland... ERA ISSO! ESSE ERA O NOME! Eu precisava falar com Luke.

Sai da sala imediatamente e corri em direção aos corredores buscando minha sala, mas sem querer trombei com alguém. E pra minha surpresa, era a pessoa que antes tivera estado no meu sonhoaterrorizando meu descanso.

— Ora, ora, se além de fraca é desastrada. – Lola revirou os olhos enquanto se levantava e pegava os papeis caídos no chão, e eu me recompus também.

— Então era você mesmo? – Não podia negar minha surpresa, mas ri. – Você até que tem métodos bem avançados pra sua raça.

— Se eu fosse você tomava mais cuidado com as palavras... – Ela ajeitou uma mecha atrás da orelha. – Agora que você sabe, não preciso mais tomar cuidado com minhas maldições. – Ela sorriu e me deu as costas, mas antes que caminhar, sussurrou. – E aliás, é bom guardar segredinho de tudo que sabe, se não quiser que eu acabo com a sua vidinha medíocre de humana conformada.


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Notas finais do capítulo

Uh, o que acharam? Espero que tenham gostado. Agora, eu queria agradecer, tipo, de verdade, A VOCÊS QUE RECOMENDARAM, MEUZAMOR SZZ
Ingrid, Fr4zzer, amo vocês. Foi lindo, quase chorei ;w; -q
Enfim, bom fim de semana pra vocês, e se eu tiver bastante comentários posto o próximo domingo (e dessa vez sem atraso) =3