Little Hell escrita por Diana


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, lindos e lindos! Mais uma fic para vocês!

Dessa vez, teremos dois casais: Piper e Reyna e Annabeth e Clarisse.

Tentei fazer um A.U dessa vez. Espero que gostem!

Agradecimentos a minha beta, Srta With.

No mais, boa leitura!



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Capítulo 1

Piper estava sentada em uma das mesas da biblioteca do colégio. Ela poderia estar lá fora, conversando com seus amigos, tentando seduzir alguém, até mesmo participando das atividades esportivas, mas não!

Lá estava ela, sentada, impaciente, em uma das estúpidas mesas da droga da biblioteca! E tudo por causa de uma média perdida! Uma média! E daí que Júlio César nunca foi devidamente um imperador. E daí que Roma foi fundada por dois caras criados por uma loba? Isso era passado! E um passado distante, diga-se de passagem.

- Droga, Annabeth! – Ela culpou a amiga. Era por culpa de Annabeth que ela estava lá esperando sabe-se lá quem para uma aula particular.

“Ou era isso, ou teria de apelar para contar seu pai.” Piper se lembrou das palavras da loira e gemeu em frustração. Era melhor não envolver seu pai nisso. Foi só por isso que a garota decidiu concordar com a tal aula.

A garota já estava prestes a desistir da tal aula e sair dali sem mais nem menos quando avistou uma garota alta, com uma blusa roxa e calça jeans, vindo em sua direção. Ela parecia um pouco mais velha e tinha uma expressão altiva. Belos cabelos negros arrumados em uma trança que caía de lado e lábios vermelhos. Muito vermelhos.

- Senhorita McLean? – A garota a olhou, séria. A expressão altiva nunca a abandonando. Piper não se agradou da garota nem um instante sequer, mas decidiu seguir com o plano de Annabeth.

- Sim. Você é? – Piper decidiu ser um pouco arrogante também.

- Reyna Arellano. Sua professora particular. – A outra disse e, sem pedir licença, arrastou uma cadeira para si e se sentou.

Piper não disse nada, mas a cada instante, uma certeza crescia dentro dela: A de que Reyna e ela teriam uma convivência complicada. Muito complicada.

Depois de pouco mais de uma hora tentando aprender sobre nomes e datas, Piper começa a se enfurecer. Não que fosse tanto assim para assimilar, era que a presença de Reyna a irritava além do tolerável. A garota a olhava com certa superioridade no olhar e se dirigia a ela como se ela fosse uma criança. Por fim, Piper rudemente fecha o livro e ganha um olhar frio da morena.

- A senhorita tem mais quarenta minutos de aula. – Reyna diz, cruzando os braços sobre o peito.

- Não consigo assimilar mais nada! – Piper retruca, virando o rosto para o lado, evitando o olhar inquisidor da outra.

Com certa violência, Reyna segura o queixo da garota e a obriga a encará-la. Só agora a morena realmente presta atenção na outra menina. Ela tinha traços indígenas, muito bonitos por sinal, e cabelos cortados de forma estranha. Além do mais, Reyna podia jurar que os olhos da garota pareciam não ter uma cor única. Entretanto, isso não importava agora. A aparência, de certa forma desleixada da garota, já dizia muito sobre ela.

- Escuta aqui: Não me importo se você consegue ou não. Você pagou por duas horas, então, estarei aqui por duas horas.

- Foda-se você e suas duas horas. – Se sentindo ainda mais irritada com a outra, Piper se levanta de forma abrupta e junta suas coisas. Com passos decididos e furiosos, ela se dirige para fora da biblioteca.

Reyna não soube dizer o que a atingiu quando viu a garota a ignorar completamente e sair do local. A morena podia sentir seu rosto queimar por conta dos olhares curiosos que eram lançados em sua direção.

- Ei! – Reyna apressa os passos, encontrando a garota do lado de fora. Ela corre e segura a outra pelo pulso. – Quem você pensa que é?

- Quem você pensa que é? – Piper joga a mesma pergunta, encarando a garota com ferocidade. – Você não pode me obrigar a nada!

- Você agiu de forma desrespeitosa! – Reyna gritou com a garota, já perdendo completamente a paciência.

- Como se você estivesse agindo de forma indiferente! Você sequer perguntou meu nome e já foi despejando seu ‘conhecimento superior’! – Piper disse a última parte com relativo humor na voz.

- Ótimo! – Reyna desiste. Ela estava cansada. Não ia se humilhar para uma aluna do segundo grau. – Terminamos por aqui, senhorita McLean.

- Terminamos por aqui, senhorita Arellano. – Piper oferece o mesmo tom frio à Reyna e vê a garota indo embora.

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- Você o quê? – Uma Annabeth incrédula pergunta a Piper quando ela se junta à amiga no refeitório.

- Eu a dispensei. – Piper diz com displicência. – Sério, Annabeth, não tinha ninguém melhor para me ajudar, não? Acho que talvez até você mesma... – Piper deixa a sugestão no ar.

- Sem chance! Já tentei te ajudar milhares de vezes e nunca deu certo. Por isso pedi a uma amiga o número de Reyna.

- Argh! – Piper fez uma careta ao ouvir o nome da garota insuportável – Como sua amiga conseguiu suportá-la?

- Olha, não foi só ela. Reyna me foi recomendada por várias pessoas. – Annabeth retoma o tom sério da conversa e ajusta os óculos à face. – Você devia seriamente pensar em dá-la outra chance.

- Tudo bem. – Piper suspirou. Ela só estava fazendo isso porque era Annabeth quem estava pedindo. A loira lhe sorriu. – Qual o número dela?

- Só um minuto. – Annabeth diz e começa a procurar na sua mochila onde ela tinha deixado o cartão de Reyna. – Aqui.

- Certo.

- Você vai ligar, não vai? – Annabeth a pergunta, inquisidora.

- Claro. Vai ser a primeira coisa que vou fazer quando chegar em casa. – Annabeth revira os olhos ao notar a resposta sarcástica da amiga, mas apenas volta a alternar sua atenção entre seu jantar e um livro que ela estava lendo.

- Er...Annie? – Piper a chama novamente e Annabeth resmunga. – Acho que tem alguém que está olhando muito para cá.

- O quê? – Annabeth pergunta, se virando para a direção em que Piper indicava com o olhar. – Ah, é só La Rue. – Annabeth volta a esconder seu rosto rapidamente em seu livro, mas Piper conseguiu notar o leve tom vermelho adornando as bochechas da amiga.

- La Rue? A capitã do time de wrestiling feminino? – A garota pergunta sugestivamente e vê Annabeth se recolher mais ainda. – Cara, ela é linda. E tem um corpo que...

- Okay! – Annabeth encara a amiga com certa fúria nos olhos cinzentos. Piper ri ao reconhecer certos ciúmes neles. – Já entendi.

- Então, quer dizer que você anda se encontrando com a srta. La Rue?

- O quê? Não! Clarisse é só mais uma bruta que só pensa em musculação e garotas. – Annabeth meio que resmunga com a voz fraca, mas não convence a amiga.

- Algo me diz que agora ela está pensando em você... – Piper diz e acena na direção da mesa em que o time de wrestiling feminino estava sentado. Annabeth não sabia onde enfiar a cabeça.

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Finalmente aquele dia de aulas chatas tinha chegado ao fim. A única coisa boa no dia de Piper foi Annabeth ficando vermelha por conta dos olhares que a capitã do time de wrestiling estava lhe oferecendo.

- Ela é gata, apesar de tudo. – Piper provoca a amiga no caminho de volta. As duas garotas andavam devagar até um ponto de ônibus.

- Piper, eu não saio com alguém só porque é bonita ou não. – Annabeth diz seca e a outra apenas revira os olhos.

- Deveria reconsiderar dessa vez. Já ouvi algumas histórias sobre Clarisse e suas... Habilidades. – A garota diz apenas para ver a amiga corar.

- Cala a boca! – Annabeth ralha com Piper e apressa o passo.

Piper até pensa em ir atrás da amiga, mas vê o assunto em questão, Clarisse, passar por ela e correr até Annabeth.

- Ei, Chase! – A garota mais alta a chama. Ao perceber que estava em seu encalço, Annabeth acaba desviando seu olhar para o chão, como se seus tênis tivessem ficado mais interessantes.

- Clarisse? – A loira se reprimiu por sua voz ter saído tão fraca e tímida. – Er... O que faz aqui?

- Eu pego ônibus aqui. – Clarisse responde dando de ombros. Piper nota que, apesar de tentar parecer mandona e segura, a morena estava um pouco embaraçada. – Imagino que esses livros estejam pesados, não? – Clarisse diz, indicando com o olhar os livros que Annabeth levava nas mãos.

- Nem tanto. – A loira é surpreendida quando Clarisse lhe toma os livros com certa delicadeza.

- Eu os levo para você. – Clarisse se oferece e vai acompanhando a loira até o ponto. Piper apenas ri da situação.

- Er... Annabeth! – A garota chama a amiga. Annabeth se vira com certa rapidez e pede ajuda com o olhar a Piper. – Acho que vou andando hoje.

Piper pôde ver a ameaça silenciosa que surgiu nos olhos cinzentos da amiga após ela dizer isso, mas nem ligou. A garota apenas virou a esquina e deixou as duas garotas no ponto de ônibus. Algo lhe dizia que Annabeth iria lhe agradecer mais tarde.


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Notas finais do capítulo

Por favor, não deixem de comentar!

Beijos!