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Capítulo Seis - Hoje não é meu dia de sorte.

(Lucy)

A luz do sol invadiu meu quarto, consequentemente indo em meu rosto, me fazendo acordar. Esfreguei os olhos, levantando da cama enquanto ia me arrumar no banheiro. Fiz minha higiene, tomei banho e coloquei uma roupa pra ir a escola, logo me dirigi a cozinha.

– Bom dia. – murmurei, sem olhar quem estava na cozinha, pegando meu toddynho gelado e tomando ele.

– Bom dia, filha. – escutei a voz da minha mãe atrás de mim. Não, não era possível. Minha mãe estava em casa e isso era sinal de um desastre.

Minha mãe era uma mulher com 35 anos, sim, minha mãe me teve com 18 anos porque ela e meu pai não conseguiram segurar o fogo deles. Apesar de ter 35, ela parece ser muito mais nova. Já me perguntaram se ela era minha irmã, olha que absurdo!

O problema é que minha mãe é designer da Blizzard Entertainment, além de ser também desenvolvedora e responsável pela maioria dos jogos daquela impressa. Sendo assim, ela é muito famosa por seus inúmeros jogos de sucesso. E isso era horrível! Não que eu não quisesse ser famosa, alias, o mundo precisa do meu brilho. (nem me acho.) Porém era horrível ser conhecida como “a filha da Layla”, por revistas, por isso minha mãe se afastou da família e manteve segredo sobre nossas identidades, mas agora ela estava aqui e provavelmente vai estragar todo o plano com isso.

– Mãe? O que você tá fazendo aqui? – perguntei, tomando meu toddynho com os olhos arregalados.

– Eu não posso mais visitar a minha família? – perguntou, abrindo um sorriso e abrindo os braços, a espera de que eu fosse correndo abraça-la, porém continuei a tomar meu toddynho.

– Fugiu da empresa de novo, não é? – retruquei.

Ela abaixou a cabeça, concordando e fazendo biquinho. Mesmo depois de anos minha mãe não havia mudado em nada, sempre que a mesma estava trabalhando em algum jogo novo, ela escapava por alguns dias o que atrasava bastante na produção do jogo.

– Você sabe que vão mandar os seguranças virem atrás de você, né? – perguntei, arqueando uma das sobrancelhas.

– É eu sei, mas até perceberem que eu fugi posso aproveitar o dia e te levar ao colégio. – respondeu, com os olhos brilhando de animação.

Isso não era bom... Definitivamente.

– Não, tudo bem, eu posso ir sozinha. – confirmei, tentando convence-la de desistir da ideia de tentar me levar.

– Vamos Lucy, eu nunca consegui te levar ao colégio. Sempre é o seu pai. – fez bico, cruzando os braços e inflando a bochechas.

As vezes minha mãe esquece que é adulta e finge ser uma criança mimada de 5 anos.

– Tudo bem... – exclamei, me rendendo ao biquinho dela.

– Eba!

Isso vai dar merda.

*.*

Minha mãe estacionou o carro em frente o colégio. Estava tudo indo bem, até agora nenhum fã havia reconhecido ela e isso significava que eu ainda estava segura. Tive que obriga-la a usar um óculos escuro e um boné pra que ninguém a reconhecesse.

– Pronto mãe, você já me trouxe ao colégio, já pode ir embora. – disse, enquanto eu e minha mãe conversávamos do lado de fora do carro. Eu tentei impedi-la de sair mas a mesma nem me deu atenção.

Ela riu, revirando os olhos.

– Falando desse jeito parece até que tem vergonha de mim. – resmungou ela – Nossa, esse boné e esse óculos estão me incomodando. – disse, tirando o boné e o óculos escuro.

Nãããoo...

– Aquela é a Layla Heartfilia? – escutei alguém perguntar.

– Eu amo os jogos dela. – dessa vez foi a voz de um garoto e quando percebi o mesmo estava parado atrás de mim, com um papel, uma caneta e sorrindo animadamente para minha mãe. Ele era loiro, tinha os olhos azuis e era bastante bonito – L-Layla, você poderia me dar um autografo. – ele disse, coçando a cabeça nervoso.

– É claro que sim! – ela respondeu, autografando o papel do rapaz.

– Pronto garoto, já pode ralar. – disse, empurrando o garoto pra conseguir tirar minha mãe dali o mais rápido possível.

– Ei, qual é? Por que não deixa eu conversar direito com a sua mãe? – ele perguntou, se revoltando e virando-se para mim.

Opa! Agora que percebi os braços fortes que ele possuía, quase me desequilibrei de emoção mas me segurei.

– Porque a minha mãe precisa ir embora, e não pode ficar aqui conversando com um loiro idiota. – exclamei, mesmo que eu o achasse um loiro super gostoso.

– A única loira idiota aqui é você. – retrucou. Ou, ou, ou. Eu simplesmente odeio quando me chamam de loira idiota, ou loira burra, ou façam alguma piadinha idiota em relação ao meu cabelo loiro.

– O que... você... disse? – perguntei pausadamente, pegando ele pela gola da camisa e levantando-o – Ficou maluco? A sua sorte é que meu taco de beisebol não está aqui, porque eu enfiaria ele no seu.. – não consegui terminar pois minha mãe havia afastado ele de mim. – Mãe, vai pra empresa, você precisa trabalhar no novo jogo.

Ela fez bico, porém logo entrou no carro, dando partida. Virei meu olhar para o loiro, o mesmo me encarava sem medo nenhum.

– Você é fã da minha mãe, não é mesmo? Tenho certeza de que não conseguiu zerar nenhum jogo. – sorri debochadamente, enquanto o rapaz me encarava com ódio. Pelo jeito eu havia tocado na ferida dele.

– Tsc. Pra sua informação eu já zerei alguns jogos dela. – sorriu convencido.

– É? Pois eu já zerei todos os jogos da minha mãe. – ele me olhou chocado, me fazendo rir. – Foi um prazer conhece-lo, mas agora eu preciso ir.

Comecei a seguir em direção a dentro do colégio.

– Meu nome é Sting! – ouvi ele gritar, sorrindo e acenando pra mim.

– Lucy! – gritei de volta, antes de adentrar o colégio e correr para minha sala.

Por algum motivo sinto que irá crescer uma grande rivalidade entre nós dois. Sorri com isso, faz tempo que eu não tenho um rival a altura.

*.*

– Bem-vindos ao inferno! – a professora Aquarius disse, um sorriso maligno estava em seus lábios e a mesma me encarava ameaçadoramente. É impressão minha ou ela não foi com a minha cara? – Parece que temos carne nova no pedaço.. – todos olharam pra mim.

– Essa é Lucy Heartfilia, aluna nova. – Pinkie Pie disse, se aproximando de mim e passando o braço envolta do meu pescoço – Apesar dela ser estranha, ela é legal.

Sorri, segurando a vontade de socar a cara desse pônei maldito.

Estávamos na aula de natação, Natsu e os outros alunos estavam usando roupas de natação e eu? Bem, eu continuei com minhas roupas normais. Motivo? Bem... eu não sei nadar.

– Você disse que iria me fazer babar pelo seu corpo, mas parece que me enganou... – ele sussurrou no meu ouvido, fazendo-me arrepiar toda.

Corei com isso, porém logo voltei ao meu estado normal.

– Posso saber o porque de você não estar usando a roupa de natação? – Aquarius perguntou, colocando as mãos na cintura e me encarando como uma cobra assassina.

– E-Eu não sei nadar, professora. – respondi, desviando o olhar enquanto sentia alguns olhares sobre mim.

– HÁ-HÁ-HÁ. E você acha que eu ligo pra isso? Vá colocar sua roupa agora! E você Dragneel, vai ajuda-la a nadar. – tanto eu quanto o rosado assentimos com a cabeça – O RESTO PODE INDO PRA PISCINA! – o povo assustado foi se jogando um por um na piscina.

Hoje, definitivamente, não era meu dia de sorte.