Song~

Capítulo Dezessete - Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

(Lucy)

Depois do mico que nós dois pagamos, usamos nossas roupas de ed. Física. O que significa que eu estava usando o short totalmente curto e apertado que o colégio deu. Sério, porque não pode ser short’s mais longos e confortáveis? É horrível usar short’s que ficam entrando na suas partes intimas. Isso é um saco.

– Nossa cara, ainda não acredito que você mijou nas calças. – Pinkie Pie disse, rindo ao meu lado. Nosso professor de História havia faltando, sendo assim estávamos de tempo vago apenas vagabundeando pelo colégio.

Revirei os olhos. Talvez esse idiota tenha se esquecido de que ele mijou nas calças primeiro. Tão idiota que me pergunto se essa idiotice é real ou não.

– Que eu me lembre, você mijou nas calças primeiro. – sorri, um tanto vitoriosa, enquanto observava ele arquear as sobrancelhas e me olhar incrédulo.

– Mas você trapaceou, usou o Gray pra me fazer mijar. – respondeu, olhando em seus olhos pude perceber que o mesmo estava irritado e acreditava que havia vencido.

– Ninguém disse que eu não podia usa-lo como estratégia. – dei os ombros, e sorrindo mais uma vez.

Foi a vez dele revirar os olhos, fechou os punhos e me deu um soco de leve no ombro, logo em seguida abrindo um daqueles sorrisos encantadores dele.

– Droga, então parece que eu vou ficar sem meu encontro. – exclamou, ainda sorrindo, enquanto passava uma das mãos no cabelo e a outra estava em seu bolso. Ele ficou tão... fofo. Não pude impedir e deixei um sorriso involuntário escapar ao vê-lo desse jeito.

– É, pelo jeito você vai ter que deixar pra outra hora. – disse, retribuindo o sorriso e corando levemente.

Ele deu os ombros.

– Mas quem sabe, você aceite sair comigo amanhã? – sorriu, se aproximando de mim.

– S-Sair com você? – gaguejei, enquanto meu rosto começava a corar.

– Sim, assistiremos um filme, vamos em lojas de animes e games e comemos besteira até não aguentarmos. – riu.

Sair com o Natsu? Ele é um garoto idiota, devo admitir, mas também é um cara legal. O único problema é que eu ainda não havia me entendido com Gray, será que ele se chatearia com isso? Não, eu não sei como responder a esse convite. Eu quero sair com ele. Então por que sinto que estarei magoando Gray com isso?

Tentei pronunciar alguma palavra, porém nada saia. Natsu se aproximou de mim, ficando frente a frente comigo, olhando-me nos olhos me fazendo contemplar seus lindos olhos cor ônix. Seu sorriso continuava o mesmo, mas seus olhos brilhavam de um jeito especial.

– Será que você aceitaria... se eu dissesse que gosto de você..? – sussurrou, aproximando seus lábios dos meus, enquanto lentamente nos fechávamos os olhos.

– PAREM COM ISSO! – um grito interrompeu, fazendo com que nos separássemos rapidamente completamente envergonhados. Escutamos alguns barulhos, e logo corremos para onde havia toda gritaria.

Assim que chegamos vimos Jellal no chão, enquanto brigava com um cara que eu nunca tinha visto na vida. Jellal acertava socos no rosto do garoto, porém o mesmo não ficava pra trás e lhe dava chutes e socos ainda mais fortes. Pelo físico do garoto era mais do que obvio que sua força era maior que a do azulado, porém Jellal continuava a enfrenta-lo sem demonstrar dor.

– O que está acontecendo aqui? – perguntei, assim que vi o garoto acertar um soco no queixo de Jellal.

– Eu não sei.. Mas sei que essa é a melhor briga que já teve na escola. ACABA COM ELE, JELLAL. – Natsu gritou, erguendo os braços e rindo.

Olhei para ele incrédula. Como eu havia quase beijado uma criatura dessas?

Não muito longe de mim a presidente Erza estava parada, sem saber como interferir na briga. Talvez pelo fato de que seu namorado é quem estava brigando acabou fazendo um enorme efeito em seu jeito durona. Caminhei até ela, ficando ao seu lado.

– Você tem que parar com essa briga! – disse a ela, enquanto víamos Jellal tomar um soco no queixo.

– NÃO! – ouvi um grito de lamento, provavelmente foi Natsu que havia gritado quando Jellal recebeu um soco. Ele parecia uma daquelas fãs malucas.

Olhei para Erza novamente.

– Eu não posso fazer nada! – exclamou, olhando a briga.

A segurei pelos braços, fazendo-a olhar para mim.

– É claro que pode. Você é a presidente não é? Então faça alguma coisa! – exclamei.

Não demorou muito e ela tirou minhas mãos de seus braços e caminhou até o meio da briga. Num rápido momento ela pegou os dois pela gola da camisa e os afastou.

– Vocês dois... PAREM DE BRIGAR! – gritou, fazendo com que ambos parassem de se bater e ficassem quietos. – Você, Simon, vai pra diretoria comigo. – exclamou, olhando para o garoto que havia brigado com Jellal – E você, Jellal, vai pra enfermaria. – soltou Jellal, e saiu puxando Simon para a diretoria. Certamente o diretor não ficará nem um pouco feliz com isso.

As pessoas foram desaparecendo e pude perceber que Pinkie Pie havia metido o pé assim que Erza se intrometeu na briga. Garoto covarde...

Me aproximei de Jellal, oferecendo minha mão para ele.

– Não preciso da sua ajuda. – exclamou, massageando o queixo que estava com uma enorme mancha roxa. Suspirei, puxando sua mão e andando até a enfermaria – Eu já disse, não preciso da sua ajuda, me larga! – dizia, enquanto eu continuava a arrasta-lo.

Logo estávamos na porta da enfermaria, abri a porta e o empurrei em cima da cama, enquanto procurava álcool e alguns algodões pra cuidar de suas feridas.

– Você é um idiota, sabia? – exclamei, enquanto passava o algodão molhado de álcool em seus ferimentos. Ele gemeu de dor, fechando os olhos e suspirando em seguida.

– Pelo menos eu não uso o sutiã da Hello Kitty. – exclamou, revirando os olhos.

Apertei o algodão em seu queixo, fazendo ele gemer de dor e me fazendo rir. Assim que acabei de cuidar de seus machucados abri um sorriso. Seu rosto estava completo de bandaids da Hello Kitty, fazendo seu rosto ficar totalmente cômico.

– Sabia que você fica lindo de Hello Kitty? – ele revirou os olhos com meu comentário – Bem, acho que daqui você pode se virar. De nada por ter te ajudado. – comentei, abrindo a porta e me retirando do local.

Sai da enfermaria, fechando a porta e dando de cara com a Erza, que me olhava mortalmente.

– O que estava fazendo com ele? – perguntou, seus olhos estavam em chamas e pareciam me queimar.

– Apenas cuidando dos machucados dele. – exclamei, dando os ombros.

Ela riu debochadamente.

– Garota, não tente rouba-lo de mim, escutou? Eu posso fazer da sua vida um inferno. – comentou, passando por mim e esbarrando propositalmente seu braço em meu ombro.

Ótimo, agora eu tenho uma inimiga.