Viva La Vida escrita por Doce de Lua


Capítulo 7
Um descuido, uma bronca.


Notas iniciais do capítulo

Minna 'chegray'! Vocês não imaginam o quanto estava com saudades de postar!! Mas a criatividade não me vinha, me perdoem ;w;
Fora isso, também estava sentindo muito a falta dos meus leitores queridos! Percebi que o número aumentou, já passou de 60, estou muuuito feliz!
Então, alguém percebeu que eu mudei novamente de capa? Acho que dessa vez eu vou deixar essa hihihi. Ah, também troquei a fonte da capa dos capítulos c:
Bem, demorei três dias para fazer esse capítulo, mas eu espero que vocês gostem e tenham uma boa leitura.



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Autora POV on:

Ainda no mercado, Lucy caminhava lentamente com o objetivo de pousar seus olhos achocolatados em cada canto que passasse, prestando atenção e tentando encontrar alguém desesperado ou que ao menos a ajudasse. No momento permanecia com um pequeno ser, ainda desconhecido, pendurado em seu pescoço. O menino que encontrou perdido há pouco tempo, não fazia um som sequer e de certa forma, isso estava deixando-a preocupada.

– Que ótimo... Como vou saber quem são os pais? -Lucy murmurava suas palavras, tentando ao máximo fazer com que só fosse audível para si mesma. - Não irão simplesmente brotar em minha frente!

Não era como se estivesse lamentando pela situação, muito pelo contrário. Mas somente agora tinha se tocado a gravidade de sua burrice. Do que adiantaria caminhar por toda a extensão do mercado, a procura de alguém que ao menos sabia como era? Não imaginava ao menos o nome do garoto, mas precisava de alguma forma falar com ele para que a sua procura ficasse um pouquinho mais simplificada, porém estava indecisa de como iniciar a conversa.

Olhou pelo canto de seus olhos, ele parecia calmo e tranquilo. Quase dormindo. Levantou os braços mais para cima já que o garoto estava escorregando de seu colo. Por causa do movimento, o mesmo acabou por abrir completamente seus pequenos olhinhos soltando alguns ruídos desconfiados de sua boca.

– Ah... Qual seu nome, pequeno? -A loira resolveu falar de uma vez, por mais que as palavras soassem com seu tom de voz aveludado, se sentia apreensiva, e consequentemente, mordia levemente os lábios. Era estranho ter um comportamento desses com uma criança já que boa parte de sua vida agora girava em torno de muitas delas, mas o fato é que no momento, pensamentos ruins passavam por sua mente. E se tivessem abandonado o pobre garoto no meio do mercado? Suspirou profundamente, tratando de tirar essa possibilidade de sua cabeça, voltando à realidade quando escutou o menino falar.

– Meu nome é Nathan. -A voz infantil e o rosto fofinho encarando a loira só a deixava com mais vontade de apertá-lo e pegá-lo para si própria. Sorriu para o garoto e apertou de leve seu nariz, fazendo com que ele soltasse uma alta gargalhada. Já era um bom começo, se conseguisse o manter acordado não seria necessária tanta preocupação.

– Então querido... Como são seus pais? -Perguntou com receio em busca de saber de alguma característica física que fosse marcante ao ponto de conseguir encontrar os responsáveis pela criança. O que a loira temia, acabou por acontecer, o menino fez um bico e seus olhos rapidamente marejaram, por sua sorte, o corredor de brinquedos se encontrava a poucos passos de si, rapidamente se direcionou até lá, sem pensar duas vezes.

Logo que adentrou no local se aproximou de umas prateleiras e se abaixou pegando um bichinho de pelúcia da cor roxa. Quando movimentou seu corpo para conseguir alcançar o brinquedo, o capuz do casaco do pequeno menino acabou por escorregar e cair em sua cabeça, fazendo com que seus cabelos rosados ficassem cobertos.

A tentativa da loira de fazer com que Nathan se distraísse acabou dando certo, o rosadinho acabou por deixar escorrer por seu rosto pequeno, apenas uma lágrima teimosa. Parecia até ter se esquecido do pavor de estar perdido e falando com um estranho. Lucy esticou o brinquedo na direção da mão do garoto e o mesmo logo pegou, com um olhar curioso.

Resolveu então deixar o menino mais a vontade com sua companhia antes de fazer as perguntas, sabia que precisava ter paciência, e isso ela tinha de sobra. Fora que brincar um pouco com o garoto seria extremamente divertido.

Do outro lado do mercado, Natsu se encontrava desesperado. Assim como a loira, havia pensado em possibilidades de acontecimentos ruins, que de maneira alguma saiam de sua mente. O rosado passava por todas as alas do mercado, sem ao menos ler as placas que informavam que tipo de produtos se encontrava no local. No momento, enxergar um pontinho rosa por ali já era lucro, mas um amarelo lhe chamou mais atenção.

Sabia que de maneira alguma deveria deixar de procurar Nathan, mas Natsu podia jurar ter visto Lucy no meio das prateleiras que há poucos segundos havia passado na frente. Voltou desconfiado e com passos largos, então viu que realmente era a loira. Ela estava sorrindo enquanto fazia palhaçadas para o garoto que estava em seu colo, Natsu ao menos pensou na hipótese de ser seu filho apenas associou a palavra criança com ela, então deduziu que ela com certeza o ajudaria.

– Lucy! -Gritou sem se importar se chamaria a atenção de outras pessoas em sua vota. A loira levantou o rosto na direção de onde escutou ser chamada e seus olhos automaticamente ficaram arregalados.

“cabelo rosa.”

Lucy então girou seu corpo para que ficasse devidamente em frente ao amigo que ofegava um pouco, o mesmo teve reação semelhante à dela quando encontrou o filho perdido, se divertindo despreocupadamente nos braços dela.

– Nathan!

– Papai! -O menino levantou os braçinhos e esboçou o mesmo sorriso que Natsu costumava abrir em quase todos os momentos de seu cotidiano. Era igual, se fosse desconsiderar o fato de que ainda faltavam alguns dentinhos na boca do pequeno.

– Papai? -Dessa vez Lucy se pronunciou no meio da conversa entre pai e filho, Natsu desviou o olhar do menino para a loira que mantinha uma feição surpresa. O rosado mais velho sorriu sem graça e passou de leve a mão direita em meio a seus fios de cabelo. Não sabia o que fazer pelo menos Nathan estava seguro.

– Papai, estou com fome... -O silêncio que se instalou por alguns segundos foi quebrado pelo garotinho que posava a cabeça no peito da loira, demonstrando estar cansado.

– Claro que sim, se você não tivesse fugido de mim com certeza já estaríamos em casa jantando. E quantas vezes já disse que não deve falar com estranhos? -Natsu de uma hora para outra mudou sua postura gentil para uma totalmente autoritária, que já estava deixando o menino com medo, fazendo com que se encolhesse cada vez mais nos braços de Lucy.

– Natsu, já chega! Por mais que você esteja com razão, a culpa partiu de você! O que estava fazendo para perder ele de vista? -Lucy despejou as palavras com irritação em sua voz, não gostava de maneira alguma ver algum pai ou mãe brigar com seus filhos, isso por que desde pequena fora tratada assim, na sua casa nunca tinha autorização para dizer uma única palavra. Desde então jurou a si mesma que mostraria para as pessoas, que toda a situação apenas se resolvia com um simples diálogo calmo.

Natsu bufou profundamente e então resolveu fechar a boca. Olhou mais uma vez diretamente aos olhos do garoto e então sorriu com ternura enquanto já afagava os cabelos do pequeno.

– Esta tudo bem. Vamos terminar as compras e ir para casa. -Esticou os braços em direção ao seu filho com a intenção de que ele apenas fosse para seu colo, mas o rosado fez bico e envolveu-se novamente ao pescoço de Lucy, surpreendendo ainda mais os dois adultos.

– Não! Eu ‘queio’ ficar com a mamãe!

Lucy ainda não compreendia o motivo de ser chamada de mãe, talvez fosse muito parecida com a companheira que o rosado provavelmente tinha no momento. Pensar nisso acabou por fazer com que a mesma sentisse um nó em sua garganta se formar. Rapidamente ligou os fatos até onde Natsu havia contado, outra hipótese surgiu. O garoto poderia ainda não saber que sua mãe já não fazia mais parte da Terra em que viviam.

Lucy olhou de relance para o rosado que se mantinha calado sem saber o que fazer, movimentou os dois braços para cima novamente, já estavam ficando doloridos, Nathan era pesadinho...

– Tudo bem querido, não se preocupe. Nós terminaremos de fazer as compras todos juntos, mas depois a mamãe precisa ir. -A loira acariciou o rosto alvo do garoto enquanto o mesmo já fechava seus olhinhos apreciando a carícia. Natsu não imaginava que ela faria tanto para lhe ajudar, sorriu sem que percebesse, definitivamente ele seria eternamente grato por sua atitude.

[...]

– Papai, ‘oia’! -Nathan havia esticado o braço direto pegado um Kinder Ovo da pequena prateleira que havia em torno do caixa em que estavam, o mesmo balançava as peninhas de leve por estar mais uma vez sentado na cadeirinha de ferro que tinha no carrinho. Com cara de pidão, fez com que Natsu bufasse discretamente para o pequeno, mas não passou despercebido por Lucy, que acabou rindo baixinho pela situação.

– Você quer certo? -O mais velho se apoiou no carrinho e olhou sério para o menino, que abria um sorriso divertido ao ver a reação do pai. Era sempre assim, Nathan não pedia nem fazia birra, mas sempre dava um jeito de mostrar o que queria até encher o saco e conseguir ter as coisas para si mesmo. - Ok, coloque na esteira.

Natsu rendeu-se de uma vez enquanto empurrava o carrinho de compras para frente, sua vez havia chegado. Pelo menos Lucy havia conseguido tirar o bichinho de pelúcia das mãos do pequeno, sem que o mesmo percebesse.

– Você sabe que não pode dar o brinquedo para ele, certo? Na caixinha diz que é proibido para menores de três anos, ele pode engolir! -Lucy cochichou para o rosado enquanto o ajudava a colocar as compras no caixa. - Ao menos que você esteja cuidando dele e prestando muita atenção em cada movimento que fizer. -A loira novamente retrucou de uma forma que o conscientiza-se mais uma vez de seu erro.

– Pode se certificar que eu sei de muitas coisas quando se trata de crianças, loira sabichona. -Afirmou fazendo bico enquanto ela se divertia com o menino.

Em poucos minutos o rosado passou o cartão e pegou as poucas sacolas que continham os alimentos que agora lhe pertenciam. Lucy segurava a mão do pequeno, esperando Natsu um pouco mais afastada do local que antes estava. Por fim a loira acabou desistindo de fazer seu brigadeiro, iria se contentar com o que tivesse em casa.

– Tem certeza que não quer que eu te acompanhe até sua casa? -O rosado perguntou pela terceira vez desde que ela havia negado a boa ação do amigo, não havia necessidade, pois morava em um local seguro, onde muita gente a conhecia. Além disso, já se passava das 21:00 horas, Nathan já deveria estar dormindo no momento.

– Está tudo certo, eu vou ficar bem. -Lucy afirmou mais uma vez ao rosado para que ficasse tranquilo, logo se abaixou para que ficasse a altura do menino. -Tchau pequeno, até outro dia. -Arrumou devidamente a jaqueta vermelha de Nathan e beijou sua bochecha em seguida.

– Lucy, muito obrigada pelo que fez hoje. -Natsu agradeceu se sentindo um pouco sem graça. A loira apenas assentiu esboçando um sorriso. Ficaram mais uma vez em silêncio, olhando um para o outro, até que Lucy se tocasse que horas deveriam ser. Seu pai certamente lhe daria uma bronca quando chegasse, já que geralmente era tratada como adolescente.

A loira deu dois passos para frente e esticou-se as pontas dos pés, pousando seus lábios também na bochecha de Natsu. O contato foi curto e rápido, pois sentiu-se nervosa com o ato que pode jurar ter sido feito sem pensar muito. Abaixou seu rosto e murmurou um “nos vemos segunda”.

Saiu com passos apressados do mercado sentindo seu rosto quente, deixando o rosado imóvel no mesmo local. Não compreendia por que havia se envergonhado com Natsu, mas após alguns segundos respirando fundo e olhando para o céu, tentando se acalmar, concluiu que tudo ocorreu pela confusão do pequeno Nathan.

– Por que não me disse antes? -Sussurrou para si mesma, sorrindo levemente apreciando as estrelas.


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Notas finais do capítulo

Caso o final tenha ficado um pouquinho confuso, a Lucy disse a última frase se referindo ao Nathan (nón me diga '0'). Falando nele, eu resolvi colocar esses 'risquinhos' que não sei o nome, nas falas dele, onde tem erros propositais. Sei lá, não sei se alguém pode me achar retardada por isso, mas como muita gente gostou e achou fofo eu resolvi deixar ele falar assim.
Avizinhos: Talvez hoje eu poste mais um capítulo de "Solteiros Com Filhos", onde eu tenho algumas coisinhas pra dizer por lá, se é que me entendem ò,ó Quem é leitor lá e quiser se safar, ainda da tempo u3u
Ah e por que você não atualiza logo "Uma Surpresa de 1ª Classe"? Bem, não sei se todos sabem mas no Spirit ela foi excluída por algo extremamente bobo. E agora eu resolvi repostá-la desde o início, então vai demorar pelo menos um dia para ter todos os capítulos de volta no site. Por isso que eu vou atualizar logo a outra fic também, assim eu vou trabalhar somente em USPM depois u3u
Bem, eu quero comentários, estou feliz e com saudades de todos vocês, como eu disse lá em cima! Beijinhos.