O sol da manhã penetrava pelas frestas da barraca de John, esquentando o meu saco de dormir e me obrigando a levantar. Olhei no comunicador de bolso e ví que já eram dez horas, me levantei e andei pelo lugar para esticar as pernas e acabar de acordar. Já era bem tarde, geralmente a minha insônia me acordava ás seis horas da manhã sem motivo.

Passei os olhos pelo quarto e em cima da mesinha junto com todas as fotos notei algumas diferenças: a moldura que estava sobre a cômoda com a minha foto tinha sumido, tinha uma carta em seu lugar e um refratário médio de alumínio ao lado da carta. Fiquei em dúvida se aquelas coisas eram para mim mas a minha curiosidade sempre foi grande, alonguei a mão e peguei a carta, abrindo e lendo seu interior que dizia:

" Oi Diana imaginei que com seu jeito todo curioso, uma hora você iria achar essa carta, e se te conheço melhor nesse momento você está lendo ela (obviamente que está ).

Gostei da sua escolha para barracas e espero que você não se importe por eu te ter feito companhia durante a noite, tive que sair para resolver uns assuntos muito importantes mas passei na lanchonete e deixei sobre a mesinha um pote com seu desjejum. ESpero que goste e coma tudo.

Beijos, John"

Claro, John sempre era assim tão certinho e prevenido que era de se esperar esse ato da parte dele, mas porque ele teria saído tão cedo em um fertiado como esse? o que mais ele poderia fazer em um dia que ninguém faz mais nada? Essas perguntas começaram a martelar na minha cabeça, mas afinal o que eu tinha a ver com a vida dele? Tudo!! Ele tinha os mesmos olhos loucos que eu. E se ele soubesse da resposta e estivesse me escondendo algo?

Decidi pelo melhor, sair ás pressas para explorar e tentar descobrir pistas do paradeiro de JOhn.