Renascer escrita por Ana C


Capítulo 13
Deleite


Notas iniciais do capítulo

Olá meninos e meninas!

Diminuam as luzes, preparem as músicas românticas, tirem as crianças da sala! É esse o capítulo, chegou a hora! hahahaha

Já aviso que não tem Hentai. Mas se você, leitor, não gosta de ler sobre sexo ou sobre suas menções, pode passar para o próximo (que eu devo postar daqui a uns 4 dias).Aviso também que não está bobinho!

Agradecimentos do dia!

Lara F, bem-vinda!

Cah e Swan Lake, sejam bem-vindas de volta! As primeiras sempre terão espaço no meu coração!

Fabi Everdeen, obrigada de verdade por ter comentado todos os capítulos, mesmo descobrindo a fic já bem adiantada!

Dedico o capítulo de hoje para a dupla Everdeen: Estrela e Fabi, duas lindas flores do jardim do Peeta.

Capítulo narrado pela Katniss!

Beijos e aproveitem a leitura!



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Os passos firmes de Peeta o aproximam mais de mim. O momento chegou. Ele suspira e meu coração falha em uma batida. As cicatrizes são muito feias até para ele. Eu devia ter tratado mais da minha pele, ter feito o tratamento adequadamente... Ele se aproxima um pouco mais e me observa. Os olhos seguem vivamente abertos. O azul ciano de suas íris cada vez mais vívidos. Nos entreolhamos através do espelho. Por alguns momentos, segundos, horas. Eu realmente não sei contar quanto tempo nos mantivemos naquela posição. Então ele se mexe. Curva-se lentamente até que sua boca chega na junção de traços em relevo que forma uma de minhas maiores marcas de queimadura. Sinto o quente toque de seus lábios justamente ali. Um gemido me escapa. Os dados foram jogados e hoje é o dia em que, por fim, poderei saciar a minha fome.

As minhas costas estão sendo tratadas com tanto carinho, que minha boca começa a formigar, pela injustiça de estar sendo tão negligenciada. Jogo a cabeça para trás, meus cabelos roçam em seu rosto e Peeta entende meu recado. Em segundos nossas línguas estão travando a mais doce das batalhas. Nós dois estamos a ponto de alcançar territórios ainda desconhecidos um do outro, mas é sempre mais fácil começar por aquilo em que temos mais experiência. Cada beijo que trocamos nos deixa mais absolutamente íntimos e a certeza de que essa é hora certa de tudo acontecer se solidifica em mim. Os pensamentos tristes parecem ser somente um mero borrão perto dos prazeres que agora estou experimentando, porém sei que nem sequer começamos.

Um, outro e outro beijo. A urgência cresce. Vejo, pelo espaço descoberto pelo roupão, que meu corpo está reagindo favoravelmente a cada pequeno toque das grandes mãos de homem que me acariciam nesse momento. Subitamente sinto que sou levantada e carregada até a grande cama que ocupa o centro do quarto. Nunca reparei na maciez do colchão e na suavidade dos lençóis que tenho, mas nunca me deitei nela apenas com uma ínfima peça de roupa. O roupão está ainda na penteadeira. E eu estou despida. Uma trilha de beijos começa a ser traçada desde meu queixo. Todas as partes são contempladas. Meus ombros, o vale dos meus seios, meu umbigo, meus quadris, minhas pernas, meus pés. É como se Peeta estivesse registrando meu corpo em sua mente, para um de seus futuros quadros. Neste momento me sinto a ponto de ferver. Katniss Everdeen é, em sentido literal, a garota em chamas.

Notando que Peeta ainda está vestido com sua roupa de dormir, começo a tentar me libertar de seu abraço tão tentador, para despi-lo e fazer com que a situação entre nós dois fique igual. Quando me percebo tão frágil, tão absolutamente quente e tão mulher, o medo que estava desaparecido volta. E desta vez ele está com sua força total. Devo ter, de alguma forma, enrijecido meu corpo pelo pavor, porque finalmente o homem alto e forte que antes estava se dedicando a me fazer descobrir meu próprio corpo, agora está a uma distância relativamente segura de mim, com as sobrancelhas franzidas e a respiração ofegante. Ele está novamente encobrindo sua vontade em prol da minha. Não sei como dizê-lo que o quero demasiadamente, mas que estou congelada dentro de todos os pensamentos ruins que insistem em voltar. Não sei se sou o suficiente para ele, não sei se vou conseguir cumprir com as expectativas de Peeta. Coloco a minha mão em seu rosto, como se tentasse transmitir meus sentimentos para ele. Recebo de volta um sorriso e uma proposta:

– Você quer que paremos, Kat? Eu posso dormir em minha própria casa hoje, não há problemas. Não depois desse dia maravilhoso que tive...

O meu corpo rejeita sua proposta imediatamente. Há algo em meu interior que grita enlouquecidamente por ele e a simples menção de sua ausência me causa um desconforto físico. Não quero que ele se vá, de maneira alguma. Em silêncio, engatinho até onde ele está e seguro a barra de sua camiseta com as duas mãos, subindo-a lentamente. Escuto um suspiro de alívio vindo de Peeta e não contenho um meio sorriso. Tudo aquilo que começamos naquela noite há anos, naquela enseada assustadora, naqueles jogos, está a ponto de se concretizar agora, tanto tempo depois... Preciso tirar a cabeça dos meus pensamentos e o corpo dele parece ser um perfeito refúgio. Vejo o dourado do medalhão que o dei reluzir em volta do seu pescoço. As sardas que ele tem nos ombros, resultado da exposição continuada desta parte ao sol, misturadas às suas cicatrizes, compõem, em seu corpo, um mapa que eu desejo explorar. Mas é ele quem está no controle desta vez. São suas mãos as que me guiam, sua boca é capaz de me fazer aceitar qualquer uma de suas ordens. Há algo nesta masculinidade firme e gentil que está me deixando perto do ápice

A luz da lua cheia se mistura ao fraco brilho do abajur que deixamos aceso algumas noites, a atmosfera do quarto parece estar mais pesada, o ar quente da paixão febril que nós dois finalmente estamos libertando. Quando ele me recosta nos travesseiro, aproveito para passear minhas unhas por suas costas. Ele afasta as minhas pernas, ainda unidas, com delicadeza. A vergonha se mescla com o prazer. Ele me orienta para que eu me liberte:

– Feche os olhos, Kat. Sinta. Só sinta e eu tomo conta do resto.

Eu faço o que ele me pede e cerro minhas pálpebras. O último tecido que me cobria é retirado por Peeta, o que me faz pensar que a ideia anterior dele foi mesmo genial. Meu corpo fica inerte na cama e de repente o quarto fica silencioso. Fico esperando um próximo movimento, mas ele não vem. A tentação de abrir meus olhos novamente se torna insuportável e eu os abro o suficiente para saber o que está acontecendo. Posso ver Peeta me admirando, como se não acreditasse realmente na situação em que estamos. Escuto seu murmúrio calmo:

– Você é tão linda... Quanto tempo eu esperei para que isso acontecesse. Quanto tempo... Tantos dias eu sonhei com isso...

Vejo que ele sai de seus pensamentos num rompante, levantando-se para tirar o resto de suas próprias roupas. Prendo a respiração por uns segundos e volto a fechar meus olhos. Sei que ele está se aproximando novamente, pois posso sentir o calor de seu corpo, o cheiro masculino que ele tem. Meu olfato sempre reconhece algum dos temperos que ele usa em seu suor, mesmo que ele acabado de sair do banho. Desta vez não é diferente.

Sinto o contato da minha pele diretamente com a dele. Ele se faz cada vez mais pesado em cima de mim. Finalmente nos unimos por completo. Solto um gemido alto, parte pela dor que isso me causou, parte pela satisfação de estarmos juntos da maneira mais completa possível. Ele se assusta. Murmura em meu ouvido se fez alguma coisa de errado, mas eu balanço a cabeça negativamente. Peeta me dá tempo para que eu me acostume com sua presença tão íntima, beijando-me da maneira mais passional possível. Seu gosto é maravilhoso, de olhos fechados todos os meus outros sentidos se potencializam. Sinto-o movimentar-se assim que se certifica que eu estou razoavelmente mais relaxada. A dor aguda vai diminuindo e agora sinto como se ela fosse somente um sinal de meu corpo me dizendo como gosta de ser tratado.

Os nossos gemidos, sussurros, promessas e declarações começam a seguir o mesmo ritmo de nossos corpos. Eles saem livremente, enquanto nos movimentamos no melhor baile de nossas vidas. Abro os olhos porque permito a mim mesma viver esse momento em sua plenitude. E quando o cinza dos meus olhos encontra o azul dos seus, sou tomada de vez por um êxtase sem precedentes. Compreendo que ele está sentindo a mesma coisa, quando escuto ele solta um gemido gutural, um grunhido que mostra que ele acabou o pouco controle que tinha.

Por um tempo, o som de nossa respiração pesada é a única coisa entre mim e Peeta. Nós continuamos na mesma posição, os cotovelos dele estão apoiados no colchão para que eu não aguente todo o peso dele. Uma brisa mais fria entra pela janela e, ao entrar em contato com meu corpo ainda quente, me dá um arrepio gostoso. Peeta finalmente tomba para o lado da cama, me chamando para que eu me aconchegue da forma que gosto tanto. Eu mudo de posição imediatamente, aproveitando seu peito para tentar esconder meu rosto. Ainda não consigo crer em tudo o que aconteceu. Sinto seu coração bater com muita rapidez e resolvo perguntar, ainda sem olhá-lo diretamente:

– Em que você está pensando agora?

– Eu estou pensando que podia fazer aniversário todos os dias do ano... - ele responde, sinceramente. Eu dou uma risada fraca e me aninho ainda mais nele.

–Olhe para cá, Kat - Ele pede. Eu não atendo - Você está se escondendo de mim? - Peeta pergunta, sabiamente

– Estou. - respondo, sincera

– E eu posso saber o motivo?

– Eu estou com vergonha do que nós fizemos. Eu estou com vergonha de ter mostrado meu corpo. Minhas cicatrizes são horríveis. As suas são tão mais brandas. Eu nunca pensei que você fosse ter aquela reação quando me viu penteando meu cabelo...

– Essa visão vai ficar na minha memória pra sempre... A mulher linda, completamente livre que eu vi neste quarto... Eu teria me apaixonado, se já não fosse tão doido por você. E Kat, suas cicatrizes não me importam nem um pouco. Você se esqueceu que eu tenho uma perna mecânica? Que tipo de homem eu seria se me importasse com as suas marcas? - Peeta completa, em um tom jocoso.

Eu rio ainda mais e isso é o suficiente para que eu levante a cabeça e olhe pra ele novamente. Encontro seu rosto sereno e o beijo, de leve. Esta parece ser a permissão que ele precisava para fazer a pergunta que acalenta dentro de si há muitos e muitos anos:

– Você me ama. Verdadeiro ou falso?

A resposta não é realmente necessária, mas Peeta precisa escutá-la. Não há nada que eu possa dizer neste momento além da palavra:

– Verdadeiro.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Não sou tão desinibida pra escrever algo a la E.L James, mas também não sou tímida a ponto de escrever que a "florzinha foi regada", ou algo do tipo (Ou seja, sou bipolar! hahahaha)

Comentem! Tô doida pra saber o que vocês acharam!

Beijos e até o próximo!