Time escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 17
XVII - O casamento


Notas iniciais do capítulo

{Notas inicias do dia 11/03:
O capítulo está sendo postado um dia antes por motivos de: EU NÃO AGUENTEI ESPERAR ATÉ AMANHÃ.
Notas inicias do dia 09/03:
SÓ PARA ESFREGAR NA CARA DO POVO:
EEEEEU NÃOOO DEMOREEEEEEEI!!!
Curtiram isso né pessoas? Não se acostumem. Haha, mentira, vou tentar ser uma boa autora a partir de agora.
"Becky, o que aconteceu? Como você voltou tão cedo? Hein? Hã?"
Simples, meus amores, eu estava relendo PJO e isso me deixa muito inspirada, ainda mais para essa fanfic, e como o mundo é um lugar bem legal, cá estou eu.
"Becky, 'cê tá fudidamente apaixonada?"
NÃO! Bem quisera eu, pretendentes se apresentem! Mas eu simplesmente percebi que na minha vida eu vou tentar fazer o máximo de coisas que eu quiser fazer, como por exemplo, terminar essa fanfic!!!
"Becky, ok, você se drogou?"
Também não, sou totalmente contra esse ato, nunca façam isso, NUNCA.
"Affs, Becky, então, porra o que aconteceu?"
Uma sigla, três palavas: TPM.
— Ok, tomei remedinho -
Mil desculpas por esse começo cheio de palavrões, mas a fic está bonitinha. Mentira, capítulo de cortar o coração a frente, amores, se preparem.
E cara, é oficial. ACABOU OS CONTOS SOBRE MITOLOGIA ENVOLVENDO POSEIDON E ATENA QUE A BECKY CONHECE.
De agora em diante, depois desse capítulo na real, tudo virá da minha incrível cabeça - não tão incrível assim. Exceto se vocês queiram que eu conte para vocês algo sobre Psique e Cupido, eu sugiro que terminamos por aqui.
Até o final se alguém leu.}
[corrigido: 31/03/15]



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[A Thousand Year - Christina Perri]

Alguns anos mais tarde, Atena cantarolava pelo jardim do Olimpo. Um problema afligia-lhe a cabeça. Desde que Ulisses, seu herói favorito e também vencedor da Guerra de Tróia conseguiu, depois de 20 anos longe de casa, regressar a sua pátria amada, Atena pensou que teria certa paz. Mas um novo problema se erguia ao oeste, Roma, a intitulada nova cidade da península Itálica. Ainda era apenas um conjunto de agricultores, mas as Parcas previam grandes problemas vindos de lá.

Entretanto, a deusa da sabedoria aproveitava seu dia da melhor maneira possível. Cantarolando para qualquer um que queira ouvir sua doce voz. Ela lembrou de Ulisses, ao pedir para ser amarrado e escutar o canto das sereias ao passar por sua ilha. Ele julgava que ficaria mais sábio, mas certamente a única coisa que aprendeu foi que a sabedoria nunca vem de meios fáceis. Não é apenas se amarrar em uma vela que poderia salvá-lo das sereis, tanto quando ouvi-las não lhe ensinaria nada que já não soubesse.

­ ­— Por que andas sozinha e pensativa, cara sobrinha? — perguntou-lhe a voz do deus do mar, e o cheiro de maresia automaticamente tomou conta do ambiente.

Atena, tomada por uma súbita vergonha ao lembrar-se do desmaiou as portas das sala do trono, dez anos atrás, corou de velozmente.

— Deseja algo, meu tio? — A mulher tentou manter a voz em um tom controlado, que sempre lhe fora difícil com Poseidon.

O mesmo soltou uma sonora gargalhada, fazendo os pássaros enfurnados nas árvores verdes e altas do Olimpo voarem para longe, assustados com o som. Atena se sentia como aqueles pássaros, assustada e com um desejo enorme de ir embora.

— O que lhe fiz, sobrinha querida, para simplesmente não conseguir olhar-me na face? — a voz dele tinha um Q de curiosidade genuína, que Atena aprovaria totalmente se não viesse daquele homem.

— Quer a lista cronológica ou alfabética, tio? — ela perguntou, lançando um olhar ávido para Poseidon.

O deus dos mares coçou a cabeça, aproveitando a desculpa para fitar a frente e retirar os olhos da bela mulher que lhe confrontava.

— Deixemos o passado morrer em Tróia, Atena — ele informou-lhe. — Para podermos viver novamente após tantas dores e magoas. O tempo agora será dividido entre a época antes da Guerra de Tróia, e a época depois desta mesma.

— Podemos dividir o tempo quantas vezes quiser meu tio, o passado está marcado com unhas e dentes em nossa sangue dourado.

— Para a deusa da sabedoria, você parece presa demais ao que passou.

— O que fizemos ontem influência o que faremos hoje e assim, influenciará o que iremos fazer amanhã.

— Ou seja, tudo depende do passado. — Concluiu o deus dos mares, fazendo uma cara de confusão.

— Não. — Atena riu, ela estava gostando da linha da conversa, embora jamais se imaginasse tendo uma como esta com Poseidon. — O passado já foi escrito, mas o presente e o futuro estão nas nossas mãos. Apenas estou dizendo o que acontece com a maioria das pessoas.

— Que pensamento triste — contemplou Poseidon, sentando-se em um banco em frente ao rio. — Então nunca esquecerá nossas desavenças? — Algo na voz dele fez Atena hesitar, sentando-se ao lado dele não sabendo bem o porquê.

— Seria arriscado voltar a confiar em você, Poseidon, ou ao menos falar com você sem querer arrancar-lhe a cabeça.

— E você nunca assume riscos... — ele falou, refletivo.

— Não aqueles que posso evitar — ela terminou o fitando, porém este observava as águas calmas do rio que corria pelo Olimpo.

Durante bons minutos, Poseidon nada disse e Atena apenas o observou. Eles ficaram assim até o deus dos mares se levantar, limpar as vestimentas e virar-se para Atena:

— Foi um prazer ter tal conversa com a senhorita, Atena. — Ele tinha algo melancólico na voz e no olhar, como se estivesse dizendo adeus. O pensamento deixou Atena apavorada, embora a mesma não soubesse bem o porquê. — Nos vemos por ai.

E com isso, Poseidon saiu andando calmamente e com a cabeça abaixada, como quem está envergonhado por algo... Talvez por não ter tido coragem de dizer algo.

Time

Onde eu estava com a cabeça? É claro que ela não me suporta. Pensava o deus dos mares ao se afastar da deusa da sabedoria.

Ele estava com muitas coisas na cabeça, claramente não conseguia pensar direito, mas mesmo assim tentou raciocinar o melhor possível. Ele voltou para seu reino, ignorando qualquer um que passasse perto dele.

Eu não acredito que pediria mesmo aquilo para ela! Eu sou louco. Ela me odeia.

Mas ele simplesmente não conseguia pensar em mais ninguém pedir que o ajudasse na tarefa que Zeus lhe deu.

E que tarefa! Zeus simplesmente enlouquecerá...

— Posso ajudá-lo, meu senhor? — questionou Anfitrite, uma dama de sua corte, filha de Nereu.

Ela era muito bela, tinha aparência de 25 anos, um corpo detalhado e muito bem esculpido, longos cabelos castanhos e olhos castanhos escuros muito diferentes dos quais Poseidon amava. Porém ela sempre fora um doce com o senhor dos mares, e sempre parecia interessada em uma maneira de ajudá-lo.

Ao olhá-la, Poseidon notou que ela se curvava de forma que seu decote ficasse a mostra para o deus, e quando levantou-se, subiu a saia da túnica um pouco alta demais, mostrando suas belas pernas torneadas.

Uma ideia maluca surgiu na mente de Poseidon. Iria cumprir o que Zeus queria e com sorte deixaria uma certa deusa um pouco enciumada.

— Na verdade, Anfitrite, querida, você pode.

Time

Atena não conseguia acreditar no que seus olhos lhe mostravam. Perante ao Conselho Olimpiano estavam Poseidon e uma ninfa dos mares, e Poseidon anunciou para todos que... Que... Que eles estavam casados.

— Como me foi pedido pelo senhor Zeus, cá está minha esposa e futura mãe de todos os meus filhos. Filha de Nereu, Anfitrite. — O tom que ele usava era casual, mas Atena notou o braço preso na cintura de Anfitrite.

A deusa tentou deixar seus pensamentos claros, imaginando quando isso acontecerá. Será que Poseidon sempre fora apaixonado por aquela mulher? Será que tudo entre eles fora imaginação dela?

E que tudo é esse que ela se referia? Eles nunca tiveram nada.

Depois de alguns minutos sentada no seu trono sem expressar sentimento algum, Atena percebeu que o Conselho havia sido desfeito e que os deuses estavam parabenizando os recém casados.

Atena sentiu um impulso muito grande de sair da sala e ignorar aquilo tudo pelo resto da sua existência, mas a dignidade falava mais alto. Se saísse sem cumprimentar os noivos iria parecer que ela não aprovará a união. E ninguém precisava saber disso, até porque nem mesmo a deusa da sabedoria entendia o porquê dela não aprová-los.

Sendo assim, andou até onde os deuses estavam reunidos, e puxou seu melhor sorriso. E com sua voz doce e fria disse:

— Meus parabéns, aos recém casados — ela alargou ainda mais o sorriso, tentando levá-lo para seus olhos. — Minha querida Anfitrite, tenho dó de você por ter que aguentar um marido tão irritante, mas, amor não se discute.

Anfitrite pareceu alheia ao tom frio da deusa, enganado por seu sorriso doce e suas palavras macias e amigáveis. Os outros deuses tão pouco perceberam o tom de Atena, apenas uma certa deusa do amor e um certo deus dos mares notaram o ele.

— Ah, obrigada, Lady Atena – Anfitrite riu, deliciada pela atenção da deusa. — Creio que consigo lidar com ele.

Atena sorriu e pegou uma taça de néctar e brindou ao casal. Após alguns minutos, o tempo que ela julgou adequado para permanecer na comemoração do casamento, virou-se e perguntou para Héstia se está não queria lhe acompanhar já que as duas pareciam cansadas.

Héstia assentiu com muita doçura, e as duas deixaram o salão.

Time

Atena havia acabado de sair do quarto de Héstia, onde jogou conversa fora com a deusa, e estava se dirigindo ao seu quarto. Estava tão cheia de fingir alegria para com os noivos que ficou fingindo durante todo aquele tempo que só desejava afundar-se na cama.

— Atena — chamou a voz que ela mais e menos desejava ouvir no momento.

— Poseidon? — espantou-se ela. O deus vinha na sua direção com as mesmas vestes que ela vira no anuncio, seus cabelos bagunçados destoando um pouco da roupa formal. — Não deveria deixar sua noiva sozinha no salão, o que faz aqui?

— Anfitrite foi para o meu palácio, eu já vou acompanhá-la, mas antes eu preciso... — ele pigarreou e Atena notou que ele havia bebido néctar demais. — Eu preciso...

— O que Poseidon? — perguntou irritada com o moreno. — Não deveria deixar sua noiva esperando!

— Você teria aceitado? — Ele perguntou, deixando a deusa da sabedoria confusa.

— Aceitado o que, criatura?

— Aceitado... — e nesse momento o efeito do néctar pareceu diminuir e ele disse, balançando a cabeça: — Eu... Eu não deveria estar aqui.

— Concordo — falou a deusa, embora algo no seu ser lhe implorasse para pedir para ele ficar.

— Eu... Desculpe-me Atena, eu vou... — e com essa frase incompleta, Poseidon se transformou em fumaça e sumiu no ar, deixando uma deusa da sabedoria sozinha.

Ao se ver sozinha novamente, Atena entrou no se quarto as pressas, afundando no chão logo ao fechar a porta, o choro lhe veio e ela não tentou reprimi-lo. Ela sabia que na manhã seguinte estaria forte como nunca, mas está noite iria chorar pelo amor que perdeu.


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Notas finais do capítulo

[revisado]



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