Infinitude escrita por DragonMK


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Como já falei antes... Eu fiz a tradução desta doujin e então resolvi passa-la para uma fic...
E por ser uma das minhas favoritas, eu estava afim de escrevê-la a muito tempo kkkk Eu chorei pacas escrevendo e para piorar fiquei ouvindo a senhora música deprê kkkkkkk


Bem é isso, a frase do final eu realmente não conheço a autora, apenas estava procurando algo que se qualificasse na história e achei essa, pois seria melhor do que eu tinha em mente... espero que aproveitem... e desculpe os erros, eu escrevi chorando ok kkkkkk



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Há muitos anos atrás, finalmente a infeliz batalha acabou dando à humanidade a vitória e assim dizimando todos os titãs da face da terra. E assim, sobrando apenas eu...

“... O último titã...”.

As pessoas passaram a ter medo de mim, como se algum dia eu pudesse trazer todo aquele sofrimento de volta, e assim tirar a paz que fora conseguida com tanto sofrimento, e sendo assim foi decretado que eu deveria pagar pelos meus crimes. Que eu deveria ser punido por ter este poder...

Não houve ninguém que discordou ninguém levantou a mão e disse que eu fui responsável por aquela vitória. Apenas viraram seus rostos para que eu nos os enxergassem, não havia nenhum dos meus amigos no tribunal, apenas o Capitão que ficou calado, e estranhamente eu apenas aceitei o fato de que aquele era o meu destino.

Como eu estava enganado...

No dia da minha execução, Levi-heichou e todos os meus amigos foram me salvar. Lutaram bravamente para simplesmente me tirar uma vez mais das garras de pessoas falsas e mentirosas, e assim fazendo com que todos abdicassem de suas honras por mim, principalmente... ‘Ele’.

Depois disso, eu fugi com o Heichou para bem longe, onde poderíamos ver o mar, olhar livremente o céu e sentir a brisa fria dos dias chuvosos. Fugimos apenas nós dois, para vivermos como nada mais do que simples amantes ordinários.

“... Esses foram os momentos mais lindos da minha vida.”

Todos os dias eram lindos, brigávamos, mas jamais deixaríamos um ao outro, por que mesmo que ele não tenha falado, ele me amava tanto quanto eu o amava. Descobríamos coisas novas sobre aquele mundo tão fabuloso que estava ao nosso redor, enquanto alegremente nos amávamos dia a dia.

Eu não me importava mais com o passado, e muito menos com as pessoas que haviam me mandado para a morte. Minhas preocupações resumiam-se apenas está limpo quando entrasse em casa.

Sentia-me tão leve e confortável, e apenas quando me sentia entediado, matava meus minutos deitado em minha cama com Levi, o vendo dormir tão confortavelmente com um sorriso em seus lábios por saber que eu estava lá, velando o seu sono.

Amava os momentos em que nos deitávamos sobre a planície azul escura do céu, sendo apenas vigiados pelas estrelas que escutavam as nossas conversas e às vezes nos viam confirmar nos atos de amor.

Momentos que me recordo de acha-los perfeitamente mágicos. E a cada segundo eu senti-me mais e mais entregue a ele, como se o mesmo fosse tudo que eu precisasse para continuar de pé, para poder sorrir e assim conseguir ser feliz.

E quanto mais os anos se passavam, e mais nosso amor parecia algum tipo de conto de fadas, mas distante também ficávamos aparentemente. Eu já não usava mais o meu poder, apenas vivia pacatamente com Levi ao meu lado, não me importando com o tempo ou com o espaço, até que o mesmo me pregou uma maldição.

Após alguns anos eu comecei a perceber que minha aparência jamais mudava. Eu não ficava mais velho e muito menos meu corpo. E mesmo assim eu achei que estaria tudo bem, que eu não precisava me importar com isso, eu ainda o tinha...

E quanto mais os anos permaneciam parados para mim, mas eles andavam para Levi. E quanto mais novo eu parecia, mas velho ele ficava e nem por isso eu deixei de amá-lo como a primeira vez, mesmo isso sendo motivo de tantas brigas.

Eu ainda zelava o seu sono, brincava com os fios já brancos que caiam tão bem em seu rosto. E a toda manhã eu acordava com ele me observando e a cada troca de olhar, parecia que não existia mais nada e nem ninguém, apenas nós dois...

Ele já não guardava os seus sorrisos, e muito menos as suas emoções. Entregávamos mais e mais um para o outro, enquanto o tempo nos trazia uma felicidade passageira. Amava olhar aqueles azuis cinzentos que sempre me deixavam calmo...

“... Até que a morte o levou de mim.”

Em um dia eu acordei e não havia olhos direcionados para mim, não havia mais aquela respiração que eu tanto gostava de ouvir e nem seu peito batia mais, e assim ele partiu, sorriso em minha frente zelando dessa vez o meu sono...

E aquilo foi tão doloroso. Saber que nunca mais enxergaria os seus olhos vívidos. Nunca mais escutaria ele reclamando de como eu era um pirralho imundo, não brigaríamos mais e nem nos deitaríamos sobre a grama para ver as estrelas. Não mergulharíamos mais no oceano...

Nada... Nunca mais...

Eu perdi o meu poder de titã, mas por alguma brincadeira terrível do destino eu continuei imortal. Não podia morrer como tantas vezes tentei enfrente ao túmulo dele... Como milhares de vezes procurei me juntar a ele, sem nunca consegui...

Cada corte me tranquilizava, mas ao acordar apenas me trazia dor. Nem mesmo ficavam as cicatrizes das minhas tentativas de alcança-lo... E como Deus era cruel comigo. Me castigou com uma maldição, me trouce a pessoa mais importante de minha vida, me tirou coisas importantes como minha família e no final me tirou ele e ainda me deixou para ver como eu era patético...

E assim eu continuei...

“... Como um jovem e imortal monstro...”.

Vi-me obrigado a sumir, abandonei o meu coração e continuei vivendo por todos aqueles miseráveis séculos, vendo pessoas se matarem e roubarem a liberdade que Levi e eu tanto tentamos dá-los...

Vi o nome dos heróis do meu passado sumirem e serem ignorados pelas pessoas. E ninguém mais se lembrava das coisas que passamos, vivendo egoistamente suas vidas sem imaginar o horror que elas foram poupadas se sofrer.

E assim eu continuei apenas vivendo aqueles dias, me amaldiçoado mais e mais... Apenas caindo em solidão e na escuridão do passado distante. Minha família, meus amigos e tudo morreram antes mesmo de eu poder me despedi... Vi seus filhos morrerem e os filhos, dos filhos deles também...

E agora aqui estou eu sentado novamente em um banco enfrente ao prédio onde moro. O mundo havia mudado muito desde aqueles remotos tempos, e mesmo que isso me distraísse, ainda sentia aquela dor imunda em meu peito.

O inverno caía livremente sobre a cidade onde parecia que tinha nascido há uns 30 séculos atrás. Ninguém sabia sobre as nossas histórias e muito menos se importavam em descobri, apenas pensando em dinheiro e em seu próprio bem. Foi nesta cidade que perdi minha mãe e neste mesma que me trouce essa maldição...

A noite caia lentamente, enquanto os finos flocos de neve caiam lentamente sobre o meu rosto, trazendo-me a sensação fria da minha pele extremamente quente contra o frio. Estava tão cansado...

Essa vida era tão cruel... Eu estava sozinho e ninguém se importava, e eu apenas sentia-me cansado, mas jamais poderia dar um basta nisso... Jamais poderia seguir adiante, apenas parado no tempo...

Meus olhos pesaram uma vez mais, enquanto eu caia sobre o banco solitário e olhava a planície escura que tanto já admirei com Levi. Sorri ao me lembrar dele uma vez mais, enquanto novas lágrimas caiam sobre o meu rosto...

“... Quanto mais eu preciso viver?”

Senti mãos quentes tocando o meu corpo, movendo-me lentamente. Meus olhos estavam fechados e não sabia ao certo quanto tempo havia dormido ali naquele lugar. Já não me importava, afinal mesmo que eu adoecesse, jamais morreria...

__Hey Pirralho... Levante-se! _ouvi uma voz grave e então abri os olhos.

Enxerguei em minha frente duas pessoas bem conhecidas. Uma mulher de cabelos castanhos presos em um coque e com um óculos em seu rosto a ralhar com a outra pessoa cujo sol batia em seu rosto, me impossibilitando de enxerga-lo...

__Não seja violento Levi! _aquele nome só surgiu como em um tapa sobre o meu rosto.

Meus olhos então enxergarem aquelas feições tão belas que há tanto tempo não via. A pele branca escondida em algum casaco que não me dei ao trabalho de ver, enquanto os cabelos negros delineavam o rosto já tão conhecido para mim.

__Você dormiu a manhã toda aqui querido? _a mulher que se parecia com Hanji, pronunciou enquanto os meus olhos tão surpresos admiravam ele ali.

Continuava igual, o mesmo rosto inexpressivo, os mesmos olhos cinzentos que eu tanto amava. A mesma altura que tanto implicava... Tudo... Cada traço e cada parte igual... Meu peito uma vez mais bateu mais forte e então senti as lágrimas tão grossas caírem sobre o meu rosto...

__Heichou... _quanto tempo não pronunciava essa palavra. Eu apenas pensava nela sem nunca chama-lo, pois doía tanto e agora... Ele estava em minha frente, me olhando assustado e surpreso... _Levi Heichou...

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

Maria Júlia Paes da Silva


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Notas finais do capítulo

Doujin:

https://www.youtube.com/watch?v=IZBkjoUSQac



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