Eu Vejo Fogo escrita por matheusn


Capítulo 3
A Viagem


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... Escreve um comentário ai pra mim :/



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Eu leio o papel com calma, e tenho uma semana para me despedir da minha família, amigos, e seja lá quem eu lembrar. Eu não tenho amigos íntimos, apenas a Pê. Ela é legal, mas tem horas que ela fica falando umas coisas tão chatas sobre os ex-namorados dela. Enfim, é a única.

Chego em casa, e a primeira coisa que faço é ligar para o Josh.

– Amor, estou dentro – digo gritando

– Sério? Eles te aceitaram? - ele sussurra – Já viu que horas são?

– Me deixa em paz – digo - Será que o nosso treinamento será misturado, eu e você juntos? – pergunto, agora com um tom de voz bem mais baixo.

– Não sei, espero que sim. – ele responde.

– Vamos nos encontrar depois da aula hoje? – pergunto

– Pode ser. Vou avisar minha mãe que vou chegar mais tarde em casa. – ele responde

– Eu também. – respondo

Assistimos a aula, e nos direcionamos ao refeitório da escola. Lá fica aberto o tempo todo. Nós entramos, Josh pede um suco, e eu uma água, e começamos a conversar sobre o nosso treinamento, que começa hoje pela tarde.

–Leslie, eu posso te buscar para irmos ao treinamento hoje?

– Claro que sim. –respondo

– Tudo bem, passo lá assim que terminar de me arrumar

– Ok – digo e o dou um beijo.

–Seus lábios estão doces – ele diz num tom irônico. – Minha abelha rainha.

– Ah, eu liguei na filial da SDRIS, e eles falaram que o nosso treinamento inicial será junto, mas depois será separado por habilidades.- ele diz.

– Muito legal, ainda bem que ficaremos algum tempo junto. – falo – Agora tenho que ir, meu pai chegou! Beijo.

– Tchau, não se atrase! – ele diz me beijando.

Eu vou para casa, tomo banho, me arrumo com um uniforme justo no corpo, e uma bota estilo coveiro. Eu almoço, e começo a ler o livro que ganhei da mãe de Josh, há dois meses, chamado “O Olhar” de Lily Slenger. Eu li os dois primeiros capítulos, e nada do Josh chegar. Começo a ler o terceiro capítulo e ele chega. Quatorze minutos atrasado. Espero que eles tolerem, por ser o primeiro dia.

– Mãe, abre a porta, é o Josh! – grito

– Estou indo. – diz ela

– Estamos atrasados.

–Estou indo, calma!

– Estou calma. – digo beijando-a e pegando uma maçã na fruteira em cima da mesa ao mesmo tempo.

– Tchau, boa sorte – ela diz me beijando.

Saio em disparada para o carro, como se nunca tivesse corrido na minha vida, e minhas pernas doem. O Josh não entrou, ainda bem, porque quando ele começa a conversar com minha mãe, já era.

– O jardim lá de casa está precisando de uns reparos, quanto custa seu serviço senhorita Leslie? – ele pergunta sabendo que vai apanhar

– O mesmo que você ganha para lavar fossa. – retruco, batendo na sua têmpora.

– Idiota – diz ele debochando de mim.

– Idiota. – respondo.

Seguimos caminho até ao centro de treinamento do SDRIS. Quando chegamos sinto um arrepio em todo o meu corpo, como se alguém quisesse me falar algo, mas como não interpretei, ignorei.

Entramos no prédio principal, que é bem alto e uma moça alta, ruiva e muito fria nos dá as boas-vindas. Ela me parece conhecida. Eu tento assimilar sua imagem com alguma pessoa na minha cabeça, mas não sai nada. Eu tento entender se o arrepio foi por causa disso, e fico nervosa, cada vez mais, até que eu começo o treinamento.

A primeira coisa a se fazer é assistir uma palestra, num grande auditório, onde um homem baixo e gordo fala sobre o que é o SDRIS e o que ele espera de nós.

Ele fala que nós devemos ser fiéis à eles, e, se alguém descumprir alguma regra do regulamento, que foi entregue a nós no dia do alistamento, será expulso e banido do país para sempre.

Ele diz que podemos desistir sem sofrer penalizações, mas apenas nessa fase de treinamento, que dura um mês. Depois que a palestra acaba, somos levados para conhecer toda a estrutura dos prédios da sede do SDRIS, que é onde estamos. A nossa guia é a Marlady, uma moça branquinha, dos cabelos grandes e muito doce. Ela é muito delicada e simpática, aparentemente, pois não a conheci ainda.

Ela diz que vai nos acompanhar durante todo o nosso treinamento, e que está aberta à perguntas. Isso é o melhor de tudo, uma pessoa que é legal para nos ajudar. Ela nos apresenta o nosso futuro dormitório, o refeitório, a área de treinamento interna e externa, os hangares, e a torre de controle. Por hoje é só. Ela nos dispensa e diz que nos encontraremos na quinta-feira.

Depois que a maioria dos alistados vão embora, eu, Josh e Marlady ficamos á sós na sala de entrada do prédio. Aproveito para fazer algumas perguntas.

– Olá, em que posso ajudar? – pergunta ela

– Oi, foi muito legal o seu acompanhamento conosco, se a SDRIS for simpática igual você, ela vai ser ótima. – respondo, apertando sua mão – Prazer, Leslie Loyer.

– O prazer é todo meu. – ela responde. – Marlady Lym.

– O que eu posso ser aqui na SDRIS? – pergunto à Marlady

– É como uma hierarquia. Você começa como sargento e só vai subindo de nível. É como na polícia. O cargo mais alto e que depende de muita dedicação é o de comandante-geral da SDRIS– ela responde. Ela me entrega o seu cartão de visita – Eu preciso ir agora, se precisar é só me ligar. Tenho outra turma para guiar.

– Obrigado – respondo – Também já estava indo.

– Tchau – ela diz.

Então vou para casa pois estava super-cansada, e visto um vestido minha camisola e vou dormir. Quando acordo, ligo imediatamente para o Josh.

– Alô! – ele diz – Bom dia meu amor.

– Oi amor, bom dia. Tive um sonho muito estranho na noite passada. – falo – Sonhei que estava naquele hangar lá na SDRIS, e de repente caiu uma bomba no prédio principal.

– Eu hein! Realmente estranho. – ele diz – fica calma que foi só um sonho, ou melhor, pesadelo. Os pesadelos são seus maiores medos, então tira isso da cabeça que nunca vai acontecer.

– Na escola a gente conversa sobre isso, estava trocando de roupa - ele diz- Tchau.

– Tchau - digo

Eu desço para tomar café e ligo a televisão, e de repente passa no noticiário o que eu tinha acabado de sonhar, só que no aeroporto.


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