Te Odeio Por Te Amar escrita por TamY, Mazinha


Capítulo 30
Capítulo 30 - Expectativas


Notas iniciais do capítulo

Oieee meninas! Aí lhes entregamos mais um capitulo! Esperamos que gostem!
Boa leitura! :*



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*Paulina narrando*

Saí pelos corredores daquela empresa enorme arriscando encontrar a saída indo pelo mesmo caminho que eu entrei. Sorte que tenho uma boa memória e consegui chegar a tempo até o elevador. Não podia acreditar que eu me rendi e que nos encontraríamos no meu apartamento sozinhos... Temi porque sei que me arriscaria demais estando a sós com ele e num lugar tão intimo meu, mas não podia voltar atrás e de hoje não podia passar. Precisava colocar as coisas em ordem e conversar com ele como dois adultos, precisava entender qual era a verdadeira intenção dele e escutar o que ele tinha para me dizer, além de também ter que esclarecer algumas coisas e no momento eu não tive uma opção melhor que a de conversarmos em um lugar mais privado sem que ninguém nos incomodasse.

O meu apartamento não ficava muito longe dali e ninguém morava nele. Não estava abandonado porque Adelina providenciou que dona Filó, uma senhora muito cuidadosa e caprichosa vá sempre até lá para organizá-lo e limpá-lo, sempre o emprestava para meu ex noivo quando ele vinha para o México e não queria ficar lá em casa por não querer “incomodar” e às vezes eu ficava com ele. Este sempre foi o lugar que me deu mais privacidade.

Dei partida no carro após me pegar sorrindo com a atitude que acabara de tomar, sabia exatamente que riscos podia correr estando sozinha com Carlos Daniel, mas não voltaria atrás e enquanto ganhava as ruas da cidade, pensava no que poderia fazer para que ninguém desconfiasse de minha ausência em casa durante o tempo em que eu estivesse fora e no que faria para comermos. Sim, eu vou cozinhar! Pensei. Há muito tempo não cozinhava e esta seria a minha oportunidade. Segui para o caminho de casa pensando no que fazer para essa noite e que desculpa daria a Adelina, Sophia e papai sobre a minha ausência. Papai... Será que papai está em casa? Me perguntei preocupada, tive medo do que o futuro nos reservava sobre a situação de papai. Precisava fazer algo e logo!

# Carlos Daniel Narrando #

– Sr. Bracho... Quanto tempo! Pensei que nunca mais viria às sessões! – Jonh, meu analista, disse assim que adentrei sua sala.

– Esses dias foram muito corridos e não estava com tempo para perder aqui! - Disse em tom seco enquanto já me encaminhava para o divã e me sentava nele.

– Vejo que não está de muito bom humor! - Observou ele enquanto tomava seu lugar a meu lado e se “armava” de seus papeis para anotações que nunca me ajudaram em nada.

– O senhor continua muito observador... Vejo que mesmo com minha ausência não perdeu seu olhar clínico, está ainda melhor! - Disse irônico enquanto me deitava mirando o teto cinza.

Ele não me respondeu, muito esperto de sua parte, me sentia realmente muito nervoso.

– Então, vejo que não está se sentindo bem! - Ele disse e eu imediatamente revirei os olhos impaciente com suas observações desnecessárias. – Mas qual é a causa disso? - Me perguntou finalmente indo a meu ponto, “ causa por estar me sentindo tão nervoso assim”, e para essa pergunta só existia um nome.

– Paulina! - Disse sem olhá-lo, mas podia escutar o som da caneta correndo sobre o papel.

– Hum... - Foi sua expressão ao terminar sua anotação. – ...e porque está nervoso com a senhorita Paulina? - Me perguntou recostando-se em sua cadeira de couro fazendo-a ranger sob seu peso.

– Não estou nervoso com ela! - Disse não agüentando mais ficar deitado e me sentando rapidamente para olhá-lo. – Estou apenas... Ansioso... Ansioso pelo que pode acontecer! - Tentei explicar, mas eu mesmo me sentia confuso.

– Não entendo... O que pode acontecer? - Questionou olhando-me sobre a armação de seus óculos.

Respirei fundo colocando meus pensamentos em ordem...

– Não consigo me afastar dela, quando ela me rejeitou senti muita raiva e estava decidido em esquecê-la e voltar para minha vida de antes. Eu era feliz assim, pelo menos achava que era, mas agora, não quero mais e tenho... - Dizia, mas deixei a frase morrer sem conseguir terminá-la.

– Tem o quê, senhor Bracho? - Perguntou enquanto me olhava com curiosidade. Permaneci em silencio. – Medo? - Sugeriu o que eu não queria admitir.

– Medo. Sim... Tenho medo de que a única mulher que possa me trazer de volta me rejeite! - Expliquei.

– Porque não diz a ela como se sente? - Sugeriu em tom gentil.

– Eu não sei... Paulina é tão complicada quanto eu e acho que nossa conversa de hoje a noite não será nada fácil! - Expliquei cansado.

– Bom, antes de tudo, o senhor precisa saber o que quer e depois disso precisa demonstrar a ela.

John estava certo! Eu sabia o que queria, queria Paulina, e não só nas questões carnais, a queria ao meu lado, queria sua companhia, queria perder horas apenas conversando besteiras, queria ouvir seu riso, queria sua compartilhar de tudo com ela... Era disso que sentia falta, em ter uma companhia, mas como dizer isso a ela? E principalmente como convencê-la de que estou realmente disposto a mudar?

– Eu sei o que quero, John! - Exclamei olhando-o, e por um instante pude ver a surpresa estampada em seu rosto, mas que ele mascarou rapidamente. Ele era o melhor nisso!

– Então não tem o que temer no encontro de hoje! - Disse John me dando um sorriso reconfortante.

– Obrigado! - Agradeci... Essa talvez fosse a primeira vez que lhe agradecia e ele apenas me deu um sorriso. – Nos vemos! - Disse colocando-me de pé.

Enquanto me encaminhava até meu carro estacionado na enorme garagem do prédio, não pude deixar de pensar em meu temperamento para com as pessoas, nunca parei para pensar nisso e também não pude deixar de pensar no quão sozinho sou, acho que nunca cheguei a pensar nisso porque nunca fiquei tanto tempo só, sempre tinha uma companhia que me satisfazia e depois eu as dispensava. Mas essa sem duvida é a pior solidão.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu celular, e por um minuto pensei que poderia ser Paulina ligando para desmarcar nosso encontro, não a via muito segura quando me passou o endereço.

– Mãe? O que você quer? – Perguntei sentindo-me irritado ao constatar quem estava me ligando.

– É assim que você fala com sua mãe? – Questionou-me em tom serio.

– É assim que você merece que eu fale! - Rebati seco.

– Sua avó Piedade quer lhe falar! - Explicou ignorando minha resposta.

Aguardei apenas alguns instantes até que minha avó pegou o telefone.

– Vovó, queria falar comigo? - Perguntei em um tom mais suave.

– Sim, meu neto, estava com saudades, há meses que não nos falamos e você não vem me visitar! - Reclamou.

– Eu sinto muito vovó, mas a senhora sabe porque não vou aí! - Disse enquanto tomava as ruas indo para casa.

– Sim, eu sei, mas sinto que está preocupado... O que está acontecendo? - Perguntou em tom carinhoso.

Nem mesmo se quisesse poderia esconder algo da vovó Piedade, apenas pelo meu tom de voz ela sabia quando me acontecia algo e não pude deixar de sorrir por isso.

– Não se preocupe vovó, hoje terei que tomar decisões importantes e que podem me tornar um homem feliz novamente! – Expliquei-lhe procurando não entrar em muitos detalhes, não queria preocupá-la à toa.

– Conheceu alguém? - Perguntou animada. – Como se chama?

– Digamos que estou tentando viver novamente vovó. - Disse sorrindo.

– Isso é muito bom e espero conhecê-la muito em breve! - Disse empolgada.

Eu apenas ri, sequer disse nada a vovó e ela já sabia que se tratava de uma mulher. Conversamos por mais um tempo e logo nos despedimos com a promessa de que eu iria visitá-la e levaria “essa moça” para conhecê-la em breve.

* Paulina narrando *

– Oi Paulina, que bom que chegou! – Disse Adelina rapidamente abordando-me enquanto entrava na grande sala de minha casa.

– Oi Adelina, aconteceu alguma coisa? – Perguntei preocupada, provavelmente teria alguma surpresa sobre papai.

– Não, Lina... É que você demorou e fiquei preocupada. – Respondeu com meio sorriso.

– Não se preocupe, Adelina. – Disse dando-lhe um beijo no rosto. – E papai? – Perguntei com expectativa olhando-a fixamente.

– Está na biblioteca.

– Ah, por fim o encontro em casa. – Disse aliviada. - Está sozinho?

– Sim, está! – Sorriu.

...

– Com licença! – Disse após bater e entreabrir a porta, fazendo papai notar a minha presença. – Posso entrar?

– Oi Paulina, claro! – Respondeu com um sorriso sem graça aproximando-se a mim para me cumprimentar com um beijo no rosto.

– Como está? – Perguntei em tom seco, olhando-o com reprovação. Papai estava com uma feição completamente cansada, estava um tanto tenso, com barba à fazer e seus olhos eram vermelhos feito brasa. Notava-se de longe a tremenda ressaca que ele estava enfrentando naquele momento.

– B-bem e você? – Perguntou vergonhoso.

– Sabe de onde venho? – Não respondi a sua pergunta, mas lhe lancei outra encarando-o seriamente. A cada dia me via mais decepcionada.

– É, Adelina me contou. – Respondeu baixando a cabeça.

– Só isso? “Adelina me contou”? - Perguntei repetindo suas palavras completamente indignada. Será que ele não se importava com o nosso futuro e com esse grande investimento em cima de nossa empresa?

– É que...

– Papai, você sabe o grande risco que corremos por sua IRRESPONSABILIDADE de faltar a essa reunião importantíssima com o nosso acionista? – Perguntei em tom de advertência, segurei também as minhas lágrimas. Ele não merecia as minhas lágrimas, não por algo assim... E mesmo ele sabendo que podia contar comigo para qualquer coisa na fábrica, não significava que ele deveria deixar algo de tamanha responsabilidade em minhas mãos. A responsabilidade era de ambos, eu sei, mas a reunião teria sido marcada com ELE e a primeira impressão que ele tinha que causar no acionista deveria ser das melhores possíveis, e ao pensar isso, agradeci a Deus por esse acionista ser Carlos Daniel.

– Eu sei filha, mas é que eu não sabia dessa reunião e eu não...

– Claro que não! – Afirmei sarcástica. – Não sabia porque não deu as caras na fábrica esses dias e não se importou com mais nada além de seu... – O olhei fixamente, sentia uma mágoa enorme dominar o meu coração e deixei as palavras morrerem. Não podia conversar com ele com os nervos a flor da pele como já estavam.

– Me perdoe, Paulina... Eu realmente me importo com os nossos negócios e com vocês, mas eu me sinto perdido, eu não sei o que fazer...

– Papai, você sempre soube que pode contar comigo e com Sophia para qualquer coisa, mas ao invés de você nos dar a chance de tentar, pelo menos tentar te ajudar, você se esquiva, se tranca, e sai por aí e só Deus sabe o que você anda fazendo. Ultimamente nem dormindo em casa está... O que está acontecendo papai, pelo amor de Deus? – Perguntei na esperança de ele se abrir comigo, mas foi em vão.

– Você nunca vai entender! – Afirmou, o rancor em seu tom de voz.

– O que nunca vou entender são as suas atitudes, isso sim não dá pra entender! – Retruquei.

– Você não sente a mesma dor que eu, Paulina... Não me julgue por algo que você não sabe.

– Não sinto a mesma dor, papai? Ai por favor! – Rebati ainda mais indignada. – Quer comparar as dores agora? Perdi as maiores esperanças de minha vida e perdi a pessoa que mais amava no mundo de uma só vez e junto com tudo isso perdi você também, acha isso pouco? – Perguntei magoada, sentia como se várias flechas fossem lançadas em minha direção e estivessem atravessando o meu coração de uma só vez, a dor em minhas palavras era evidente e senti lágrimas grossas já inundando os meus olhos, tomando conta de minha face.

– É diferente! – Respondeu rapidamente, olhando-me nos olhos.

– Diferente... Pelo amor de Deus, papai... Você é um... EGOÍSTA! – Disse com todas as letras, jogando na cara de meu pai a pura verdade. A única coisa que ele fazia era pensar apenas nele e em mais nada.

– NÃO FALE ASSIM COMIGO, PAULINA! – Elevou seu tom de voz, assustando-me, surpreendendo-me pela sua maneira de falar.

– Desculpa, mas é que eu não suporto mais guardar tudo o que sinto e que penso, e você não está fazendo nada para mudar as coisas. – Respondi desgostosa.

– Desculpa também, filha... Desculpa por eu não ser o pai que vocês precisam. Vocês não merecem alguém como eu para seu pai. – Disse ao segurar a minha mão.

– Tudo bem, papai... Não se preocupe. – Respondi retirando lentamente minha mão entre as dele. Não conseguia agir diferente, a decepção e mágoa que sentia por ele prevaleciam naquele momento.

– E sobre a reunião de hoje eu...

– Não se preocupe quanto a isso também, não precisa mais. Mas tivemos muita sorte, papai. Muita sorte mesmo!

– Como foi lá? – Perguntou rapidamente demonstrando interesse.

– Foi produtivo, e por sorte eu conheço o acionista da nossa fábrica. – Disse e imediatamente me arrependi, não queria que ninguém soubesse o grau de intimidade que havia entre mim e Carlos Daniel. Não agora.

– Conhece o Carlos Daniel Bracho? – Perguntou surpreso.

– Sim, e foi por isso que ele reconsiderou a sua ausência.

– De onde o conhece?

– E-ele é apenas um... amigo! – Não sabia bem o que dizer, ainda não era a hora de falar sobre Carlos Daniel para as pessoas, ainda mais com essa nova descoberta sobre ele.

– Hmm... – Resmungou pensativo.

– Bem, eu preciso ir agora. Depois conversamos sobre tudo isso, tenho que te contar alguns detalhes sobre a reunião de hoje. – Disse enquanto saía pela porta, deixando-o ainda pensativo. Não sabia o que estava pensando, mas precisava evitar mais perguntas naquela hora.

Subi rapidamente as escadas em direção ao meu quarto e me encontrei com Sophia no corredor, nos cumprimentamos e ela me acompanhou até o quarto.

– Como foi o seu dia? – Perguntei enquanto procurava algo para vestir em meu grande closet.

– Foi muito bom, me diverti bastante e consegui marcar o vestibular para a próxima semana. – Respondeu animada.

– Hmmm, muito bom! – Sorri.

– E depois é com o papai... ou... você... – Disse baixando o olhar.

– Não se preocupe Phia, vai dar tudo certo! – Pisquei para ela.

– Sim, ainda bem que tenho você Lina, porque se dependesse de papai...

– Fique tranqüila que vamos resolver tudo e farei a sua matricula, logo você será uma universitária. – Disse animando-a.

Queríamos que papai fosse mais presente em nossas vidas, mas já não contávamos mais com ele. Sophia queria que ele a matriculasse, que a acompanhasse nessa nova fase de sua vida, mas se mal o víamos dentro de casa, ela imaginava que era impossível ter a sua atenção para outras coisas. Ela também sentia falta de nosso pai e estava empolgada nos últimos dias por ele ter estado mais presente depois que voltamos de Cancún, mas as coisas voltaram a ficar iguais depois que a fábrica ganhou um investidor e papai parecia achar que não precisava se preocupar mais por pensar que os negócios já estariam “à salvo”.

– Vamos sim... Estou muito contente e animada! – Disse esperançosa. – E você...?

– O que tem eu? – Perguntei, estava distraída pensando no que vestiria.

– O que está fazendo? Vai sair?

– Ah, estou escolhendo uma roupa. – Disse-lhe sorrindo sem graça.

– Sim, percebi que está escolhendo uma roupa, e parece que está bem difícil hein? – Disse aproximando-se a mim.

– Sim, um pouco... – Respondi ainda pensativa...

– E pra onde você vai? – Perguntou, a curiosidade brilhava em seus olhos.

– Eu vou encontrar... – Pensei por um segundo. -...a Célia! – Respondi de uma vez sem poder pensar por mais tempo.

– Com Célia? – Perguntou completamente eufórica. - Hmmm... Onde? Posso ir com você? – Indagou animada.

– Ai Sophia, quantas perguntas de uma só vez!!! – Respondi olhando-a, advertindo-a com um olhar que ela já conhecia.

– Ai Lina, quanto mistério! – Rebateu me imitando.

– N-não tem mistério algum, boba! – Desviei meu olhar e voltei a percorrer meus olhos pelos inúmeros cabides à minha frente. – E não, não pode ir comigo... Eu e Célia vamos sair para conversar sobre algumas coisas que Célia quer me contar e dessa vez você não deve ir, mas da próxima vez eu prometo que te levo! – Menti, mas por uma justa causa. Ela não podia saber agora que eu iria me encontrar com Carlos Daniel, depois eu a contaria tudo, se desse certo sim.

– Ah que coisa mais chata! Quer dizer que você vai se divertir e eu vou ficar aqui sozinha nesse tédio! – Respondeu desanimada.

– Porque não chama alguma de suas amigas para dormir aqui? – Sugeri tentando reanimá-la.

– Em pleno dia da semana... Não acho que alguém viria, mas vou pensar no que fazer para acabar com esse tédio. Mas vamos lá, deixa eu te ajudar a escolher algo bem lindo para hoje à noite. – Disse ajudando-me a procurar as roupas.

Escolhemos um dos meus vestidos favoritos e segui para o banho. Sophia me ajudou com a maquiagem e com meu cabelo. Não quis dizer nada a ela, mas temi que ela já soubesse de algo por ter contato com Carlos Daniel. Procurei não pensar muito e enquanto as horas iam passando, sentia meu corpo mais tenso, sentia meu coração palpitar desenfreado e minhas mãos suavam, em poucas horas estaria a sós com ele e a partir daí, decidiríamos o destino de nossas vidas.

#Carlos Daniel narrando#

Cheguei em casa em poucos minutos e Matilde me esperava, como sempre, com um enorme sorriso, não pude me conter em correspondê-la retribuindo o sorriso e aproximei-me depositando um beijo em sua bochecha.

– A que se deve toda essa felicidade? - Perguntou observando-me intrigada.

– Apenas estou feliz! Não posso? - Perguntei divertido.

– Claro que pode mas, não sei, você está... - Dizia Matilde enquanto me analisava franzindo o cenho.- ...diferente!

– Humm... - Resmunguei tentando conter um sorriso. – Vou tomar um banho... E não se preocupe com o meu jantar, vou sair! - Disse já me encaminhado às escadas, começando a subi-las.

– Não vou repetir o que acho dessas suas saídas com essas mulheres! - Disse de forma atrevida, eu apenas a olhei sério, Matilde tinha total liberdade para se dirigir a mim dessa forma, a respeitava como uma mãe que não tinha e ela só queria o meu bem.

– Não se preocupe Matilde, essa não é qualquer mulher! - Disse sorrindo.

Ela permaneceu por apenas um instante olhando-me em silencio, e então sorriu novamente.

– Sim, posso ver em seus olhos que essa sim não é qualquer uma, porque conseguiu o que as outras não conseguiram! – Disse olhando-me com carinho e saiu me deixando confuso.

Mesmo não sabendo bem o que ela quis dizer segui até meu quarto, fui direto para o banho e enquanto a água quente caia sobre minha pele o sorriso não saía de meus lábios, parecia estar colado ali. Enquanto me banhava, minha mente imaginava como seria minha conversa com Paulina, pensava no que poderia dizer a ela e em suas possíveis reações.

O mais difícil foi escolher a roupa com que iria a esse encontro, vesti um terno preto bem alinhado e enquanto me olhava no espelho não gostava muito do que via, afinal, esse seria um encontro em seu apartamento e aquela roupa não condizia com o ambiente. Imediatamente arranquei aquela roupa e optei por algo mais despojado, um jeans escuro e uma camisa em um tom também escuro, optei por dobrar as mangas, penteei cuidadosamente os meus cabelos... Estava com uma aparência mais informal e isso me agradava e me sentia bem assim, espero que a Paulina também agrade, sorri despercebido ao pensar nela mais uma vez...


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Comentem bastaaaaaaaante, assim veremos quando postaremos o proximo! :P
Muitos beijos e obrigada por lerem! :D