POV’S LEÓN

Depois de passar a maioria do tempo incomodando Violetta, finalmente sai daquela sala, e, admito, passar um tempo sozinha com ela será interessante…

Chegamos na sala da diretoria, ela não lha para mim, esta de braços cruzados e com a face seria, toda marrenta, cinco minutos sozinha comigo e ela já fica toda feliz.

—Primeiro dia de aula e já temos visita na diretoria! León você não me surpreende, mas, você Violetta, não esperava isso da sua parte. -Pronuncia a diretora levantando da sua cadeira e dando a volta na mesa ficando de pé em nossa frente.

—Me desculpa -Diz Violetta com a cabeça baixa.

—Olha eu preciso resolver algumas coisas pessoais urgentes, então vocês dois vão ficar aqui em silêncio até a hora do almoço, e se descobrir que algo de errado aconteceu nessa sala na minha ausência a conversa terá um rumo completamente diferente, espero que vocês tenham entendido.

***

Na ausência da diretora, eu me sento no sofá estofado e Violetta senta na poltrona na frente do sofá, fico encarando ela, eu, me sinto um pouco culpado, para mim sair da sala pode ser até uma coisa boa, mas para ela, ela ficou triste, apesar de tudo não gostei de vê-la assim.

Ela tira uma cautela de remédio de dentro da bolsa e eu franzo o cenho, em todos os anos que conheço ela, nunca a vi colocar qualquer tipo de remédio na boca.

—Violetta ta tudo bem?

—O que você acha? No meu primeiro dia de aula eu to aqui, na direção, por causa do bonito ai!

—Então você me acha bonito? -Sorrio.

—Eu acho você um idiota, um arrogante que só pensa em si! -Fala ela, colocando a cautela de remédios de volta na bolsa, ela baixa o olhar e suspira, se levanta e senta no sofá, deixando um espaço entre nós. -Eu só estou com um pouco de dor de cabeça, mas logo passa. - Ela tenta se aconchegar no sofá desconfortável, fecha os olhos, respira fundo e abraça os próprios braços.

POV’S VIOLETTA

De tempo em tempo eu olhava para o relógio de ponteiro que estava pendurado na parede, mas as horas não pareciam mudar, cada minuto era uma eternidade e minha dor de cabeça estava a ponto de me deixar tonta.

Quando finalmente consigo dormir um pouco, acordo com uma mão acariciando meu cabelo, a mão de León, abro os olhos e olho ele franzindo o cenho, ele esta com uma face relaxada, e esta mais perto de mim.

Sua mão desceu para o meu rosto, afagando minha bochecha ele sorri fraco e aproxima sua face da minha, e, antes que eu pudesse fazer alguma coisa ele toca seus lábios nos meus, e eu até pensei em me afastar, sabia que era errado, sabia que depois disso ele não iria mais querer passar por mim, na verdade, seria apenas mais um nome na sua listinha, mas, pensando bem, um grande dane-se para tudo.

Retribuo o beijo e coloco minhas mãos em sua nuca, já estávamos quase ficando sem ar, e então alguém bate na porta, nós nos afastamos rapidamente, ambos ofegantes tentando controlar a respiração, a porta se abre e…

—Posso saber o que esta acontecendo aqui?