Routine escrita por Stefany01


Capítulo 1
One-shot - Routine


Notas iniciais do capítulo

Chaos! ^^
Bem, acho que é a primeira oneshot do tipo que escrevo - mesmo que já tenha escrito algumas fics de pares com OCs...
Bem, de qualquer forma, nem sabia se ia postar, mas como uma amiga falou que leria... Então, aqui está~
Espero que gostem~ *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/486572/chapter/1

Oneshot — Routine

(Sin’s POV)

Minha rotina é algo que sigo com uma dedicação incrível, mas deve ser porque eu me divirto com ela.

Uma nota: essa rotina muda por motivos.

Acordar de manhã cedo, tomar banho, tomar uma xícara de café com leite e creme (o mais doce possível), e correr para a escola. Lá, dormir na primeira aula, escrever nas próximas, dar pouca atenção aos professores, ler um pouco nos intervalos, e seguir para o telhado.

Ali acontecia a melhor parte do dia.

Bem, eu saía meio machucada — e várias vezes eu tive de lutar com as bandagens para fazer curativos em áreas sangrando. Já apareci, nos dias seguintes, com a cabeça, a barriga, os braços ou os ombros enfaixados. Mãos roxas, pernas cheias de pequenos cortes, costas doloridas.

Eu passava a tarde com um demônio.

Desviei de uma tonfa bem mirada demais contra minha cabeça, recuando e quase caindo. Girei e lhe chutei a canela, tentando derrubá-lo enquanto parava seu próximo golpe com as mãos.

Segurei firmemente o metal em minhas mãos, puxando-o para perto e inclinando a cabeça para mordê-lo. Ele vivia me ameaçando¹, mas apenas eu o mordia, e nunca o contrário.

Sua expressão era de raiva, mas foi ele quem transformou a mordida em um beijo, capturando meus lábios com sua ferocidade habitual, e, a certa altura, era possível sentir o gosto metálico de sangue entre o beijo. O barulho de metal ao chão foi ouvido quando as tonfas foram soltas, e em poucos instantes eu tinha as costas pressionadas ao metal pontudo da cerca do terraço.

Gemi em seus lábios — uma mistura de dor e contento —, e lhe puxei os fios com força, trazendo-o mais para perto, e lhe arranhei a nuca com as unhas. Queria fazê-lo sangrar, machucá-lo.

A nossa relação é algo estranho. Ele me quebra toda, e eu lhe marco ao máximo.

Esfreguei uma perna contra ele, provocando-o, atiçando-o. Mordi seu lábio e desviei a cabeça para respirar. Senti sua mão subir por minha perna, e arquejei quando ele tocou diretamente minha pele, passando os dedos em minha cintura.

— Eu te odeio, Kyoya. — ri, mordendo seu pescoço bem de leve, seus dedos indo para minhas costas.

Seu toque me arrepiava, e enrolei uma perna ao redor das suas, voltando a puxá-lo para um beijo.

Esse tempo no telhado é o que mais anseio por.

Quando nos afastamos, ele sorriu de lado, os olhos fixos nos meus. Seus lábios devolveram minhas palavras, e pegaram a verdade oculta. Pegou as tonfas no chão distante, e me deu uma última olhada antes de adicionar saindo:

— Volte amanhã ou eu te morderei até a morte.

Quando a porta se fechou às suas costas, sorri e toquei os lábios. Ele sempre sabia quando eu mentia, mesmo quando não era tão fácil. E, depois, ele sempre me batia, e me beijava. Ele nunca dissera diretamente o que sentia, mas seus toques eram o suficiente.

Eu te odeio, dissera ele. Mas seu toque era caloroso, e suas despedidas sempre me cobravam a presença.

Meu coração estava a mil, e eu ri ao olhar minhas mãos. Havia sangue sob minhas unhas, as palmas estavam inchadas e avermelhadas, e eu sentia sangue escorrer pelo braço. Meu corpo doía de seus golpes, e posso imaginar quantos hematomas existem em minha pele.

Eu estava machucada, com dor, o coração a ponto de fugir do corpo, sem forças para sair dali e, mesmo assim...

Feliz. Porque estive com ele, e fui dele. E isso me alegrava mais que tudo no mundo. E eu ri mais um pouco, pensando em como iria embora, e fiquei ainda mais feliz ao pensar que talvez eu o visse hoje de novo.

E, com tais pensamentos, senti o sono chegar e as pálpebras pesaram. Com um último riso, deixei-me dormir.



O bilhete no bolso de seu casaco dizia uma curta palavra², mas o respondi igualmente.

Eu te amo.


¹ — Kami Korosu (a frase em japonês do Kyoya) pode significar tanto “vou te bater até a morte” ou “vou te morder até morte”.

² — No caso, Suki, que é a palavra usada para “gosto de você” (gostar, geralmente usado por namorados, mas não muito forte — como daisuki ou aishiteru).


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews, por favor?
Obrigada por terem lido.
Agora que notei, nem apareceu o nome da personagem, poderia ser qualquer uma... Bem, eu tinha dado o nome Sin a ela, então... Ficou isso mesmo.
Espero que tenham gostado~
Ciao, ciao! o/
Bacio! ;*