“Busca e encontrarás” – Inferno.

Pov’s Erza.

Estava frio.

Eu me agasalho mais enquanto ando apressada pela rua, saindo à apressada da Fairy Hills, sem nem comer alguma coisa saudável para começa o dia – mas eu tinha que ir atrás dela, apenas saiu e sigo reto até o pequeno cemitério que ficar ao lado da Igreja, e observo ao redor dali.

Neve, pontinhos brancos caiam do céu cinzento sobre as casas de Magnólia – pessoas bem agasalhadas, algumas aproveitando o dia de inverno antes que o gelo seja derretido pela chegada tímida da Primavera. O frio que se mantinha ali – a neve caia sobre a minha cabeça, enquanto sinto os flocos de neve sobre o meu rosto, dou um meio sorriso enquanto amo o verão, mas o inverno em Magnólia e lindo.

Ouço as crianças correndo, enquanto o inverno se instalar como uma bela ave branca – suspirou, mesmo que esteja relativamente feliz estava com uma sensação ruim em meu coração ali, e por isso que eu havia chamado, ela estava ali, quieta demais para o meu gosto.

Em frente a um pequeno tumulo, e depositou uma flor ali com cuidado, uma flor branca, ela sussurrar algo que não ouço – parecia alheia ali, enquanto apenas virou-se e me fitou com uma sobrancelha arqueada, enquanto me aproximo e vejo o tumulo recém-colocado, era novinho com o nome de uma pessoa, mas eu sabia que Raisu nunca colocaria nomes de pessoas criminosas de seu meio. Quem seria esta pessoa que era tão importante para ela? E o porquê dá flor ali? Mas a mesma ignorar a minha pergunta mentalmente, normalmente ela me responderia com sarcasmo característico de sua personalidade, mas naquele dia, ela estava quieta, o que não era do seu feitio.

Os cabelos castanhos caiam em cascata por suas costas – e os olhos castanhos estavam levemente rubros ao redor, aquilo e preocupante de certa forma, os lábios numa linha rígida enquanto observava com atenção desmerecida de sua parte.

Estava tensa, era evidente, e o suficiente para ela não sorrir e olha-me com seriedade quase incomoda, e estranho isso vindo dela, sem as piadinhas de duplo sentindo, ou o sarcasmo mal disfarçado – os lábios franzidos para mim, e provavelmente lendo a minha mente atrás de algum indicio daquela conversa que ela saber que venho protelando já faz dois meses.

Ela sempre foi bem curiosa.

-Dio mio, Er-chan... – usou alguma língua que desconheço e sua voz saiu quase assustada com todos os meus pensamentos, e depois apenas resmungar com uma impaciência já esperada por mim – O que houver? Está me deixando no mínimo assustada, Er-chan.

Havia amabilidade, e um respeito bem visível ao ser referir a mim em sua voz baixa, e rouca, ela estava olhando para mim com certa impaciência, os seus olhos castanhos fixos assim como as bochechas rosadas pelo frio e o nariz vermelho por está em contato com o vento gélido de Dezembro – ela bufar com isso, impaciente, e sorrio com sua impaciência, eu sabia que sim que ela muito parecida com ele em alguns aspectos, ela apenas arqueia as sobrancelhas castanhas com um pouco de curiosidade.

-Jellal.

Eu ouço o nome dele, e travo no lugar – ela entendia isso e espera eu me recuperar disso, ela sabia quem ele era desde sempre, ao menos desde que entrou na guilda exatos seis meses, Raisu tinha segredos aos quais nem eu sabia e sua ligação com Jellal confirmou isso de um modo que eu estava por fora de sua verdadeira historia, apenas poucos pessoas sabiam desta ligação.

O que era frustrante de algum modo, mas Raisu confiou em mim, e disso eu sabia, assim como eu sabia de sua ligação mórbida com Jellal que me incomodou um pouco quando a mesma se pôs a ir ao lugar dele à prisão do Conselho, eles tinham algo que fazia sentir ciúmes de Raisu como nunca sentir de ninguém, alguma coisa forte para Raisu assumir as responsabilidades por um Jellal desmemoriado e alguma coisa que fazia com que Raisu se preocupe com ele, mas o que? Por que ela apenas disse que precisava devolver um favor para ele?

Eu não sabia, e temia saber a resposta daquilo, enquanto respiro fundo e sinto ar frio, Raisu ficou mais impaciente e bem nervosa naquele momento, ela viu o que passou por minha mente.

-Er-chan não pretende me matar.

Sua voz falhou um pouco, mas nada que pudesse desmerecer a sua voz doce que de alguma forma me trazia uma paz que eu não tinha há muito tempo. Havia falsa cordialidade, mas sim medo quase perceptível em sua voz enquanto ela engoliu a seco comigo, apenas sorrio para o seu medo incompreensivo, ao menos para mim, havia esquecido os ciúmes, aquilo era infantil de todo modo, ela respirar em alivio ao captar aquele pensamento.

-Quero que faça um favor.

-Favor? Que tipo de favor? – perguntar curiosa, e mantenho a minha mente longe daqueles pensamentos que interessam a Raisu – Erza!

Ela gemeu em descontento enquanto apenas olho ela seriamente, Raisu apenas me olhar com um pouco de medo, mas ainda assim valente como sempre, não havia aquela garotinha que vi ao entrar em sua mente, medrosa e sem força, mas eu queria ver aquela garota de novo.

-Prometa que vai cuidar do Jellal? – respiro fundo, e ouço um engasgar peculiar dela, e continuou – Prometa para mim, Raisu?

Eu me viro, e vejo os olhos castanhos fixos e provavelmente em choque por alguma coisa que disse – havia algo em seus olhos que trazia uma familiaridade mórbida com a garota a minha frente, ela engoliu a seco, mas olha para mim e ver a minha determinação felina.

-Por que você quer que eu prometa isso, Er-chan?

-Por que você vai cuidar bem dele... – murmurei calma – Eu sei de sua historia, Raisu, de tudo.

Ela me olha séria, enquanto apenas suspirou para mim.

-Você pode me entregar ao Conselho se quiser.

-Não adiantaria de nada... – digo sorridente - Mestre, Lucy, Gray e Natsu não iam permitir isso, você saber disso.

Raisu apenas bufou ao perceber isso, ela e uma criminosa procurada por muitos crimes e suspirar para mim com um pouco de tédio, e falsa cordialidade, conhecia aquela personalidade, era personalidade sadista da mesma, ela se virar para mim, e sua capa voar um pouco e respirar fundo.

-Eu prometo, Er-chan, que irei salvar Jellal.

Ela sair nem mesmo esperando o meu agradecimento como e de costume de sua personalidade, eu conhecia isso, ela provavelmente precisara de um tempo para ela mesma para saber o que fazer com Jellal, eu sabia que ela o tiraria da prisão sem problemas algum, mas quem a salvara da escuridão? Quem vai impedir aquela garotinha de se tornar má de novo? Ou de se tornar a pessoa que ela menos quer naquele momento? Quem? Suspiro, e eram muitas questões que me atormentavam sem parar, eu sabia que Raisu estava mergulhada na escuridão até o pescoço.

Uma escuridão tão massacrante que a fazia ser quem é, ela estava se afundado cada vez mais.

E como se ela tivesse numa bolha, protegida por um manto negro que cobre protetoramente de tudo e todos, Raisu nunca foi fácil de lidar, apenas Yuri conseguiu algo daquela pequena encrenca em forma de pessoa – ela está inconsciente no meio daquela escuridão toda e provavelmente perdida e é assim que eu vejo, havia uma sensação de aquela caia num abismo, e eu sabia disso, por que eu sentia isso, apenas ajeitou o cachecol ao redor do pescoço e inspiro profundamente.

-Eu prometo te salvar, Raisu.

E isso, eu tinha que salva-la de si mesma, das escolhas que a mesma fazia, tinha que tira-la daquele mundo em que ela vive – tira-la de sua solidão, de sua escuridão e traze-la de voltar para a luz, para a Fairy Tail, afinal ela e uma fada como eu.

E a minha irmãzinha.

Minha promessa seria trazer aquela garotinha de volta.

Fim¹.