Quando os olhos não vêem... escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 7
Cap 07


Notas iniciais do capítulo

Perdoem-me pela demora...



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No capitulo anterior...

–Não pretendo enganar mais ninguém. –Ele foi enérgico.

–Está se enganado agora. – Me sentei novamente ao seu lado. – O que realmente você pretende fazer?

–Eu não sei...não estava nos meus planos conhecer alguém como você.

–Então está na hora de rever os seus planos.

–Já estou revendo... só preciso saber se você quer fazer parte deles.

–Sem mentiras?

–Nunca mais vou mentir para você.

–Mesmo que seja algo que você sabe que vai me magoar?

–Mesmo assim vou te falar a verdade.

–Então tá. – Acho que perdi a cabeça de vez...só pode, acabei de aceitar o fato de ele ter outra... Mas eu não prometi que ele seria o único...

Agora...

Mesmo com a distância que havia entre nós, o bom e velho clima de paixão voltou a tona. Ele se aproximou novamente de mim e me beijou, com toda a vontade que estava dentro dele, e ficamos assim, trocando beijos e carícias, mas sem promessas infundadas. O tempo foi passando e a hora de ir para a aula chegou. Eu não queria me despedir dele, não agora.

–Eu tenho que ir. – Falei baixo em seu ouvido.

–Não vá, você nem almoçou. E nem me contou como foi o resultado.– Ele parecia outra pessoa, ou melhor, parecia ser o rapaz que eu conheci há quatro dias atrás.

–Eu passei, começo na semana que vem os ensaios.E se eu não for agora vou perder a aula. – Eu também não queria ir, eu precisava dele ao meu lado.

–Vem almoçar na minha casa, fica aqui perto, e a minha mãe vai adorar te conhecer. – Ele parecia confiante ao me convidar.

–Se eu perder matéria importante, como eu vou fazer?

–Te dou aulas particulares.

–Pra você é tudo tão simples assim?

–Não, mas pra ficar com você eu até volto para a escola.

O clima entre nós estava maravilhoso, aceitei almoçar na casa dele, mas fiquei pensando no que a mãe dele falaria, pois até então ele tinha uma namorada que por sinal não era eu. Quando chegamos na casa dele a mãe dele veio me recepcionar, ela era tão linda quanto ele.

–Olá, então você é a Bella?

–Muito prazer Sra. Esme. – Eu estava totalmente tímida.

–Deixe o Sra. de lado minha querida, venha o almoço está na mesa. – Ela deu uma piscadinha bem sutil para o filho, entramos numa sala enorme linda com uma mesa de jantar perfeita. Almoçamos e depois que uma moça tirou a mesa e Esme começou a conversar comigo novamente.

– Sabe minha querida a tanto tempo eu não via meu filho tão feliz quanto no dia em que te conheceu. – Ela falava tudo com tanta naturalidade, mas pelo visto tinha um Edward vergonhoso todo coradinho na sala.

–Tudo bem mãe, não precisa me entregar assim de bandeja para a Bella. – Que lindo o jeitinho dele falar com a mãe ao meu respeito.

–Eu ainda não disse nada, não disse que você passou o fim de semana inteiro trancado no quarto, que você falou umas dez mil vezes o nome dela, que você disse que já...

–Chega né mãe. – Ele levantou e me pegou pela mão, me levando escada acima. – Minha mãe gostou de você.

–Parece que quem não gostou foi você.

–Você duvida que eu goste de verdade de você?

–Não, mas você não gostou da conversa entre eu e sua mãe.

–Mãe e namorada não devem ter muita intimidade.

–Desde quando?

–Desde sempre, senão fica complicado.

–Não disse isso, desde quando eu sou sua namorada?

–Você não é?

–Não que eu saiba, a não ser que você tenha me pedido em sonho, mas ai eu não me lembro. –Entravamos em um grande quarto, tinha uma cama de casal, as paredes em cor clara, uma escrivaninha com um computador, e mais alguns móveis. Ele me pegou pela mão, me puxando para dentro, com a mão livre ele puxou a porta fechando-a, agora eu estava parada no meio do quarto. Ele deu um passo para trás, criando um pequeno espaço entre nós, se abaixou, ficando de joelhos, olhou nos meus olhos, pegou a minha mão...

–Minha princesa...quer namorar comigo? – Meu coração batia forte, eu queria simplesmente abraçá-lo ali, beijá-lo com toda a minha vontade e gritar um sonoro sim... mas eu não podia, ou melhor eu não devia.

–Você já tem namorada. - Foi o que eu consegui dizer, a sua expressão era de dor, angustia e descrença.

–Não diga mais isso. - Ele se levanto me fitando seriamente.

–Estou mentindo?-Continuei firme.

–Não me refiro a isso, mas já conversamos...e eu te disse que é apenas questão de tempo. - Ele se aproximou mais de mim, não deixando de olhar em meus olhos.

–Tudo bem, vamos ver o que pode acontecer...mas eu não quero que me prometa o que não pode ou não vai cumprir.

–Eu te amo. - Ele me beijou como nunca havia me beijado, apesar de que eu não disse necessariamente sim, ele entendeu onde eu queria chegar.

Um tempo depois ele tirou a aliança da mão direita e me entregou.

–Quero que fique com ela. - Colocou na minha mão fechando-a com as duas mãos.

–Melhor não, alguém pode perguntar por ela.

–Isso não importa mais. Eu te dei ela é sua... - Não disse mais nada o beijei novamente, mas antes que pudéssemos nos separar estendi a mão que estava com a aliança até a cômoda que estava próxima de nós e coloquei ao lado de um porta retrato que estava virado para baixo.

A tarde se passou calmamente, nós dois ali, matando a saudade, sem alimentar esperanças. Nada mais importava,éramos somente nós dois. Próximo da hora do termino das minhas aulas ele me alertou do horário.

–Princesa, suas aulas já devem estar acabando.

–Nossa nem vi a tarde passar. Eu tenho que ir.

–Mas ainda é cedo, ligue para a sua casa. Depois eu te levo. - A proposta era tentadora, mas eu não sabia quanto tempo ainda o estacionamento ficaria aberto, e eu tinha deixado meu carro de manhã.Sem falar que eu tinha combinado de estudar com as meninas.

–Não dá eu tenho que passar na escola antes de ir. Mas se você quiser pode me levar até lá. - É claro que eu queria que ele fosse comigo, quem não queria uma companhia como a dele???

–O que você tem que fazer na escola ainda hoje?

–Eu deixei meu carro lá pela manhã, não posso deixar ele no estacionamento. E como eu vou ir para a escola amanhã, a pé?? Além disso eu combinei de estudar com as meninas.

–Não sabia que você dirigia. - Ele parecia meio encabulado.

–Presente de boas vindas do meu pai, minha mãe acha que ele estava me comprando. - Dei um breve relato do motivo de ter ganho um carro tão cedo.

–Então eu te levo na escola, e depois a gente vê o que faz, tudo bem? - Ele não esperou resposta simplesmente me beijou, mais uma vez, e mais uma... Mas o horário não permitia que continuássemos.

Antes de sair do quarto dele eu resolvi atentar mais um pouquinho o juízo dele.

–Se eu te der uma foto minha, ela vai ficar exposta?

–É claro, porque a pergunta? - Ele parecia sincero ao questionar.

–Tem algumas fotos viradas para baixo. - Mostrei os porta retratos no quarto dele.

–Essas ai eu não queria mais ver.

–Como assim? - Não entendi, porque ele não queria mais ver aquelas fotos, eu já imaginava que as fotos deviam ser a namorada dele, mas ele não querer mais ver era outra coisa.

–No sábado quando te contei, me senti muito mal, não quis mais ver ninguém. Isso incluía fotos também, ainda mais sabendo que era o motivo de você esta chateada comigo. - Ele foi sincero, ainda mais quando me olhou nos olhos.

–Posso ver? - Eu estava curiosa em saber com quem eu concorria.

–Tem certeza? - Ele estava incógnito.

–Tem algum problema para você?

–Pra mim não, mas e você? - Então a preocupação dele era comigo, que lindo!

–Estou curiosa, posso? - Tentei mais uma vez, se ele não quiser que eu veja eu não insistiria mais.

–Pode. - Ele pegou uma das fotos e me entregou. Na foto estavam ele, uma garotinha muito parecida com ele, e uma moça loira, tão alta quanto ele, olhos dourados, parecidos com os do colega dele. Ambos abraçados a garotinha. Esta por sua vez não tinha o que tirar dele, será que era filha deles???

–Nessie, minha irmã. - Ele reparou na minha apreensão quanto a garotinha da foto. A moça era bonita, mas era uma beleza óbvia demais, comum demais, não me deixou insegura. - Esta na aula, mas da próxima vez eu dou um jeito de te apresentar a ela.

–Não tem como negar, ela é a sua cara.

–Ela é mais bonita. - Eu não iria discutir com ele, tava na cara que ele tinha uma adoração pela irmã.

Saímos da casa dele direto para a minha escola, ele dirigia certeiro, rapidamente pelos veículos, não demorou muito para chegarmos. Ele parou na frente do portão, mas desceu comigo me acompanhando até o meu carro, nesse momento já tinha muitos alunos indo em direção aos seus carros. Chegando ao lado do meu ele ficou um pouco impressionado, era uma Mercedes SLR, não que ele não tivesse um belo carro, mas era menos chamativo. Ele simplesmente fingiu que não reparou no meu carro e me abraçou forte por tras enquanto eu colocava minha bolsa no banco.

–Não queria que você fosse tão cedo. - Ele me virou e me beijou.

–Mas eu tenho que ir, não posso deixar o meu pai ter motivo para me mandar para o colégio interno de novo.

–Eu sei, mas já sinto a sua falta. Te ligo a noite, posso? - Ele me abraçou mais forte, colocando a cabeça sobre o meu ombro, sem esperar por uma resposta. - Eu te amo princesa.

–Eu também... - Apesar de sentir exatamente isso, não consegui pronunciar as palavras. Antes que ele me largasse vi que a Alice e a Rose se aproximavam de nós.- Alice, rose este é o Edward, Ed estas são Alice, aquela baixinha chata do shopping, e a Rose, amigas minhas. - Elas pareciam não estar entendendo nada, com certeza assim que ele fosse as duas cairiam matando em cima de mim.

Ele as cumprimentou, depois se despediu mais uma vez de mim, e por fim se despediu delas. Mal ele saiu do nosso campo de visão a Alice deu sinal de vida.

–Você tá louca Bella, ele tem namorada... - Ela queria parecer brava, mas estava chocada demais para isso.

–Eu sei.


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