Prisioneira do inferno - Parte 1 escrita por Giovanna Sorvillo


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Vi que vocês comentaram e por enquanto estão gostando. Aqui está o terceiro capitulo



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Depois que tomei banho e coloquei minha roupa normal, fui encontrar Thomas para apresentar o colégio para ele. Contei o que aconteceu antes da aula de Vôlei para as meninas por mensagem de texto.

Chloe: Ai meu deus! Como você podê ser tão estúpida com o cara mais lindo do colégio?

Eu: Não sei. Eu fiquei nervosa.

Megan: Você vai ter a chance de concertar as coisas agora. Seja educada.

Eu: Eu vou tentar.

Chloe e Megan: Boa sorte!

Cheguei ao corredor e ele me esperava lá, como eu pedi. Quando me viu um sorriso se formou em seu rosto, ele se aproximou e perguntou se podíamos ir, assenti e sai andando. Cheguei á uma conclusão: Se eu não falar muito com ele, as chances de sair uma grosseria seria mínima. Ai deixa de ser idiota Isabelle, pensei. Seja você mesmo.

– A quanto tempo você estuda aqui? - ele perguntou.

– Comecei o ensino médio aqui.

Ele assentiu. Apresentei tudo. Refeitório, piscina, corredor, quadras, salão principal, teatro, estúdio e tudo mais.

– Esse é o vestiário masculino. E é só nesse vestiário que você pode entrar ok?

– Ok.

Andamos mais um pouco e eu apresentei as salas de aulas.

– A pior parte da escola, onde você estuda e tem que agüentar os professores falando sobre coisas ridículas.

– Você é um pouco revoltada né?

– Não. Só odeio esse lugar, vou ficar feliz quando voltar para a casa.

– Entendido.

– Bom o tour acabou.

– Posso te oferecer uma carona agora?

Hesitei. É claro que eu ia querer ficar mais tempo com esse gato, mas eu nem o conhecia de verdade. E se ele fosse um serial killer nas horas vagas? Isso tudo era ridículo. Eu era ridícula, era não, sou.

– Acho melhor não. Eu vou com minhas amigas.

– Ta bom. Então até amanhã.

Ele pegou minha mão e beijou. Agora ele ficou parecendo ainda mais com um príncipe. Como eu queria falar que ele podia me levar para casa, para o parque, para onde ele quisesse.

Recompus-me e fui andando hesitante até o ponto de ônibus e meu próximo destino foi para casa.

Cheguei em casa e quando entrei meus pais estavam sentados no sofá. Era um milagre eles estarem em casa fazendo alguma coisa que não fosse trabalhar. Eles estavam rindo e pareciam muito felizes. E Usavam roupas casuais, como se estivessem em casa o dia inteiro hoje. Fechei a porta e disse:

– Oi gente. Por que não estão trabalhando?

– Ah querida. Digamos que eu esteja de folga por um tempo e seu pai ta cuidando de mim - disse minha mãe.

– Ai meu deus! Não me diga que você foi demitida.

– Não meu amor. Na verdade, nós temos que te contar uma coisa. Senta aqui.

Ela apalpou o sofá para que eu me sentasse ao seu lado, e assim eu o fiz. Confesso que estava com medo do que pudesse acontecer, medo não, mas angustia. Fiquei lá parada esperando alguém dizer algo.

– Filha - Era meu pai falando - Algumas coisas que acontecem na vida nos trás consequências, mas são conseqüências boas...

– Diz logo o que você quer falar.

– O Que seu pai quer dizer é que eu estou grávida e por isso parei de trabalhar. - confessou minha mãe.

– Uau. Grávida? Desde quando vocês têm tempo para fazer "algumas coisas"?

– Isa! - advertiu meu pai - Somos como um casal qualquer. Fazemos "algumas coisas" e essas "algumas coisas" nos trouxeram conseqüências ótimas. Fique feliz por nós.

– Eu estou feliz, mas se antes vocês só tinham tempo para trabalho e quase nunca ficavam comigo, agora com essa criança vocês não vão ter tempo para nada além desse bebê inútil.

Subi as escadas correndo e me tranquei no meu quarto. Comecei a chorar na hora. Peguei a minha toalha e fui tomar banho, quando sai encontrei um recado escrito com meu batom vermelho no espelho. Antes de ler o bilhete eu pensei: "Ótimo. Agora eles querem se desculpar de uma forma legal e gastaram meu batom predileto". Mas o recado não era deles, e no espelho estava escrito:

Fique comigo. Eu vou ter tempo de sobra para você. Não vou cometer os erros que seus pais cometeram. Seja minha.

Ai que droga. Não acredito que esse idiota agora entra na minha casa e me manda recados. Pensei em chamar a policia, mas no mínimo eles me mandariam á um psiquiatra alegando que eu tinha dupla personalidade e eu iria parar em um hospital psiquiátrico.


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Notas finais do capítulo

Sei que esse capítulo é pequeno, mas é porque no próximo que começa a ficar bom de verdade e tive que parar aqui para começar o próximo já bom no primeiro parágrafo. Comentem o que acharam



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