Catherine estava de folga naquele dia, mas isso não era um problema porque Nick já estava bem familiarizado com o transito e podia ir e voltar da casa dela sem nenhuma dificuldade. No treinamento daquele dia eles acompanharam um sequestro de verdade, a filha de um grande acionista, isso deixou Nick desgastado.

Quando ele parou o carro na porta da casa dela, notou que a luz da sala e a TV estavam ligadas, então imaginou que ela ainda estava acordada. Ele abriu a porta com a chave reserva que ela havia lhe dado. Ele a viu deitada no sofá com os olhos fechados. Retirando seu casaco ele se aproximou dela, sua respiração era lenta e ritmada quando ele se ajoelhou no chão ao lado do sofá. Toda vez que Nick olhava para ela, ainda mais tão de perto como agora, notava que ela parecia ficar cada vez mais linda.

Sua mão acariciou uma mecha de cabelo que caia sobre seu rosto colocando-a atrás da orelha. Ele analisou seu rosto, pesando qual seria a melhor escolha: deixá-la dormir no sofá desconfortável ou correr o risco de acordá-la ao levá-la para a cama. Seu olhar percorreu as finas linhas de expressão ao redor dos olhos dela, linhas que contavam histórias, algumas Nick conhecia, algumas ele até mesmo presenciou, e algumas que ele não sabia nem nunca viria a saber.

Ele não se importava com isso, ele sabia que tudo que ela viveu era parte dela, parte do que o fez admirá-la tanto assim. Ele podia não conhecer seus conflitos interiores, muitos de seus medos e pesadelos do passado como os dele, mas Nick fazia uma ideia de que ela teve que superar muitas coisas para chegar onde estava e isso fazia dela uma mulher muito forte. Ele a conhecia muito bem e não parecia certo dizer que ele estava apaixonado, o que encaixava melhor era que ele sempre foi apaixonado por ela, mas só percebeu no momento em que a deixou ir embora.

Enfiando seu braço embaixo do pescoço dela, ele decidiu que era melhor colocá-la na cama. Seu outro braço foi para debaixo de suas pernas e ele cuidadosamente a levantou, tentando fazer o menos de movimento possível para não acordá-la. Mas foi em vão, quando Nick a encostou contra seu peito, ela soltou um gemido de reprovação.

– sou eu, estou te levando para a cama. – ele sussurrou e ela ainda sem abrir os olhos encostou sua cabeça ao peito dele e envolveu seu braço ao redor de seu pescoço. Nick caminhou até o quarto dela. Seu corpo era leve e pequeno em seus braços e ela cheirava a morangos. Morangos doces e a combinação do cheiro próprio dela, faziam Nick andar mais devagar apenas para ter o prazer do seu corpo contra o dele por um pouco mais de tempo.

Sutilmente ele a colocou na cama, mas ela abriu os olhos ainda sonolentos e olhou para ele. Nick se endireitou dando um passo para trás. Catherine se sentou encostada contra a cabeceira da cama.

– desculpa, eu não queria te acordar. – ele se desculpou, e ela sorriu docemente. Esse sorriso já havia tido vários significados para Nick, mas nenhum deles deixava de ser especial e único.

– tudo bem. – ela disse, sua voz saindo rouca e sexy e Nick pensou que gostaria de acordar com essa voz sussurrada em seu ouvido.

– bem, volte a dormir já é tarde. – ele disse começando a sair do quarto.

– Nick. – ela o chamou antes que ele chegasse à porta. Ele se virou para ela, seu olhar era indescritível, ele jamais poderia dizer o que ela queria ao chamá-lo. Ele caminhou até os pés da cama, ela não disse nada e ele não conseguia olhar em seus olhos, mesmo que ele não soubesse o motivo.

Então ele abaixou seu olhar para os pés descalços dela sobre a cama. Toda vez que Nick teve o pensamento de que ele talvez pudesse amar Catherine ele empurrou isso rápido longe de sua mente, mas agora no quarto dela ele mal podia olhar em seus olhos e ele sabia que não podia mais impedir esse pensamento de correr sua mente. Talvez ele devesse dizer a ela.

Nick levantou o olhar assim que percebeu a presença dela de frente para seu corpo, seus olhares se prenderam. Ele respirou fundo a fim de sentir o seu cheiro novamente. Ela tocou seu peito, mesmo por cima da camisa ela pôde sentir seus músculos tensos. A palma de sua mão deslizou para cima até seus ombros, seus dedos se enfiaram embaixo do seu colarinho e ela colou seu corpo ao dele, levantando seus pés para poder sussurrar em seu ouvido.

– acho que temos algo para terminar. – sua voz era sexy. E essa frase deixou Nick em chamas, ele deslizou suas mãos em seus quadris e ela olhou para ele. Seus lábios depositaram um beijo suave contra os dela, sua língua contornando seu lábio inferior, sentindo o gosto dela, um gosto tão bom que o fazia querer lambê-la em todos os lugares. O pensamento o fez morder o lábio inferior dela, o que a fez gemer. Sua boca era macia e quente, e ele segurou seus cabelos para aprofundar o beijo.

Seus dedos se concentraram em abrir os botões de sua camisa, enquanto ela desempenhava essa função Nick a levou para a cama, e ela só percebeu quando suas costas tocaram o colchão. Ele parou o beijo para olhá-la, seus olhos brilhavam com paixão e ele sabia exatamente o que fazer. Ela abriu a boca para falar alguma coisa, mas Nick colocou dois dedos sobre os lábios dela, tão suavemente que os fez formigar.

Ela viu como ele se afundou para baixo na cama e ela nem mesmo mudou seu olhar para saber onde ele ia, ela estava totalmente entregue a ele. Ela sentiu seus lábios contra a parte superior do seu pé e ela ficou curiosa sobre isso, levantando a cabeça para vê-lo olhando para ela com olhos de moleque. Ele mordeu seu dedão e ela não conseguiu segurar sua risada. Nick sorriu, essa mulher poderia ser mais doce?

Ele subiu beijando suas pernas, e seu sorriso logo desapareceu enquanto ansiedade preencheu seus olhos. Nick arrastou seu corpo colado ao dela para cima, fazendo-a ciente de todos seus músculos. Suas mãos subiram de suas coxas até seus quadris levando a camisola junto. O tecido macio sob seus dedos quando ele o puxou acima de sua cabeça. Ele colocou beijos em seu pescoço e ela deslizou suas mãos por baixo de sua camisa envolvendo-o em seus braços.

Nick desceu seus beijos até chegar ao seu seio e colocá-lo na boca, ela se arqueou com o toque quente de sua boca, sugando na medida certa. Ela segurou sua cabeça, escorregando seus dedos em seus cabelos curtos. Ele deslizou a língua entre seus seios antes de descer uma trilha de beijos molhados em sua barriga, até que ele chegou ao seu alvo principal. Sua língua saboreou seu gosto se juntando aos seus dedos.

– Nick. – ela advertiu sentindo que se ele não parasse ela iria ultrapassar a borda tão rápido como ela jamais se lembrava de ter vindo. Mas Nick continuou impertinente e por mais que parecesse errado enquanto ele ainda estava completamente vestido, era tão bom que ela não podia evitar. Afinal um homem quando ele é bom de cama trás uma mulher antes mesmo de tirar suas roupas. Nick podia dizer que o gemido dela se entregando ao prazer era o som mais sexy que ele já havia ouvido e que ele faria tudo para arranca-lo dela sempre que for conveniente.

Quando Catherine abriu os olhos seu rosto estava a poucos centímetros do dela. Seus olhos brilhando com necessidade, ela passou a língua para umedecer os lábios, o que deixou Nick louco, ele a beijou intensamente. Ela empurrou sua camisa de seus ombros jogando-a em qualquer lugar. Seus dedos abriram o cinto de sua calça e ela também se perdeu em meio ao emaranhado de roupas e lençóis.

Ele a preencheu tão lentamente que ela engasgou com o ar, Nick engoliu em seco como ela estava quente e molhada ao seu redor. Ele deslizou quase completamente para fora e um gemido escapuliu dela. Ela subiu sua mão por suas costas suadas sentindo o movimento dos seus músculos enquanto ele subia e descia, lento e incansável. Ela arranhou suas costas quando ele se esfregou em um ponto totalmente sensível e ela nunca tinha perdido tanto o controle como agora. Ela nunca tinha se entregado dessa maneira.

Por mais abominável que fosse, ela não podia deixar de pensar em Eddie, mesmo depois de todo esse tempo, ele foi o melhor que a levou para cama, mas Nick nem se comparava. As caricias e a maneira de se mover eram totalmente distintas,Eddie e seu jeito bruto sempre foi um desafio, um jogo. Mas Nick não precisava jogar nada, ele era puro e doce. Ela não podia imaginar que esse fosse o jeito certo de fazer as coisas, um compartilhamento e não uma disputa. Ela se amaldiçoou por não ter feito isso antes e por ter feito agora que era tarde demais.