Quando o Amor Acontece escrita por Benihime


Capítulo 21
Elena e Jake




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Elena

Um ano depois

Elena se revirou na cama, tentando abafar aquele maldito som. Finalmente acordou o suficiente para perceber que era apenas o toque de seu celular. Atendeu ainda sonolenta.

— Bom dia, flor do dia!

Elena gemeu de frustração ante a voz alta e animada de seu namorado.

— Jake, são oito e meia da manhã. É sábado. Me deixa dormir, caralho!

— Você é muito preguiçosa, Lena. Anda, levanta logo dessa cama e vem me encontrar.

— Depois que eu dormir um pouco mais, ok?

— Ok. Hoje temos o dia só pra nós, e pensei em fazermos um piquenique, mas vai ser chato ir depois que o sol já estiver quente.

— No lago?

Ela sentou-se, imediatamente se animando com a perspectiva.

— Claro. — O moreno respondeu, rindo. — E aí, você vem ou não?

— Te vejo em uma hora.

— Eu sabia que você diria isso.

— Idiota. — Ela xingou, embora estivesse rindo. —Até mais, Caipira.

— Até, Miss Seattle.

Uma hora depois

Kate, agora com nove anos, foi a primeira a ver Elena chegar. Ela acenou. Elena pulou de sua moto, que comprara depois de ir morar com o pai, e retribuiu o aceno. Kate correu para abraçá-la.

Elena notou um breve movimento na janela do quarto na extrema direita casa, e imediatamente desviou o olhar.

— Ela ainda está aqui?

— Sem brigas dessa vez. — A pequena advertiu. — Senão a Lilly mata você.

— Pode deixar. — Elena concordou com uma risada. — Ei Kate, sabe onde o idiota do seu irmão se enfiou?

— O Jake foi pro estábulo cuidar dos cavalos.

A morena abraçou a garotinha e lhe deu dois beijos estalados, um em cada bochecha antes de correr para o estábulo. Jake já estava lá esperando por ela, com um cavalo preparado. Elena admirou o animal, um belo garanhão cor de canela com uma crina dourada.

— Esse é o Pégaso. — O rapaz disse, percebendo sua admiração. — Bonito, não?

— Pégaso? — A morena ergueu uma sobrancelha. — Como o das lendas?

— Isso mesmo. — Jake sorriu. — Ande, venha dizer oi.

Cautelosa, Elena se aproximou do garanhão. Pégaso pareceu desconfiado, mas deixou que a jovem o tocasse. Ela acariciou o cavalo, que esfregou nela seu focinho aveludado.

— Acho que ele gosta de mim. — A morena comentou.

— Parece que sim. — O rapaz moreno concordou. — Quer cavalgá-lo?

— Eu posso?!

—Claro. — Foi a resposta. — Só tente não cair, ok? Não queremos ninguém quebrando nenhum osso.

Jake lhe alcançou a cesta de piquenique, que ela prendeu na sela antes de montar. Jake montou logo atrás dela, colocando as mãos em seus quadris para firmar-se, subindo em seguida para sua cintura.

Ela instou o cavalo a um trote, feliz como nunca. Elena sorriu, apreciando a manhã radiosa e o clima perfeito. Era um dia em que qualquer coisa podia acontecer.

Jake

Enquanto seguiam na direção do lago, Jake torcia para que Elena não notasse seu nervosismo, denunciado por suas mãos trêmulas. Finalmente chegaram e ele apeou de Pégaso. estendendo a mão para ajudar a moça.

— Importa-se de eu cavalgar mais um pouco? — Ela perguntou. — Faz anos que não monto, quase esqueci como é bom.

— Vai lá. Eu arrumo tudo.

Ela instigou o cavalo a um trote, depois a uma corrida moderada e em seguida a um galope desenfreado. Jake a observava, hipnotizado. Jamais vira alguém montar como Elena. Ela e Pégaso pareciam um só ser e ele notou que ela nem precisava usar as rédeas. Quando enfim apeou Elena tinha o rosto corado e seus olhos brilhavam. Jake jamais vira alguém tão perfeito.

Elena

Quinze minutos depois

Ela e Jake se fartavam de Coca-Cola e de bolo de milho caseiro com calda de mel que Lilly fizera especialmente para os dois, uma delícia que Elena não experimentava há algum tempo. 

Depois de satisfeitos os dois jovens deitaram lado a lado, olhando as nuvens deslizarem velozes pelo céu.

— Ei, Lena, vamos dar uma caminhada? — Jake sugeriu depois de alguns minutos.

— Ok. Pra que lado você quer ir?

— Tanto faz. — Ele deu de ombros. — É só para passar o tempo, mesmo.

Dez minutos depois

Jake apertou levemente sua mão, fazendo-a se virar para olhá-lo.

— Olhe lá, naquela árvore.

Ela discerniu um coração entalhado  no tronco áspero, e mais nada.

— Deve ser um coração com as iniciais de alguém. — A morena disse, rindo de um ato tão antiquado. — Que clichê.

Os dois foram ver o entalhe mais de perto e encontraram as letras EJ gravadas no coração.

— Nossas iniciais. — A jovem percebeu. Reparou também em uma flecha que apontava para cima, para o alto da árvore. — O que você está aprontando, Jake?

— Vá em frente e descubra.

Elena não se fez de rogada começou a subir na árvore.

— Não tem nada aqui, Jake. — Ela declarou contrariada após subir alguns galhos.

— Olhe para baixo, Miss Seattle.

Elena obedeceu. No começo viu apenas pedras e galhos, mas, ao subir mais um pouco, notou que formavam uma mensagem. Aos pulos, desceu da árvore até estar frente a frente com Jake.

Jake

A expressão de Elena era indecifrável. O nervosismo que começava a ceder voltou com toda a força, fazendo seu coração querer saltar do peito. Tirando o anel do esconderijo no tronco da árvore, ele se ajoelhou perante sua amada.

— Elena ... Anos atrás, fizemos uma promessa. E, naquele momento, eu pensei que nunca a amaria mais do que quando prometeu ser minha. Agora, percebo que eu estava errado. Meu amor por você ficou mais forte com os anos.

— Jake ... — A morena interrompeu. — Eu acho que é cedo demais. Talvez devêssemos esperar.

— Por que? Nunca houve outra para mim depois de você, e acho que para você também não. Somos duas metades, Elena, como já dissemos. Nosso destino é ficar juntos. Então ... Quer ser minha esposa?

— Sim! — Ela enfim cedeu, em júbilo.

Jake colocou-lhe a aliança no dedo anelar e, antes que pudesse se levantar, Elena atirou-se em seus braços, o que fez os dois caírem juntos na grama.

Ele a agarrou pela cintura, fazendo com que ficasse sobre seu peito. Ela era quente, e Jake podia sentir seus corações batendo no mesmo ritmo. Elena sorriu.

— Não há nada no mundo que eu queira mais do que me casar com você,. seu caipira extremamente cafona.

E, quando ela o beijou, Jake teve certeza de que estava no paraíso.


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