Quando o Amor Acontece escrita por Benihime


Capítulo 17
Mikaela, Elena, Jake, Wolfgang e Luce


Notas iniciais do capítulo

Oi,gente! Desculpem minha super demora em postar, mas é que meu netbook deu pau e não consegui entrar na internet. Ainda não arrumei, mas felizmente ganhei meu celular novo, então os caps vão continuar saindo. Beijinhos e aproveitem.



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Mikaela

Sentada no sofá, a garota de cabelos roxos mal continha a ansiedade. Elena e Jake estavam demorando muito. Preocupada, tentou imaginar o que teria acontecido.

Olhou por uma das janelas, silenciosamente amaldiçoando Wolfgang por mandá-la ficar. Sua vontade era transformar-se e ir pessoalmente buscar sua melhor amiga.

Elena

Quando chegaram perto da cidade, ela desceu e Jake retomou a forma humana.

— Assim não ficamos em desvantagem? — A morena indagou, preocupada.

— Não. — Jake abriu um sorriso maroto. — Sua mãe chamou reforços.

O ronco de uma moto se fez ouvir e, como se surgido do nada, Wolfgang parou na frente do casal. Ele desceu com um pulo e jogou as chaves da moto para Jake, que as aparou habilidosamente.

Elena e Jake pularam na moto. Ela agarrou firme a cintura do namorado e ele disparou para a cidade. Logo chegaram na frente de uma grande casa em estilo barroco. Os dois desceram do veículo e foram bater na porta. Mikaela abriu e deu um sorriso enorme ao ver Elena.

— Até que enfim! — Exclamou — Achei que algo ruim tivesse acontecido!

Mikaela fechou a porta assim que os dois entraram.

— Casa maneira. — Elena comentou.

— Totalmente — A garota de cabelos magenta sorriu. — Vem, vou mostrar onde os pombinhos vão dormir.

Mikaela os guiou até um quarto que tinha uma enorme cama de casal. Jake riu.

— Pressinto que teremos boas lembranças dessa cama, Miss Seattle.

Mikaela riu, lançando um olhar malicioso ao casal.

— Só fechem a porta, por favor. Não quero presenciar nenhuma cena imprópria.

Jake riu ainda mais.

— Talvez você até acabe se juntando à festa, chiclete.

Elena revirou os olhos, zangada com toda aquela frivolidade. A raiva lhe ardia no peito, raiva de ter que se esconder como uma criança.

Jake

Vinte minutos depois

O trio assistia Alone in the Dark e saboreava pizza com cerveja. Ele e Mikaela mantinham uma conversa animada. Somente Elena mantinha um silêncio obstinado, e desarmava com monossílabos todas as tentativas de a incluir na conversa.

Depois de comerem a pizza, os três arrumaram tudo e Elena anunciou que iria se deitar. Jake a seguiu, abraçando-a por trás ao entrar no quarto e dando um beijo no pescoço de sua namorada.

— Qual é o problema, Miss Seattle?

Ela libertou-se de seus braços e virou-se para encará-lo de frente, com as mãos fechadas em punhos. Seus olhos verdes ardiam de raiva.

— É tudo, Jake! Odeio ter que me esconder aqui enquanto meus pais e Lilly enfrentam os riscos por mim. Odeio não poder fazer nada para ajudar.

— Não pense nem por um segundo que gosto disso, Elena. — Ele disse baixinho, olhando-a com seriedade. — Mas eles fazem o que fazem pra te proteger. Honre isso ficando aqui, porque é só o que pode fazer. Pelo menos por enquanto.

— Podemos sair daqui e enfrentá-los. — A morena rebateu ferozmente. — É o que quero fazer.

— Mas não vai. Se preciso for, juro que acorrento você.

— E eu ajudo. — Mikaela declarou, parada na porta do quarto. — Tenha juízo, Elena. E não pense que não cumpriremos a ameaça.

— Covardes!

A morena rosnou, atirando-se na cama e virando as costas para os dois.

— Tola. —Jake rebateu, deitando-se ao lado da namorada.

Ele ficou acordado vigiando-a por um longo tempo, sentindo a raiva que emanava dela, até Elena finalmente ceder ao sono.

Wolfgang

Graciosamente, Luce pulou uma janela do térreo e foi em sua direção. Faltava ainda uma hora para o amanhecer, como haviam combinado.

— Pronta, Luce?

Ela assentiu, seu rosto uma máscara de determinação pétrea.

— Vai mesmo funcionar?

— Claro. — Wolfgang garantiu com total confiança. — As ervas que te dei pra usar no banho disfarçarão seu cheiro, então poderá escapar sem ser vista. O carro está a uns cinco quilômetros seguindo rio, e as malas já estão lá.

— Obrigada.

— Disponha. E, se um dia voltar, me procure.

— Não seja idiota. Adeus, Wolfgang.

— Adeus, Lucie.

Ela virou-se e começou correr. Wolfgang ficou olhando a silhueta e sua amada até que não mais a discernisse no cenário. Sentiu uma vontade louca de quebrar alguma coisa.

Mais uma vez, Luce o deixava sem olhar para trás. Perguntou-se o motivo de ainda amar aquela mulher, embora fosse uma pergunta inútil. O fato era que sempre pertencera e sempre pertenceria a ela.

Luce

Corredora fanática que era, correr cinco quilômetros era moleza. O grande problema era que a imagem de Wolfgang não lhe saía da cabeça. As lembranças recentes misturavam-se com as antigas, fazendo seus olhos arderem com lágrimas.

Mikaela

Esfregou os olhos, cansada da vigília. Passara a noite olhando pela janela de seu quarto, monitorando a rua. Uma batida na porta a fez pular de susto. Correu para atender e deu de cara com a mãe de Elena.

— Bom dia, senhora Lankaster — Saudou, abrindo espaço para que a mulher entrasse. — Como vai?

— Bom dia, Mikaela. Minha filha ainda está dormindo?

— Sim. Vem comigo, eu te mostro onde ela está.

Luce

Ela seguiu Mikaela. A garota indicou uma das portas de um longo corredor. Ao abri-la, Luce se deparou com Elena e Jake dormindo juntos. Ele envolvia a cintura de sua filha com um braço e ela descansava a cabeça no peito do rapaz. Seu coração se partiu por saber que teria de arruinar aquela paz.

Elena

A jovem acordou com o chamado insistente de uma voz conhecida. Abriu os olhos e viu a cortina de cabelos escuros que caía sobre ela. Sem que percebesse, já havia pulado da cama e abraçava sua mãe.

— Mãe! Achei que você não ia escapar!

— Eu prometi, não foi? E você sabe que sempre cumpro minhas promessas.

Depois dos primeiros arroubos de felicidade, as duas enveredaram para assuntos mais sérios.

— Não podemos ficar, certo? — Elena deduziu.

— Certo. — Luce confirmou com tristeza. — Sinto muito, minha querida.

— Eu sei. — Elena suspirou, furiosa porém impotente. — Quando partimos?

— Hoje às nove. Comprei passagens para voltarmos a Seattle. De lá, pegamos uma conexão para o Alasca.

Elena conferiu as horas. Sete da manhã. Deitou-se novamente ao lado de Jake.

— Só mais alguns minutos. — Ela quase implorou. — Por favor. Só mais um pouco e já estarei pronta.

Jake

Quando ele acordou, Elena estava terminando de se vestir.

— Bom dia. — Jake disse, ainda rouco de sono.

Elena virou-se para olhá-lo. Apesar da tentativa de sorriso que coloria seus lábios, ele pôde ver a dor em seus olhos.

— Péssimo dia, Jake. Estou indo embora.

— Embora?! Mas que porra é essa, Elena?

— Minha mãe e eu não podemos ficar. Não é seguro. Se ficarmos, podemos colocar todos vocês em perigo.

Ele assentiu, fingindo compreender. Por dentro, queria quebrar alguma coisa.

Elena

Já estava na hora de ir. Jake a puxou para si, abraçando-a com força. Ela retribuiu, enterrando o rosto em seu ombro, tentando memorizar para sempre aquela sensação.

— Elena, rápido. — Luce chamou. — Vamos perder o voo.

— Não se esqueça de mim, ok?

Elena beijou seu namorado pela última vez.

— Ainda não acabamos, Jake. Um dia, eu vou voltar. — Ela deu um meio sorriso, e o rapaz pôde ver uma ponta de sua selvageria no gesto. — E, se Seth ainda não tiver desistido, vamos acabar com ele. Juntos.

— Promete?

— Eu juro.

Seu coração parecia que nunca mais ficaria inteiro novamente, tamanha era a dor que sentia. Mesmo assim, obrigou-se a dar as costas a seu amor e foi forte o bastante para não olhar para trás.


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