Impossible escrita por Bebê Panda


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas :)
Boa leitura em...
3...
2...
1...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/485679/chapter/13

POV Jade West

Já deviam ser umas 3 da manhã. Eu estava na varanda do nosso quarto. Quando digo “nosso” me refiro ao meu e do Beck. Ele está a dormir tranquilamente na cama, mas eu não conseguia adormecer e decidi ir para a varanda para apanhar um pouco de ar. Estava frio, coisa pouco comum para Los Angeles, mas mesmo assim esse frio não me fez voltar para o quarto. Eu estava metida nos meus pensamentos sobre tudo que se passou na minha vida…Eu nunca antes havia pensado nisso, mas agora isso parecia uma coisa totalmente normal. Uma corrente de frio gélido passou pelo meu corpo inteiro provocando arrepios pelo meu corpo inteiro.
– Jade? – Ouvi alguém falar. Virei-me e vi Beck sonolento a olhar para mim. – O que fazes aqui? – Perguntou aproximando-se de mim e tocando no meu braço.
– Quis vir para aqui, e aqui estou. – Falei indiferente.
– Estás completamente gelada. – Falou puxando-me para um abraço.
– E depois? – Perguntei.
– Como assim e depois? Tu podes ficar doente. – Falou pegando-me no colo e levando-me para dentro do quarto. Ele pôs-me na cama muito delicadamente e foi fechar a porta que era toda de vidro pela qual podia-se ir para a varanda. Depois ele voltou para junto de mim, sentou-se na cama com as costas encostadas na cabeceira da mesma e puxou-me para o seu colo.
– O que se passa? – Perguntou enquanto me apertava mais contra o seu corpo.
– Nada. – Respondi indiferente. Nem eu mesma sei o que se passa comigo.
– Tens a certeza Jade? – Perguntou, ele parecia preocupado comigo. Nem sei porque ele se preocupa comigo.
– Sim…Eu estou confusa…Só isso. – Falei e ele suspirou.
– Espero realmente que sim. – Murmurou e logo em seguida beijou a minha testa. Com esse ato, eu sorri, involuntariamente. Eu estava muito confusa…Isso nunca se havia passado comigo. Eu me sentia estranhamente por causa da minha confusão.
– Beck… - Falei.
– Sim Jade. – Respondeu.
– Porque te preocupas comigo? – Perguntei sem qualquer motivo.
– Não sei… - Respondeu depois de um breve silêncio.
– Resposta muito interessante. – Ironizei. Eu não sentia nenhum sono apesar de ter uma enorme vontade de adormecer e nunca mais acordar…Vontade estranha, não? Pouco a pouco, senti os meus olhos a fecharem-se contra a minha vontade. Eu estava adormecendo, mas eu não queria isso. Depois de muito lutar contra a minha vontade, acabei adormecendo nos braços de Beck. Acordei sentindo alguém mover-se. Abri os olhos e percebi que Beck se havia movido um pouco, mas mesmo assim isso acordou-me.
– Desculpa, eu não queria acordar-te. – Falou e eu dei de ombros.
– Não me acordaste. – Respondi. – Quanto tempo dormi? – Perguntei.
– Uma hora e meia. – Respondeu. Ele ficou esse tempo todo acordado por mim?
– Eu sinto-me horrivelmente. – Falei, meu corpo inteiro dói e eu nem sequer sei porque.
– O que se passa? – Perguntou. O seu tom de voz estava cheio de preocupação.
– Meu corpo dói. – Respondi indiferente fechando os olhos.
– Acho que estas doente. – Falou e eu dei de ombros.
– Eu acho que não. – Respondi.
– Devias dormir mais um pouco bebé. – Falou, sim eu sei…Mas sei que se eu adormecer agora ele irá ficar acordado por minha culpa e eu não quero que isso acontece. Esta já é a segunda vez que o Beck dorme mal por minha culpa.
– E tu? Também tens que dormir. – Falei e ele deu de ombros.
– Eu não posso dormir tranquilamente enquanto tu estás doente. – Falou.
– Eu não estou doente. - Retruquei.
– Deixa de ser infantil. – Falou e eu revirei os olhos.
– Eu não estou sendo infantil Beck. – Falei. – Mas já que tanto imploras, acho que vou dormir. – Falei fechando os olhos novamente. Aninhei-me nos braços de Beck e depois de algum tempo percebi que estava a ser consumida pelo sono. A próxima vez que acordei percebi que já era de dia. Eu estava deitada na cama sozinha, sem o Beck. Arrastei-me até ao banheiro e lá olhei para o meu reflexo no espelho. Eu tinha os olhos vermelhos, parecia que eu tinha passado a noite inteira a chorar. Tinha umas manchas estranhas por algumas partes do meu corpo, eu estava num estado horrível. Não me lembro a última vez que estive assim na minha vida. Decidi ignorar isso e fui tomar um banho. Depois de ter tomado banho fui para o quarto enrolada numa toalha. Não havia vestígios de que o Beck esteve aqui enquanto eu estava no banheiro. Vesti uma roupa qualquer e sai do quarto para procura-lo. Se ele tivesse saído ele deixaria um papel onde dissesse isso, mas também ele não saiu porque o carro dele está na garagem. Procurei na casa inteira e não o encontrei…Bom na casa inteira não. Eu não o procurei no escritório e pelo que parece é lá que ele está. Subi as escadas e passei pelo corredor até chegar há porta do escritório. Quando estava em frente da porta do mesmo bati duas vezes e entrei. O Beck estava sentado a mexer no seu portátil.
– Oi. – Falei.
– Oi. – Respondeu sem tirar os olhos da tela do computador.
– O que estás a fazer? – Perguntei sentando-me ao seu lado no sofá fingindo interesse.
– Estás realmente interessada? – Perguntou a olhar para mim.
– Não. – Respondi e ele ficou a olhar-me de uma maneira estranha. – Porque me estas a olhar de essa maneira? – Perguntei.
– Estiveste a chorar? – Perguntou, porque ele pergunta isso.
– Não, porquê? – Falei confusa.
– Porque tens os olhos vermelhos…Parece que passaste a noite inteira a chorar. – Falou e eu dei de ombros em sinal de indiferença.
– Eu não estive a chorar e nem penso fazer isso. – Falei.
– O que são estas manchas? – Perguntou segurando o meu braço que estava coberto de manchas tal como o meu corpo inteiro.
– Sei lá…Acordei já com isso. – Falei.
– Não estarás doente? – Falou pondo a mão na minha testa.
– Não, eu não estou doente. – Falei e ele revirou os olhos.
– E então o que são essas manchas na tua pele? – Perguntou.
– Não sei…Felizmente não estudei para médica. – Respondi.
– Isso vou levar-te a um médico. – Falou desligando o portátil.
– Não Beck, eu não estou doente. – Falei e ele sorriu.
– As tuas palavras não justificam essas manchas. – Falou pondo o portátil na mesa levantando-se e puxando-me consigo contra a minha vontade.

POV Beck Oliver

Tínhamos acabado de chegar às Urgências. Passei o caminho todo a ouvir as reclamações da Jade, ela pode ser mais chata que uma criança de dois anos. A senhora que estava na receção das Urgências disse para nos sentarmos e esperarmos até que nos chamem. A Jade puxou-me para um canto da sala de espera que estava quase vazio.
– Vês idiota! Por tua culpa vou gastar algum tempo da minha vida em uma coisa desnecessária. – Reclamou, e eu decidi ficar em silêncio. – Já podemos ir? – Perguntou depois de um silêncio.
– Podes ser mais chata que uma criança de dois anos. – Falei e ela mostrou-me a língua.
– Tu é que me tornas assim. – Reclamou cruzando os braços sobre o peito.
– Eu? Se eu ainda nem fiz nada. – Falei e ela deu de ombros.
– Obrigastes-me a vir aqui. – Respondeu.
– Eu não te obriguei e sim disse que te ia levar ao médico. – Falei e ela deu de ombros.
– Não interessa. – Respondeu. Algum tempo depois fomos atendidos. A Jade teve uma reação alérgica e ela nem faz ideia qual poderia ser o motivo da reação. Depois de receitar um creme qualquer há Jade fomos para casa, mas antes fui obrigada a passar pela Starbucks para comprar um café preto com dois açúcares.
– Eu já sei a que eu tive a reação alérgica. – Falou rindo.
– A quê? – Perguntei curioso.
– A ti. – Respondeu.
– Isso quer dizer que não podes viver comigo, ou seja já te podes ir embora. – Falei e ela sorriu.
– Tu não mandas em mim e não me podes obrigar. – Retrucou.
– E vais dizer que foste às Urgências por vontade própria? – Perguntei, mas ela não respondeu-me. Quando chegamos a casa já eram 14.00 da tarde. Hoje fazia muito calor em Los Angeles, mais do normal.
– Que calor. – Reclamou Jade pela milésima vez.
– Já disseste isso. – Falei e ela sorriu.
– Eu sei e também sei que isso te irrita, por isso estou a falar isso. – Falou.
– Nem vou falar nada. – Respondi.
– Acho que vou passar o resto do dia na piscina. – Falou quando passamos pela sala.
– Tu é que decides o que vais fazer. – Falei indiferente indo para o escritório porque tinha que acabar umas coisas da empresa do meu pai que ele pediu para eu fazer. Demorei só duas horas a ler os documentos e a resolver os assuntos da empresa que num futuro muito distante será minha. Olhei pela janela e vi que Jade estava deitada numa espreguiçadeira. Decidi ir fazer-lhe companhia porque ela está ali muito sozinha. Fui ao quarto e pus uma roupa mais apropriada para a piscina. Quando cheguei lá entendi que a Jade não percebeu a minha presença.
Jade? – Falei aproximando-me da espreguiçadeira na qual ela estava deitada.
– Que é? – Perguntou ainda de olhos fechados.
– Pensei que fosses passar o dia na piscina e não ao lado dela. – Falei brincando e ela fingiu um riso.
– Não, decidi passar o dia aqui deitada. – Respondeu abrindo os olhos.
– Porque não entras na água? – Perguntei e ela sentou-se na espreguiçadeira.
– Porque não quero, já pensaste em essa alternativa? – Perguntou.
– Vens comigo? – Perguntei e ela fitou-me. – Por favor. – Pedi e ela revirou os olhos.
– Okay. – Murmurou. Levantei-me e mergulhei para dentro da piscina. Quando voltei há superfície percebi que a Jade estava sentada em um canto da piscina. Nadei até ela.
– Porque não entras? – Perguntei e ela deu de ombros.
– A água está fria. – Respondeu.
– Fria? Estás de brincadeira? – Perguntei rindo.
– Sim, na minha opinião está fria Beck e se tu não pensas isso respeita a opinião dos outros. – Reclamou. Como o estado de humor dela pode mudar tão rápido?
– Desculpa. – Falei e ela riu. Jade levemente empurrou-se para frente ficando assim dentro de água. Ela passou as mãos pelos meus ombros, mas ficou a uns vinte centímetros de distância de mim. Ela sorriu para mim e lentamente beijou-me. Quando os seus lábios perfeitos tocaram os meus senti uma corrente elétrica passar por mim. Passei os meus braços pela sua cintura e ela envolveu as suas mãos no meu pescoço. Infelizmente tivemos que quebrar o nosso beijo por falta de ar. Para quê precisamos de ar para viver? Tudo seria mais fácil sem ele. Ela sorriu para mim e ainda ofegante voltou a beijar-me.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Impossible" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.