- Como é que é, Suzannah ? – perguntou Jesse, com uma mistura de sentimentos em sua face: surpresa, raiva, emoção...

- É isso é estranho, Jesse, mas é verdade, você tem um irmão.

- Como isso é possível, Suzannah, se eu só tive irmãs, eu era o único filho homem, que eu saiba e... – Jesse tagarelou.
- Shii ! Se você me der uma chance, posso te explicar, Jesse.
- Espero que você tenha uma boa explicação para isso, Suzannah, pois não estou entendendo nada. - respondeu ele, passando a mão em seu cabelo. Normalmente ele faz isso quando está nervoso.

- Bom Jesse se lembra de Matt, aquele fantasma que você estava conversando no estacionamento?- perguntei olhando para ele. Jesse assentiu lentamente. – Então, hoje, quando entrei no meu quarto, ele estava me esperando, pois ele disse que queria se apresentar “formalmente”. E disse também que queria lembrar-se do quarto, então, perguntei a ele o que ele quis dizer com “lembrar” do quarto, e ele disse que foi naquele quarto que viram o irmão dele pela última vez, antes dele “desaparecer”. Matt tinha dito também que seu nome era Matt de Silva, e aí, só associei os fatos. –falei, olhando para ele.
- Ta, Suzannah, mesmo assim não explica o fato de você dizer que ele é meu irmão. Podem ser outros De Silva, eu não sou o único, você sabe. - falou Jesse.
- Jesse, eu ainda não terminei.
- Ah, tudo bem, desculpe, pode continuar.
- Obrigada. Continuando... Depois de associar os fatos, pensei que você era o irmão dele, mas lembrei que você só tinha irmãs, daí eu perguntei isso a Matt e ele respondeu que depois de você “desaparecer”, os seus pais adotaram ele.- terminei, olhando para ele novamente.

- Espera! Então quer dizer que meus pais me substituíram por um garoto, só porque me mataram? E se fosse uma das minhas irmãs, eles teriam adotado uma também?- perguntou ele, indignado- Suzannah, não acredito, meus pais me substituíram por Matt.

- Jesse, calma, não foi isso, eu acho. No mínimo sentiram a sua falta e quiseram ter outro homem na família para cuidar de sua mãe e suas irmãs já que seu pai poderia morrer a qualquer momento, não é?- perguntei debilmente, pois o Jesse estava se sentindo substituído. O que posso fazer para tirar esse pensamento da cabeça dele?
- É, pode ser isso, mas ainda não acredito muito nessa teoria. - respondeu ele, triste.

- Jesse, aposto que foi isso, não se preocupe você pode conversar com Matt e se entenderem, você pode até gostar dele. - falei, segurando suas mãos. Ele olhou para nossas mãos respondeu:
- É, você pode ter razão, isso pode dar certo, né? – falou, se aproximando de mim.
- Uhum, isso pode dar certo, acredite em mim.- falei me afastando um pouco.- Bom, Jesse, melhor eu ir, só vim aqui te falar sobre isso, não estava conseguindo dormir e precisava de avisar logo.

- Tão rápido, hermosa ?- perguntou, meu coração acelerando.- Fica mais um pouco, ainda não te mostrei minha cama, né?

 O QUÊ ? ELE QUER ME MOSTRAR A CAMA DELE ! CADÊ O JESSE ?

- Você tem certeza disso, Jesse ?- perguntei. Ta, e onde eu estou, sempre esperei o momento “Jesse Pervertido” e aqui estou eu, perguntando se ele tem certeza.

- Claro que tenho, hermosa.
Então, foi tudo muito rápido. Jesse me deitou e começamos a nos beijar.Coloquei os braços ao redor do pescoço dele e aprofundei o beijo.Bom, estamos sozinhos, na casa de Jesse e na cama dele, nada poderia dar errado.Certo?
Errado. O telefone de Jesse começa a tocar.
Droga. Por que o telefone de Jesse estava tocando às...

06h da manhã??? Jesse pegou o telefone meio irritado e atendeu .
- Alô ?

Olhei para ele. Quem podia ser a essa hora da manhã ?