A luz e a escuridão escrita por Novacullen


Capítulo 4
Capítulo-04


Notas iniciais do capítulo

BOA LEITURA!



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PV EDWARD

Cheguei á escola bem na hora que o sinal tocou. A verdade é que eu queria evitar Isabella o máximo possível, eu ainda não sabia se me aproximar mais dela era o melhor a fazer, por mais que fosse minha vontade o bem-estar dela estava acima de qualquer coisa.

Fui para a minha primeira aula sozinho, infelizmente o meu horário quase não batia com os dos meus irmãos, o que chegava a ser bizarro já que por conta de Rosalie, cometemos a loucura de todos nós nos matricularmos no último ano. Para todos os efeitos éramos adotados, mas quais as chances de um casal adotar cinco filhos com a mesma idade? Só a nossa mesmo. Sabíamos que além de nossa beleza inumana chamar atenção, todos nós fingirmos termos dezessete anos seria algo a mais a ser acrescentado. Mas como Rosalie não gostou dessa cidade então quanto menos tempo ficássemos menos reclamações ouviríamos da parte dela.

As aulas foram um tédio, eu já sabia tudo que estavam ensinando ali, o lado bom é que eu pude ignorar as aulas e observar Isabella pela as mentes das pessoas, infelizmente ou felizmente não tive nenhuma aula com ela hoje. Mas mesmo assim descobri muito sobre Isabella, que é divertida, doce, gentil, fazia amigos facilmente, ela é simplesmente encantadora. Encantadora até demais para o próprio bem dela, uma longa fila de admiradores se formou, uns até deixaram o anonimato como Tyler e Eric que a chamaram para sair, mas foi com prazer que a ouvi recusar cada um dos pedidos. O último sinal do dia tocou e vi Mike se aproximar de Isabella quando estava no estacionamento da escola.

Ah! Não! Mais um.

— Bella saia apenas uma vez comigo para eu te provar que sou um cara legal.

E não sei por que, mas estou torcendo para que Mike seja o terceiro que ela dê o fora.

— Desculpe Mike, mas realmente não quero me envolver com ninguém agora.

Ela não o quis, pensei feliz.

— Já tem alguém?

— De certa forma. – ela responde de forma  evasiva.

Ela tinha alguém? Mas quem? Até onde sei ela não conhecia ninguém aqui, ele seria do Rio de Janeiro então.

— Você deixou alguém no Rio de Janeiro? Já que você disse que veio sozinha para cá.

— Achei que sim, mas felizmente eu estava enganada.

— Seu namorado veio para cá.

— Não é um namorado, olha é complicado.

— Se não é sério ainda, você bem que podia ver suas outras opções. Dê-me uma chance?

— Realmente Mike não vai rolar.

— Apenas uma chance Bella. – Mike praticamente implorou.

— Olá! Isabella. Mike. – digo me aproximando, pois havia notado que ela estava incomodada com a insistência de Mike.

— Cullen. – Mike fala com raiva pela minha interrupção.

— Posso falar um minuto com você Isabella? - perguntei ignorando completamente o Mike.

— Claro, até mais Mike. – diz Bella o despachando.

— Até! – ele respondeu à contra gosto.

— Obrigada por tirá-lo do meu pé.

— Se quiser, eu posso tirá-lo definitivamente do seu pé. – digo me referindo ao o que eu poderia fazer como vampiro.

— Er... obrigada, mas não obrigada.

— A oferta está de pé caso mude de ideia.

Eu adoraria tirar um a um desses humanos que a ficam desejando. Mas o que é isso Edward? São vidas de qualquer forma e toda vida é preciosa. Recrimino meus pensamentos assassinos.

— Bom preciso ir. 

— Até amanhã então Isabella. – não consigo evitar de soar um pouco triste, eu queria conversar mais com ela.

— Até! – diz Isabella andando em direção á rodovia.

— Ei! Isabella, onde está seu carro?

Maravilha! Agora você vai querer ser amigo da humana. Mal saiu de um problema já cria outro.— pensou Rosalie. Mas não me importei. Eu queria me aproximar de Isabella e não era algo que eu pudesse controlar.

— Er ... eu ainda não tive tempo de providenciar um.  Vou a pé mesmo, de qualquer forma não é uma caminhada tão longa.

Será que ela não podia comprar um carro? Quem sabe eu não a ajudo com isso.

— Eu te dou uma carona.

— Ah não precisa. – Isabella fala olhando para meus irmãos. O carro só tinha espaço para cinco e já estávamos em cinco.

— Posso ir no colo de Jasper. – diz Alice resolvendo o problema de espaço.

— De verdade obrigada. – fala me parecendo nervosa. Realmente eu não estava entendendo a recusa dela. Aí que me toquei que eu queria que ela entrasse num carro cheio de vampiros. É claro que isso seria demais para ela.

— Então eu te acompanho. – digo jogando a chave do meu carro para o Emmet que a pegou me olhando incrédulo, eu nunca deixava alguém dirigir meus carros.

— Realmente não é necessário.

— Faço questão.

— Ok, então.

— Deixe isso comigo. -  tiro sua mochila do seu ombro e colocando no meu.

— Não é...

— Necessário. - terminei sua frase antes dela- Mas eu a levarei para você mesmo assim.

— Tudo bem. – diz e começamos a andar pelo acostamento da rodovia.

Emmet passou buzinando para nós dois e acenamos para eles. Ele acelerou o meu carro no máximo me fazendo gemer internamente de desgosto, torcendo para que meu carro sobreviva ao pé "pesado" de Emmet.

— Olha desculpa, quando ofereci a carona eu não me toquei de que você está dentro de um carro com cinco vampiros realmente não é uma situação que um humano queira estar.

— Não foi por isso.

— E porque então?

— Um trauma que não superei ainda.

— Sofreu um acidente de carro. 

— Sim e perdi meus pais nele há seis meses. Isso aconteceu no Brasil e eu não suportava mais ficar lá, a lembrança de tudo é mais forte lá, então resolvi vir para cá para ver se ficava mais fácil lidar com isso.

Ah! Por isso ela veio para cá. Mas ainda sim foi muita coincidência.

— Sinto muito.

Ela apenas assentiu.

— Mas porque Forks, para recomeçar?

— Continuar é a palavra correta.

A olhei sem entender.

— Para chegar ao acidente eu teria de contar desde o início quando meus pais se conheceram.

— Sou todo ouvido.

— Minha mãe Renée aos dezoito anos veio fazer um intercambio aqui para aprimorar o seu inglês e conheceu meu pai Charlie, sou fruto de um descuido, e eles se casaram por minha causa. Mas não foi fácil para minha mãe trocar permanentemente a calorosa Rio de Janeiro, pela chuvosa Forks. Seis anos depois, minha mãe disse que não ficava mais nem um minuto aqui em Forks, meu pai falou que não sairia daqui, ele tinha sido promovido a xerife, teria um salário melhor e nos daria uma boa vida, algo que ele dificilmente conseguiria no Brasil, ao menos não de imediato, eles se separaram e mamãe voltou comigo para o Rio de Janeiro.

— E não foi nem um pouco fácil não ter mais meus pais juntos. Eu não aguentava ver meu pai só nas férias, eu que vinha sempre para cá sem minha mãe, já que meus pais não queriam nem se ver mais, e eu queria mais do que tudo eles juntos novamente, por isso fui uma criança birrenta, e uma adolescente rebelde. Meu pai acusava minha mãe de não cuidar bem de mim, ela culpava meu pai de eu ser assim por que ele foi egoísta e não quis vir para o Rio de Janeiro e assim provocar a separação.

— Quando meu pai se cansou de discutir isso por telefone com mamãe ele resolveu ir para o Rio de janeiro falar pessoalmente com ela, eu não estava em casa quando ele chegou, papai e mamãe foram me buscar em uma rave que eu estava e eles discutiam sobre o fato de eu estar em uma festa desse tipo enquanto meu pai dirigia de volta para casa, batemos de frente a um caminhão não me lembro bem dos detalhes do acidente e depois só me lembro de acordar no dia seguinte no hospital, com a notícia de que eles haviam falecidos.

Nossa! Ela não teve uma vida fácil.

— Tudo o que eu sempre quis foi meus pais juntos de novo e quando consegui os perdi.

— Você não acha que tem culpa pelo o que aconteceu, acha?

— Se eu estivesse me comportado bem, meu pai não teria ido até lá para conversar sobre minha guarda com minha mãe, ele estaria aqui e minha mãe lá, separados, mas vivos.

— Foi uma fatalidade apenas.

Ela negou com a cabeça convencida que tinha sido sua culpa.

— Vim para cá, por que aqui eu fui feliz, quando meus pais ainda estavam juntos.

— Então está feliz agora?

— Quase.

— E falta o que? 

— Três coisas.

— Que seriam.

— Superar a morte deles e o trauma de andar de carro, sei que vai demorar, mas vou conseguir e...

— E. – a incentivei continuar.

— Er, eu não sei como isso foi acontecer tão rápido mas...

— Mas?

— Me desculpe eu ainda não estou pronta para falar disso agora.

Apesar da minha enorme curiosidade, eu respeitaria seu tempo.

— Tudo bem, saberei esperar. – entrego sua mochila, já estávamos em frente a sua casa agora.

— Obrigada por me acompanhar.

— Agradeça me deixando fazer isso mais vezes.

— Você não tem que ficar andando a pé só por conta do meu trauma.

— Além de eu não me cansar nunca, pelo motivo que você sabe qual, a companhia vale a pena. – lhe dou uma piscadinha e ela me deu um lindo sorriso.

— A propósito me espere amanhã, vamos juntos para a escola. – lhe dou um beijo no topo de sua cabeça. E ouvi o coração dela dar um pequeno salto.

Saí de lá rapidamente, antes que ela contestasse de que eu não precisava vir amanhã.

E naquele momento percebi que ficar longe dela não era mais uma opção.


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Notas finais do capítulo

ATÉ SÁBADO!



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