PV EDWARD

— Tem certeza que não quer uma festa Cristine? Ainda dá tempo para eu organizar uma. – perguntou Alice tentando convencer minha filha. Alice adora organizar festas.

— Não tia, festa significa comida humana e eu prefiro caçar.

Cristine come alimentos humanos só por que era obrigada devido a sua metade humana, por isso ela precisava ingerir esses nutrientes, mas ela gosta mesmo é de sangue, a natureza vampiresca dela é mais forte.

— Será uma comemoração a la Emmet então. – Emmet fala empolgado, Cristine só perdia para ele em quesito empolgação para caçar.

— Ok, vocês venceram então vamos à caçada. - diz Alice e saímos todos correndo em direção a nossa região favorita de caça aqui no Alasca.

Ao chegarmos lá nos separamos para caçar, pois se ficássemos todos juntos os animais sentiriam nossa presença mais rapidamente.

Eu , Bella e Cristine entramos um pouco mais floresta a dentro, havia um bando de alces ali, o que era perfeito para Cristine.

— Filha pegue aquele. - aponto para um filhote, mas Cristine tinha seu olhar voltado para um macho adulto que estava um pouco afastado do rebanho.

O alce instintivamente percebeu que Cristine era seu predador e começou a fugir, e Cristine sai correndo atrás dele.

Eu ia impedi-la, mas Bella passou os braços em volta da minha cintura me impedindo de ir atrás de nossa filha.

— Céus! Edward você sempre age como se fosse à primeira caçada dela.

— Bella esse alce tem o dobro do tamanho dela.

— Você esquece que ela tem a pele resistente como a nossa e é forte e rápida também. Por mais que o alce tente machucá-la ele não conseguirá fazer um arranhão se quer nela.

— Mas ainda sim Bella...

— Se você estragar a caçada dela, nossa filha ficará chateada com você.

— Ok, mas se eu perceber que ela não conseguirá eu arremesso aquele alce para longe dela.

Cristine quando estava próxima do alce saltou e passou os braços ao redor do pescoço dele o derrubando no chão, o alce começou a se debater, isso me preocupou, mas Cristine mantinha firmemente o aperto, asfixiando o alce até que ele perdeu as forças e parou de se debater. Minha filha cravou os dentes na jugular dele e começou a sugar o sangue do alce.

— Viu? Seu exagerado! Ela conseguiu. – diz Bella. E eu soltei um suspiro de alívio.

— É que ela é tão pequena Bella.

A pele dela é tão branquinha feito porcelana como a de Bella quando humana e isso lhe dava um ar tão frágil.

— Sim ele é pequena e tem essa aparência frágil, mas sabemos que ela não é Edward.

— E só que...

— É da sua natureza nos proteger, mesmo eu sendo vampira agora você continua fazendo isso, e eu e nossa filha apreciamos o cuidado que tem com a gente, mas não quando exagera.

— Faço isso por que vocês são meus bens mais preciosos, mas você está certa tentarei me controlar mais. Eu prometo.

— Ok. – diz Bella me dando um selinho.

— Vocês viram eu peguei um alce bem grandão. – Cristine fala vindo saltitando graciosamente até nós.

Ela estava aprendendo balé com a Rosalie e adorava apresentar o que aprendeu a família e fazia questão de me ter como acompanhamento no piano. Era um encanto vê-la dançar.

— Sim querida você se saiu muito bem. – elogiou Bella.

— Também acho, mas você bem que podia ter pego o filhote seria mais seguro para você. – e Cristine rolou seus olhos castanhos cor de chocolate idênticos aos de Bella quando humana para mim.

E minha família que acabou de se aproximar de nós riu do meu excesso de proteção com relação à minha filha.

— Papai eu pegava filhotes quando tinha dois anos, agora eu tenho três anos posso pegar os alces adultos agora.

— Você fez três hoje.

— Mas já tenho três, e quando tiver quatro vou pegar um animal maior que alces e quando for adulta irei caçar ursos e leões enormes como vocês.

— Leões e ursos nem pensar. –falo de maneira firme.

— Edward o que combinamos. – me lembrou Bella.

— Tá, me controlar eu sei.

— O que não vai demorar muito papai, vovô me disse que eu serei adulta aos dezoito anos que é quando eu vou parar de envelhecer por que você e a mamãe foram transformados em vampiros com essa idade, então por isso que dezoito anos é o meu limite genético, não é mesmo vovô?

— Correto Cristine. – Carlisle fala orgulhoso da esperteza da neta.

— Tem certeza que não tem um adulto dentro dessa criança? – diz Jasper impressionado com a inteligência dela.

Cristine é inteligente demais até mesmo para híbridos, Jasper que o diga ela é páreo duro no xadrez com ele, as partidas ultimamente terminava empatadas e eu não duvido que logo ela passaria a ganhar todas as partidas dele e olha que Jasper é o melhor jogador dessa família. Cristine já sabia até ler e escrever também, ela aprendia tudo com uma velocidade absurda.

— Claro que não tio Jasper, mas que ideia mais sem propósito eu só sou muito inteligente. –diz Cristine e nós sorrimos.

— Cristine você sujou um pouco o seu modelito eu deveria ter trazido outro. Mas faz um tempinho que não se suja enquanto caça então eu não trouxe. – Alice fala triste quando percebeu que a roupa de Cristine estava um pouco suja.

Alice e suas neuras com roupa.

— Ah é que o alce era grandão e para alcançar o pescoço dele eu tive de saltar e derruba-lo no chão. Foi inevitável não se sujar tia Alice.

— Alice deixa disso, qual a graça de se caçar e não se sujar, não é Cristine? – diz Emmet que para variar estava todo sujo.

Já de notinha depois de muito caçar, brincar, nadar no lago Cristine estava praticamente “desmaiada” no meu colo.

— Fim de festa para nossa princesinha aqui. – diz Esme olhando a netinha dormir.

Cristine havia se divertido bastante hoje.

— Ela conseguiu gastar até última gota de energia. – Bella fala fazendo um carinho nos cabelos cor de bronze como os meus de Cristine.

— Então vamos Bella?

— Vamos sim Edward.

Nos despedimos deles, já que eles resolveram ficar mais um pouco na floresta.

Chegamos a nossa cabana que ganhamos como presente de casamento de nossa família que ficava a alguns metros da casa dos meus pais.

Com a ajuda de Bella colocamos um baby-doll em Cristine que nem se mexeu enquanto a trocávamos. Dispensei o edredom, como o coração de Cristine batia um pouco mais acelerado do que de um humano, isso fazia com que ela tivesse a temperatura corporal um pouco mais elevada, em média 39°, o que fazia com ela não sentisse frio mesmo estando no Alasca. E a acomodei na cama.

— Ela é tão você Bella, tão linda e encantadora. – digo fazendo um carinho de leve no rosto de Cristine- Eu nunca a agradecerei o suficiente por ter me dado ela e por você ser minha também. 

— Está agradecendo a pessoa errada.

— Como assim?

— Deve agradecer a si mesmo, se você não tivesse me salvado daquele carro nada disso teria acontecido.

— Aquela foi à escolha mais errada e ao mesmo tempo mais certa que já fiz em minha vida. Vocês é a melhor parte de mim.

— Eu te amo. – diz Bella emocionada.

— Assim como eu te amo. – e a beijo, mas quebrei o beijo e olhei para Cristine.

— O que foi Edward?

— Nossa filha está sonhando com a gente. – digo lendo a mente de Cristine que felizmente não era silenciosa para mim como a de Bella, que descobrimos ser por que Bella é um escudo mental.

Bella pegou delicadamente a mão de Cristine para não acordá-la e pôs em seu rosto, Cristine tinha o dom de mostrar seus pensamentos por meio do toque. Quando está acordada ela pode controlar seu dom e mostrar apenas o que quer, mas enquanto dorme não.

No sonho nossa filha estava se sentindo feliz e protegida em nossa companhia.

— Eu tenho os melhores pais do mundo. – diz Cristine a nós no sonho e eu e Bella nos “derretemos” ao ouvir isso. – E o melhor de tudo é que estaremos juntos para sempre.

— Para sempre princesinha. – falo ao mesmo tempo em que Bella.

Fim!