Generoso

é o que ele era.

– Por Paola Tchébrikov

Há pessoas que são para nós tão preciosas quanto nossos parentes. Em nossa caminhada pela vida conhecemos pessoas que são únicas.

Mikoto era uma delas.

O homem era do tipo que falava pouco e agia mais. Ele não hesitava, quando tinha que fazer algo, fazia.

Kushiha Anna o admirava.

Suoh Mikoto se mostrara um bom homem desde o início, e era por isso que a menina o seguia por onde ele fosse. O Rei Vermelho lhe dera uma casa e uma família em meio aos membros do HOMRA. Conviver com os rapazes e com Suoh havia sido agradável desde o primeiro dia, Anna gostava de cada momento sob a proteção de Mikoto. Ele era como um pai para uma menina como ela.

Ele era a segurança que qualquer pessoa precisa. Quando foi levado preso, continuou o mesmo, e, mesmo sabendo que seus poderes estavam se esgotando, não se abalou. Muito pelo contrário: Mikoto, no fim das contas, vingou a morte de Totsuka, destruindo o Rei Incolor com suas próprias mãos, e sendo morto pelas mãos do Rei Azul.

Quando ele se deitou, com Anna ao seu lado, esperando por Shiro – quem havia supostamente assassinado seu amigo –, havia um sentimento de paz no ar que deixou a garota satisfeita. Haviam ficado dias sem ver o líder, mas lá estava ele, inteiro e pronto para fazer o que era necessário.

Aqueles pontinhos vermelhos, que indicavam o fim do Rei Vermelho, emocionaram a todos, principalmente a Anna. O impressionante show de luzes era a última mensagem de Suoh.

Ele dizia: "vivam, sigam em frente. Haverão outros Reis, outras oportunidades".

Aquela havia sido a escolha dele. Fazer justiça, honrar Totsuka, morrer como alguém que será lembrado por seus atos.

Era esse tipo de homem que ele era. Anna o adorava.